O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu suspender, por cinco dias, o procurador Arual Martins, do MP de São Paulo, por publicações contra Jair Bolsonaro. Em seu perfil no Facebook, Martins chamou o presidente de “idiota”, “genocida”, e disse que ele “deveria morrer de Covid”.
“Não tire a máscara. Tire o Bolsonaro”, afirmou em um dos posts.
Para o CNMP, o procurador violou os deveres funcionais de manter “conduta ilibada” e de “zelar pelo prestígio da Justiça, por suas prerrogativas e pela dignidade de suas funções”.
“Tal conduta do membro do MP revela-se atentatória à dignidade das funções e prestígio do Ministério Público do Estado de São Paulo, não se coadunando com a exigência de que, em suas manifestações nos meios de comunicação, os agentes ministeriais assegurem-se de que os seus pronunciamentos não constituam violações a direitos ou garantias fundamentais e, consequentemente, mácula à imagem do Ministério Público e dos seus órgãos”, disse o conselheiro Ângelo Fabiano, relator do processo disciplinar.
Jales não foi citada, mas é possível que o evento de sábado no Jales Club não tenha reunido muitos patriotas. A notícia é do blog do Guilherme Amado, pendurado no portal Metrópoles:
O ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, candidato ao governo de São Paulo, tem encontrado pouco público em seus eventos partidários em São Paulo.
Imagens dos eventos em Votuporanga e Santa Fé do Sul têm circulado mostrando poucas pessoas. Em um deles é exposta a preocupação dos organizadores que chegaram a recolher cadeiras.
Em Santa Fé do Sul, nem mesmo todo aparato de caminhão de som atraiu eleitores. Imagens mostram que havia mais pessoas em cima do veículo do que público assistindo ao discurso.
A charge é do talentosíssimo cartunista César Augusto Vilas Boas, o Pelicano, que faleceu no domingo passado, 21, aos 70 anos de idade, em Ribeirão Preto, vítima de um infarto. Ele era irmão do também cartunista Glauco, assassinado em março de 2010 – juntamente com um filho, Raoni, de 25 anos – por um maluco que se dizia ser Jesus Cristo.
A charge foi feita em setembro de 2020, logo após o discurso mentiroso de Bolsonaro na ONU:
“O presidente Bolsonaro em mais uma odiosa declaração negou que a fome exista no Brasil. A fome é uma realidade gritante no país e, ao dizer o que disse, Bolsonaro só mostra que governante desprezível ele é”.
(Da jornalista Miriam Leitão, em seu artigo no jornal O Globo deste domingo)
Eis a capa do Jornal de Jales deste domingo, cuja principal manchete destaca a segunda votação do projeto de iniciativa popular que revogou a taxa do lixo e as duas contribuições acrescidas ao carnê do IPTU deste ano. A matéria diz que os contribuintes de Jales estão de alma lavada após a reunião ordinária da Câmara realizada na segunda-feira, 22, quando os vereadores aprovaram por 7 votos a 3, em segunda discussão e votação, o projeto que acaba com os três tributos, repetindo o placar da primeira votação ocorrida 15 dias antes. Um público bastante expressivo e interessado acompanhou a reunião, aplaudindo os vereadores que votaram a favor e vaiando os contrários.
Destaque, igualmente, para a Romaria Diocesana realizada no domingo passado, 21. Com o lema “Cristo nos educa a caminhar juntos”, inspirado na Campanha da Fraternidade de 2022, romeiros de toda a Diocese de Jales finalmente puderam voltar a participar presencialmente da Romaria que, neste ano, chegou à 38ª edição. Segundo a matéria, cerca de 15.000 pessoas compareceram ao evento da Igreja Católica, depois de dois anos sem Romaria por conta das medidas sanitárias impostas pelo combate à covid-19. A caminhada terminou na Catedral Nossa Senhora da Assunção, com uma missa celebrada pelo bispo Dom Reginaldo Andrietta.
Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior comenta a representação protocolada pelo empresário Carlos Toshiro Sakashita, sócio majoritário da Keleck Biscoitos, no Ministério Público, questionando o andamento das obras de revitalização da avenida “Paulo Marcondes”. Deonel repercutiu, também, as críticas do advogado e radiodifusor Wanderley Garcia à administração municipal, durante programa jornalístico de sua emissora, a Antena 102. O colunista ressaltou que, depois de disparar as críticas, WG ainda se deu ao luxo de ironizar o slogan da atual administração – “Jales, cidade que acolhe” – afirmando que, para ele, o slogan deveria ser “Jales, cidade que encolhe”.
