O BB (Banco do Brasil) anunciou nesta 2ª feira (11.jan.2021) um plano de reorganização administrativa com fechamento de 361 unidades de atendimento e demissão de 5.000 funcionários.
De acordo com a estatal, a expectativa é que seja possível economizar R$ 535 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025 com as medidas adotadas. A revisão e o redimensionamento da estrutura organizacional devem ser feitas no 1º semestre deste ano.
A intenção, segundo o comunicado, é dar ganhos de eficiência e otimização em 870 pontos de atendimento no país. No saldo, o banco terá 347 agências a menos.
O número de agências caiu 19,7% e o de funcionários recuou 8,5% em 5 anos.
Das 361 unidades que serão fechadas, 112 são agências. O Banco do Brasil vai converter 243 agências em postos de atendimento. Outros 8 postos vão ser transformados em agências.
Há também encerramento de atividades em 242 postos de atendimento e 7 escritórios.
Em relação ao programa de demissão, o BB aprovou o PAQ (Programa de Adequação de Quadros) para otimizar a distribuição da força de trabalho e equacionar situações de vagas e excessos. Vai viabilizar também o PDE (Programa de Desligamento Extraordinário).
O número final de adesões e os impactos financeiros serão divulgados em 5 de fevereiro.
De acordo com o BB, a reorganização da rede de atendimento serve para se adequar ao novo perfil e comportamento dos clientes. Haverá revisão e redimensionamento nas diretorias, áreas de apoio e rede. As medidas servem para privilegiar a especialização do atendimento e ampliação da oferta de soluções digitais.
“Com as medidas, o BB expande sua capacidade de assessoramento gerenciado aos clientes, ampliando o relacionamento e os negócios e potencializando a satisfação e a fidelização”, afirmou o documento.
E, segundo a notícia, das pessoas que, mesmo vacinadas, foram infectadas pela covid, nenhuma morreu. Deu no Brasil 247:
O Instituto Butantan encaminhou à Anvisa na manhã desta quinta-feira (7) informações a respeito da vacina Coronavac, da fabricante chinesa Sinovac, em uma parceria com o governo de São Paulo.
O Instituto Butantan fez hoje o pedido de registro emergencial do imunizante à Anvisa e a expectativa do governo do estado é começar a aplicá-la no dia 25 de janeiro.
Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, o estudo, que foi revisado na Áustria pelo Comitê Internacional Independente, aponta que o imunizante teve uma eficácia de 78% nos estudos finais realizados no Brasil.
A Coronavac também garantiu proteção total contra mortes nos voluntários vacinados que pegaram a Covid-19 e evita 100% de casos moderados e graves da doença.
A reportagem ainda informa que integrantes da área de saúde federal e estadual afirmam que a tendência será pela aprovação, até porque Bolsonaro já não pode arcar com mais uma acusação de interferência política no urgente tema da vacina.
O pastor Thiago Andrade de Souza, de 36 anos, morreu de Covid-19 no último domingo, dia 3 de janeiro, em Campinas (SP). Souza trabalhava como programador e era um ativista bolsonarista, fazendo parte do movimento São Paulo Conservador.
Nas redes sociais, defendia o uso de cloroquina e ivermectina como tratamento precoce para a Covid-19.
“Se você tomou ivermectina, azitromicina ou hidroxicloroquina, poste no Facebook. Poste que é a favor. Vamos forçar as prefeituras a começarem a prevenção urgente. E fazer a distribuição gratuita”, publicou Thiago Andrade de Souza em seu Facebook, no dia 25 de novembro de 2020.
A maior parte dos estudos até agora atestam que as duas substâncias não são eficazes para o combate à infecção por coronavírus, o que une Organização Mundial da Saúde (OMS) e quase toda a comunidade científica. Ainda há estudos em andamento sobre doses e condições de uso, mas até agora não existe comprovação de eficácia como a sugerida pelo pastor e por outros bolsonaristas.
“Hoje é um dia muito triste, perdi meu irmão para essa doença, a Covid. Não entendo a vontade de Deus”, declarou nas redes sociais Daniel Andrade, irmão do pastor.
O pastor também recebeu mensagens de condolência do deputado federal Eduardo Bolsonaro (sem partido-RJ). O filho “02” do presidente não mencionou a causa da morte de Thiago Andrade de Souza.
“Agradecemos seus esforços na construção de um Brasil melhor. Que Deus conforte a família”, declarou Eduardo Bolsonaro.
