Categoria: Administração

EM APENAS CINCO MESES, GASTOS COM MERENDA JÁ DIMINUÍRAM R$ 108 MIL

Entre janeiro e junho de 2011, os gastos com a merenda escolar servida aos alunos do município  diminuíram R$ 108 mil em relação ao mesmo período de 2010, quando o fornecimento das refeições era feito pela empresa Gente Ltda.  Nos primeiros seis meses de 2010, a merenda custou R$ 720 mil aos cofres da Prefeitura, enquanto que, agora em 2011, as notas fiscais apresentadas no primeiro semestre somam R$ 612 mil.

Desse valor, R$ 89 mil foram pagos à empresa Gente Ltda, que foi a  responsável pela merenda até fevereiro deste ano, enquanto R$ 523 mil foram pagos à Starbene Refeições Industriais Ltda, que assumiu o fornecimento da alimentação escolar no final de fevereiro/2011.

E se o amigo visitante está achando estranha a diminuição dos gastos, na comparação 2010-2011,  espere um pouco para ver os números do primeiro semestre de 2009. Naquele período, a Prefeitura pagou R$ 740 mil à Gente Ltda, ou seja, R$ 128 mil a mais do que está pagando em 2011. Querem mais? Em 2009, cada refeição custava entre R$ 1,30 e R$ 1,38, enquanto que, em 2011, o preço unitário da merenda é de R$ 1,52.

Portanto, em tese, os gastos de 2011 teriam que ser bem maiores que os de 2010 e 2009, mas, como  demonstrado acima, aconteceu exatamente o contrário. E o amigo visitante sabe por que isso ocorreu? Muito simples: porque havia desvios na merenda e alguém estava levando vantagem com isso!

Eu já disse e vou repetir: a secretária de Educação é honesta, as diretoras e coordenadoras de escolas são corretas, a nutricionista idem, mas alguém levou vantagem com essa história. E não foram elas! Só não enxerga quem é cego, ou quem, como o vereador Especiato, não quer enxergar.

Só prá encerrar: uma conta simples mostra que, nos primeiros cinco meses de 2011 – após as denúncias –  foram  consumidas cerca de 400.000 refeições. No mesmo período de 2010, consumiu-se 472.000, e, voltando um pouco mais, em 2009 o consumo foi de 551.000 refeições. Estranho, muito estranho… E olha que nem falamos do segundo semestre de 2008, quando o consumo de merendas quebrou todos os recordes.   

SOBRE A DÍVIDA COM DONA MINERVA

De vez em quando, ouço o prefeito Humberto Parini lançar nas ondas do rádio a repetida cantilena de que está pagando a dívida que temos com a família do nosso fundador. E, como os entrevistadores, normalmente, não questionam as afirmações do prefeito, quem ouve a retórica do premiado estadista pensa que isso é totalmente verdadeiro. Mas não é bem assim.

Durante os debates da campanha eleitoral de 2004, o então candidato Parini dizia que usaria a “criatividade” para pagar a dívida com dona Minerva. Assim que foi eleito – e antes mesmo de tomar posse – ele tratou de mostrar toda sua “criatividade”: uma de suas primeiras atitudes foi fazer uma incursão ao Shopping dos Jalles, em São José do Rio Preto, onde, munido de sua carteira de fiscal do estado, apresentou-se como novo prefeito de Jales. A “carteirada” do prefeito, uma risível tentativa de intimidar dona Minerva, foi registrada e criticada pelo Jornal de Jales, que, àquela época, não via Parini com, digamos, a mesma simpatia de hoje.

Em 2005, supondo que a “carteirada” tivesse dado algum resultado, Parini e o czar das finanças, Rubens Chaparim, não se preocuparam em pagar a parcela devida aos Jalles. Em privado, quando comentavam o caso, eles davam risadas e diziam que  “a viúva tinha ficado com medo”. Sobreveio 2006, e com ele a prova de que dona Minerva nem se abalara com a “visita” do fiscal ao seu Shopping: logo no início daquele ano, a Justiça, a pedido da viúva, determinou o sequestro das receitas da nossa Prefeitura. De uma só vez, o nosso criativo prefeito foi obrigado a pagar duas parcelas.

Diante do sequestro, Parini e Chaparim caíram na real e, a partir dali, trataram de pagar as parcelas conforme o combinado. Foi só por isso que Parini pagou cinco parcelas da dívida. Porque era obrigado a pagar! Bastou, no entanto, ele encontrar uma brecha na lei para botar em prática, novamente, sua premiada “criatividade” e fugir ao compromisso de liquidar a dívida. Com a aprovação da PEC do Calote, Parini optou por pagar o valor mínimo permitido pela lei e, com isso, perdeu o desconto de 30% concedido pelo advogado dos Jalles, Silvério Polotto.

