Arquivos mensais: outubro 2012
FALTARAM SÓ 22 VOTOS PARA O PMDB ELEGER MARYNILDA
Numa eleição, não há nada pior do que chegar na porta de entrada e ficar do lado de fora. Foi o que aconteceu com a candidata Marynilda Cavenaghi(PMDB), graças a esse sistema eleitoral esdrúxulo, inventado por deputados e senadores. E pelos partidos, é claro.
Com 829 votos, Marynilda foi a 5ª mais votada, atrás apenas dos eleitos Tiquinho(1.448), Pérola(1.349) e Claudir(1.010), e do Du Venturini(984), que também ficou de fora. E Marynilda não entrou graças ao mau desempenho de alguns companheiros de partido, que foram muito mal votados. Mesmo assim, ficaram faltando apenas 22 votos para que ela fosse eleita.
Juntos, os candidatos do PMDB tiveram 2.561 votos, que, somados aos 99 votos de legenda, totalizaram 2.660, ou 21 a menos que o quociente eleitoral, que foi de 2.681. Quer dizer, se ela ou algum de seus companheiros de partido tivesse alcançado 22 votos a mais, Marynilda estaria eleita.
Ela teria sido eleita, também, se o seo Zé do Picolé não tivesse desistido da disputa na véspera do registro das candidaturas. Enfim, coisas da política…
Lembrando que o quociente eleitoral resulta da divisão do total de votos válidos (26.812) pelo número de cadeiras na Câmara (10), o que dá 2.681. O quociente partidário, é o número de votos obtidos por cada coligação, dividido pelo quociente eleitoral (2.681)
Abaixo, um quadro com a votação de cada coligação e o respectivo quociente. Reparem que a coligação do DEM-PTN é a única com quociente acima de 2, e, por isso mesmo, elegeu três vereadores.
Coligação | Votos nominais | Votos legenda | Total votos | Quociente partidário |
PDT-PTB-PSDC-PRP |
2.723 |
924 | 3.647 |
1,36 |
PMDB |
2.561 |
99 | 2.660 |
0,99 |
PP – PT – PPS |
4.020 |
280 | 4.300 |
1,60 |
PRB – PSC – PSD |
3.144 |
81 | 3.225 |
1,20 |
PSB – PV – PCdoB |
3.608 |
51 | 3.659 |
1,36 |
PSDB – PSL |
2.437 |
122 | 2.559 |
0,95 |
PTN – DEM |
6.044 |
718 | 6.762 |
2,52 |
CANDIDATOS INDEFERIDOS TIVERAM POUCOS VOTOS
Em Jales, como já se disse, tivemos seis candidatos a vereador com o registro indeferido pela Justiça Eleitoral. Por força de recursos interpostos no Tribunal Superior Eleitoral(TSE), eles puderam continuar concorrendo, mas os votos que tiveram não aparecem na relação oficial, divulgada na internet.
No entanto, através de uma visita ao Cartório Eleitoral, foi possível saber que a votação dos seis candidatos não foi lá grande coisa. Juntos, eles tiveram 849 votos, mas apenas os 471 votos dados ao vereador José Roberto Fávaro poderiam alterar alguma coisa na formação da Câmara.
Caso Jota Erre consiga reverter o indeferimento de sua candidatura no TSE – o que não vai ser fácil – os 471 votos dele se somariam aos outros 2.559 votos obtidos pelos candidatos da coligação PSDB-PSL e levariam Du Venturini ao trono. Nesse caso, Sérgio Nishimoto perderia sua vaga, mas, por pouco, a vítima não seria Tiago Abra.
A coligação de Tiago (PSB-PV-PCdoB) teve apenas 12 votos a mais que a coligação de Nishimoto (PDT-PTB-PSDC-PRP). 3.659 contra 3.647. Abaixo, a votação dos candidatos indeferidos:
Mauro Hélio Lopes (PT), o Maurinho Enfermeiro – 228 votos Josiel Britos da Silva (PSL), o Jojô – 28 votos Altamira Maria Guimarães (PSC) – 20 votos Mara Regina de Souza (PSDC) – 23 votos José Roberto Fávaro (PSDB), o Jota Erre – 471 votos Élcio de Souza Oliveira (PSD), o Élcio do Futsal – 79 votos.Post Scriptum: Só há uma possibilidade de Nishimoto não ser o degolado, caso Jota Erre consiga o deferimento de sua candidatura. Isso aconteceria se a candidata Mara Regina de Souza, a Mara Fontes, também conseguisse o deferimento. Com os 23 votos dela, a coligação de Nishimoto ultrapassaria a coligação de Tiago Abra, que ficaria na berlinda.
LICITAÇÃO PARA VENDA DA FOLHA DE PAGAMENTO FRACASSOU
Deu em nada a licitação aberta pelo prefeito Humberto Parini para a venda da Folha de Pagamento dos servidores da Prefeitura e dos aposentados do Instituto Municipal de Previdência Social de Jales. Segundo informações fidedignas (algumas pessoas duvidam das minhas informações fidedignas!), nenhuma Instituição Financeira apresentou proposta para a concorrência, marcada para hoje.