A extrema pobreza foi reduzida entre 2003 e 2014, mas voltou a subir com Temer e Bolsonaro. A notícia é do UOL:
O número de famílias em extrema pobreza cadastradas no CadÚnico (Cadastro Único para programas sociais do governo federal) superou a casa de 14 milhões e alcançou o maior número desde o final de 2014.
Segundo dados do Ministério da Cidadania, o total de pessoas na miséria no Brasil hoje equivale a cerca de 39,9 milhões de pessoas. São consideradas famílias de baixa renda aquelas que têm renda de até R$ 89 por pessoa (renda per capita).
Além das famílias na miséria, havia em outubro outras 2,8 milhões de famílias em situação de pobreza, com renda per capita média de moradores entre R$ 90 e R$ 178.
Os dados do cadastro são atualizados constantemente pelos seus integrantes e refletem as mudanças na condição de vida no país. Ele serve para que o governo saiba a renda das famílias e pague um valor complementar para superação da extrema pobreza no valor de R$ 41 a R$ 205, caso a família esteja inscrita e aprovada no Bolsa Família.
Durante o governo Bolsonaro, por exemplo, o número de famílias cadastradas em extrema pobreza saltou em 1,3 milhão (eram 12,7 milhões em dezembro de 2018, último mês do governo de Michel Temer).
Para este mês, a tendência é que a pobreza cresça no país com o fim de auxílio emergencial e outros programas que auxiliaram pessoas, entes e empresas por conta da pandemia.
Segundo os dados mais atualizados do Bolsa Família, em novembro eram 14,3 milhões de famílias aptas e aprovadas no programa. A média do valor pago naquele mês foi de R$ 329,19. Agora, com o fim do auxílio emergencial (com valores que variaram de R$ 300 a R$ 1.200 por mês), essa média vai baixar para R$ 190, como era antes da pandemia.
Enquanto o governo Bolsonaro boicota de todas as maneiras o início da vacinação do povo brasileiro, clínicas privadas irão importar 5 milhões de doses de vacinas desenvolvidas na Índia e garantir a imunização dos ricos e da classe média que puder pagar.
A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) informou neste domingo (3) que negocia com o laboratório indiano Bharat Biotech a compra das vacinas, informa o G1. O presidente da entidade Geraldo Barbosa, chegou a ironizar a incompetência do governo Bolsonaro, que sequer conseguiu comprar agulhas e seringas. “Já é do nosso negócio ter agulha e seringa, já é nosso estoque de rotina”, disse ao UOL.
O imunizante que deve ser comprado pelas clínicas privadas, chamado de Covaxin, teve o seu uso emergencial na Índia aprovado neste domingo (03) pelas autoridades daquele país e ainda depende da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usado no Brasil. A entidade das clínicas privadas já recebeu sinalização do governo Bolsonaro de que o pedido será tratado com deferência.
A vacina está na fase três de testes na Índia, etapa em que a eficácia é verificada. Os primeiros estudos clínicos mostraram que o imunizante não gera efeitos colaterais graves e produz anticorpos para a Covid-19. De acordo com a agência Reuters, o país aprovou o uso emergencial da vacina em meio a críticas sobre a falta de informações sobre a eficácia do imunizante.
Segundo o presidente da ABCVAC, Geraldo Barbosa, a expectativa é a de que o resultado da terceira fase dos testes saia ainda neste mês de janeiro. Se isso se confirmar, o laboratório deve entrar em fevereiro com pedido de registro definitivo na Anvisa.
Em um cenário otimista, de acordo com ele, a vacina deve estar disponível nas clínicas particulares do Brasil na segunda quinzena de março.
O Brasil superou ontem, sexta-feira, primeiro dia de 2021, a triste marca de 195 mil mortos em decorrência da Covid-19, doença causada pelo coronavírus.
Segundo novo balanço sobre a pandemia divulgado pelo Ministério da Saúde, foram registrados nas últimas 24 horas 462 novos óbitos, o que totaliza, desde o início da crise sanitária, 195.411 mortes.
Ainda sem plano de vacinação, o país segue com números em patamares elevados. De ontem para hoje, foram contabilizados 24.605 novos casos de pessoas infectadas. O total de brasileiros que já tiveram contato com o vírus é de 7.700.578.
Mesmo com o fato de que o Brasil enfrenta uma segunda onda da pandemia, boa parte da população tem, nos últimos dias, ignorado totalmente os protocolos de segurança contra a doença, participando de festas, shows, enchendo praias e promovendo aglomerações.
