Um policial militar de Guarujá, no litoral de São Paulo, morreu devido a complicações causadas pelo novo coronavírus nesta quinta-feira (14). O cabo Ricardo Valentim da Silva, de 47 anos, atuava no 21° Batalhão da Polícia Militar e, por meio de postagens nas redes sociais, defendia o fim do isolamento social adotado por conta da pandemia.
Segundo informações apuradas pelo G1, Ricardo faleceu após passar mal e ser internado no Hospital Santo Expedito, em Santos, onde foi diagnosticado com Covid-19 poucos dias depois de ter chegado ao local. As informações foram confirmadas pela assessoria de imprensa da Polícia Militar.
Nas redes sociais, Ricardo se posicionava contra as medidas de isolamento social adotadas pelas autoridades públicas. Um vídeo compartilhado de forma pública em seu perfil criticava a decisão do infectologista David Uip de não revelar os medicamentos usados em sua recuperação ao contrair a doença, em abril.
Nas redes sociais, familiares, amigos e a comunidade de Guarujá repercutiram e lamentaram a morte do policial, que deixou esposa e um filho. “Estamos sem chão, vivendo um pesadelo”, lamentou uma familiar em uma das homenagens. “Não consigo nem pensar como ficaremos sem você, a diversão da nossa família”, completou.
Em outra publicação, uma amiga da família diz que faltam palavras para descrever o luto. “Palavras me faltam nesta hora, mas queremos lembrar [de você] assim, como uma pessoa incrível”, diz. “Aonde nos encontrávamos era uma festa. Ainda estou sem acreditar”, lamenta.
A família de uma vítima de Covid-19 abriu o caixão durante o velório na cidade de Cairu, baixo-sul da Bahia, contaminando outras cinco pessoas.A morte foi registrada na última quinta-feira (7) por síndrome respiratória aguda grave na Santa Casa de Valença, hospital do município vizinho.
Como havia suspeita de Covid-19, o caixão saiu lacrado da unidade hospitalar. A família, contudo, resolveu abrir o caixão durante o velório, mesmo com recomendações contrárias da secretaria municipal de Saúde de Cairu.
Na segunda-feira (12), saiu o resultado do exame feito pelo Laboratório Central da Bahia que confirmou que a vítima tinha sido contaminada pela Covid-19.
Diante da confirmação, a prefeitura decidiu realizar testes rápidos em todas 12 pessoas que participaram do velório. Mas encontrou resistência em parte da família, que não aceitava o diagnóstico de Covid-19 da vítima.
Até então, a cidade não havia registrado casos de infectados com pelo novo coronavírus. Após convencer os familiares, a prefeitura realizou os testes em 12 pessoas e identificou que cinco delas estavam com Covid-19.
Em nota, a Prefeitura de Cairu informou que a família da vítima recebeu “todas as informações para realização do sepultamento seguro, bem como das normas sanitárias indicadas pelos órgãos responsáveis”.
A falecida foi uma das mais belas (e elegantes) mulheres do high society brasileiro. Uma das curiosidades sobre a vida dela foi revelada no início dos anos 2000 e comprova uma tese de Nelson Rodrigues: a de que brasileiro é chegado na cunhada. O pai do filho mais velho de Lourdes não era seu marido – Álvaro Catão – mas sim o cunhado, Francisco Catão.
Apesar de criticar o isolamento social, a socialite estava isolada em seu apartamento. Há alguns dias, ela disse à colunista Hildegard Angel que “estou aqui bem quietinha, isolada, pois não quero ir para o hospital”. Para evitar riscos, não fazia pedidos para entrega via delivery e não deixava nem o jornal entrar no apartamento.
Segundo Hildegard, “a única presença externa no apartamento eram as duas acompanhantes, que se revezavam”. Lourdes e Hildegard – que teve um irmão assassinado pela ditadura militar – tinham posições ideológicas bem diferentes, mas, não obstante isso, eram muito amigas.
A notícia abaixo não explica quando ela foi internada, mas parece que tudo aconteceu muito rapidamente. Reparem que no sábado à tarde Lourdes fazia propaganda do churrasco do Bozo e no domingo à noite ela já era contabilizada como mais uma vítima da Covid-19.
