Blog do Cardosinho

Pesquisas à parte, este aprendiz de blogueiro teve acesso a um levantamento que, se estiver correto, indica que a eleição de amanhã poderá ser um teste para cardíacos. Principalmente, para quem já tinha – há um mês – a eleição como favas contadas.

Se, repito, o estudo estiver correto, o voto útil e o voto dos indecisos será fundamental. E o voto útil já é uma certeza. Há alguns dias, um amigo advogado me ligou a respeito de assunto fora da política. Ao final da conversa, ele, que é eleitor do Clóvis, disse que deixaria de votar em seu candidato pra fazer o voto útil.

A mesma coisa me disse outro amigo, enquanto comíamos um pastel na Massa Pronta. E já são vários os relatos de gente que queria votar no Clóvis, mas vai votar diferente. Hoje, pela manhã, encontrei outro amigo, candidato a vereador pelo PT. Por razões que não convém citar, ele disse que também faria o chamado voto útil.

Não sei até que ponto isso revela uma tendência e tampouco sei em que grau o voto útil acontecerá, mas que ele existirá amanhã, não tenho dúvida. Quanto aos indecisos, fica difícil saber pra que lado eles  penderão. Talvez para ganhar o voto deles, Nice divulgou, nesta semana,  uma pesquisa onde ela aparecia com 26 pontos à frente de Flá.

É uma estratégia válida. Resta saber como estaria a cabeça dos indecisos diante dessa profusão de pesquisas com números diferentes e estranhos.

…Mas não será nada fácil! É bem verdade que coligação possui bons candidatos – Ricardo Junqueira e Júnior Rodrigues, na foto com Flá, são dois deles – e pode surpreender, mas, repito, eleger dois vereadores não é tarefa fácil.

Apontar um favorito  também não é tarefa fácil, uma vez que o grupo é equilibrado. A coligação terá muitos candidatos bem votados e, além dos dois citados acima, pelo menos outros quatro candidatos estão em condições de ser o primeiro colocado no grupo. E o primeiro estará, com certeza, eleito. Já o segundo…, bem, o segundo dependerá de muita conta.     

São quatro os favoritos do PMDB, nestas eleições. Marynilda Cavenaghi, Jediel Zacarias, Osmar Rezende e Wilson Flumenal – que aparece na foto acima, com seu fiel-escudeiro Dorival. Segundo se sabe, o PMDB tem esperanças de conseguir duas vagas. Conta, para isso, com a tradição do partido.

Jediel, Osmar e Flumenal são veteranos de guerra e já participaram de diversas eleições. A novidade é a professora e servidora municipal  Marynilda Cavenaghi, que tem o apoio de parte do funcionalismo público e de peemedebistas tradicionais. 

Ela está estreando em eleições, mas não é neófita no assunto: Marinylda é filha do antigo “manda-brasa” José Carlos Cavenaghi, que foi vereador em Jales por quatro legislaturas seguidas, de 1969 a 1988.

Muita gente não sabe, mas o candidato a vereador Gilberto Alexandre de Moraes, o Gilbertão, teve participação importante na vinda do Hospital de Câncer para Jales. Foi ele – com ajuda do agricultor e empresário Durvalino Rodrigues Gouvea – quem conseguiu os primeiros recursos para a instalação do Ambulatório de Câncer, origem do Hospital.

Além de conseguir os recursos – R$ 400 mil – junto ao deputado José Dílson(PDT), Gilbertão cuidou para que eles não fossem desviados de sua finalidade. Os R$ 400 mil foram utilizados na aquisição dos primeiros equipamentos para o Ambulatório. Depois, Vadão e Henrique Prata entraram na história e o Ambulatório virou Hospital.

Nestas eleições, Gilbertão terá que dar seus pulos se quiser ser eleito. Afinal, ele tem vários concorrentes de peso dentro do seu próprio partido, o DEM. Tiquinho, Jesus da Prefeitura, Salatiel de Oliveira, Ademar Bocalon e Deley, entre outros, estarão, com certeza, entre os mais votados nestas eleições.

O DEM deverá fazer dois vereadores diretamente e, de quebra, tentar mais uma vaga na sobra. Além de possuir um bom grupo de vereadores, eles serão ajudados pelo voto de legenda, uma vez que muitos eleitores – consciente ou inconscientemente – deverão votar no 25. 

Hoje de manhã, dando uns bordejos pela cidade, encontrei a vereadora Pérola Cardoso fazendo o chamado “corpo-a-corpo” na Rua Oito, como mostra a foto acima. Nas eleições de 2008, Pérola foi a mais votada da coligação PT-PPS, com 1.713 votos.

A dúvida, agora, é se ela conseguirá repetir a performance de 2008, ou se vai superá-la. Com certeza, Pérola voltará à Câmara como a mais votada de sua coligação, mas o que o pessoal do PT espera é que ela e os outros candidatos tenham votos suficientes para fazer um segundo vereador. Históricamente, o PT é o partido que mais consegue votos de legenda. Resta saber se, neste ano, o 13 será bem votado.

De acordo com as previsões, as três coligações que apoiam Nice Mistilides deverão eleger 04 vereadores. E os quatro possíveis eleitos estão entre os seis candidatos que aparecem na parte de superior – à esquerda – do folheto mostrado na foto acima.

Nishimoto, Jota Erre, Claudir Aranda, Du Venturini, Jorge Pêgolo e André Macetão não estão colocados nessa posição do folheto por acaso. Trata-se de uma estratégia de marketing, pois eles são os favoritos. Um único problema: a candidatura de Jota Erre continua sub judice e os votos que ele receber amanhã nem aparecerão na contagem oficial do TSE. 

Afora os favoritos acima, o único que poderá causar alguma surpresa é o candidato Nenê do Pet Shop. Segundo consta, ele terá um número razoável de votos. Os demais candidatos – com todo o respeito – serão meros coadjuvantes.