O presidente Jair Bolsonaro faz parte desse grupo que vem desafiando o vírus. Nesta sexta-feira, ele chegou a promover aglomeração dentro d’água, em Praia Grande(SP), ao se lançar ao mar para nadar com apoiadores.
Ele apenas tenta fazer jus ao apelido. A notícia é do UOL
O secretário-geral do SindMotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), Francisco Xavier da Silva Filho, é suspeito de liderar um esquema de propinas em um dos maiores sindicatos do país, que representa cerca de 50 mil profissionais. Segundo reportagem da TV Globo, a investigação da Polícia Civil paulista sobre o caso aponta que o esquema distribuía mais de R$ 1 milhão por mês para dirigentes do SindMotoristas.
A investigação teve início com uma apreensão de dinheiro vivo no carro de Francisco no início do ano. Segundo o delegado Fernando Santiago, cerca de R$ 94 mil foram encontrados no veículo. Além disso, a análise do celular de Francisco, também apreendido na ação, indicou a rede de propinas dentro do SindMotoristas, com a identificação de uma planilha detalhando pagamentos de até R$ 280 mil para outros 16 dirigentes da entidade.
De acordo com a planilha, o dirigente que recebia a maior quantia mensal é o presidente em exercício da entidade, Valmir Santana, conhecido como Sorriso.
“O aparelho celular dele [Francisco] revelou várias transferências bancárias com pessoas do sindicato, em valores altíssimos”, disse Santiago, explicando ainda que as propinas garantiriam uma relação “amistosa” entre o sindicato e as empresas de ônibus da capital paulista.
“Esse dinheiro seria pago para manter os dirigentes do sindicato em uma condição amistosa com as empresas de ônibus, evitando assim que greves fossem deflagradas. Fazia com que os dirigentes deixassem de atuar na defesa dos trabalhadores sindicalizados”, afirmou o delegado.
De acordo com a reportagem exibida pelo “Fantástico”, Francisco é conhecido “Chico Propina” no meio sindical. “Apelido esse dado a ele em virtude dessa fama que ele tinha de pegar propina com empresários do ramo de transporte urbano”, explicou Santiago.
A polícia constatou um patrimônio de Francisco que impressionou os investigadores. Segundo o delegado, o dirigente do SindMotoristas possui dois apartamentos no litoral, um apartamento de alto padrão em bairro nobre da capital e mais uma casa em construção, avaliada em cerca de R$ 2 milhões.
A foto é do casamento, realizado em 2009. E a reportagem é do site Pragmatismo Político:
A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi foi assassinada na tarde da última quinta-feira (24), na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Vítima de feminicídio, ela foi esfaqueada pelo ex-marido, o engenheiro Paulo José Arronenzi, 52 anos, que não aceitava o fim do relacionamento. Ele foi preso em flagrante como autor do crime.
Viviane, 45 anos, foi morta na frente das três filhas na Avenida Rachel de Queiroz. O crime foi registrado em vídeo, que circula nas redes sociais e está sob investigação da polícia. Na gravação, é possível escutar os gritos das crianças, as gêmeas de nove anos e a mais velha, de 12. No vídeo dá para ver as crianças pedindo para que Paulo pare de golpear a juíza.
Testemunhas ainda pediram socorro aos guardas municipais do 2º SubGrupamento de Operações de Praia, que estavam na base ao lado do Bosque da Barra, próximo ao local do crime. Os agentes encontraram a juíza desacordada, caída ao chão. Policiais do 31º Batalhão da Polícia Militar, do Recreio dos Bandeirantes, e agentes do Corpo de Bombeiros também foram acionados, mas já encontraram Viviane morta no local do crime.
Paulo não tentou fugir depois do assassinato e permaneceu próximo ao corpo de Viviane até a chegada da polícia. Ele recebeu voz de prisão e foi levado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca, que investiga as circunstâncias do feminicídio. A polícia acredita que Paulo premeditou o crime, pois no carro dele foram encontradas três facas.
Após a chegada à delegacia, Paulo precisou ser encaminhado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge por causa de um corte na mão. O acusado foi atendido e liberado pelos médicos, sendo reconduzido por policiais militares à divisão de homicídios. Segundo informações do G1, Paulo ficou calado na delegacia. O engenheiro afirmou que só vai se manifestar em juízo.
Adailton Moraes, um guarda municipal que esteve na ocorrência, disse em entrevista ao jornal O Dia que Paulo revelou ser usuário de remédios controlados, além de participar de sessões de terapia.