Reproduzo parcialmente, como homenagem a Marilene Galvão (à esquerda na foto acima), texto do jornalista e crítico musical Mauro Ferreira, do G1:
Em dezembro de 2020, o festival Vozes da melhor idade – produzido e dirigido por Thiago Marques Luiz – promoveu o último encontro em cena das irmãs que formaram a dupla sertaneja As Galvão.
Foi a derradeira aparição pública de Marilene Galvão (27 de abril de 1942 – 24 de agosto de 2022), cantora e instrumentista – hábil no manuseio da viola e do violão – de grande importância no Brasil sertanejo.
Seis meses depois, em junho de 2021, Mary Galvão anunciou oficialmente o fim da pioneira dupla. Quarta-feira, 24, às 14h30m, ocorreu a definitiva saída de cena de Marilene, morta aos 80 anos em hospital da cidade de São Paulo, em decorrência de complicações derivadas do mal de Alzheimer.
Quando as Irmãs Galvão entraram em cena, em 1947, mulheres não compunham e davam voz às próprias músicas no mercado sertanejo. Até porque quase não havia mulheres cantoras nesse gênero originalmente ruralista que começou a brotar oficialmente em 1929.
Antes das Irmãs Galvão, havia somente as Irmãs Castro, intérpretes originais de Beijinho doce (Nhô Pai, 1945), o standart caipira que ficou associado às vozes das Galvão na história da música brasileira.
Mary Galvão nasceu em Ourinhos (SP) em 1940. Marilene veio ao mundo dois anos depois em Palmital (SP). Mas a dupla foi criada em Sapesal (SP) em julho de 1947. E foi numa quarta cidade do interior de São Paulo, Paraguaçu Paulista (SP), que as irmãs entraram em cena pela primeira vez em emissora local de rádio, ainda crianças.
De rádio em rádio, as Irmãs Galvão chegaram ao disco. Em 1955, contratada pela gravadora RCA-Victor, a dupla gravou single de 78 rotações com as músicas Carinha de anjo e Rincão Guarani.
Repleta de toadas, modas de viola e rasqueados, a discografia das Irmãs Galvão seguiu regular até o fim dos anos 1980, década em que as irmãs emplacaram o sucesso No calor dos teus abraços (1975), de Cecílio Nena e Nicéas Dumont.
Presas a um passado glorioso, as Galvão festejaram em 2017 sete décadas em cena com os lançamentos do DVD Soberanas – 70 anos ao vivo e do documentário Eu e minha irmã – A trajetória das Irmãs Galvão, dirigido por Thiago Rosente.
Ambos eternizam a história de dupla que fica perpetuada na memória afetiva sertaneja, mesmo desfeita definitivamente ontem com a morte de Marilene Galvão, pioneira voz feminina que, de acordo com os códigos e as leis do mercado da época da artista, cantou a sofrência e também a doçura do Brasil rural.
No jornal A Tribuna deste final de semana, destaque para o ranking ambiental do estado de São Paulo, onde Jales, depois de atingir as últimas colocações nos últimos anos, conseguiu subir algumas posições no programa Município Verde Azul, edição de 2022. O prêmio Verde Azul – que não significa grande coisa – foi lançado em 2007 e Jales chegou a obter o 10º lugar em 2010, durante a administração Parini, mas, de lá para cá, foi despencando ano a ano, chegando ao 499º lugar em 2018. Na edição deste ano, Jales subiu 181 posições no ranking, saindo da 358ª colocação e pulando para o 177º lugar. Na região, Rio Preto ficou com o 6º lugar, Fernandópolis com o 20º e Santa Fé do Sul com o 55º.
Destaque, também, para o projeto da Sabesp que visa cobrir toda a Estação de Tratamento de Esgoto de Jales. Segundo a matéria, a Sabesp pretende construir em Jales um sistema de geração de energias renováveis, reaproveitando o amplo espaço de Estação de Tratamento, localizada próxima à Fuga Couros. A informação foi dada pelo superintendente Antonio Rodrigues da Grela Filho, o Dalua, durante visita do gerente de sistemas regionais Antonio Carlos Teixeira, há três semanas, e confirmada na sexta-feira, 19, durante cerimônia de inauguração do novo reservatório da Sabesp, em Jales.
