A notícia deveria interessar às antas que querem a volta da ditadura militar. Deu na coluna do Chico Alves, no UOL:
Trinta e seis anos após o fim da ditadura militar, muitos brasileiros ainda mantêm a convicção de que os governos do período de exceção praticavam menos atos de corrupção que os posteriores.
O professor de História Pedro Henrique Pedreira de Campos, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, pesquisa justamente as maracutaias praticadas pelos integrantes das Forças Armadas no período autoritário e discorda radicalmente. “A ditadura militar foi um celeiro de corrupção”, garantiu o historiador à coluna.
Campos é autor do livro “Estranhas Catedrais” (Eduff), lançado em 2014, e ganhador do Prêmio Jabuti. A obra trata do assunto. Nesses seis anos a pesquisa continuou e o historiador agora se debruça sobre os malfeitos da parceria entre empreiteiras e militares brasileiros no exterior.
O professor atribui ao cerceamento de informações e à limitação do funcionamento dos órgãos de fiscalização na ditadura o fato de escândalos de corrupção não terem chegado ao conhecimento da população.
“A gente não tinha esses mecanismos funcionando de forma ampla durante aquele período”, diz Campos. “Menos denúncias de corrupção apareciam na mídia, em ambientes públicos, no Parlamento”.
Para o pesquisador, no entanto, o atual protagonismo dos militares no Poder Executivo vai arranhar essa noção de que são incorruptíveis. “A impressão é de que a imagem pública que temos acerca das Forças Armadas pode mudar significativamente durante o governo Bolsonaro”, acredita.
O atento confrade Betto Mariano publicou em seu portal de notícias – A Voz das Cidades – uma curiosa nota sobre a alegre caravana de jalesenses que fez uma incursão a Mirassol para, aparentemente, comemorar o aniversário de 57 anos do golpe militar e protestar contra o STF, o Foro de São Paulo, o comunismo, o lockdown, o vírus chinês, etc.
Segundo o portal A Voz das Cidades, o grupo de esquisitos teria fretado um ônibus para levá-los até Mirassol, mas, a se julgar pela foto que ilustrou a notícia, o Betto exagerou um pouco. Uma perua Kombi – ou talvez um fusca – teria sido suficiente para transportar os admiradores da ditadura.
Uma das fotografadas é a advogada Alzira Mara, conhecida por posições que estão, digamos assim, na vanguarda do atraso. O Betto não deu, no entanto, muitos detalhes sobre quem seriam os demais integrantes do grupo de manifestantes, de forma que tentei encontrar nos sites de notícias de Mirassol alguma informação sobre os jalesenses que lá estiveram.
A busca foi em vão. Infelizmente, parece que o protesto não chamou a atenção da imprensa mirassolense, que preferiu dar destaque a um tumulto ocorrido na Fundação Casa daquela cidade.
A bem da verdade, eu até encontrei uma referência ao protesto. Foi em uma notícia do site Mirassol Conectada, sobre o nascimento, no zoológico de Rio Preto, de duas antas gêmeas, o que, segundo a matéria, é um fato raro. Um mirassolense de apurada verve fez o seguinte comentário sobre a notícia das antas gêmeas:
“Gêmeas pode até ser raro. Agora, antas existem aos montes na nossa região. É só passar na frente do Tiro de Guerra que tá cheio delas comemorando o golpe militar”.
Segundo informações oficiosas, um dos integrantes do comboio de jalesenses que protestou na frente do Tiro de Guerra, em Mirassol, seria o ilustre vereador Elder Garcia Mansueli. Em sendo verdade, acho lamentável que um representante da nossa ordeira população, eleito democraticamente, participe de um protesto contra a democracia, mas isso é problema dele.
Pessoalmente, posso dizer que estou decepcionado com a atuação de Elder, um jovem que eu julgava de mente arejada, mas, ao contrário, vem se demonstrando um trapalhão irresponsável. Em pouco mais de três meses de mandato, ele já conseguiu se meter em várias trapalhadas.
Constrangeu, junto com outros marmanjos, algumas fiscais da vigilância sanitária e responde, por isso, a uma representação no Conselho de Ética; taxou o prefeito de moleque e vagabundo e responde, por isso, a um processo na Justiça; sugeriu, em suas redes sociais, que funcionário público é sinônimo de parasita, mas retirou a postagem rapidinho depois de enquadrado por uma professora.
