Categoria: Geral

GAYS GANHAM DE DEZ A ZERO NO SUPREMO

Parece que não foi só o Palmeiras que apanhou de goleada, nesta semana. Abaixo, o artigo da jornalista Christina Lemos, sobre a aprovação da união homoafetiva. O dado curioso: ela trabalha na TV Record, do pastor Edir Macedo, mas nem por isso parece estar contra a decisão do Supremo.

A unanimidade pró-gay no STF (Supremo Tribunal Federal) constrange o Congresso. Foi uma vitória histórica, literalmente por 10 a zero, isto é, 10 para os gays e zero para os setores conservadores. O Congresso deixou de legislar sobre a questão, optando por não enfrentar o problema que lhe batia à porta, e acaba de ver sua omissão ensaiada ser superada por outro poder.

Vem aí uma forte reação dos setores contrariados com a decisão, que iguala direitos entre casais hetero e homossexuais. No Congresso, não faltarão vozes a contestar o fato de o Supremo supostamente “legislar” no lugar do Congresso.

O Tribunal nada mais fez que exercer a sua tarefa original: a de interpretar, proteger e fazer aplicar a Constituição. Assim, a partir de agora, quando for avocado o artigo 226 da carta constitucional, que define a união estável como sendo aquela entre o homem e a mulher, o texto não mais excluirá os casais formados por pessoas do mesmo sexo. O Supremo ampliou sua interpretação para incluir e proteger uma camada da população discriminada pela opção sexual – o que é proibido pela mesma Constituição.

Fez-se pelo caminho da Justiça, o que não foi feito pelos representantes do povo, pelo instrumento do voto. E não é a primeira vez. O que mostra que o Congresso, ou está a reboque do Executivo, ou é atropelado pela realidade que vai ao Judiciário cobrar seu reconhecimento.

Um parlamento fraco, usurpado de suas funções elementares, é sinal de preocupante de fragilidade do sistema democrático. Mas parece que o Congresso ainda não se deu conta disso.

FACIP 97: DOMINGO, NA TRIBUNA, MAIS UMA GRAVE ACUSAÇÃO CONTRA O PREFEITO PARINI

Ao julgar o pedido de cassação do prefeito Humberto Parini, a juiza Renata Vilalba Serrano Nunes determinou a penhora dos bens dos acusados, mas, ao mesmo tempo, negou a indisponibilidade dos tais bens (vide cópia dessa parte da decisão, ao lado), uma vez que, segundo ela, não havia nos autos, nenhuma prova de que os acusados estariam tentando fugir ao ressarcimento do dinheiro que deveriam devolver aos cofres públicos. Mas parece que não é bem assim.

No jornal A Tribuna do próximo domingo, uma matéria do jornalista Paulo Reis Aruca vai nos contar como é que anda essa história. Aruca teve acesso novamente ao processo e, segundo ele me disse, o Ministério Público Estadual está fazendo uma nova e grave acusação contra o prefeito Humberto Parini. Pelo que o jornalista me adiantou, o caso está ficando cada vez mais palpitante. Acho que a edição de A Tribuna, de domingo, vai estar imperdível.

Obs.: para visualizar melhor a decisão da juiza, basta clicar em cima.

MPF EM JALES DENUNCIA EX-PREFEITO DE URÂNIA POR FRAUDE EM LICITAÇÃO

Eu não digo que a vida de ex-prefeito não é fácil? O professor Joaquim Pires está descobrindo isso agora. E parece que a coisa está apertando também para os assessores jurídicos das prefeituras. É a segunda vez que vejo o Ministério Público pedir a condenação do procurador jurídico que deu parecer no Edital. Te cuida, J. Mega! Vejam a notícia enviada pela Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República:

O Ministério Público Federal em Jales denunciou à Justiça Federal o ex-prefeito de Urânia, Joaquim Pires da Silva, por fraudar licitação pública para a compra de um trator e uma grade aradora, em fevereiro de 2007. O edital da licitação apresentava exigências que só poderiam ser cumpridas pela marca New Holland, o que permitiu a apenas uma empresa apresentar proposta, que sagrou-se vitoriosa.
 
A compra do equipamento foi feita com verba repassada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por intermédio da Caixa Econômica Federal, com o intuito de apoiar o desenvolvimento do setor agropecuário. Na época, o custo da aquisição foi de R$ 80.302,00 que, em valores atualizados, totaliza hoje R$ 93 mil.
 