Na coluna Enfoque, comentário sobre decisão da Câmara de Jales que suspendeu, mais uma vez, a transmissão das sessões camarárias durante o período eleitoral. A sessão de segunda-feira, 22, por exemplo, quando os vereadores votaram pela segunda vez o projeto de iniciativa popular que revogou a taxa do lixo e as duas contribuições, não pôde ser acompanhada pelos contribuintes interessados, através do rádio ou da internet. A suspensão da transmissão durante eleições municipais até se justifica, mas fazer isso em ano de eleições gerais parece uma precaução desnecessária, principalmente neste ano em que não temos nenhum candidato a deputado em Jales.
Na noite de sexta-feira (26), Jair Bolsonaro (PL) foi à Festa do Peão de Barretos, no interior de São Paulo, acompanhado do empresário Luciano Hang, dono da Havan, e do candidato ao governo paulista Tarcísio de Freitas (Repubicanos).
O presidente utilizou o palco do evento como uma espécie de palanque, discursou, recebeu oração e foi ovacionado pelo público presente. O “comício” de Bolsonaro ainda contou com um jingle de campanha e xingamentos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o atual chefe do governo sendo apresentado ao som de gritos de “mito”, além de outros momentos da festa, como quando o locutor Cuiabano Lima puxou a oração do Pai Nosso e disse que “a gente se encontra pelo Brasil no dia 7 de setembro” e da hora em que o presidente andou a cavalo na arena.
Desde o início desta edição do maior evento sertanejo do país, que retomou suas atividades presenciais após dois anos de pandemia, manifestações pró-Bolsonaro foram vistas no local.
No último dia 20, por exemplo, o deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foi ao Parque do Peão e teceu comentários irônicos em relação a Lula, principal oponente de seu pai nas eleições de outubro.
“Lula quero ver você vir para cá e abraçar esses 47% que o Datafolha está te dando. Vem para cá, o povo te adora, vai te receber muito bem, pode ter certeza. Aqui só tem produtor rural”, sugeriu ele.
Os jalesenses mais atentos já perceberam a falta de críticas à administração do prefeito Luís Henrique Moreira (PSDB) em setores da imprensa local. Pior que isso: pelo menos um órgão da imprensa jalesense – nem vale a pena citar o nome – faz o papel de advogado de defesa do prefeito, chegando a um nível de sabujice “nunca antes visto na história desta cidade”.
A explicação para a falta de críticas ao prefeito – ele tem tido acertos, mas também muitos erros – talvez esteja nos gastos com a publicidade institucional.
Nos quatro anos em que governou a cidade, o ex-prefeito Flá Prandi pagou, no total, cerca de R$ 313 mil à empresa Preview Marketing e Propaganda, do publicitário Saulo Nunes da Silva, responsável pelas campanhas publicitárias da Prefeitura. R$ 313 mil em quatro anos significa uma média anual de R$ 78,2 mil.
Passemos a 2021, primeiro ano da administração de Luís Henrique Moreira, quando duas empresas cuidaram da publicidade do município. A Preview prestou serviços até outubro do ano passado e recebeu R$ 407 mil.
A partir de outubro, os serviços foram prestados pela Sinfor Assessoria, Comunicação e Marketing, de Iturama. Em dois meses, a empresa recebeu R$ 103 mil. Assim, em seu primeiro ano, Luís Henrique investiu R$ 510 mil em publicidade, ou mais de oito vezes os R$ 61 mil pagos por Flá Prandi em 2020, seu último ano de governo.
Querem mais? Neste ano da graça de 2022, Luís Henrique já pagou, em sete meses e meio, nada menos que R$ 377,6 mil à Sinfor. Nesse ritmo, os gastos com publicidade poderão chegar a R$ 600 mil até o final do ano. Ou seja, em apenas um ano, o prefeito estará gastando o dobro do que foi gasto pelo ex-prefeito Flá em quatro anos.
Convém lembrar que a empresa de publicidade fica com cerca de 15% desses valores. O resto é repassado aos órgãos de imprensa. Não é possível saber através do Portal da Transparência quais são os órgãos de imprensa e quanto é pago a cada um, mas…
Mas é possível que tenhamos essas informações daqui uns dois ou três meses. É que o vereador Bruno de Paula protocolou um requerimento na Câmara, onde pede uma série de informações sobre esse assunto.