Como já foi dito por este blog, Parini vendeu a Folha de Pagamento, no final de 2007, através de uma concorrência, ao Banco Santander S.A., que pagou R$ 4,8 milhões pela exclusividade das contas dos servidores e dos aposentados.
O contrato foi assinado em dezembro de 2007, mas começaria a valer somente após as contas serem transferidas para o Santander, o que, efetivamente, só aconteceu em março ou abril do ano seguinte, 2008. Portanto, o contrato, que é de cinco anos, deve vencer em março ou abril do ano que vem.
Na concorrência que estava prevista para hoje, nosso prefeito está vendendo a Folha de Pagamento por cinco anos e cedendo o espaço do posto bancário localizado na sede da Prefeitura por apenas dois anos, o que representa uma incoerência. Aparentemente, nenhum banco quis entrar nessa bola dividida.
Resta saber, agora, se Parini vai insistir nessa idéia genial ou se, diante do desinteresse do bancos, vai desistir. O correto seria deixar a licitação para a futura prefeita, Nice, fazer, mas, ao que parece, Parini está precisando de dinheiro para fechar as contas.
TREZE MIL ELEITORES “ABRAÇARAM” PROMESSAS DE NICE
Finda a contagem oficial do TSE, 13.153 eleitores jalesenses – 48,16% dos votos válidos – optaram por entregar as chaves da cidade à candidata Nice Mistilides(PTB), enquanto 12.613 eleitores – 46,18% – preferiram Flávio Prandi(DEM), uma diferença de 540 votos, ou 1,98%.
Outros 1.545 eleitores – 5,66% dos que votaram para prefeito – ficaram com Clóvis Viola(PPS). E dos 29.925 jalesenses que foram às urnas, 1.038 votaram em branco para prefeito, enquanto outros 1.578 preferiram anular o voto.
ABSTENÇÃO EM JALES BEIRA 20%
Nada menos que 7.292 eleitores deixaram de comparecer às urnas nas eleições de ontem, em Jales. Eles representam 19,59% dos 37.217 eleitores inscritos em nossa cidade. Em 2008, quando tínhamos 36.811 eleitores, a abstenção foi de 18,39%, correspondente a 6.772 eleitores ausentes.
Perguntei, um dia desses, ao experiente João Edson Rubello, do Cartório Eleitoral, qual seria o perfil dos eleitores que deixam de votar. Ele me disse que a maioria é de pessoas que estão trabalhando ou estudando fora da cidade. Normalmente, essas pessoas deixam para vir a Jales nos feriados prolongados. E o próximo feriado prolongado acontece justamente nesta semana.
Ouvi, também, o presidente do PMDB local, João Missoni, igualmente experiente em eleições. Ele me disse que, normalmente, as pessoas mais simples e com menos grau de instrução não deixam de votar. “Uma boa parte das pessoas que se ausentam são aquelas que possuem melhores condições e aproveitam para viajar ou ir pescar”, garante João.
Ele deve ter alguma razão! Agora, vejam o caso da moça da foto lá de cima. Ela teve uma dificuldade enorme para descer do carro que a trouxe. Foram quase dez minutos para conseguir sentar na cadeira de rodas e – ajudada pelo policial, o cabo Félix – se dirigir à sua seção, na EE “Onélia Faggioni”. Mas ela fez questão de votar!
Abaixo, um quadro com a abstenção nos 10 municípios vinculados ao Cartório Eleitoral de Jales. Reparem que a abstenção de Jales é a maior. No entanto, na comparação com as outras cidades maiores – Fernandópolis(19,73%), Santa Fé do Sul(19,77%) e Votuporanga(18,93%) – o índice de abstenção, em Jales, pode ser considerado normal.
Município | Eleitores | Ausências | Abstenção |
Aspásia |
1.786 |
118 |
6,61% |
Dirce Reis |
1.610 |
84 |
5,22% |
Jales |
37.217 |
7.292 |
19,59% |
Mesópolis |
1.740 |
206 |
11,84% |
Paranapuã |
2.931 |
249 |
8,50% |
Pontalinda |
3.377 |
483 |
14,30% |
Santa Albertina |
4.768 |
532 |
11,16% |
Santa Salete |
1.494 |
91 |
6,09% |
Urânia |
6.562 |
764 |
11,64% |
Vitória Brasil |
1.572 |
122 |
7,76% |
MORADORA CONFIRMA CRÍTICAS A PARINI
Vocês estão reconhecendo a senhora da foto? Não? O nome dela é Roseli e eu a encontrei, ontem, trabalhando como mesária em uma das seções localizadas na Escola “Juvenal Giraldelli”. Roseli é aquela senhora que apareceu no programa do Valdomiro Lopes, fazendo críticas à administração Parini.
E ela confirmou a este aprendiz de blogueiro, todas as críticas feitas ao governo Parini.
Segundo Roseli, que foi beneficiada com uma das 25 moradias populares construídas no conjunto habitacional “Renascer”, as casas teriam sido entregues em péssimas condições.
“Tava faltando muita coisa nas casas, inclusive o piso”, reclamou a moradora