Arquivos mensais: julho 2020

PREFEITO DE SANTA FÉ DO SUL, QUE FOI À JUSTIÇA PARA ABRIR ACADEMIAS E SALÕES DE BELEZA, AGORA MANDA FECHAR COMÉRCIO

O prefeito Ademir Maschio(DEM), de Santa Fé do Sul, divulgou ontem, em uma live, algumas medidas que está tomando para tentar reduzir o avanço da covid-19 em seu município. O comércio será o setor mais atingido e terá, a partir de hoje, que funcionar em horário restrito, das 09:00 às 15:00 horas, de segunda a sexta-feira, ficando fechado no sábado. A norma vale, em princípio, até o dia 27 de julho.

Segundo o prefeito, as contaminações pelo coronavírus cresceram exponencialmente nos últimos dias, passando de 50 para 200 casos. Além disso, depois de registrar seu primeiro óbito em 24 de junho, Santa Fé do Sul já contabiliza 08 óbitos, três a mais que Jales.

O prefeito, que, dias atrás, andou criticando as festas que estariam sendo realizadas em ranchos, não mencionou seu próprios erros, mas sempre é bom lembrar que Ademir, talvez influenciado pela irresponsabilidade do presidente Bolsonaro, foi à Justiça para permitir que academias e salões de beleza fossem reabertos em sua cidade.

Em 20 de maio, a juíza de Jales, Maria Paula Branquinho Pini, que estava substituindo em Santa Fé do Sul, deferiu uma liminar solicitada em Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público, determinando que a Prefeitura obedecesse o decreto estadual que estabelecia a suspensão das atividades de academias e salões de beleza.

Ao invés de atender a juíza Maria Paula, o prefeito – disposto a fazer média com alguns de seus munícipes – resolveu recorrer ao TJ-SP, onde, em 28 de maio, o desembargador Leonel Carlos da Costa cassou a liminar da magistrada e liberou a reabertura de academias, salões de beleza e barbearias. Em sua decisão, o desembargador cita o decreto de Bolsonaro que transformou academias e salões de beleza em atividades essenciais.

A conta está chegando agora, com a explosão dos casos positivos, o crescimento no número de óbitos e os perigos de colapso no sistema hospitalar da cidade. 

DELEY CRITICA VEREADORES QUE APROVARAM, EM 2012, TERRENO ESCOLHIDO POR PARINI PARA CONSTRUÇÃO DE CASAS DA CDHU

O vereador Deley(DEM) – provavelmente com o objetivo de responsabilizar o vereador Macetão, que era o presidente da Câmara em 2012 – está criticando os vereadores daquela época, que aprovaram a doação à CDHU do terreno onde foram construídas as casas do conjunto habitacional “Honório Amadeu”. 

Sobre esse assunto, reproduzo trecho do que escrevi em minha coluna, no jornal A Tribuna de domingo passado:

Durante a semana, à guisa de criticar o local escolhido para construção das 99 casas e atribuir culpas aos vereadores da legislatura 2009-2012, divulgou-se que a Câmara Municipal, sob a presidência do vereador Macetão, aprovou às pressas e por unanimidade a escolha do terreno – realmente inapropriado – em sessão extraordinária realizada em outubro de 2012. Quase no final, portanto, da segunda administração Parini-Viola.

É provável, no entanto, que Macetão e os outros vereadores, ao receberem o projeto, receberam também um recado dando conta de que, se não aprovassem o mesmo ainda naquela semana, poderíamos perder as 99 casas. E a culpa, naturalmente, recairia sobre os vereadores. Ressalte-se, porém, que a escolha do terreno, pelo prefeito Parini, já tinha ocorrido UM ANO ANTES.

Para quem não se lembra, a Prefeitura chegou a divulgar, inicialmente, que seriam construídas 200 moradias, as quais teriam sido conquistadas com a intermediação do deputado Itamar Borges(MDB). Em outubro de 2011, no entanto, a mesma Prefeitura informou que seriam construídas apenas 100 casas, uma vez que Parini não tinha conseguido uma área para construir 200.