Nesta semana, Elder postou algo garantindo que em uma reunião com médicos, todos eles se disseram contra o lockdown do prefeito, mas, por algum motivo, também essa postagem foi retirada. Depois de tanta presepada em tão pouco tempo, só estava faltando a ele ser comparado com uma anta. Aparentemente, não falta mais!
Post Scriptum: o vereador Elder Mansueli entrou em contato com este aprendiz de blogueiro e garantiu que não esteve em Mirassol, acompanhando os defensores da ditadura. Elder disse que pode provar que não participou do ato e explicou que, se tivesse que participar de algum protesto, ele o faria aqui em Jales e não em Mirassol. Ele garantiu, ainda, nem saber o tema do protesto dos jalesenses que foram a Mirassol. Menos mal!
Duas em cada três mulheres rejeitam Bolsonaro. Já entre os homens, a rejeição do Bozo é de 54%. A notícia é do portal Poder360:
A pesquisa PoderData divulgada na noite de terça-feira, 30, está repleta de más notícias para o presidente Jair Bolsonaro: 59% dos entrevistados desaprovam a sua gestão, uma alta de doze pontos percentuais em apenas três meses. No Natal, segundo o PoderData, 47% dos brasileiros aplaudiam o governo. Agora, são 33%, o nível mais baixo desde o início da série de pesquisas em junho do ano passado.
A pesquisa é ruim para o presidente, mas não deve animar os impulsos de impeachment. Os 33% de apoio são suficientes para Bolsonaro atravessar a retração econômica de 2021, colher os louros da vacinação no segundo semestre e chegar com força para a campanha do ano que vem.
Para comparar com o pior momento de Dilma Rousseff, Bolsonaro tem, de acordo com o PoderData, um índice de 26% de ótimo e bom ante 53% de ruim e péssimo. Dilma em seu pior momento, agosto de 2015, tinha no Datafolha 71% de ruim e péssimo e apenas de 8% de ótimo e bom.
Há porém um fato consistente no histórico de pesquisas PoderData: as brasileiras rejeitam Bolsonaro em intensidade e quantidade maior que os homens. Hoje praticamente duas em cada três brasileiras refutam o governo, um recorde. Desde o Natal, a impopularidade do presidente entre as brasileiras cresceu de 49% para 64%.
Mesmo no auge da popularidade do presidente, quando o auxílio emergencial sustentava quase 70 milhões de pessoas, as brasileiras mantinham atitude crítica ao governo. Enquanto a aprovação geral ao presidente batia 52%, segundo o PoderData de 19 de agosto, as mulheres estavam divididas: 47% desaprovavam o governo e apenas 44% o apoiavam.
Informações obtidas pelo blog dão conta de que as vacinas destinadas ao grupo dos idosos de 68 anos chegaram em Jales nesta quarta-feira, 31, às 17 horas. Como sempre acontece, elas foram recebidas por um órgão estadual (GVE de Jales) e deverão ser repassadas à Secretaria Municipal de Saúde na manhã dessa quinta-feira, 1º de abril.
É possível que amanhã mesmo a Vigilância Sanitária já defina a data para a aplicação dessas vacinas. Na sexta-feira, 2, comemora-se o feriado da Sexta-Feira Santa, mas pode ser que, mesmo sendo feriado, a Secretaria de Saúde faça um esforço para imunizar os idosos. Em São Paulo, por exemplo, a vacinação está marcada para a Sexta-Feira Santa.
Em todo o estado de São Paulo, o grupo de idosos com 68 anos está estimado em 340 mil pessoas. Em Jales, não se tem informações sobre o número de idosos desse grupo.
Decisão proferida em ação civil pública (ACP) do Ministério Público Federal (MPF) determina que três instituições de ensino do noroeste paulista entrem em contato com todos seus alunos de graduação e pós-graduação para oferecer a restituição de taxas indevidamente cobradas para emissão de documentos como históricos escolares e diplomas.
