Arquivos mensais: outubro 2012

UM DOS MAIS VOTADOS, DU VENTURINI RESPONSABILIZA CARDOSÃO POR NÃO SE ELEGER

Pelo menos nos próximos trinta ou sessenta dias, é aconselhável não convidar Du Venturini e o presidente do PSDB local, Carlos Roberto Cardoso da Silva, o Cardosão, para o mesmo churrasco.

Com 984 votos, o 4º mais votado, Du Venturini ficou, por enquanto, fora da Câmara. Sua coligação – sem contar a votação dos indeferidos Jota Erre(471) e Jojô(28) – alcançou 2.559 votos. Ou seja, faltaram 122 votos para que Du fosse eleito sem depender da situação de Jota Erre. 

O PSDB foi castigado por ter acreditado numa reviravolta do caso Jota Erre e por ter se coligado com um dos partidos da família Macetão, o PSL. Esperto, Macetão empurrou para o colo dos tucanos, além do indeferido Jojô, outros quatro candidatos que, juntos, obtiveram apenas 98 votos.

Deve ser por isso que Du Venturini está “p” da vida com o Cardosão. Domingo, após a divulgação do resultado final, Du encontrou Cardosão no Cartório Eleitoral. Sentindo-se prejudicado, ele, visivelmente transtornado,  falou poucas e boas ao presidente do PSDB. E quem encontrou Cardosão na segunda-feira, viu que ele – apesar da vitória de Nice – estava meio que chateado.

FALTARAM SÓ 22 VOTOS PARA O PMDB ELEGER MARYNILDA

Numa eleição, não há nada pior do que chegar na porta de entrada e ficar do lado de fora. Foi o que aconteceu com a candidata Marynilda Cavenaghi(PMDB), graças a esse sistema eleitoral esdrúxulo, inventado por deputados e senadores. E pelos partidos, é claro.

Com 829 votos, Marynilda foi a 5ª mais votada, atrás apenas dos eleitos  Tiquinho(1.448), Pérola(1.349) e Claudir(1.010), e do Du Venturini(984), que também ficou de fora. E Marynilda não entrou graças ao mau desempenho de alguns companheiros de partido, que foram muito mal votados. Mesmo assim, ficaram faltando apenas 22 votos para que ela fosse eleita.

Juntos, os candidatos do PMDB tiveram 2.561 votos, que, somados aos 99 votos de legenda, totalizaram 2.660, ou 21 a menos que o quociente eleitoral, que foi de 2.681. Quer dizer, se ela ou algum de seus companheiros de partido tivesse alcançado 22 votos a mais, Marynilda estaria eleita. 

Ela teria sido eleita, também, se o seo Zé do Picolé não tivesse desistido da disputa na véspera do registro das candidaturas. Enfim, coisas da política…

Lembrando que o quociente eleitoral resulta da divisão do total de votos válidos (26.812) pelo número de cadeiras na Câmara (10), o que dá 2.681. O quociente partidário, é o número de votos obtidos por cada coligação, dividido pelo quociente eleitoral (2.681)

Abaixo, um quadro com a votação de cada coligação e o respectivo quociente. Reparem que a coligação do DEM-PTN é a única com quociente acima de 2, e, por isso mesmo, elegeu três vereadores.

Coligação Votos nominais Votos legenda Total votos Quociente partidário
PDT-PTB-PSDC-PRP

2.723

924 3.647

1,36

PMDB

2.561

 99 2.660

0,99

PP – PT – PPS

4.020

280 4.300

1,60

PRB – PSC – PSD

3.144

81 3.225

1,20

PSB – PV – PCdoB

3.608

51 3.659

1,36

PSDB – PSL

2.437

122 2.559

0,95

PTN – DEM

6.044

718 6.762

2,52

CANDIDATOS INDEFERIDOS TIVERAM POUCOS VOTOS

Em Jales, como já se disse, tivemos seis candidatos a vereador com o registro indeferido pela Justiça Eleitoral. Por força de recursos interpostos no Tribunal Superior Eleitoral(TSE), eles puderam continuar concorrendo, mas os votos que tiveram não aparecem na relação oficial, divulgada na internet.

No entanto, através de uma visita ao Cartório Eleitoral, foi possível saber que a votação dos seis candidatos não foi lá grande coisa. Juntos, eles tiveram 849 votos, mas apenas os 471 votos dados ao vereador José Roberto Fávaro poderiam alterar alguma coisa na formação da Câmara.

Caso Jota Erre consiga reverter o indeferimento de sua candidatura no TSE – o que não vai ser fácil – os 471 votos dele se somariam aos outros 2.559 votos obtidos pelos candidatos da coligação PSDB-PSL e levariam Du Venturini ao trono. Nesse caso, Sérgio Nishimoto perderia sua vaga, mas, por pouco, a vítima não seria Tiago Abra.

