Arquivos mensais: abril 2020

MPF PEDE QUE PREFEITURA DE JALES REAVALIE DECISÃO DE FLEXIBILIZAR QUARENTENA

A notícia é da assessoria de imprensa do MPF:

O Ministério Público Federal quer que a Prefeitura de Jales (SP) reavalie a flexibilização, já em vigor, da quarentena na cidade. Um decreto municipal editado nessa terça-feira (14) autorizou o relaxamento das medidas de isolamento social ao permitir o funcionamento, com restrições, de estabelecimentos comerciais de setores considerados não essenciais. O MPF pede que o prefeito Flávio Prandi Franco reveja a decisão, de modo que Jales leve em conta as orientações do Ministério da Saúde e apenas suavize a quarentena se o sistema de saúde do município estiver preparado para um eventual crescimento no número de casos da covid-19.

A Prefeitura justifica a flexibilização com o fato de que, até o momento, a cidade não registrou nenhum óbito ou internação em UTI por causa da doença. Segundo a administração municipal, o quadro adequa-se aos parâmetros que o Ministério da Saúde havia fixado no boletim epidemiológico 7, de 6 de abril, para o abrandamento da quarentena em unidades da Federação onde os casos da doença ainda não tivessem impactado a capacidade de atendimento médico-hospitalar em mais de 50%. Porém, a decisão do prefeito desconsidera as ressalvas que o próprio Ministério da Saúde fez no boletim epidemiológico seguinte, publicado em 9 de abril.

De acordo com a pasta, as medidas de relaxamento só devem ser adotadas se houver garantia de que a rede de saúde local está devidamente preparada para o combate à covid-19. “Avalia-se que as unidades da Federação que implementaram medidas de distanciamento social ampliado [mais rígido] devem manter essas medidas até que o suprimento de equipamentos (leitos, EPIs, respiradores, testes laboratoriais) e equipes de saúde (médicos, enfermeiros, demais trabalhadores de saúde e outros) estejam disponíveis em quantitativo suficiente, de forma a promover, com segurança, a transição para a estratégia de distanciamento social seletivo”, diz trecho do boletim.

As autoridades federais, inclusive, prestam esclarecimentos sobre o relatório anterior, no qual a Prefeitura de Jales se baseou. “No Boletim Epidemiológico (BE) 7, divulgado na segunda-feira (7), [o Ministério da Saúde] reforça a necessidade de isolamento social para o preparo da rede de saúde pública. Segundo o documento, as medidas retardam o pico da epidemia, tempo que deve ser utilizado pelos gestores locais para preparar a assistência aos pacientes”, destacam.

“O documento alerta que instituir medidas não-farmacológicas e não providenciar o aumento de capacidade de absorção de casos leves e graves pelo sistema de saúde é uma medida inefetiva. Assim, qualquer medida de relaxamento não será possível sem o preparo da rede de atenção à população”, conclui o Ministério da Saúde.

Por isso, o MPF quer que a Prefeitura preste informações sobre a capacidade atual de atendimento em Jales e, a partir disso, reanalise a viabilidade da flexibilização, considerando que o país ainda não passou pelo período previsto de pico da doença. Em ofício enviado nesta quarta-feira (15), a Procuradoria da República no município pede que o prefeito esclareça as reais condições de funcionamento das unidades de saúde da cidade, entre elas a Santa Casa e o Hospital de Amor. A administração municipal deverá indicar o número de leitos instalados, bem como o de equipamentos necessários disponíveis para o socorro de pacientes com a covid-19.

O MPF requisita ainda dados sobre o estoque existente de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os profissionais de saúde dedicados ao tratamento desses pacientes. Por fim, a Procuradoria quer saber quantos testes para a doença estão à disposição e qual a capacidade dos laboratórios particulares do município para processá-los. A Prefeitura tem 48 horas para o envio das informações.

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA VAI TESTAR EM PACIENTES REMÉDIO COM 94% DE EFICÁCIA CONTRA COVID-19

Pelo jeito, o Ministério da Ciência e Tecnologia não acredita nessa história de cloroquina milagrosa. A notícia é do UOL:

O Ministério da Ciência e Tecnologia anunciou hoje que o Brasil testará nas próximas semanas um “remédio promissor” que, segundo análises in vitro, demonstrou ter 94% de eficácia em ensaios com células infectadas pelo novo coronavírus. Ao menos 500 pacientes com a covid-19, desde que não estejam em estado grave, participarão dos estudos clínicos, de acordo com o governo.