Depois da Vanja Chermont de Brito e da Gilda Saavedra, o coronavírus tirou dos salões cariocas, esta semana, a bela e lendária Lourdes Catão, sucessora da irmã Helena Gondin na condução do livro Sociedade brasileira, bíblia do society carioca. Lourdes morava no classudérrimo edifício Biarritz, na Praia do Flamengo, onde recebia as amigas em um jardim interno cheio de charme.
Lourdes era uma cidadã do mundo, viveu em Paris, Nova York, Santa catarina, na Urca, até chegar ao apartamento térreo no Flamengo. Em NY, ganhou fama como decoradora de interiores, embelezando as casas das locomotivas locais. Foi casada com o caixa-alta Álvaro Catão, era mãe da Bebel Klabin.
Lourdes completou 93 anos outro dia, em março. Mas aparentava 70, no máximo.
O Ministério Público Federal encaminhou notícia-crime ao Ministério Público de São Paulo pedindo investigação por suposto crime de estelionato cometido pelo pastor Valdemiro Santiago de Oliveira, da Igreja Mundial do Poder de Deus. Pelas redes sociais, o líder religioso anunciou sementes de feijão com ‘poderes para curar a covid-19’”, aponta reportagem do Estado de S. Paulo.
Sem citar explicitamente pagamentos, o “pastor” utilizou o termo ‘propósito’, no qual o usuário faria um ‘propósito’ pelo feijão. A Procuradoria afirmou que, apesar do ‘disfarce linguístico’, o intuito de Valdomiro era levar fiéis a pagarem valores para obter as sementes ‘mágicas’, visto que elas só seriam entregues àqueles que exibirem comprovante de pagamento. Os ‘propósitos’ anunciados pelo Pastor Valdemiro eram de R$ 100, R$ 500 e R$ 1 mil.
“O uso de influência religiosa e da mística da religião para obter vantagem pessoal (ou em benefício da entidade Igreja Mundial do Poder de Deus), mediante artifício (consistente na indução em erro das vítimas, mediante abuso do poder religioso), sem resultado (pois não há evidência conhecida de cura da covid-19 por intercessão de alguma divindade nem por ingestão ou plantação de feijões mágicos) está claro pelo contexto da gravação e pela finalidade do noticiado de auferir vantagem indevida”, afirmou a Procuradoria.
Este depoimento não é único. Existem, na internet, depoimentos de outras pessoas que criticavam o isolamento social e mudaram de opinião depois de perder entes queridos.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o estado tem, nesta quinta-feira, 39.928 casos confirmados de Covid-19 e 3.206 óbitos. E, pelos menos 32% dos casos confirmados estão no interior do estado.
O número de casos oficiais de covid-19 no interior de São Paulo disparou nos últimos dias e já atinge 371 municípios. Se o ritmo for mantido, é possível que o estado tenha pessoas infectadas em todas as cidades até o fim de maio informaram autoridades de saúde durante coletiva realizada na tarde desta quinta-feira.
A queda na adesão ao isolamento social é o principal motivo para o avanço da covid-19. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que o engajamento necessário para conter a doença precisa ser de 55%. Mas pelo terceiro dia seguindo, ele ficou em 47%.
Diante desta situação, o presidente do Conselho de Secretários Municipais, Geraldo Reple Sobrinho, alertou para a possibilidade de todos os municípios serem atingidos em breve.
“A doença está caminhando para o interior. E em breve, provavelmente até o final do mês, os 645 municípios [do estado] terão casos e até óbitos”, afirmou.
Estudos do Instituto Butantã reforçam esta possibilidade e um levantamento mostrou que, em maio, 38 cidades são atingidas pela doença a cada três dias. O resultado é que o estado registra 39.929 casos e 3.206 mortes, sendo 161 divulgadas nas últimas 24 horas.
E tem gente que acredita nesses dois enganadores. Deu no DCM:
O pastor Valdemiro Santiago não titubeia em cometer charlatanismo nas redes sociais.
Desesperado por não conseguir o dinheiro dos cultos em tempos de pandemia, o picareta Valdemiro anunciou uma “semente que cura o coronavírus”. Ele afirmou em vídeo que “pastores e bispos tem mostrados exames, laudos, de pessoas que foram curadas e que estavam em estado gravíssimo”.
Disse que propõe que paguem R$ 1.000,00 na semente milagrosa.
