Na entrevista que deu ao intrépido repórter Tony Ramos, da Assunção, para anunciar medidas de contenção de gastos, o prefeito Pedro Callado afirmou, se eu entendi bem, que nossa Prefeitura repassa cerca de R$ 1 milhão mensais ao Instituto Municipal de Previdência, por conta de parcelamentos de dívidas de anos anteriores.
Como sou moço curioso, fui conferir. Os dados do Portal da Transparência mostram que, de janeiro a agosto, nossa Prefeitura repassou R$ 5,7 milhões ao Instituto. Média de R$ 720 mil por mês. No entanto, mais da metade do valor repassado mensalmente não se refere a dívidas de anos anteriores, mas ao repasse normal de todo mês.
Para que os prezados leitores tenham uma ideia, em agosto, nossa Prefeitura repassou um total de R$ 800 mil ao IMPSJ. Desse valor, cerca de R$ 420 mil é relativo ao repasse patronal/normal. Apenas os demais R$ 380 mil referem-se a dívidas anteriores.
Atualmente, a Prefeitura tem 12 parcelamentos de dívidas com o IMPSJ. Quatro deles – que custam pouco mais de R$ 60 mil por mês – acabam em setembro quando a municipalidade deverá pagar a última parcela.
Dos outros 08 parcelamentos, o maior deles foi firmado na administração Parini, para pagamento em longas 240 parcelas, das quais 73 já foram pagas. Só esse parcelamento custou, em agosto, R$ 142 mil à Prefeitura, mas o valor é atualizado todos os meses.
Mas o que eu gostaria de reiterar aos prezados leitores é que os parcelamentos de dívidas com o IMPSJ estão custando R$ 380 mil, por mês, aos cofres municipais. Não é pouco, mas é bem diferente de R$ 1 milhão.
Eis a capa do Jornal de Jalesdeste domingo, cujo principal destaque são as medidas anunciadas pelo prefeito Pedro Callado para diminuir os gastos da Prefeitura. Ao jornal, o prefeito explicou que se não forem tomadas medidas urgentes – corte de horas extras, redução do expediente, etc – a situação da administração municipal fica completamente minada e a única alternativa passaria a ser a elevação dos tributos.
Em matéria do Luiz Ramires, o jornal chama a atenção para o maior problema da viticultura em Jales e região: a falta de mão-de-obra. Apesar disso, a viticultura continua sendo um bom negócio, segundo o viticultor Marcos Rogério Fação. No caso dele, a produção é vendida para atacadistas de Rio Preto, São Paulo e Curitiba.
O apoio de padres e freiras da diocese ao projeto do MPF contra a corrupção; a doação feita por uma família ao Hospital de Câncer; a atuação de alguns alunos da escola dom Arthur, que os coloca entre os melhores do país; e uma entrevista com o professor Ayrton Arnoni, são outros assuntos do JJ.
Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior está informando que a Igreja Assembleia de Deus – Ministério Belém, a que tem mais adeptos na cidade, realizou uma espécie de plebiscito para escolher os candidatos a vereador que serão apoiados pelos pastores, em 2016. Entre oito candidatos, os mais votados foram o ex-vereador Salatiel de Oliveira e o funcionário do Consirj, João Zanetone.
A edição nº 113 da revista Interativa já está nas bancas e, como se pode ver ao lado, a capa está destacando a atuação do engenheiro civil Edson David, que, de acordo com a manchete, já foi eleito o melhor de Jales na sua área, por treze anos consecutivos.
No recheio, as fotos do 3º Concerto “Solidariedade, Saúde e Música”, e uma entrevista com o maestro Edivaldo de Paula, que fala sobre sua carreira e a história da Orquestra Sinfônica de Jales. Destaque, também, para os artigos dos advogados Aislan Queiroga Trigo e Carlos Alberto Britto Neto, com suas respectivas opiniões sobre a redução da maioridade penal.