O ministro Marcos Pontes, titular da pasta da Ciência e Tecnologia, não deu o nome da droga porque ainda não há um laudo conclusivo. Ele afirmou que o medicamento desenvolvido por cientistas brasileiros tem formulação pediátrica e preço acessível nas farmácias.

“Para garantir a continuidade dos testes clínicos, e por questões de segurança, o nome do medicamento selecionado será mantido em sigilo até que os resultados dos testes clínicos demonstrem a sua eficácia em pacientes”, informou o ministério.

“O que se pode adiantar é que o fármaco tem baixo custo, ampla distribuição no território nacional e sua administração não está relacionada a efeitos colaterais graves e que pode ser usado por pessoas de diversos perfis inclusive em formulações pediátricas”, completou.

Pontes destacou que os reagentes usados no remédio são produzidos no Brasil, o que “não nos deixa dependentes de outros países”. “Isso nos permite realizar testes diagnósticos com maior amplitude e que as pessoas com os primeiros sintomas possam ir ao médico, receber uma prescrição, passar na farmácia e se recuperar em casa”, disse o ministro.

“Imaginando que tudo isso funcione, pois nós estamos entrando nos testes clínicos, vamos ter um medicamento, testes e a vacina, essa mais para frente. Esperamos no meio de maio ter uma ferramenta efetiva para combater essa pandemia no Brasil”, disse Pontes.

PARENTES DE MORTOS POR CORONAVÍRUS QUESTIONAM SE CONTÁGIO OCORREU EM HOSPITAIS DA PREVENT SÊNIOR

O ex-urubólogo Alexandre Garcia, que faz propaganda da cloroquina todos os dias, citou, na semana passada, a Prevent Sênior – dona do hospital Sancta Maggiore – como exemplo de sucesso na utilização do medicamento contra a Covid-19. O sucesso é tamanho que os hospitais da rede concentram 1/3 dos óbitos ocorridos em São Paulo.

E agora, familiares de pessoas que procuraram unidades do Sancta Maggiore para se tratar de outras doenças estão achando que seus parentes foram infectados pelo corona nas dependências dos hospitais. A notícia é da Época:

Familiares de pelo menos 12 pacientes que foram vítimas do coronavírus em unidades da Prevent Senior em São Paulo relataram a ÉPOCA a suspeita de que seus parentes tenham se infectado ao buscar atendimento nos hospitais Sancta Maggiore, que pertence ao plano de saúde.

Além da surpresa do diagnóstico, em comum está o fato de morarem em bairros distantes do epicentro da doença e manterem rotina mais reclusa por conta dos problemas de saúde que já tinham.

A Prevent Senior nega a hipótese de contaminação em suas unidades e sustenta que as vítimas provavelmente já estavam infectados quando procuraram atendimento. A empresa afirma que segue desde o início da crise os protocolos estabelecidos pelas autoridades sanitárias e a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Até segunda-feira (13), mais de um terço das 456 mortes de coronavírus na cidade de São Paulo ocorreu em alguma das cinco unidades da rede, que atende a quase meio milhão de pacientes, com idade média de 68 anos. É tragédia semelhante à queda de um jato com 163 passageiros, sem que houvesse sobreviventes.

No fim de março, o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que os primeiros números de mortes no hospital indicavam um “ambiente de transmissão elevada”. Para ele, o plano “provavelmente não tomou as barreiras que precisaria ter tomado antes da entrada do vírus”. O presidente da empresa, Fernando Parrillo, reagiu, dizendo que o ministro estava mal informado e que seguia todos os protocolos.

BOLSONARO É O PIOR DO MUNDO NA OPINIÃO DO WASHINGTON POST

Trechos do artigo do jornalista Reinaldo Azevedo, em seu blog:

Durante a campanha eleitoral e nos primeiros meses do governo, o presidente Jair Bolsonaro alimentava a fantasia de que o mundo reconheceria que o Brasil, finalmente, teria conseguido eleger um presidente à altura de sua grandeza. E prometia alçar o país a altitudes inéditas. Pois é… Bolsonaro conseguiu, finalmente, ser considerado o primeiro num ranking definido pelo jornal americano The Washington Post.

O jornal publicou nesta terça um editorial já bastante eloquente desde o título: “Líderes põem vidas em risco ao minimizar coronavírus. Bolsonaro é o pior”.

Entenderam? O jornal considera que Bolsonaro é hoje, no mundo, o governante que mais põe vidas em risco em razão do trato que dispensa à pandemia.