Um ultraje criminoso.
Tá duvidando? Então, confira no vídeo a semente milagrosa:
O Exército vai gastar cerca de 3 milhões de reais com montagem de palanques para eventos em frente ao Quartel General em Brasília. Em plena pandemia de coronavírus, que já infectou 1.740 pessoas no Distrito Federal e matou 33 pessoas, o Exército manteve o calendário anual de eventos.
Estão previstas locações de pelo menos três camarotes, cada um com capacidade de 100 pessoas. Somente com filmagem feita por drones com câmeras full HD, o Exército vai gastar 229.000 reais. Um dos itens mais caros da licitação é a contratação de 84 painéis de led de alta definição, de 56 metros quadrados, por 1,2 milhão de reais.
O Exército também vai locar mobiliário decorativo, incluindo cadeiras coloniais modelo Luiz XV, tapetes persas, mesas para café e sala para banheiros químicos. Segundo o Exército, um dos eventos previstos é o Dia do Soldado, 25 de agosto, que deverá contar com a presença de Jair Bolsonaro.
A Polícia Civil de Belo Horizonte está trabalhando para identificar e localizar a autora de um vídeo que circula pelas redes sociais que traz a fake news de que a cidade estaria enterrando caixões vazios como se fosse vítimas de coronavírus.
Informações como essa, espalhadas principalmente por bolsonaristas, têm circulado também em outras regiões do país com o intuito de minimizar a pandemia e dizer que governos estaduais e prefeituras estão enganando a população.
No vídeo em questão, uma mulher com sotaque mineiro afirma que “a Globo não mostra” caixões sendo enterrados em Belo Horizonte com pedras e madeira no lugar dos corpos – informação rechaçada pela prefeitura.
De acordo com o delegado Wagner Sales, responsável pelas investigações, a autora do vídeo pode responder por três crimes: denunciação caluniosa, difamação contra o prefeito de Belo Horizonte e pela contravenção penal de propagação de pânico – o que pode culminar em até 9 anos de prisão.
“O que a gente precisa e busca nesta investigação é saber os motivos, o porquê desse tipo de conduta no momento em que a sociedade passa por tanta dificuldade. As pessoas sofrem com as consequências econômicas e sanitárias do coronavírus e uma pessoa, de forma irresponsável e criminosa, vem nas redes sociais produzir, publicar e propagar esse tipo de vídeo”, afirmou o delegado.
Post Scriptum: a mulher – Valdete Zanco – foi identificada pelo polícia de Minas Gerais e até já arrumou um advogado para defende-la. Hoje, ele declarou que “a Valdete reconhece humildemente o erro e pede perdão ao município de Belo Horizonte e seu ilustre prefeito e a todos quantos foram atingidos negativamente por este equívoco”. O problema é que a maioria dos babacas que ajudaram a espalhar a mentira nem irão ficar sabendo do pedido de desculpas.
Foi um aniversário atípico. Em 31 de março, o padre Márcio França, da Arquidiocese de Londrina, no Paraná, completou 35 anos. Ao contrário das vezes anteriores, não ganhou bolo, nem teve festa.
“Não é uma sensação das mais agradáveis, admito. Mas agradeci a Deus, mais do que nunca, pelo dom da vida”, relata o padre que, há três anos, estuda na Pontifícia Universidade Gregoriana e mora no Colégio Pio Brasileiro, ambos em Roma.
Não havia mesmo o que comemorar. Naquele dia, a Conferência Episcopal Italiana (CEI) contabilizava 66 presbíteros diocesanos mortos com Covid-19. Em 4 de maio, esse número havia subido para 119. Um aumento de mais de 80%.
Com o avanço do novo coronavírus, 14 dos 67 padres que residem no Pio Brasileiro — residência oficial dos sacerdotes brasileiros que estudam na capital italiana — optaram por regressar ao Brasil. É o caso do padre Arnaldo Rodrigues, de 43 anos (foto acima).
Depois de passar seis anos e meio em Roma, ele concluiu seu doutorado em Comunicação pela Universidade de Roma La Sapienza. “Já tinha agendado minha volta para o início de junho. Apenas antecipei meu retorno”, comenta o padre da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), que saiu de Roma em 14 de março.
A notícia completa, do portal TAB, pode ser lida aqui.