Além do ex-prefeito, também foram denunciados o então assessor jurídico da Prefeitura de Urânia, Alcides Silva e o representante da empresa Inter New Máquinas Agrícolas Ltda, Antônio Carlos Batistella. “Eles fraudaram, mediante ajuste, o caráter competitivo de processo licitatório, com o intuito de obterem, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação”, apontou o procurador da República Thiago Lacerda Nobre.
 
O laudo de Perícia Criminal, anexado à denúncia, comprova que apenas uma marca poderia vencer a concorrência pública. “A especificação “modelo TL75E” é exatamente a descrição de um modelo da marca New Holland”, aponta a perícia. “Apenas a empresa Inter New Máquinas Agrícolas apresentou proposta, porque nenhuma outra empresa tinha condições de atender as exigências requeridas”, concluiu o procurador.
 
O edital da tomada de preços chegou a ser impugnado por uma empresa que atua no setor. “Nessa impugnação foi solicitado à administração que comprovasse tecnicamente a necessidade de um trator com transmissão totalmente sincronizada, com no mínimo 12 velocidades a frente e duas a ré, uma vez que não existem diferenças de rendimento e performance entre um trator com 10 ou 12 marchas”, revela a denúncia. O assessor jurídico da Prefeitura, no entanto, manifestou-se pela manutenção do edital, sem comprovar a necessidade das especificações exigidas.
 
Denunciados com base no artigo 90 da lei 8.666/93, que regula a licitação em toda a administração pública, os acusados poderão ser condenados a detenção de dois a quatro anos, além de multa.

A CRÔNICA DO PASCHOALINO – “DO OUTRO LADO DA CERCA”

Estou publicando, com ligeiro atraso, a crônica do Paschoalino S. Azords, que foi veiculada na edição de domingo passado do jornal O Debate, de Santa Cruz do Rio Pardo. Reparem que alguns personagens do Paschoalino, que viveu sua infância em Jales, são conhecidos nossos:

Do outro lado da cerca 

A sexta-feira estava quase acabando. Tinha caído uma chuvinha mansa e o sol talvez já tivesse combinado com a noite o resto daquele dia difícil que era a Sexta-Feira da Paixão. As oito, a Companhia cortaria a luz das ruas para a procissão do Senhor morto. “Aquela mulher que canta em outra língua é a Verônica, e aquele desenho carimbado na toalha que ela desenrola é o Santo Sudário”, minha mãe explicava, todo ano, antes de sairmos de casa. Ao invés de prestar atenção nesses detalhes, eu preferia juntar os tocos de vela largados no trajeto, mesmo sem saber o que fazer com aquilo tudo depois.

As quatro ou cinco da tarde, o dia seguia calmo na Rua Elizabete. Pela manhã, tínhamos cumprido com a nossa obrigação, beijando os pés do Jesus morto depois de uma hora de joelhos diante do ostensório, ainda que os santos não pudessem acompanhar a nossa penitência debaixo daqueles panos roxos. Dom Arthur dizia que os santos preferiam não ver a grande ignomínia que se repetiria pela 2.000ª vez na face da Terra. Dom Arthur Horsthuis foi o nosso primeiro bispo. Amigo pessoal do bom João XXIII, trazia na ponta da língua as Bulas Papais de Ereção da Diocese.

O resto da Sexta-Feira Santa tinha se arrastado como convinha: os carros e as charretes não buzinavam, os trens vinham e iam como as grandes paixões, em silêncio, sem apitar.

“O quaresma é o tempo de não fazer o que você mais gosta de fazer”, pregava o holandês Dom Arthur carregando nos erres o seu português de bolso. Os churrascos eram suspensos, religiosamente, por 40 dias. Os palavrões, adiados para depois da Páscoa. Mas não havia limites ou regras claras para quem desejasse ardentemente se preparar para a Via Crúcis. Uns não dançavam, outros não bebiam… Tinha gente que só fumava escondido, outros nem fumavam. E as estatísticas acusavam uma queda considerável nos índices de criminalidade, poupando, assim, o Governo de mentir em plena quaresma. Dona Fátima, uma velha portuguesa do fim da rua, falava que não tomava banho, não penteava o cabelo e… nem fazia filho – como se isso tudo somado fosse um sacrifício dela.