O presidente brasileiro também é personagem de um texto da revista inglesa The Economist desta semana intitulado “Jair Bolsonaro isolou a si mesmo. E do lado errado”. Lê-se lá: “Boa parte do governo o trata como aquele parente difícil, que exibe sinais de insanidade”.

Estamos falando daquela que é considerada a mais importante revista do mundo e de um dos mais influentes jornais dos EUA e do planeta. Não é pouca coisa. A conclusão inafastável é uma só: Bolsonaro também faz mal à reputação do Brasil no mundo, e isso, acreditem, tem um preço.

O jornal cita países que se distinguem positivamente: Alemanha, Nova Zelândia, Coréia do Sul e Taiwan. E cita, também, os que se destacam negativamente: Belarus, Turcomenistão, Nicarágua e Brasil.

Depois de citar exotismos dos líderes dos outros três países, vem a afirmação que cria uma mácula global no Brasil: “De longe, o caso mais grave de malefício é o do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro”.

Como se nota, Bolsonaro cumpre a promessa. Disse que iria assombrar o mundo. E assombra mesmo!

O artigo pode ser lido, por inteiro, aqui.

COM “TÁTICA DE BOLSONARO”, TURQUIA VÊ CORONAVÍRUS DISPARAR NO PAÍS

Esse Erdogan é quase tão boçal quanto o Bozo. Quase! O “mito” é insuperável no quesito boçalidade. Não por acaso, dois jornais – Washington Post (EUA) e La Stampa (Itália) – já o elegeram o pior presidente do mundo. A notícia é do UOL:

Um dos últimos países a começar a ter registros do novo coronavírus, a Turquia observa hoje o número de novos casos da covid-19 chegar perto da marca de 5.000 por dia. Em meio a esse cenário, o país tem em pauta a disputa entre os apoiadores do fechamento completo de cidades e os que defendem que a economia não pode parar, algo semelhante ao que o Brasil também vive.

O presidente turco, Recep Erdogan, chegou a dizer que a “roda da economia” não pode parar, em posição semelhantes à de seu par brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido). O país vive em isolamento vertical, tal como também defende Bolsonaro.

“A Turquia é um país que, em todas as condições e circunstâncias, deve manter a produção e garantir que as rodas [de produção] continuem girando”, disse o turco na semana passada.

Erdogan, porém, aconselha a população a ficar em casa, mas, ao mesmo não tempo, não deixa de agradecer, como fez na segunda (13), “a todos que trabalham pela continuidade da produção e do emprego.

Há um mês, a Turquia anunciou o primeiro paciente contaminado no país. No último dia 14 de abril, o país já tinha 61.049 casos, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.

Segundo o governo turco, mais de 400 mil pessoas já foram testadas no país. Desde 10 de abril, os testes diários passaram do patamar de 30 mil. A Turquia tem cerca de 82 milhões de habitantes.

O número de mortes dobrou em 8 dias, chegando a 1.296 óbitos na manhã de ontem. É o equivalente a uma taxa de cerca de 15 mortes por milhão de habitantes No Brasil, são, aproximadamente, 6 mortes a cada um milhão de pessoas.

PERIGO! ISOLAMENTO SOCIAL EM JALES ESTÁ ABAIXO DE 50%

No dia em que o Brasil (204 mortes) e o estado de São Paulo (87 mortes) batem recorde de óbitos em 24 horas;

No dia em que o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, David Uip, anuncia que o vírus está se estendendo para o interior e o litoral do estado;

No dia em que dois governadores – Wilson Witzel (Rio de Janeiro) e Hélder Barbalho (Pará) – anunciam que foram contaminados pelo coronavírus e fazem um apelo para que as pessoas fiquem em casa;

No dia em que algumas cidades mineiras adotaram medidas que proíbem os moradores de saírem de casa sem máscara;

No dia em que Jales registrou o segundo caso positivo de Covid-19; e

No dia em que o prefeito Flá Prandi, em comum acordo com a Associação Comercial, emite decreto que permite uma reabertura parcial do comércio – o que vai incentivar mais pessoas a saírem de casa – nós ficamos sabendo que Jales está entre as cidades paulistas que registram os menores índices de isolamento social do estado.

O mapa lá de cima mostra que Jales – assim como Fernandópolis – é uma das cidades coloridas com a cor laranja, que indica os locais onde o índice de isolamento fica entre 35% e 50%.

No mapa, as cidades na cor verde são as que apresentam maior adesão ao isolamento, com índices acima de 60%. Já a cor amarela indica que a cidade tem índice entre 50% e 60%. Votuporanga é uma das cidades amareladas.