Em 2010, utilizando-se da brecha dada pela lei, Parini depositou apenas R$ 870 mil em uma conta da Justiça, para pagamento de precatórios. Desse valor, não se sabe quanto foi reservado à família Jalles, mas, com certeza, é menos da metade. Ou seja, o valor que o município está pagando aos Jalles é, mais ou menos, o valor do desconto perdido por Parini. Um bom negócio, não é mesmo?  Como o débito com o espólio do fundador está em torno de R$ 6,5 milhões, não fica difícil de prever que, nesse ritmo, a Prefeitura vai demorar uns 15 anos para acabar com o “fantasma da dívida”. Êta criatividade!!

Em tempo 1: O sequestro de receitas, ocorrido em 2006, só não causou um prejuízo maior aos cofres municipais, graças à intervenção do procurador-geral do município, Izaias Barbosa de Lima Filho, que negociou com os advogados da família Jalles a manutenção do desconto de 30%. Os advogados não estavam obrigados a manter o desconto, uma vez que a Prefeitura – leia-se, Parini e Chaparim – não havia cumprido o acordo. Com o desconto, o valor do sequestro caiu de, mais ou menos, R$ 2,7 milhões para R$ 2,0 milhões. 

Em tempo 2: Da próxima vez que você ouvir o prefeito dizendo, no rádio, que está pagando a dívida, lembre-se de que ele só está fazendo isso porque ficou com medo de novos sequestros. E, se você ouvir ele dizer que deixou de pagar as três últimas parcelas porque foi obrigado pela lei, saiba que é mentira. Ele poderia liquidar a dívida depositando um valor maior na conta da Justiça – R$ 2 milhões, por exemplo, como estava previsto no orçamento 2010 – mas preferiu optar pelo valor mínimo permitido pela lei.     

TRIBUNAL DE JUSTIÇA-SP CONDENA POSTO ESPACIAL A DEMOLIR OBRAS IRREGULARES

E a decisão da Justiça ainda obriga a Prefeitura a cancelar o alvará de funcionamento do Posto. Claro que ainda cabe recurso às instâncias de Brasília, mas, ao que parece, a administração Parini vai deixar uma herança incômoda para os futuros prefeitos.

Com o voto dos desembargadores Regina Capistrano, Renato Nalini e Franklin Nogueira, o Tribunal de Justiça de São Paulo reformou a sentença da Justiça de Jales e condenou o empresário Ricardo Tânios e a Prefeitura de Jales – co-responsável pelas irregularidades – a regularizar as obras do Posto Espacial, que, segundo a decisão, estão em desacordo com o Código de Posturas Municipal. A ação foi proposta por alguns vizinhos do Posto.

Segundo o nosso Código de Posturas, edificações que servirão de depósito para combustíveis e outros inflamáveis devem guardar uma distância mínima de 4 metros dos prédios vizinhos. E o Posto Espacial, com as bençãos da Prefeitura, foi construído “parede-meia” com imóveis residenciais (vide fotos abaixo). Segundo a sentença, “a responsabilidade da Municipalidade se evidencia de forma incontestável”.

Resumindo, o Tribunal deu trinta dias – após o trânsito em julgado da sentença – para que o Posto faça a demolição das obras irregulares, sob pena de, em caso contrário, pagar multa diária de R$ 2 mil. Se a decisão for cumprida, boa parte do Posto simplesmente terá que vir abaixo.

Como se sabe, o empresário Ricardo Tânios já não é mais o dono do Posto Espacial e, se tiver que cumprir a decisão, certamente que poderá acionar a Municipalidade, já que foi a Prefeitura quem autorizou a execução das obras irregulares. De qualquer maneira, acho que essa briga ainda vai longe.

 

 

 

 

 

      O posto foi construído na divisa com imóveis residenciais, em desacordo com a lei.

OS AFLITOS DO TURISMO

Deu na coluna Radar on Line (Veja), do Lauro Jardim:

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

6:03 \ Congresso

As prisões no Ministério do Turismo tiraram o sono de muita gente no Congresso. Não há como dimensionar o tamanho do grupo dos aflitos, mas é possível imaginar que ele seja grande. No ano passado 417 deputados e 53 senadores apresentaram emendas ao ministério. Somando com emendas de bancadas e de comissões, o total destinado ao Turismo chega a 2,7 bilhões.

E os problemas do Ministério do Turismo teriam tirado o sono de algumas pessoas também aqui em Jales, segundo o jornalista Roberto Carvalho, da Folha Noroeste. Desde que Parini assumiu a Prefeitura, aquele Ministério já liberou cerca de R$ 2,8 milhões para Jales.