Na mesma ocasião, a administração Parini informou que as casas seriam construídas “em terreno da Prefeitura, localizado no final da Avenida ‘Salustiano Pupim’, pouco depois do Córrego Marimbondinho”. A demora de um ano para enviar o projeto à Câmara deu-se porque a Prefeitura teve que, antes, obter as aprovações da Cetesb, do Graprohab e da própria CDHU. Portanto, quando o projeto chegou às mãos dos vereadores, já estava tudo decidido.

Tanto é verdade que, quando a Prefeitura enviou o projeto para que os vereadores aprovassem a doação do terreno à CDHU, a licitação para contratação da empresa que construiria as casas já estava correndo. Por sinal, a licitação foi um capítulo à parte, que rendeu algumas dores de cabeça e uma multa de 160 Ufesps (R$ 4,4 mil) ao ex-prefeito Parini.

Isso porque o Tribunal de Contas, em uma decisão discutível do conselheiro Sidney Beraldo – um ex-deputado tucano – julgou que faltou competitividade à licitação, que teve, ao final e ao cabo, apenas uma empresa concorrendo. Além de multar o ex-prefeito, o conselheiro ainda determinou, em agosto de 2016, a paralisação das obras, o que complicou ainda mais uma situação que já estava complicada.

De seu lado, os sócios da empresa que construiu as casas também não estão vivendo dias (e noites) tranquilos. Muito pelo contrário! Obrigada a fazer serviços que não estavam previstos, a empresa sofreu sérios prejuízos e estaria, como se dizia antigamente, “mais quebrada do que arroz de terceira”, com dívidas impagáveis. Uma dessas dívidas – de quase R$ 80 mil – está sendo cobrada na Justiça e poderá respingar em um ex-vereador, que, sabe-se lá por quais motivos, foi quem assinou as notas fiscais de compra dos materiais de construção.

SÍMBOLO GIGANTESCO MISTERIOSO APARECE EM CAMPO DE TRIGO NA FRANÇA

Deu no G1:

O aparecimento de um símbolo gigantesco em um campo de trigo tem atraído atenção de curiosos na cidade de Vimy.

Muita gente viajou quilômetros para ver o sinal. Para o agricultor dono do campo, a curiosidade gerou prejuízo. Segundo ele, 300 metros quadrados de trigo foram destruídos poucos dias antes do início da colheita.

E a origem do símbolo já gerou inúmeras especulações. Algumas pessoas acreditam se tratar de uma referência aos cavaleiros templários e ao passado turbulento da cidade, devastada pelos combates na Primeira Guerra Mundial.

Já outros dizem que o desenho tem relação com obras de alienígenas que deixaram sua marca no local. 

EX-DELEGADO DA PF DE JALES DIVULGA CARTA DE AGRADECIMENTO

O ex-delegado da Polícia Federal em Jales, Cristiano Pádua da Silva – que está assumindo o cargo de delegado-chefe da Polícia Federal de São José do Rio Preto – divulgou no sábado, 11, uma carta de agradecimento pelos anos em que atuou em Jales. Eis a íntegra da carta:

CARTA DE AGRADECIMENTO

Jales/SP, 11/07/2020.

“Tudo, aliás, é a ponta de um mistério, inclusive os fatos. Ou a ausência deles. Duvida? Quando nada acontece há um milagre que não estamos vendo”. GUIMARÃES ROSA

Eu poderia iniciar esta carta escrevendo que no “longínquo ano de 2007 cheguei a Jales após assumir o cargo de Delegado de Polícia Federal”, mas apesar de já ter se passado mais de uma década, a impressão que tenho é que isso aconteceu “ontem”. A frase de John Wheeler, “o tempo veste um traje diferente para cada papel que desempenha em nosso pensamento”, talvez explique um pouco essa sensação. Posso fazer analogia com os momentos dedicados à leitura de um bom livro, o tempo voa…

Na Delegacia da Polícia Federal em Jales participamos de muitos trabalhos e operações policiais com resultados relevantes para a sociedade e que exigiram bastante esforço e dedicação, muitas vezes ao custo do convívio familiar e de atividades recreativas. E, note-se, que o uso do plural não é por acaso, pois as atividades policiais bem-sucedidas nunca acontecem de forma individual, invariavelmente demandam trabalho de uma equipe de profissionais empenhados na missão de proteger o bem público e, portanto, servir a sociedade.

