Blog do Cardosinho

O jornalista Deonel Rosa Júnior, que, em 2009, apoiou a criação da Secretaria Municipal de Comunicação, parece estar um pouco desencantado com a falta de atenção que o prefeito Humberto Parini dedicou à pasta. Na coluna Fique Sabendo, do Jornal de Jales, edição desse final de semana, Deonel recorreu ao compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues para dar o título – ‘Cadeira Vazia’ – da notinha onde ele revelou seu desencanto. Vamos a ela:

“Estão confirmados rumores do final da semana passada: Welton Márcio Cláudio não é mais o titular da Secretaria Municipal de Comunicação. Embora não se saibam os reais motivos que levaram à exoneração de Welton, o que se diz no mercado é que só um milagreiro vai conseguir trabalhar com eficiência com tão poucos recursos disponíveis“.

O grifo é meu. Ao citar a escassez de recursos, certamente que o festejado jornalista não estava se referindo apenas às parcas verbas financeiras destinadas à pasta. Pior do que isso: a Comunicação não dispõe nem de recursos tecnológicos. O prefeito nunca se preocupou em dotar a Secretaria com, no mínimo, um computador adequado ao trabalho que se pretendia realizar.

Isso prá mim não é novidade: eu sempre disse por aqui que o prefeito Parini e o secretário de finanças, Rubens Chaparim não fazem a menor idéia da importância da Comunicação. Assim como não é novidade o que corre por aí sobre a defecção do Welton: uma fonte ligada à Igreja Católica me confidenciou, nesse final de semana, que, além de trombar com Shimomura, o ex-secretário de Comunicação teria entrado em rota de colisão com o poderoso Chaparim.

Como se vê, para sobreviver nessa administração, é importante ser amigo da primeira-dama, mas somente isso não basta. Há que se ter, também, ‘Nervos de Aço’.       

Quase ninguém ficou sabendo, mas o presidente da Câmara, Claudir Aranda, convocou os vereadores para uma reunião extraordinária,  realizada ontem, sexta-feira, às nove horas da manhã. Na pauta, dois projetos em regime de urgência urgentíssima. Um deles abre crédito adicional para construção da nova creche do Jardim São Jorge, também conhecida como EMEI ‘Prof. Antonio Di Bernardo Perez’.

Já escrevi sobre essa creche aqui e aqui. Ela custará R$ 680 mil, dos quais R$ 620 mil virão do governo federal. Mas não pensem que a verba destinada pelo governo federal deve-se ao prestígio do nosso premiado estadista. Na verdade, o Ministério da Educação está distribuindo creches no Brasil inteiro e Jales só entrou na quarta lista divulgada pelo MEC. Votuporanga e Fernandópolis, por exemplo, já tinham sido contempladas bem antes que Jales.

O outro projeto, aprovado a toque de caixa, também autoriza a abertura de crédito adicional.  Segundo o tal projeto, o governo petista de Jales pretende investir R$ 192 mil repassados pelo governo tucano de São Paulo na inacabada “revitalização” do centro. Além dos R$ 192 mil obtidos junto ao Geraldinho, a Prefeitura investirá mais R$ 16 mil, em recursos próprios. Resta saber, agora, em que consiste essa nova “revitalização” do centro. 

 Na edição do próximo domingo, do jornal A Tribuna, os leitores ficarão sabendo um pouco da história do veículo da foto. Trata-se de uma Ipanema pertencente à frota da Secretaria Municipal de Saúde. Ela já foi uma ambulância, mas passou por adaptações e está parada há quatro anos, perambulando pelas oficinas da cidade. 

O conserto do veículo não custaria nem 20% do valor que foi pago ao secretário de Fazenda, Rubens Chaparim, a título de férias não gozadas. Mas, graças à incapacidade do prefeito, a Ipanema não está sendo útil prá nada.

Devagar vão sendo revelados os motivos da exoneração do ex-secretário de Comunicação, Welton Cláudio. Uma das versões nos dá conta de que Welton teria trombado de frente com o poderoso secretário de Administração, José Shimomura, o preferido da primeira-dama.

Pode até ser que o suposto bate-boca entre os dois tenha sido um dos motivos da defecção de Welton, mas, pelo que se sabe, a convivência entre ambos já não era das mais pacíficas desde quando o ex-secretário de Comunicação assumiu o cargo, em janeiro deste ano. Consta que, logo na primeira semana de trabalho de Welton, o super-secretário Shimomura – que gosta de dar pitacos em outras secretarias – teria se estranhado com o novo colega de secretariado.

Falando em Shimomura, nesta semana ele deixou aflorar, mais uma vez, o seu lado turismólogo. Segundo informações, hoje, sexta-feira, a nossa Prefeitura estaria um pouco desfalcada, já que um ônibus lotado de servidores municipais deixou a cidade rumo a Caraguatatuba. A alegre excursão, ainda de acordo as mesmas informações, foi organizada por Shimomura, reconhecidamente um amante do dolce far niente nas horas de folga.

A Prefeitura de Jales está prorrogando, por mais doze meses, o aluguel do imóvel onde funcionava a Tecmed, no Jardim Arapuã, e onde está instalada, atualmente, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Promoção Social. O imóvel pertence à empresa Mathiel & Cia Ltda, a quem a Prefeitura vai pagar, mensalmente, R$ 3.223,87.

Tudo indica que o imóvel esteja alugado desde outubro do ano passado, apesar de somente agora, no meio de 2011, a Secretaria de Promoção Social ter sido transferida para lá. Estranhamente, a Prefeitura começou a pagar o aluguel apenas em maio deste ano. Isso não significa, porém, que o município esteja economizando. Ao que parece, o prédio foi reformado com dinheiro público.