A Rádio Cultura tocava os seus discos de música clássica pensando que assim ajudava o ouvinte a guardar melhor o Defunto importante. Além da Sexta-Feira Maior, em menos de dois anos aqueles mesmos long plays tinham rodado dia e noite em duas datas solenemente triste para nós: quando Deus chamou João XXIII aos céus, e quando o fundador da cidade foi assassinado a tiros numa rua do centro de Rio Preto, de onde a sua alma tomou rumo incerto e ignorado.

Aquela sexta-feira já estava quase no fim. A vida quieta, parada, apesar da passarada que não respeita dia-santo-de-guarda. E então, dentro daquele silêncio todo eu pude ouvir os gritos, desde quando eles vieram gritando lá da rua de baixo e de um jeito que eu ainda não tinha ouvido gritar. Ainda chovia, agora me lembro, pois Dona Maria passou correndo descalça pela esquina de casa, enlouquecida, dentro de um vestido branco de florzinhas azuis de manacá, todo sujo de barro, com os cabelos soltos na chuva capciosa que não conseguia abafar os seus primeiros gritos de viúva.

O seu Ivan, um baiano que remendava sacos de estopa, tinha ido pescar no açude do Honório por conta do feriado. Foi com um cunhado e, como não pegavam nada, aproveitou para se refrescar naquela água estagnada de trairagem. O cunhado ainda correu pedir ajuda quando o baiano não voltou do mergulho. Correu a pé na direção da cidade que tinham deixado alguns quilômetros para trás.

Depois de cumprir com as obrigações de afogado, o corpo do seu Ivan chegou à residência numa viatura da polícia. Ao invés de quase negro, ele me pareceu azul naquela hora, de cueca de pano e com o cabelo ainda cheio de terra. À noitinha, o defunto já repousava sobre a mesa da cozinha, num caixão que tomava quase toda a sala. Não porque fosse avantajado de estatura, o morto, mas porque a sala da sua casa era quase um cisco. O pé direito econômico era compensado pela falta de forro e telhas vãs. As paredes eram pouco mais altas do que a porta, por onde se entrava e saía com a devida cautela.

Fazia tanto calor que me parecia que seu Ivan também transpirava, e o seu suor cheirava forte como o café que passavam no puxadinho de fora. Meu pai varou a madrugada e só deixou o velório para vir me acordar a tempo de ver o cometa anunciado para aquele Sábado de Aleluia. (Deve ser um costume lá de casa esse de querer mostrar aos outros as coisas perdidas do céu. Mas, naquela noite, eu ainda não sabia).

Uma cerca rala divisava a nossa casa da casa do seu Ivan. De tão rala, a cerca não segurava gente e nem os bichos de estimação. Com dona Maria, ele formava um casal sem filhos que, além das máquinas de costura, só possuía uma bicicleta Gallo e a juventude dos anos.

Como não sabia andar, dona Maria vendeu primeiro a bicicleta. Em seguida, foram as máquinas de remendar sacos. No primeiro aperto, ofereceu a metade de baixo do seu terreno para o meu pai pagar parcelado e como pudesse. E, quando todo mundo achava que a viúva tinha se casado com Jesus, ela engravidou! “O finado era estéril, dona Terezinha. E eu acostumei mal”, como contou à minha mãe.

Contra todos os preconceitos que podiam crescer numa rua de terra, dona Maria envergou sua barriguinha tímida debaixo de vestidinhos cada dia mais curtos. Magrinha e faladeira, sempre encontrou apoio e compreensão na nossa casa. Dona

Terezinha era a mãe experimentada dos meus muitos irmãos; e meu pai, o farmacêutico sempre pronto, a qualquer hora do dia ou da noite. Era natural que meus pais batizassem a pequena Vera Lúcia, livrando-a do pecado original alguns meses depois.

Quatro cômodos era demais para mãe e filha, tão miúdas, e, assim, a casa logo foi passada nos cobres. Dona Maria foi morar com a irmã, na rua de baixo, no Micena, onde as minas eram tão fortes que a água dispensava o sarilho para chegar à boca das cisternas.

O casal que chegou de mudança tinha uma criança de colo e uma menina no pé (da mãe), resultado de outro casamento. Cícero, o marido, era barbeiro e não tinha hora certa para chegar em casa. Assim, eu ia ficando por ali quando não tinha nada melhor para fazer na rua. Uma noite, a Ismênia resolveu dar de mama na salinha onde o seu Ivan tinha sido velado. Quando ela abriu a blusa, felizmente, eu já estava sentado. (Depois me disseram que era pecado olhar o peito que amamenta, mas naquele tempo, eu ainda não sabia. E, mesmo que soubesse, aquele era o peito de uma mulher no auge da sua capacidade produtiva!)