E faço questão de ressaltar que este trabalho em equipe envolve não somente os policiais diretamente envolvidos, mas também os funcionários contratados e os estagiários que são essenciais para o funcionamento adequado da Delegacia.

Sempre procurei mostrar minha gratidão aos meus amigos e companheiros na Polícia Federal, incluindo os colegas de outras Delegacias que tantas vezes nos apoiaram em operações policiais e, aqui, aproveito a oportunidade para fazê-lo também publicamente. Muito obrigado a todos vocês com quem tanto aprendi, que me apoiaram e me deram tanto orgulho de ser parte dessa equipe competente, profissional e comprometida com os valores da Polícia Federal: Coragem, Lealdade, Legalidade, Ética, Probidade e Respeito aos Direitos Humanos.

Em todos esses anos, recebi e tenho recebido felicitações e palavras de admiração pelo trabalho da Polícia Federal de pessoas que eu não conhecia, seja em comentários feitos em matérias jornalísticas ou, muitas vezes, de pessoas que, ao me reconhecerem, disseram-me e me dizem palavras de incentivo e reconhecimento pelo trabalho realizado.

No meu caso, muitas vezes recebi essas palavras de incentivo junto com um comentário carinhoso e provocador de que “nem é preciso me ver para saber que sou eu quem está falando, por causa do sotaque mineirês”, ao que costumo responder brincando: “Uai! Coméque cê sabe que sou mineiro de BH? Eu não sabia que dava pra perceber que meu sotaque é diferente?!”

Sinceramente, muito obrigado a todos vocês pelo carinho e pelo gesto de respeito ao trabalho da Polícia Federal da qual faço parte.

Assumi a chefia da Delegacia no ano de 2013, tendo sido antecedido pelos Delegados Rogério Giampaoli e Vinícius Zangirolani Faria, os quais foram e são para mim exemplos de conduta profissional  e, além disso, hoje tenho a honra poder dizer que são meus amigos. Obrigado pelas lições e pelo apoio!

Agradeço ainda aos  amigos e colegas da Polícia Militar e da Polícia Civil, aos membros e funcionários do Ministério Público e do Poder Judiciário, bem como aos profissionais da imprensa, sendo certo que com muitos de vocês também construí uma relação de amizade, confiança e respeito.

No dia 01/07/2020 fui designado, oficialmente, para assumir a chefia da Delegacia de Polícia Federal de São José do Rio Preto e decidi escrever esta carta registrando publicamente minha gratidão. E tenho a satisfação de poder agradecer também aos colegas da minha nova lotação onde fui muito bem recebido e espero contribuir bastante com a atuação da Delegacia.

Por fim, como ficou claro, resta dizer que esta não é uma carta despedida, até mesmo porque estarei “logo ali”. E não é um “logo ali de mineiro não”, pois dizem que essa expressão é usada para lugares distantes. Se disserem que “Rio Preto” é longe, um paulista diria “achaaaa?” e o mineiro diz “tá doido?”. Contem comigo e com a Polícia Federal, ou como se diz no código policial: “QAP”!

Obrigado meus amigos e que Deus abençoe a todos neste momento difícil pelo qual estamos passando. Um grande abraço e até logo!