Por enquanto, o estado não registra nenhuma cidade com taxa de isolamento social no vermelho, que seria abaixo de 35%. A média estadual estava em 55%, segundo o governo, que considera 70% o percentual ideal para controlar a disseminação da Covid-19.

Os índices de isolamento social são medidos pelo sistema que utiliza a geolocalização dos celulares monitorados pelas quatro principais operadoras de telefonia.

JALES TEM SEGUNDO CASO CONFIRMADO DE CORONAVÍRUS

A Secretaria Municipal de Comunicação divulgou, hoje à tarde, mais um boletim atualizado da situação do coronavírus em Jales. E as novidades não são boas.

Depois de cinco dias sem registrar novos casos, a cidade registrou um caso suspeito nas últimas 24 horas. E o que é pior: registrou, também, o segundo caso positivo da Covid-19. Segundo o boletim, a pessoa contaminada está em isolamento domiciliar, passa bem, e está sendo monitorado pela equipe de Vigilância do município.

O boletim não informa se o caos é importado ou nativo. Mas informa que a pessoa incorporada à lista de casos suspeitos encontra-se internada em uma UTI.

ANTES DE MORRER POR CORONAVÍRUS, JORNALISTA DO SBT ACUSOU EMISSORA DE NEGLIGÊNCIA

Deu no portal Notícias da TV:

A morte do editor de imagens José Augusto Nascimento Silva na segunda-feira (13) em decorrência do novo coronavírus deflagrou a situação de insalubridade no SBT Rio. No final de março, três semanas antes de sua morte, ele enviou áudios pelo WhatsApp acusando a emissora de negligência por manter trabalhando profissionais suspeitos de terem a Covid-19. Uma dessas pessoas, cita Silva, era a apresentadora Isabele Benito, com quem teria se contagiado.

No áudio, Naná –como era chamado José Augusto pelos colegas– apresentava-se indignado com o descaso da emissora, a qual classificou como o “epicentro do coronavírus na cidade do Rio de Janeiro”. Segundo funcionários, o SBT Rio não deu a devida atenção a quem apresentou sintomas logo de início e reportou à chefia, que os obrigou a trabalhar normalmente na sede enquanto não recebessem o diagnóstico com a confirmação da doença.

“Nenhum lugar no Rio de Janeiro tem mais casos suspeitos que no SBT. (…) Eu agora estou sob suspeita, inclusive com atestado de 14 dias que o doutor deu porque me calcei, sabe que não sou burro. Se tiver que processar essa turma eu vou processar. Acho de uma irresponsabilidade tremenda”, esbravejou o editor de imagens.

Naná manifestou no WhatsApp sua preocupação em relação à apresentadora Isabele Benito, que havia informado seus superiores de que seu marido estava com suspeita da doença, mas mesmo assim foi obrigada a trabalhar por uma semana.

No áudio enviado pelo editor de imagens antes de sua morte, ele se mostrou muito indignado com o fato de Isabele ter sido obrigada pela chefia do SBT Rio a ir para a emissora entre os dias 20 e 26 de março.

JANAÍNA PASCOAL DIZ QUE BOLSONARO NÃO TEM GRANDEZA PARA PRESIDIR O PAÍS

A Jana descobriu a roda. O Bozo não grandeza nem para ser o síndico do condomínio dele. Deu no Brasil 247:

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL) abandonou o barco bolsonarista. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ela diz que Bolsonaro tem comportamentos infantis e irresponsáveis e que a atual crise da Covid-19 mostra que Bolsonaro “não tem grandeza para presidir”.

Janaina já tinha afirmado em 16 de março, em discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo, que Bolsonaro deveria deixar o cargo devido ao seu comportamento durante a pandemia do coronavírus. 

Na mesma ocasião, a deputada reagiu à participação do titular do Planalto em manifestação contra os demais Poderes da República e afirmou que se arrependeu do seu voto. 

Ela diverge de Jair Bolsonaro também sobre o isolamento social como medida de prevenção e controle contra a propagação do coronavírus. “Não podemos abrir mão do isolamento horizontal, sobretudo nos locais em que a curva está mais acelerada. O isolamento precisa ser horizontal, pois essa doença atinge todas as idades. O discurso dos grupos de risco é equivocado”.

Indagada sobre como avalia a estratégia dos bolsonaristas, inclusive deputados e os filhos do presidente, que xingam na internet e convocam carreatas, Janaina Paschoal respondeu que não vê estratégia na burrice.

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