A Interativa traz, ainda, uma matéria especial sobre o Prêmio “Destaques do Ano”, distribuído pela Max Vision Pesquisas aos melhores profissionais e empresas da cidade. No editorial, o diretor Marcos Silvério discorre sobre a situação política do país e, ao final, sugere que a renúncia da presidenta Dilma talvez fosse o melhor caminho para ele e para o Brasil.
A principal manchete do jornal A Tribuna, deste final de semana, destaca o desmentido do prefeito Pedro Callado sobre os boatos de que ele estaria disposto a se mudar para o partido do ministro Gilberto Kassab, o PSD, em troca de alguns milhões do Ministério das Cidades para recape das esburacadas ruas de Jales. Segundo os boatos, Kassab teria oferecido R$ 30 milhões para ficar com o passe de Callado.
Destaque, igualmente, para a recomendação expedida pelo Ministério Público Estadual de Jales aos sete municípios da Comarca, sobre o uso de veículos oficiais. Segundo o promotor Horival Marques Freitas Júnior, o MP vem recebendo muitas denúncias e já abriu alguns inquéritos sobre o uso irregular de veículos de prefeituras e câmaras.
As medidas do prefeito Callado para enfrentar a crise financeira da Prefeitura; as últimas novidades da guerra Matogrosso x Ricardo Junqueira x Gilbertão; os preparativos para a Festa das Nações; e a contratação de uma empresa para investigar os beneficiários do Bolsa Família em Jales, são outros assuntos de A Tribuna.
Na coluna Enfoque, informações sobre o destino político do ex-vice-prefeito Clóvis Viola. Na página A3, o escriba Marco Antônio Poletto escreve sobre o “outro lado da independência”, enquanto a talentosa Taísa Selis escreve sobre empreendedorismo. E no caderno social, destaque para a coluna do Douglas Zílio e para os colunáveis que prestigiaram a apresentação do cantor Ciridião, no Antiquário.
A situação ainda não está igual à do governo do Rio Grande do Sul, onde os salários dos servidores estão sendo pagos em quatro parcelas, mas, nesse ritmo, a Prefeitura de Fernandópolis ainda chega lá.
O jornal Extra, deste sábado, está informando que, neste mês de setembro, a prefeita Ana Bim está sendo obrigada a escalonar o pagamento dos servidores municipais.
A coisa se dará assim, segundo o jornal: os servidores que ganham até R$ 3 mil receberão seus salários no quinto dia útil, logo depois do feriado. Já aqueles que ganham mais do R$ 3 mil terão que esperar mais um pouco. A Prefeitura está garantindo, no entanto, que eles receberão seus salários até o dia 12.
Neste país, desviar pouco dinheiro não compensa. Vejam a notícia do G1:
A Justiça Federal de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público e cassou os mandatos do prefeito de Riolândia, Sávio Nogueira Franco Neto, e do vice-prefeito, Maurilio Viana da Silva, por improbidade administrativa. Segundo a assessoria do Tribunal não cabe mais recurso.
A decisão foi publicada na quinta-feira (3) e determina, além da perda dos cargos que os dois ocupam, a suspensão dos direitos políticos deles por cinco anos. Assim, prefeito e vice estão proibidos de contratar com o serviço público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, por cinco anos.
De acordo com a denúncia do MP, eles desviaram cerca de R$ 3 mil de verbas federais. O prefeito e o vice terão de devolver o valor de R$ 3.315, com correção monetária e acréscimo de juros, calculados a partir de julho de 2004. O dinheiro deve ser depositado ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, órgão do governo federal.
O presidente da Câmara de Riolândia, Joaquim Roberto Mega (PSDB), já foi notificado da decisão e tem 48 horas para convocar uma sessão, em que será empossado como novo prefeito.