O ressarcimento é válido para estudantes da Associação Educacional de Jales (Aeja), do Centro de Ensino e Cultura de Auriflama e da Fundação Municipal de Educação e Cultura de Santa Fé do Sul que fizeram solicitações entre 14 de maio de 2015 a 31 de dezembro de 2020.
Além de enviar mensagens por correio eletrônico, as faculdades devem publicar a mesma mensagem em seus sites, sob pena de multa de mil reais por dia:
“Se você é aluno ou ex-aluno do Centro de Ensino e Cultura de Auriflama – S/C Ltda., da Associação Educacional de Jales – AEJA ou da Fundação Municipal de Educação e Cultura de Santa Fé do Sul e efetuou pagamentos a título de taxa para expedição da primeira via de documentos (diploma, certificado de conclusão de curso, histórico escolar, identidade estudantil, boletins de notas, cronogramas, currículos e conteúdos programáticos) no período de 14/05/2003 até 31/12/2020, poderá ter o valor restituído com acréscimo de juros e correção monetária em decorrência da sentença proferida pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Jales na Ação Civil Pública nº 0000725-47.2008.4.03.6124. Caso tenha efetuado o pagamento no período acima e deseje pleitear o ressarcimento, deverá comprovar:
a) ser aluno ou ex-aluno das instituições de ensino mencionadas; b) o valor efetuado a título de pagamento para a expedição dos documentos descritos; c) a data em que efetuado o pagamento.
Com essas informações você poderá optar entre ajuizar uma ação individual contra a instituição de ensino ou habilitar-se, após a constituição de advogado, na Ação Civil Pública nº 0000725-47.2008.4.03.6124 para obter o ressarcimento.
Em caso de dúvidas poderá contatar diretamente a Procuradoria da República no Município de Jales ou a 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Jales para obter maiores informações”.
Cobranças indevidas:
A ação proposta pelo MPF já transitou em julgado, ou seja, não há possibilidade de recurso. O procedimento foi instaurado porque as instituições faziam cobranças de documentos cujos custos, segundo a legislação do Ministério da Educação (MEC), já são cobertos pela mensalidade pagas pelos alunos.
As entidades educacionais terão 30 dias, a partir da publicação da decisão judicial, para comprovar o envio das mensagens e a publicação nos sites.
O juiz José Antônio Dias da Costa Moraes, 68 anos, da 2ª Vara Criminal de Pelotas, morreu na manhã desta terça-feira (30) devido a complicações da covid-19. Mais antigo magistrado de primeiro grau no Rio Grande do Sul, ele morreu poucas horas após perder a esposa, Solange Aparecida de Matos Moraes, 56, também vítima do coronavírus. Solange morreu na noite de segunda-feira (29).
O Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) divulgou nota de pesar, lamentando o caso. O presidente da Corte, desembargador Voltaire de Lima Moraes, prestou condolências em nome do Poder Judiciário gaúcho aos familiares de Moraes.
“Magistrado exemplar, sendo que suas decisões sempre se caracterizaram pelo equilíbrio, bom senso e comprometimento com o desejo de fazer efetiva Justiça”, afirmou o presidente da Corte, por meio de comunicado.
O prefeito de Mongaguá, Márcio Melo Gomes (Republicanos), chorou em live ao lembrar da morte do pai e do irmão pela covid-19.
O prefeito justificava a comerciantes o motivo das medidas restritivas e afirmou, chorando:
“Como eu queria hoje sair desta live e poder ouvir do meu pai e do meu irmão assim: ‘eu quebrei, o meu comércio quebrou’. Sabe por que? Porque nós já quebramos e com a vida nós conseguimos dar a volta por cima. E eu não vou ouvir deles isso mais porque, infelizmente, por essa doença, eles perderam a vida”.
O pai, Givaldo Alves (64), e o irmão, Givaldo Melo (33), do prefeito morreram respectivamente nos dias 22 e 28, com menos de uma semana de intervalo.
Márcio Melo afirma que não queria “quebrar” ninguém e que “não existe nada mais precioso do que a vida”.
Mongaguá é uma das cidades do litoral paulista e, assim como seus vizinhos, enfrenta um colapso de saúde.
O município litorâneo não tem mais leitos de UTI e transfere seus pacientes para hospitais da região.