Eu, que não mamava há uns três ou quatro anos, continuei por ali conversando fiado e sobre tudo. Mas o assunto durou pouco. Súbito, a criança soltou o bico do peito e o leite veio dar na minha cara. Assustado, não fui capaz sequer de levar uma das mãos ao rosto para tentar diminuir o estrago.

Minutos e segundos, para mim, perderam a noção do tempo naquela casa. Se existisse um relógio, ali na sala, os ponteiros, por certos, estariam parados àquela hora. Sem as palavras, eu permanecia sentado, fazendo de conta que não tinha acontecido nada. Minha mãe não me chamava lá de casa, e o marido, que de corno só tinha o nome, também não chegava da barbearia para me salvar.

O leite ralo me escorria pela cara, mas eu não encontrava forças para, ao menos, ficar em pé. “Deve ser assim que se morre afogado”, eu pensei, entre outras besteiras. E o que doía mais era saber que a minha casa estava ali tão perto, do outro lado da cerca, e que já era tarde para um menino da minha idade voltar pra rua.

FACIP 97: PROCESSO DE PARINI & CIA TEVE NOVA MOVIMENTAÇÃO

Recebi de um amigo palmeirense, agora à noite, um e-mail dando conta de que o Agravo de Instrumento 692428, interposto pelo prefeito Humberto Parini e outros envolvidos no caso Facip 97, teve uma leve movimentação nesta quinta-feira.

O Agravo, como se sabe, está parado no gabinete do ministro Joaquim Barboza, do Supremo Tribunal Federal, desde o dia 01/08/2008, há 33 meses, portanto. Não se sabe se foi por conta do ofício que a juíza da 4a. de Jales, Renata Vilalba Serrano Nunes, enviou ao STF, solicitando informações, mas o fato é que, nesta quinta-feira, o Agravo de Instrumento foi enviado para a Seção de Agravos daquele tribunal.

Enquanto isso, aqui em Jales, nós também temos novidades interessantes sobre o caso Facip 97, mas elas serão contadas pelo jornal A Tribuna, do próximo domingo.

CAPIXABA GANHA O DIREITO DE SE MASTURBAR NO TRABALHO

Eu já tinha visto a notícia há algum tempo, mas não republiquei porque achei uma coisa meio anti-ética, já que a matéria citava o nome da mulher. Mas hoje recebi o e-mail de um amigo com a notícia, onde a personagem principal se deixa inclusive ser fotografada. Então, já que ela, aparentemente, não está ligando nem um pouco prá exposição de seu nome e imagem…

A analista contábil Ana Catarina Bezerra Silvares, 36, tem uma doença um tanto estranha: ela possui compulsão orgástica, causada por uma alteração química em seu cérebro. Isso significa que Ana precisa ter orgasmos constantemente para aliviar a tensão. Divorciada e mãe de três filhos, ela disse que já chegou a se masturbar 47 vezes em um dia. Agora que está recebendo tratamento, conseguiu baixar para 18 orgasmos diários.

Por causa dessa condição, ela acaba de ganhar em um tribunal do Espírito Santo o direito a intervalos de 15 minutos a cada duas horas trabalhadas para que possa realizar sua busca por prazer. Ela também foi autorizada pelo Dr. Antonino Jurenski Garcia, Juíz do trabalho de Vila Velha (ES), a usar o computador da empresa para acessar imagens eróticas que alimentem seu desejo.

A BARBÁRIE E A ESTUPIDEZ JORNALÍSTICA NO CASO DA MORTE DE BIN LADEN

Abaixo, um trecho do artigo da jornalista Elaine Tavares, publicado no Correio do Brasil:

Imaginem vocês se um pequeno operativo do exército cubano entrasse em Miami e atacasse a casa onde vive Posada Carriles, o terrorista responsável pela explosão de várias bombas em hotéis cubanos e pela derrubada de um avião que matou 73 pessoas. Imagine que esse operativo assassinasse o tal terrorista em terras estadunidenses. Que lhes parece que aconteceria? O mundo inteiro se levantaria em uníssono condenando o ataque.

Haveria especialistas em direito internacional alegando que um país não pode adentrar com um grupo de militares em outro país livre, que isso se configura em quebra da soberania, ou ato de guerra. Possivelmente Cuba seria retaliada e, com certeza, invadida por tropas estadunidenses por ter cometido o crime de invasão. Seria um escândalo internacional e os jornalistas de todo mundo anunciariam a notícia como um crime bárbaro e sem justificativa.