O jornal Folha Noroestedeste sábado está destacando a estimativa do IBGE, segundo a qual a população de nossa pujante e progressista urbe teria aumentado de 48.825 para 48.922 habitantes. Ou seja, de acordo com o IBGE, Jales ganhou apenas 97 habitantes em um ano. As estimativas servem de parâmetro para o governo federal distribuir o FPM e são baseadas em índices de natalidade e mortalidade.
Bem no cantinho esquerdo, a Folha Noroeste está dando, como manchete, que “Mais de 33 mil metros quadrados de recape são realizados pela Prefeitura“. Ao contrário do que o prezado leitor pode estar pensando, o jornal não está delirando. Ele está se referindo, porém, à Prefeitura de Santa Fé do Sul.
Na coluna FolhaGeral, o redator Roberto Carvalho noticiou que o prefeito Pedro Callado, diante das dificuldades financeiras, “resolveu alterar o horário dos barnabés”. Em seguida, o colunista comenta que “na verdade, não basta só mudança de horário para se dimunir o gastos com ar condicionado e outras coisas mais”. Segundo ele, “é preciso eliminar os gargalhos que qualquer gestor sabe onde estão”.
E o prefeito Pedro Callado vai mesmo alterar a jornada de trabalho dos servidores e o horário de atendimento de quase todas as repartições municipais. A novidade está no decreto 6.560, assinado no dia 1º de setembro.
De acordo com o documento, vários setores da administração municipal, incluindo o Paço, passará a funcionar, a partir de terça-feira, na volta do feriado, das 07:00 às 14:00 horas, sem pit stop para o almoço. A exceção é o Núcleo Central de Saúde, que continuará atendendo das 07:00 às 20:00 horas.
O novo horário valerá até o final do ano. A medida, explicou o prefeito, tem como objetivo reduzir os gastos com energia elétrica, água, telefone, combustíveis e materiais de consumo, além de outras despesas administrativas e operacionais. O prefeito está cortando, também, despesas com horas extras, viagens e diárias.
Por falar em energia elétrica, levantamento feito por este aprendiz de blogueiro mostra que, de janeiro a agosto deste ano, os valores pagos pela Prefeitura à Elektro aumentaram quase 35%, em comparação com igual período de 2014.
Segundo dados do TCE e do Portal da Transparência, o município pagou R$ 1.285.110 nos primeiros oito meses do ano passado. Neste ano, nossa Prefeitura já reforçou o caixa da Elektro com R$ 1.732.852, ou seja, quase R$ 450 mil a mais. Ou ainda, em média, R$ 56 mil a mais, por mês.
No jornal A Tribunadeste final de semana, os leitores ficarão sabendo os detalhes sobre os últimos lances das brigas envolvendo o ex-fogueteiro Matogrosso, o irrequieto auditor Ricardo Junqueira e o infatigável vereador Gilbertão.
A semana foi repleta de novidades, que incluem até uma representação contra Gilbertão junto ao Conselho de Ética da Câmara, protocolada por Junqueira.
Mas Junqueira não ficou sem chumbo. O voluntarioso ex-lateral direito do Dom Bosco, Matogrosso, protocolou missiva endereçada ao prefeito Pedro Callado cobrando providências a respeito de uma suposta agressão praticada por Junqueira contra ele.
Callado avisou a Câmara, há alguns dias, que está encontrando dificuldades para escalar uma comissão de sindicância para apurar o caso. O prefeito já teve que substituir cinco ou seis servidores escalados para a missão, que alegaram motivos variados para ficar fora dessa encrenca.
Matogrosso ressaltou, em sua petição, que até os servidores que se recusaram a participar da comissão de sindicância poderão ser acionados por improbidade administrativa, caso não tenham apresentado um motivo justo para pedir a dispensa.
Resumindo, o mar não está para peixes, apesar da aparente calmaria. E o jornal A Tribuna trará, também, o resultado da perícia que o Instituto Municipal de Previdência providenciou para apurar se Matogrosso – que é aposentado por invalidez – continua sem condições de trabalhar.