A coligação de Tiago (PSB-PV-PCdoB) teve apenas 12 votos a mais que a coligação de Nishimoto (PDT-PTB-PSDC-PRP). 3.659 contra 3.647.  Abaixo, a votação dos candidatos indeferidos:

Mauro Hélio Lopes (PT), o Maurinho Enfermeiro  –  228 votos
Josiel Britos da Silva (PSL), o Jojô  –  28 votos
Altamira Maria Guimarães (PSC)  –  20 votos
Mara Regina de Souza (PSDC)  –  23 votos
José Roberto Fávaro (PSDB), o Jota Erre –  471 votos
Élcio de Souza Oliveira (PSD), o Élcio do Futsal  –  79 votos.

Post Scriptum: Só há uma possibilidade de Nishimoto não ser o degolado, caso Jota Erre consiga o deferimento de sua candidatura. Isso aconteceria se a candidata Mara Regina de Souza, a Mara Fontes, também conseguisse o deferimento. Com os 23 votos dela, a coligação de Nishimoto ultrapassaria a coligação de Tiago Abra, que ficaria na berlinda.

LICITAÇÃO PARA VENDA DA FOLHA DE PAGAMENTO FRACASSOU

Deu em nada a licitação aberta pelo prefeito Humberto Parini para a venda da Folha de Pagamento dos servidores da Prefeitura e dos aposentados do Instituto Municipal de Previdência Social de Jales. Segundo informações fidedignas (algumas pessoas duvidam das minhas informações fidedignas!), nenhuma Instituição Financeira apresentou proposta para a concorrência, marcada para hoje.

Como já foi dito por este blog, Parini vendeu a Folha de Pagamento, no final de 2007, através de uma concorrência, ao Banco Santander S.A., que pagou R$ 4,8 milhões pela exclusividade das contas dos servidores e dos aposentados.

O contrato foi assinado em dezembro de 2007, mas começaria a valer somente após as contas serem transferidas para o Santander, o que, efetivamente, só aconteceu em março ou abril do ano seguinte, 2008. Portanto, o contrato, que é de cinco anos, deve vencer em março ou abril do ano que vem.

Na concorrência que estava prevista para hoje, nosso prefeito está vendendo a Folha de Pagamento por cinco anos e cedendo o espaço do posto bancário localizado na sede da Prefeitura por apenas dois anos, o que representa uma incoerência. Aparentemente, nenhum banco quis entrar nessa bola dividida.

Resta saber, agora, se Parini vai insistir nessa idéia genial ou se, diante do desinteresse do bancos, vai desistir. O correto seria deixar a licitação para a futura prefeita, Nice, fazer, mas, ao que parece, Parini está precisando de dinheiro para fechar as contas.

TREZE MIL ELEITORES “ABRAÇARAM” PROMESSAS DE NICE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Finda a contagem oficial do TSE, 13.153 eleitores jalesenses – 48,16% dos votos válidos – optaram por entregar as chaves da cidade à candidata Nice Mistilides(PTB), enquanto 12.613 eleitores – 46,18% – preferiram Flávio Prandi(DEM), uma diferença de  540 votos, ou 1,98%.  

Outros 1.545 eleitores – 5,66% dos que votaram para prefeito – ficaram com Clóvis Viola(PPS). E dos 29.925 jalesenses que foram às urnas, 1.038 votaram em branco para prefeito, enquanto outros 1.578 preferiram anular o voto.   

ABSTENÇÃO EM JALES BEIRA 20%

Nada menos que 7.292 eleitores deixaram de comparecer às urnas nas eleições de ontem, em Jales. Eles representam 19,59% dos 37.217 eleitores inscritos em nossa cidade. Em 2008, quando tínhamos 36.811 eleitores, a abstenção foi de 18,39%, correspondente a 6.772 eleitores ausentes.

Perguntei, um dia desses, ao experiente João Edson Rubello, do Cartório Eleitoral, qual seria o perfil dos eleitores que deixam de votar. Ele me disse que a maioria é de pessoas que estão trabalhando ou estudando fora da cidade. Normalmente, essas pessoas deixam para vir a Jales nos feriados prolongados. E o próximo feriado prolongado acontece justamente nesta semana.

Ouvi, também, o presidente do PMDB local, João Missoni, igualmente experiente em eleições. Ele me disse que, normalmente, as pessoas mais simples e com menos grau de instrução não deixam de votar. “Uma boa parte das pessoas que se ausentam são aquelas que possuem melhores condições e aproveitam para viajar ou ir pescar”, garante João.

Ele deve ter alguma razão! Agora, vejam o caso da moça da foto lá de cima. Ela teve uma dificuldade enorme para descer do carro que a trouxe. Foram quase dez minutos para conseguir sentar na cadeira de rodas e – ajudada pelo policial, o cabo Félix – se dirigir à sua seção, na EE “Onélia Faggioni”. Mas ela fez questão de votar!