Entre outras emendas, foram liberados R$ 950 mil para a Facip; R$ 450 mil para o Arraial da Antena 102; R$ 150 mil para a Festa do Caminhoneiro; R$ 100 mil para a Festa da Uva; R$ 65 mil para o Reveillon 2007. Nesses valores não estão computadas as contrapartidas. Registre-se, também, que, no caso da Festa do Caminhoneiro, boa parte da verba não foi utilizada.

O primeiro convênio assinado por Parini no Ministério do Turismo foi o do famoso Portal da Cidade. E pelo menos duas obras patrocinadas pelo dinheiro do Ministério do Turismo estão paralisadas. A reforma da Praça “Euphly Jalles” (R$ 70 mil) e a Urbanização do Bosque Municipal (R$ 150 mil).  

FALSIDADE IDEOLÓGICA: JUÍZA PRORROGA PRAZO PARA INVESTIGAÇÃO

A juíza da 4a. Vara Judicial de Jales, Renata Vilalba Serrano Nunes, autorizou a dilação do prazo, por mais trinta dias, para que o delegado que cuida do caso da Certidão assinada pelo prefeito Humberto Parini, conclua as diligências solicitadas pela procuradora de justiça Márcia de Holanda Montenegro. Em junho, a procuradora pediu novas diligências ao delegado, mas, pelo jeito, o prazo de um mês não foi suficiente.

Na fase anterior do processo, o delegado pediu ao prefeito documentos que comprovassem uma tal de “compensação de débitos” alegada por Parini, mas a Prefeitura demorou exatos 103 dias para enviar um calhamaço de papéis que não comprovavam coisa nenhuma. Dessa vez, a procuradora está pedindo documentos que comprovem alguma dívida da Prefeitura para com a Instituição Soler. Ainda que a juíza da 4a. Vara prorrogue o prazo por mais 103 dias, vai ser difícil que o prefeito mande tais documentos.

A procuradora está pedindo também uma cópia do processo licitatório onde a Certidão com declaração supostamente falsa foi utilizada. Se a procuradora reparar bem, vai ver que a licitação só foi revogada depois que a Instituição Soler, apesar de ter apresentado a tal Certidão, foi inabilitada pela falta de outros documentos.

E a procuradora pediu também que o delegado ouça novamente o prefeito.  Parini vai ter a oportunidade de desdizer a inverdade que sapecou no primeiro depoimento. Ele disse, em certo trecho que “posso assegurar que a formalidade (a compensação) foi cumprida pelo setor de contabilidade da Prefeitura”. Na verdade, a empresa quitou a dívida em dezembro de 2009, mas isso não se deu através de nenhuma compensação. A conta – cerca de R$ 50 mil – foi paga em suaves parcelas depois que a Câmara aprovou um reparcelamento de dívidas para todos os contribuintes em débito com a Prefeitura.   

PARINI CONVOCA CLAQUE PARA POSSE

Senti a falta do Anisinho! E da primeira-dama também! Abaixo, alguns registros fotográficos da nova posse do prefeito Humberto Parini, que ocorreu hoje, pela manhã. Além do presidente Claudir Aranda, apenas dois outros vereadores – Luís Especiato e Pérola Cardoso – compareceram à solenidade.

Me disseram que o estadista chorou ao discursar, mas, entre uma lágrima e outra, arrumou um tempinho para criticar um “aposentado que vive  tentando atrapalhar a administração”. O cerimonial, provavelmente com receio de que não houvesse ninguém para aplaudir o estadista, convocou alguns funcionários do Paço e do Fundo Social, além de funcionários da Aderj, para garantir o aplauso. Reparem, nas fotos, como o pessoal convocado para a posse estava feliz. Se quiser ver alguém mais de perto, clique em cima da foto.

 

 

FOLHA REGIONAL CONTINUA SENDO O JORNAL OFICIAL DO MUNICÍPIO

O jornal Folha Regional, do amigo Cuca, vai continuar sendo o responsável pela publicação dos atos oficiais do município, o que já vem ocorrendo desde 2006, quando a empresa Luciana Possebon Bologna & Cia Ltda ganhou a licitação promovida pela Prefeitura. O detalhe é que, para continuar sendo o jornal oficial, a Folha Regional reduziu em mais de 200% o preço que vinha sendo cobrado.

A nova licitação, na modalidade Pregão, foi realizada ontem. Disputaram-na, além da Folha Regional, o Jornal de Jales e a Folha Noroeste. Ao final da disputa, prevaleceu a Folha Regional com o preço de R$ 0,45 por centímetro/coluna. O preço que está sendo pago, atualmente, é de R$ 1,70 por centímetro/coluna, uma redução, portanto, de R$ 1,25.

Em 2010, a Prefeitura pagou um total de R$ 41.990,00 à Folha Regional. Se o novo preço (R$ 0,45) tivesse começado a vigorar no ano passado, o município teria pago por volta de R$ 12 mil pelo mesmo serviço.