Ao Extra, Adailton relatou que os guardas municipais questionaram se ele estava arrependido de seu ato. Como resposta, o homem apenas chacoalhou os ombros, demonstrando não ter arrependimento e disse que preferia morrer.
“Ainda no local do crime, perguntei o porquê dele ter feito aquilo com a esposa. Ele só falou que estava sendo ameaçado por ela e que tomava remédios. Ele parecia tranquilo, mas com a mão trêmula”, contou o agente à publicação.
SEM ESCOLTA:
Uma amiga de Viviane contou ao jornal O Globo que a juíza abriu mão da escolta por pena do ex-marido. “Ficou evidente que ela tentava preservar a figura do ex-marido como pai. Tentou se proteger e, ao mesmo tempo, protegê-lo. Acabou abrindo mão da escolta por pena dele”.
Viviane era reservada e não costumava revelar detalhes de sua vida pessoal, a não ser quando estava inserida em atos extremos como uma briga de rua e uma tentativa de invasão do apartamento da mãe, para o qual havia se mudado com as três filhas.
A juíza passou os últimos meses sofrendo. Seu ex-marido reagia violentamente a cada esforço fracassado de retomar o casamento que ela decidiu terminar em julho.
“Viviane era uma mulher forte, independente financeiramente e reservada. Estava refém de um relacionamento que demonstrava ser fatal. Ela procurou os órgãos oficiais, fez um registro de ocorrência e chegou a pedir uma escolta, mas pode ser que tenha achado que o perigo havia passado. Queria preservar as filhas”, afirmou a juíza Simone Nacif.
“Era uma pessoa supertranquila, que nunca impediu as filhas de verem o pai. Levávamos ela e as crianças no carro para vários lugares. As meninas ficavam um tempo com ele e depois voltavam com a doutora”, disse um dos seguranças que faziam a escolta de Viviane.
Cientistas britânicos testam uma nova droga que poderia impedir quem pegou o coronavírus de desenvolver a covid-19, doença causada pelo vírus. O remédio, conhecido como AZD7442, envolveria uma combinação de anticorpos de longa ação.
A notícia foi publicada pelo jornal britânico The Guardian.
Em vez de anticorpos produzidos pelo organismo para combater a infecção, a droga usa anticorpos monoclonais criados em laboratório. Seria capaz de prover imunidade instantânea contra a doença. Poderia ser ministrada como tratamento emergencial para conter surtos da doença em hospitais e asilos, por exemplo.
Ainda, seria uma forma de conter o número de mortes e complicações causadas pela covid-19 enquanto não há vacinas para imunizar toda a população.
Quem desenvolve a droga é a AstraZeneca, mesma empresa que pesquisa a vacina contra o coronavírus comprada pelo governo federal do Brasil. Também estão envolvidos no projeto os UCLH (Hospitais da Universidade College Londres, em tradução livre).
Os documentos sobre o ensaio clínico enviado aos EUA, diz The Guardian, mostram que é investigada “a eficácia do AZD7442 para profilaxia pós-exposição da covid-19 em adultos”. Esse tratamento impede que o vírus se acople às células humanas.
“A proteína da espora do Sars-CoV-2 contém o RBD (domínio de receptor-obrigatório) do vírus, que possibilita ao vírus unir-se aos receptores em células humanas. Mirando a essa região da proteína da espora do vírus, anticorpos podem impedir o vírus de se acoplar em células humanas, e assim poderia bloquear a infecção”, detalha o documento.
Se tiver a eficácia comprovada, o remédio deve ser tomado até o 8º dia da exposição ao coronavírus. Ajudaria a impedir o desenvolvimento da doença por até 12 meses. Os participantes dos testes têm recebido duas doses da droga. Os estudos receberam o nome de “Storm Chaser” (Caçador de Tempestades, em tradução livre).
Seria possível ter a droga até março ou abril de 2021, se aprovado pelas agências reguladoras de medicamentos depois de ter os estudos revisados. Os testes são feitos em UCLH, outros hospitais britânicos e uma rede de 100 outros lugares pelo mundo.
Os UCLH ainda fazem um teste paralelo com a mesma droga. A ideia é descobrir se o remédio protege pessoas com o sistema imune comprometido, como é o caso de quem faz quimioterapia. Esse estudo recebeu o nome de “Provent”. Tanto esse quanto o Storm Chaser estão na fase 3, a última dos testes de medicamentos.
Os 2 ensaios são efetuados no novo centro de pesquisas em vacinas dos UCLH, financiado pelo braço de pesquisas do NHS (Nacional Health Service, equivalente do SUS no Reino Unido).