Abaixo, um quadro com a abstenção nos 10 municípios vinculados ao Cartório Eleitoral de Jales. Reparem que a abstenção de Jales é a maior. No entanto, na comparação com as outras cidades maiores – Fernandópolis(19,73%), Santa Fé do Sul(19,77%) e Votuporanga(18,93%) – o índice de abstenção, em Jales, pode ser considerado normal. 

Município Eleitores Ausências Abstenção
Aspásia

1.786

118

6,61%

Dirce Reis

1.610

84

5,22%

Jales

37.217

7.292

19,59%

Mesópolis

1.740

206

11,84%

Paranapuã

2.931

249

8,50%

Pontalinda

3.377

483

14,30%

Santa Albertina

4.768

532

11,16%

Santa Salete

1.494

91

6,09%

Urânia

6.562

764

11,64%

Vitória Brasil

1.572

122

7,76%

 

MORADORA CONFIRMA CRÍTICAS A PARINI

Vocês estão reconhecendo a senhora da foto? Não? O nome dela é Roseli e eu a encontrei, ontem, trabalhando como mesária em uma das seções localizadas na Escola “Juvenal Giraldelli”. Roseli é aquela senhora que apareceu no programa do Valdomiro Lopes, fazendo críticas à administração Parini.

E ela confirmou a este aprendiz de blogueiro, todas as críticas feitas ao governo Parini.

Segundo Roseli, que foi beneficiada com uma das 25 moradias populares construídas no conjunto habitacional “Renascer”, as casas teriam sido entregues em péssimas condições.

“Tava faltando muita coisa nas casas, inclusive o piso”, reclamou a moradora

 

EM PLENA CARREATA DA VITÓRIA, NICE CHAMA SERVIDOR DE VAGABUNDO

Eu não consegui falar com o principal envolvido – o servidor municipal Valdecir Ramalho, conhecido como Brito – mas fontes bastante fidedignas me informaram que, durante a carreata de ontem, a prefeita eleita, Nice Mistilides, teria feito um pit stop em frente a casa do servidor, no conjunto “Dercílio Joaquim de Carvalho”, para desacatá-lo.

De acordo com as fontes, Nice teria se dirigido de maneira desrespeitosa ao servidor, que – durante a campanha – pediu votos para Flávio Prandi Franco. Ela teria dito ao funcionário: “Vai trabalhar, vagabundo!”. Tudo indica que os servidores municipais – principalmente aqueles que manifestaram preferência por Flá – viverão tempos difíceis nos próximos quatro anos.

É provável que a nossa futura prefeita nunca tenha ouvido falar que um vencedor deve ser, no mínimo, respeitoso com os “vencidos”. Nem vamos falar em magnanimidade, que, para isso, além de ter valor, é preciso ter valores. Para quem passou a campanha inteira falando em Deus, é um mau começo! 

OS ELEITOS EM VITÓRIA BRASIL

Em Vitória Brasil deu o esperado. A candidata Ana Lúcia Olhier(PSDB) foi a vencedora com 903 votos, mais que o dobro do segundo colocado, o petebista Paulo Henrique Miotto – Paulinho do Açougue – que saiu das urnas com 400 votos.

O petista José Gomes, o Zequinha, ficou em terceiro lugar (só tinha três candidatos!) com heróicos 93 votos, 6,66% do total de votos válidos. No longo capítulo das abstenções, 122 eleitores (7,76%)  deixaram de votar. Entre os 1.450 eleitores que compareceram, 18 votaram em branco e 36 acharam mais conveniente anular o voto. Eis, agora, os vereadores eleitos:

Angélica do Alécio (DEM)  –  116
Leonel Amaral (PSDB)  –  94
Ricardo do Posto (PSDB)  –  89
José Carlos Olhier (PMDB)  –  77
Joaquim Moura (PSDB)  –  73
Tatu (PSDB)  –  64
Fernando (PP)  –  57
Val Oreia (PTB)  –  57
Bisteca (PMDB)  –  51

OS ELEITOS EM URÂNIA

Em Urânia, nós tivemos 1.977 votos anulados. Claro que boa parte desses votos – talvez uns 1.900 – foram dados à candidata Neuseli Pires(PTB), que está com a candidatura indeferida. Mesmo que tivesse resolvido seus problemas com a Justiça Eleitoral, Neuseli não passaria de um segundo lugar.

Afinal, seu adversário, o atual prefeito Francisco Airton Saracuza(PP), saiu das urnas com 3.128 votos. Além de Neuseli e Saracuza, outros dois candidatos concorriam em Urânia: Sandra Cássia Correa(PRP), que teve 307 votos e Jacir Pontel, que ficou com 193 votos. Para a Câmara, foram eleitos os seguintes vereadores:

Marinete (PP)  –  460
Fião (PPS) – 339
Mussato (PR)  –  321
Márcio Arjol (PSDB)  –  275
Tomaz do Raio X (PTB)  –  274
Nenzinho (PP)  –  253
Doutor Orlando (PT)  –  249
João Pega-Lebre (PTB)  –  249
Marquinhos Abrante (DEM)  –  210
1 9 10 11 12 13 17