É importante esclarecer que esse tipo de contrato pode ser prorrogado, no máximo, por cinco anos, cabendo ao prefeito – todos os anos – decidir pela prorrogação ou pela realização de uma nova licitação. Nesse caso, Parini preferiu ir prorrogando o contrato até o prazo máximo e só decidiu realizar uma nova licitação agora em 2011, porque a lei não permitia mais prorrogações.

No primeiro ano de Parini, 2005, o Jornal de Jales era o responsável pela publicação dos atos oficiais. Findo o primeiro ano de contrato, Parini poderia tê-lo renovado, mas, àquela época, ele considerava o jornalista Deonel Rosa Júnior um adversário do PT, e, por conta disso, preferiu não renovar o contrato com o Jornal de Jales. Percebem como o mundo dá voltas?

O PREMIADO ESTADISTA ESTÁ DE VOLTA! E AGORA?

O prefeito Balança-Mas-Não-Cai,  Humberto Parini, conseguiu a liminar que o mantém no cargo por mais algum tempo. A dúvida agora, é saber por quanto tempo. Pode ser que essa liminar não dure muito, mas também não é improvável que, em função da reconhecida lentidão da Justiça, ele consiga chegar ao final do mandato, em 31/12/2012, sem que seja julgado o mérito da Reclamação 12247, aquela que proporcionou a ele a sonhada liminar.

Para o prefeito e os áulicos que gravitam em torno dele foi uma ótima decisão essa do ministro Lewandowsky. E para Jales? Tenho lá minhas dúvidas! O prefeito, que, por conta da sorte, fez um razoável primeiro mandato, ainda não conseguiu começar o segundo. Será que ele conseguirá começar agora, governando sob a salvaguarda de uma liminar? Ou vai apenas se preocupar em se defender dessa e das outras ações que estão correndo e nas quais ele já foi condenado em segunda instância?

A verdade é que Jales e os seus cidadãos mereciam uma administração menos conturbada e mais focada na resolução dos nossos problemas, que não são poucos. O que fez o prefeito cassado para trazer empregos? Nada! Entre as cidades da região, Jales é a que menos empregos gerou nos últimos anos. O prefeito limitou-se, nesse tempo, a começar obras e deixá-las inacabadas. De resto, muitas promessas e poucas realizações.

Agora, vamos ter que nos conformar em conviver mais algum tempo com figuras despreparadas e arrogantes, como a doce e generosa esposa do estadista, a primeira-ministra, Marli Mastelari, o czar das finanças, Rubens Chaparim e outros menos votados. O que nos consola é que, na pior das hipóteses, 31 de dezembro de 2012 não está tão longe assim.

PREFEITURA EMPENHOU R$ 50 MIL PARA GASTOS COM CARNAVAL

A Prefeitura de Jales, que atrasa sistematicamente os repasses às entidades assistenciais da cidade, repassou à Secretaria Municipal de Esportes, em nome do secretário Irineu de Carvalho, a módica quantia de R$ 50 mil para cobrir as despesas com o carnaval jalesense. O prezado visitante do blog deve estar se perguntando: mas que carnaval?

Eu respondo: o carnaval realizado no Clube do Ipê, o famoso Carnalegria, aquele que acabou rendendo manchetes nos jornais e nas emissoras de TVs regionais, não exatamente pela alegria. Como vocês devem estar se lembrando, o Carnalegria terminou antes da terça-feira de carnaval, por decisão da polícia local, depois que o baile da segunda-feira foi interrompido por alguns arruaceiros. Antes do cancelamento, os bailes vinham sendo frequentados por meia dúzia de gatos pingados. E aí, é de se perguntar: como foram gastos R$ 50 mil com aquilo? 

MINISTRO LEWANDOWSKY DEFERE LIMINAR E DEVOLVE CARGO AO ESTADISTA

Acaba de ser publicada na página do Supremo Tribunal Federal, a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que concede uma liminar ao prefeito Humberto Parini, mantendo-o no cargo até o julgamento do mérito da Reclamação 12247. É como dissemos, o prefeito plantou quatro sementinhas e uma deles poderia brotar. Brotou a do ministro Lewandowsky. E não é que, amanhã, o prefeito e a primeira-ministra vão estar de volta às suas cadeiras, no Paço Municipal? Jales está mesmo de parabéns!! Abaixo, a decisão do ministro:

10/08/2011 Liminar deferida MIN. RICARDO LEWANDOWSKI “(…) para suspender os efeitos das decisões reclamadas, sem prejuízo de ulterior análise da questão trazida à minha apreciação, até o julgamento de mérito desta reclamação. Mantenho, pois, HUMBERTO PARINI, no cargo de Prefeito do Município de Jales/SP.”  
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