Mas, como foi os Estados Unidos que entrou no Paquistão, isso parece coisa muito natural. Nenhuma palavra sobre quebra de soberania, sobre invasão ilegal, sobre o absurdo de um assassinato. Pelo que se sabe, até mesmo os mais sanguinários carrascos nazistas foram julgados. Osama não. Foi assassinato e o Prêmio Nobel da Paz inaugurou mais uma novidade: o crime de vingança agora é legal. Pressuposto perigoso demais nestes tempos em que os EUA são a polícia do mundo.

Agora imagine mais uma coisa insólita. O governo elege um inimigo número um, caça esse inimigo por uma década, faz dele a própria imagem do demônio, evitando dizer, é claro, que foi um demônio criado pelo próprio serviço secreto estadunidense. Aí, um belo dia, seus soldados aguerridos encontram esse homem, com toda a sede de vingança que lhes foi incutida. E esses soldados matam o “demônio”. Então, por respeito, eles realizam todos os preceitos da religião do “demônio”. Lavam o corpo, enrolam em um lençol branco e o jogam no mar. Ora, se era Osama o próprio mal encarnado, porque raios os soldados iriam respeitar sua religião? Que história mais sem pé e sem cabeça!

VEREADOR DE ANÁPOLIS, EM GOIÁS, PEDE UM MINUTO DE SILÊNCIO POR BIN LADEN

Enquanto o mundo inteiro se sente aliviado com a morte de Osama Bin Laden, o vereador Walmir Jacinto (PR) usou a tribuna, durante a sessão desta segunda-feira, na Câmara de Vereadores de Anápolis, Goiás, para pedir um minuto de silêncio em homenagem ao terrorista.

De acordo com o que Sírio Miguel (PSB), outro vereador, divulgou no Twitter, o pedido foi deferido pelo presidente da Câmara, Amilton Batista (PTB), no momento em que foi solicitado para homenagear um empresário local, que morreu em um acidente no Rio Araguaia. Wilmar Jacinto aproveitou a deixa e pediu um minuto de silêncio pela morte do terrorista mais procurado do mundo.

– Osama bin Laden foi um referencial que perpetuou uma grande investigação e neste final de semana, no desfecho de tudo isso, nada mais do que honrosamente a cidade de Anápolis também entender que morreu uma pessoa que é filho de Deus – justificou o vereador.

FRASE

O seo Chico Melfi, sempre atento aos acontecimentos do nosso dia-a-dia, me mandou a frase abaixo, dita por um certo Michael Moore, que, eu imagino, seja o famoso cineasta. O assunto é o Bin Laden:

“Depois de dez anos, duas guerras, 919.967 mortes e 1,188 trilhão de dólares, conseguimos matar uma pessoa.”

(Michael Francis Moore, nascido em 23/04/1954, é um cineasta, documentarista e escritor estado-unidense, conhecido pela sua postura crítica em relação às grandes corporações, à violência armada, à invasão do Iraque e à hipocrisia dos políticos)

A MAIORIA DOS MISERÁVEIS BRASILEIROS É JOVEM, NEGRA E NORDESTINA

A notícia está no site da Agência Brasil:

A maioria dos brasileiros que vivem em situação de extrema pobreza é negra ou parda, jovem e vive na Região Nordeste. É o que mostra um mapa feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base em dados preliminares do Censo Demográfico de 2010.

Com base em dados do IBGE e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foi estipulado que famílias com renda igual ou inferior a R$ 70 por pessoa são consideradas extremamente pobres. O parâmetros será usado na elaboração do plano Brasil sem Miséria, a ser lançado em breve pelo governo federal.

Nessa situação de miséria encontram-se 16,2 milhões brasileiros, o equivalente a 8,5 % da população do país, conforme o IBGE. Desse total, 70,8% são pardos ou pretos e 50,9% têm, no máximo, 19 anos de idade. Quanto ao sexo, a miséria atinge mulheres e homens da mesma forma: 50,5% contra 49,5%, respectivamente.

Na Região Nordeste estão quase 60% dos extremamente pobres (9,61 milhões de pessoas). Em seguida, vem o Sudeste, com 2,7 milhões. O Norte tem 2,65 milhões de miseráveis, enquanto o Sul registra 715 mil. O Centro-Oeste contabiliza 557 mil pessoas em situação de extrema pobreza.

A notícia completa pode ser lida aqui.

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