O aluguel e a localização do prédio já foram tema para debate na Câmara Municipal, e o vereador Luís Especiato, como de costume, saiu em defesa da administração municipal. Segundo ele, foi um bom negócio o aluguel do prédio. Pode ser, mas, ao que se saiba, os bairros onde os problemas sociais são mais evidentes ficam do outro lado da cidade.

Em tempo: não me perguntem sobre as palmeiras imperiais da foto.

Parece que o prefeito Humberto Parini resolveu investir um dinheirinho para propagandear a Educação do município, um dos pontos positivos do governo petista de Jales. Vejam, abaixo, o bem cuidado vídeo que está sendo veiculado em emissoras de TV:

A temporada de chuvas parece estar começando. E com ela, deve começar também a temporada dos buracos novos no nosso asfalto. Em janeiro, o prefeito Humberto Parini anunciou uma verba de R$ 8 milhões para recapeamento das nossas ruas, mas, até o momento, foram investidos apenas R$ 2,5 milhões dos recursos propagandeados.  Uma das vias recuperadas  com parte desse dinheiro é a avenida “Paulo  Marcondes”. Ou trechos dela.

Em que pese todo o esforço do nosso premiado estadista para melhorar as condições daquela avenida, bastou uma chuva um pouco mais forte e novos problemas começam a aparecer em trechos que não foram recapeados. É o caso do trecho da foto abaixo, localizado quase na entrada da Transfuga. Repare que a pista do lado de lá parece estar em perfeitas condições. Já a pista do lado de cá… 

Como foi dito em um post anterior, o acidente mais grave provocado pelas chuvas de ontem aconteceu ao lado da escola municipal “Osvaldo Soler”, na garagem onde ficam estacionados os veículos do transporte escolar da Prefeitura de Jales. Parte de uma árvore veio abaixo, atingindo um ônibus. Os estragos no veículo, segundo informações, foram pequenos.

Mas a coisa poderia ter sido pior. Dêem uma olha na foto mais abaixo. A árvore da foto também está, ou estava, situada na garagem dos veículos da Educação. Ela, igualmente, não resistiu à chuva e aos ventos de ontem e, por sorte, não caiu sobre nenhum veículo.

Lembram-se do buracão da Rua Celso Luiz Abra? Ele foi aberto pelas chuvas de fevereiro de 2011 e provocou a interdição da rua por cerca de dois meses. Somente em abril, a dois ou três dias do início da Facip do Bexiga, a Prefeitura deu conta de tapar o buraco. Afinal, aquela rua é um dos principais acessos ao recinto de exposições “Juvenal Giraldelli”. As fotos lá de baixo mostram o buraco e o serviço executado pela Secretaria de Obras, em abril.

Pois bem, passada a Facip do Bexiga, parece que ninguém mais da Prefeitura deu as caras por lá. Como se pode ver pela foto acima, o local continua praticamente do jeito que foi deixado, em abril, sem a reposição do asfalto. E olhem que a tal usina de asfalto da Prefeitura fica a menos de cinquenta metros do local. É só uma questão de desleixo mesmo!

Como já foi noticiado por este blog, o recinto de exposições foi novamente cedido, através de decreto, para que a empresa BX Eventos Ltda realize a Facip 2012. Quem sabe até lá, o empresário Oswaldo Costa Júnior, o Bexiga, use a sua influência e consiga que a Prefeitura refaça o asfalto daquele trecho da Rua Celso Luiz Abra.

O repórter Alexandre Ribeiro, o Carioca, postou notícia no portal Tribuna na Web (veja aqui), onde se lê que, durante a chuva de hoje, os bombeiros receberam seis chamadas. O caso mais grave, diz a notícia, ocorreu no pátio da escola municipal “Oswaldo Soler”. Segundo os bombeiros, parte de uma grande árvore caiu sobre um ônibus, que estava vazio.

Acredito que o acidente tenha acontecido, na verdade, na garagem dos ônibus da Educação, que fica bem ao lado da escola “Oswaldo Soler”. Ali ficam estacionados, ao relento, os veículos do transporte escolar de Jales – ônibus, vans, e até o famoso caminhão comprado pelo prefeito. Na verdade, aquela garagem é mais uma demonstração da genialidade do nosso premiado estadista.

Senão vejamos: em 2008, o prefeito inaugurou, nas proximidades da Facip, um barracão feito pela indústria de sorvetes Ida-yo e doado à Prefeitura como contrapartida do espaço cedido à empresa no Distrito Industrial I. Foi o nosso genial prefeito quem escolheu o local onde a empresa deveria construir o barracão e ele, como grande estadista que é, achou que aquele era o lugar certo para a instalação da benfeitoria.

Pois bem, passados três anos, o barracão está se deteriorando, sem  ter  utilização nenhuma. Aliás, tem sim: a foto acima mostra que ele serve de abrigo para alguns animais, que aproveitam a sombra para um merecido descanso. Enquanto isso, conforme se pode ver pelas fotos abaixo, os veículos do transporte escolar – incluindo o caminhão – repousam ao relento, em um local sem nenhuma estrutura.

Pergunto aos leitores deste modesto blog, que, suponho, não são gênios, nem estadistas: não seria mais racional e lógico que o barracão doado pela Ida-yo fosse construído em um local que pudesse servir,  quem sabe,  de garagem aos ônibus? 

Acredito que esse seria o senso comum, mas acho que devemos dar ao prefeito um desconto. Afinal, os gênios e os estadistas, por incomuns, são, na maioria das vezes, incompreendidos. Galileu Galilei, por exemplo, quase queimou na fogueira da Inquisição por dizer que a terra era redonda e girava em torno do sol.