Cristiano Pádua da Silva

Delegado de Polícia Federal 

JORNAL DE JALES: PROMOTORIA VAI APURAR RESPONSABILIDADES POR PROBLEMAS EM CASAS DE CONJUNTO HABITACIONAL

Eis a capa do Jornal de Jales deste domingo, cujo principal destaque é o inquérito civil instaurado pelo Ministério Público de Jales para apurar responsabilidades sobre os problemas que afligem os moradores do conjunto habitacional “Honório Amadeu”. A matéria diz que o promotor Wellington Luiz Villar deu 30 dias de prazo para que a CDHU se manifeste nos autos do inquérito, que foi aberto a partir de representação protocolada por uma moradora – Vânia Maria de Góis – junto ao MP. O promotor deseja saber por que as casas construídas no conjunto apresentam tantos defeitos e por que os preços das parcelas cobradas dos mutuários estão em escala ascendente. Além da notícia, o assunto também é tratado no editorial do jornal.

O jornal traz, também, um texto da jornalista Marina Nossa Neto, que fez uma análise da ação desencadeada pelo Facebook contra as chamadas fake news, que resultou na remoção de diversos perfis falsos ligados a integrantes dos gabinetes do presidente Jair Bolsonaro e seus filhos. O texto diz que “desde a eleição de Bolsonaro em 2018, todo mundo já recebeu ao menos uma mensagem de linguagem tosca e gosto duvidoso nos grupos ou linhas do tempo de amigos e familiares relacionada a algum tema espinhoso e distorcido, com viés ideológico carregado de discurso de ódio”.

As novas variedades de uvas produzidas em Jales, que estão agitando o mercado e chamando a atenção da mídia especializada; a apreensão, pela Polícia Militar das regiões de Jales, Fernandópolis, Votuporanga e Santa Fé do Sul, de mais de meia tonelada de drogas durante o mês de junho; a Missão Univida, presidida pelo padre Eduardo Lima, que levou mais uma vez, apoio e ajuda humanitária a indígenas da região de Dourados-MS; o assassinato de uma mulher de Fernandópolis, asfixiada pelo marido, e as dicas da delegada Fernanda Lima, titular da Delegacia da Mulher de Formosa-GO, para ajudar as mulheres em situação de violência doméstica, são outros assuntos do JJ.

Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior comenta que a campanha eleitoral deste ano nem começou, mas a temperatura anda elevadíssima nos bastidores da política jalesense. O colunista diz que “embora os grupos concorrentes não demonstrem publicamente, sabe-se que está rolando um festival de golpes abaixo da linha da cintura e, se o ambiente continuar assim, a Justiça Eleitoral vai ter muito trabalho”. Deonel comenta também as observações de um leitor que acompanhou atentamente a manifestação de moradores na porta da Câmara. Segundo o leitor, o vereador Macetão tentou, por três vezes, fazer os manifestantes gritarem “Fora Flá”, mas não conseguiu.  

ADRIANA CALCANHOTTO, ZÉLIA DUNCAN, ZÉ RENATO, ROBERTA SÁ E JOÃO BOSCO – “SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ”

Na quinta-feira, 09, por conta dos 40 anos de sua morte, eu escrevi – com a luxuosa colaboração dos meus amigos Marco Antonio Poletto e Luiz Carlos Seixas – um post sobre o Vinícius de Moraes e uma de suas músicas mais famosas, “Garota de Ipanema”, da parceria com Tom Jobim.

A parceria Tom/Vinícius produziu vários clássicos da MPB, como é o caso de “Chega de Saudade”, que, emoldurada pelo violão de João Gilberto, catapultou a música brasileira para o resto do planeta – nos tempos em que ele ainda era redondo – fazendo da bossa nova um dos gêneros musicais mais prestigiados por músicos e cantores mundo afora.

Pessoalmente, uma das minhas preferidas da dupla é a intimista e pouco conhecida “Sem Você” (Sem você, sem amor, é tudo sofrimento… aqui), que, por muito triste, quase não toco lá no Brasil & Cia, programa que apresento aos domingos na Regional FM. Prefiro ouvi-la aqui em casa, com fone de ouvido, que é o melhor jeito de ouvirmos as músicas que gostamos.

Falando em Brasil & Cia, uma das músicas mais pedidas da dupla Tom e Vinícius, no programa, é “Eu Sei Que Vou Te Amar”. Em um domingo do mês passado, quando se comemorou o “Dia dos Namorados”, essa música – juntamente com a romântica “Como é Grande o Meu Amor Por Você”, do Roberto Carlos – foi uma das mais pedidas por aqueles que queriam homenagear a pessoa amada.