Nesta terça-feira (30), o deputado federal Reginaldo Lázaro Lopes (PT-MG) apresentou uma notícia-crime contra o presidente da república Jair Bolsonaro. Segundo o documento, o chefe do executivo agiu deliberadamente ao não enfrentar a pandemia. Para Lopes, não se trata “apenas de conduta simplesmente omissiva e culposa, resultante de eventual imprudência, negligência ou imperícia”.
De acordo com a notícia-crime, desde o início da crise de saúde pública no Brasil, e “de modo consciente e deliberado”, Bolsonaro fez uma opção pela chamada “imunidade de rebanho”. O deputado afirma que o presidente estava convicto de que a iniciativa de deixar que as pessoas se contaminassem seria suficiente para eliminar a covid-19, “o que sempre considerou como uma simples ‘gripezinha'”.
A peça jurídica é assinada pelos advogados Joelson Dias, Camila Carolina Damasceno Santana, Thyago Mendes e Luísa Santos.
Bolsonaro, segundo o documento, negligenciou os inúmeros e contínuos alertas dos especialistas de que tal conduta levaria ao colapso do sistema de saúde, inclusive aumentando o número de vítimas, como acabou se confirmando, com a morte, até então, de mais de 300 mil brasileiros.
A notícia-crime, de 37 páginas, traz em ordem cronológica uma série de comportamentos do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia. De acordo com Reginaldo Lopes, isso comprova, não apenas a omissão dele frente a pandemia, como a atitude estrategicamente pensada para o não enfrentamento, expondo a população aos riscos da doença.
Como exemplo têm-se a promoção de tratamentos com medicamentos ineficazes; a recusa na compra de vacinas e o uso de termos pejorativos para o contexto e negação da crise.
O boletim do coronavírus divulgado há pouco pela Secretaria Municipal de Comunicação está informando 04 óbitos confirmados nesta terça-feira e 01 óbito suspeito. Três desses óbitos – 02 dos confirmados e o suspeito – foram registrados na UPA de Jales, enquanto outros 02 se deram na Santa Casa.
Mas isso se refere apenas a habitantes de Jales. Segundo informações obtidas pelo blog, em cerca de duas horas a UPA registrou cinco mortes. Duas dessas mortes são de pessoas da região, uma de Santa Albertina e outra de Paranapuã.
O caso que está sendo contabilizado como suspeito é de uma mulher de Jales. Ela chegou à UPA já em estado grave e foi a óbito em seguida. As informações dão conta de que o ambiente na UPA de Jales é de muita tristeza e comoção, com funcionários abalados emocionalmente diante da impossibilidade de salvar as vidas sob seus cuidados.
Mesmo diante desse quadro, ainda tem gente, aqui em Jales, se gabando nas redes sociais de ter trabalhado contra o lockdown decretado pelo prefeito.
Ao contrário do que foi dito em uma emissora de rádio, hoje pela manhã, a circulação de pessoas e de veículos não está proibida em Jales. O prefeito Luís Henrique até recomendou que as pessoas evitassem de circular sem ter um motivo justificável, mas a circulação não pode ser punida.
No artigo 2º do primeiro decreto do prefeito, a circulação de pessoas e de veículos estava proibida, com algumas exceções. Depois da intervenção do MPF e da decisão liminar da Justiça Federal, o prefeito emitiu um novo decreto, onde a proibição à circulação desapareceu.
Da mesma forma, desapareceu do também – só que do artigo 1º – a proibição do atendimento presencial em bancos, correspondentes bancários, casas lotéricas e correios.
Outra proibição que desapareceu no segundo decreto do prefeito foi aquela que determinava a suspensão da realização de missas e cultos. Assim, as igrejas poderão receber seus fiéis, desde que respeitado o distanciamento e outras regras sanitárias.
Post Scriptum: a informação do último parágrafo está incorreta. A questão das missas e cultos realmente foi retirada do decreto do prefeito, mas as igrejas continuam proibidas de realizar celebrações presenciais. Isso porque, nesse quesito, prevalece o que foi estabelecido no Plano SP do governo estadual, que permite a realização de missas e cultos apenas na forma virtual, ou seja, via internet.