Mas o objetivo deste post é dizer que a primeira música da parceria Tom e Vinícius é a conhecidíssima “Se Todos Fossem Iguais a Você”. Em 1956, depois de escrever as canções da peça “Orfeu da Conceição” – “Se Todos Fossem Iguais a Você” entre elas Vinícius precisava de alguém para musicá-las. 

Vadico, o famoso parceiro de Noel Rosa, foi o primeiro a ser convidado para a missão, mas recusou o convite. Um amigo de Vinícius indicou, então, o jovem e ainda pouco conhecido Antonio Carlos Jobim, que, convidado, aceitou o desafio. Pronto! Estava dado o start para uma das mais geniais parcerias da MPB.

No Youtube é possível encontrar vários vídeos com interpretações de “Se Todos Fossem Iguais a Você”. Uma das releituras mais bonitas, na minha opinião, é a de Milton Nascimento (aqui). Gal Costa também a canta divinamente, em versão dedicada a Jorge Amado (aqui).

Eu escolhi, no entanto, o vídeo em que “Se Todos Fossem Iguais a Você” é interpretada por Adriana Calcanhotto, Zélia Duncan, Zé Renato, Robertá Sá e João Bosco. Por um detalhe: a participação de Adriana Calcanhotto, que foi, digamos assim, “nora” do Vinícius de Moraes.

Certamente que Adriana deve ter pensado em Suzana de Moraes, com quem ela viveu por 26 anos e com quem se casou, oficialmente, em 2010. Suzana (acima), filha mais velha de Vinícius, morreu de câncer em 2015, um ano depois da gravação do vídeo. A mãe dela, Tati de Moraes, foi a primeira esposa do poetinha. A respeito de sua relação com Suzana, Adriana disse o seguinte:

“Fui a mulher mais feliz do mundo nestes 26 anos em que estive com ela. Uma grande mulher, inteligente, engraçada, culta, amiga dos amigos, que teve uma vida extraordinária, e que viveu cada segundo como nunca mais. Morreu de mãos dadas comigo. Foi-se o amor da minha vida.”

Vamos ao vídeo:

 

MÉDICA BOLSONARISTA É AFASTADA DO ‘ALBERT EINSTEN’ POR DEFENDER CLOROQUINA CONTRA COVID-19

Dizem que o Bozo resolveu decretar a reabertura dos salões de cabeleireiras depois de se encontrar com ela. Deu no portal da revista Fórum:

A médica Nise Yamaguchi, que chegou a se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro após a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde, disse em entrevista na sexta-feira (10) ao jornalista Roberto Cabrini, do SBT, que foi afastada do hospital Albert Einstein por defender o uso da cloroquina contra a Covid-19.

“Recebi uma ligação hoje do diretor clínico do hospital de que, a partir deste momento, não poderia estar mais atendendo pacientes”, afirmou Nise Yamaguchi.

De acordo com a médica, a direção do Albert Einstein teria argumentado que o posicionamento a favor da cloroquina “denigre o hospital”.

“Não falo pelo hospital. Estou lá pelos pacientes”, diz a médica. “Faço a defesa da hidroxicloroquina porque tenho a certeza que ela cura os pacientes nas etapas iniciais”, continuou.

O medicamento, no entanto, não possui eficácia comprovada. “Não acredito que a comunidade inteira pense assim”, afirmou a médica. Para ela, uma “grande maioria silenciosa” defende o uso do medicamento.

A TRIBUNA: VEREADORES QUESTIONAM PREFEITURA SOBRE GASTOS COM TERCEIRIZAÇÃO DO TRANSPORTE DE PACIENTES

No jornal A Tribuna deste final de semana, o principal assunto são os recursos financeiros recebidos pelo município para ajudar no combate ao coronavírus. A matéria diz que foi publicada no Diário Oficial da União do dia 1º de julho, a portaria nº 1.666, do Ministério da Saúde, que libera mais R$ 2,5 milhões para o município de Jales. A quantia se soma aos R$ 711,2 mil liberados em 09 de junho e o montante deverá ser aplicado integralmente em ações de combate à pandemia do novo coronavírus. Nivael disse, ainda, que até a quinta-feira o dinheiro ainda não tinha caído nas contas da Prefeitura.

Outra matéria relata que dezenas de moradores do conjunto habitacional “Honório Amadeu” estiveram na Câmara Municipal, na segunda-feira, 06, para protestar contra o cancelamento da chamada “CEI das Casinhas”, que seria criada para investigar supostas irregularidades na construção das 99 casas do conjunto. A CEI foi inviabilizada depois que o vereador Tiago Abra retirou sua assinatura do requerimento que pedia a investigação. O vereador justificou sua mudança de posição afirmando que o Ministério Público já tinha aberto uma investigação, não havendo, na opinião dele, necessidade de a Câmara também iniciar uma apuração. As justificativas do vereador foram contestadas por moradores, nas redes sociais.

O início da validade do “orçamento impositivo” em Jales, que permitirá aos vereadores indicar, a partir de 2021, emendas parlamentares de até R$ 150 mil, cada um; os números das barreiras sanitárias realizadas pela Secretaria de Saúda na semana passada; a campanha “Julho Amarelo”, que está sendo realizada pelo SAE/CTA de Jales, visando a prevenção às hepatites virais; o pedido de prorrogação do inquérito que investiga o incêndio ocorrido no Bosque Municipal em setembro de 2019; e os questionamentos dos vereadores Macetão e Tupete sobre os gastos da Prefeitura com a terceirização do transporte de pacientes para hospitais da região, são outros assuntos de A Tribuna.

Na coluna Enfoque, o principal assunto também é a novela envolvendo as moradias do conjunto “Honório Amadeu”. A coluna esclarece que os vereadores da legislatura 2009-2012 foram praticamente obrigados a aprovar – às pressas, em outubro de 2012 – o terreno que já havia sido escolhido pelo prefeito Parini um ano antes e aprovado pela Cetesb, pelo Graprohab, e pela própria CDHU. A coluna fala, também, sobre a licitação para construção das casas, que rendeu um multa ao ex-prefeito Parini. Na página de opinião, três interessantes artigos de autoria do advogado João Eduardo Carvalho, do blogueiro Hélio Consolaro, e do doutor Valmor Bolan. 

SEGUNDO ESPECIALISTA, BOLSONARISMO NÃO SOBREVIVE SEM FAKE NEWS

Deu no Brasil 247:

Com as notícias falsas sendo discutidas em diversas frentes, cientista político disse à Sputnik Brasil que é natural políticos que se elegeram com esse artifício se colocarem contra leis para proibi-las.

Para Antônio Marcelo Jackson, professor da Universidade Federal de Ouro Preto (MG), esse rol de políticos inclui o presidente Jair Bolsonaro, que, segundo o especialista, conseguiu ser eleito e se mantém no poder se utilizando da propagação de fake news. 

“Bolsonaro, assim como outros candidatos, foi eleito a partir das fake news, isso é um fato. Ora, se você tem um candidato que é eleito graças a isso, é claro que esse sujeito, já eleito, vai fazer de tudo para que não exista uma legislação que combata as fake news. Afinal de contas, ele vive disso. Se acabarem as fake news, acaba Jair Bolsonaro”, afirmou o cientista político. 

O também cientista político Ricardo Ismael, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), diz, por outro lado, que a produção de notícias falsas com objetivos eleitorais não começou em 2018 e não se limita aos grupos bolsonaristas. 

“A desinformação e as fake news são produzidas por diversos segmentos políticos. No caso do Brasil, desde a eleição de 2014 já se tinha isso. A candidata Marina Silva ficou bastante marcada naquela campanha por [ser vítima] uma campanha de desinformação e de ataques via redes sociais”, afirmou Ricardo.

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