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TSE CANCELA CANCELAMENTO DE 2,5 MILHÕES DE TÍTULOS DE ELEITORES

Em Jales, tinham sido cancelados mais de 5 mil títulos de eleitores que não compareceram ao recadastramento biométrico. Esses eleitores não poderiam votar nas eleições deste ano, mas agora, com o cancelamento do cancelamento, eles estarão aptos a votar. A notícia é do Conjur:

O Tribunal Superior Eleitoral decidiu nesta quarta-feira (22/4) suspender o cancelamento de 2,5 milhões de títulos de eleitores que não compareceram ao processo de revisão biométrica.

A suspensão ocorreu devido ao período de isolamento provocado pela pandemia do novo coronavírus. Com a medida, os eleitores estarão aptos a votar nas eleições de outubro. 

Segundo o TSE, a suspensão do cancelamento ocorreu em 11 estados. Os eleitores que estavam com pendências no documento deverão resolvê-las após as eleições. 

O primeiro turno está previsto para ser realizado no dia 4 de outubro. Mais de 146 milhões de eleitores estarão aptos a votar para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios do país.

Obs.: Na verdade, a decisão é do dia 17 de abril. E a suspensão do cancelamento atinge 15 estados (AC, AM, BA, CE, MA, MG, MS, MT, PA, PE, PR, RS, SC, SP e RO).

MÉDICO DANÇA COM PACIENTE DE CORONAVÍRUS EM HOSPITAL DE PETROLINA

Eis aí um exemplo de humanização. Tinha que ser no Nordeste. Deu no UOL:

Um vídeo em que mostra um médico dançando com uma paciente com coronavírus em um hospital de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, fez sucesso nas redes sociais. A gravação foi feita nessa segunda-feira (20), no Hospital Universitário de Petrolina, e viralizou nessa terça-feira (21).

O vídeo, filmado pela equipe de profissionais de saúde, mostra o médico Pedro Diniz dançando a música “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga, com uma paciente que está se recuperando do novo coronavírus.

Segundo o médico, a equipe estava fazendo ações para trazer mais leveza ao tratamento. “A equipe que está cuidando da paciente já vinha fazendo algumas ações para humanizar o cuidado, diminuir o isolamento e a solidão. Ela já estava com uma televisão, depois colocamos um pouco de celular para ela ouvir música e falar com os familiares. No domingo, a equipe levou ela até a varanda para ver a família na rua. Foi uma cena muito emocionante”, conta Pedro Diniz, em entrevista à Rádio Jornal Petrolina.

O médico contou que a paciente estava bem humorada na segunda-feira. Ele decidiu fazer uma brincadeira para ver se ela conseguiria ir para casa sem o aparelho para respirar melhor e, então, surgiu a ideia de dançar. “Eu brinquei que a gente iria fazer um teste para ver se ela conseguia ir para casa sem o oxigênio. Tive a ideia da dança por ser um gesto de humanizar e trazer um pouco de alegria. A gente queria se aproximar mais dela e trazer mais afeto, ele completa.

Eis o vídeo:

ESTUDO AMERICANO DIZ QUE CLOROQUINA NÃO FUNCIONA CONTRA CORONAVÍRUS

Enquanto isso, aqui no Brasil um estudo da Prevent Sênior – elogiado pelo ex-urubólogo – está sendo investigado por suposta fraude. A notícia é da Agência Sputnik:

Um medicamento antimalárico que o presidente Donald Trump anuncia como tratamento para o novo coronavírus não demonstrou funcionar contra a COVID-19, de acordo com uma extensa análise de seu uso em hospitais de veteranos nos EUA.

Segundo os pesquisadores, houve mais mortes entre aqueles que receberam hidroxicloroquina do que aqueles que receberam tratamento padrão.

O estudo norte-americano não foi um experimento rigoroso, mas com 338 pacientes é a análise mais extensa até o momento da hidroxicloroquina acompanhada ou não do antibiótico azitromicina contra a COVID-19, a pandemia que até terça-feira (21) havia matado mais de 171 mil pessoas em todo o mundo.

O estudo foi publicado em um site para pesquisadores e foi submetido ao New England Journal of Medicine, mas não foi revisado por outros cientistas. O estudo foi financiado por doações dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos e da Universidade da Virgínia.

Os pesquisadores analisaram registros médicos de 368 veteranos do sexo masculino hospitalizados com coronavírus confirmados nos centros médicos da Veterans Health Administration que morreram ou receberam alta até 11 de abril.

Aproximadamente 28% dos que receberam hidroxicloroquina além dos cuidados habituais morreram, contra 11% daqueles que receberam apenas cuidados de rotina. Aproximadamente 22% dos que receberam o medicamento além da azitromicina também morreram, mas a diferença com esse grupo e atendimento padrão não foi considerada ampla o suficiente para descartar outros fatores que podem ter afetado a sobrevida.

A hidroxicloroquina também não fez diferença na necessidade de um respirador artificial.

Os pesquisadores não monitoraram os efeitos colaterais, mas observaram que a hidroxicloroquina pode ter danificado outros órgãos. Há muito que se sabe que a droga tem efeitos colaterais potencialmente graves, incluindo a alteração dos batimentos cardíacos de maneira a causar morte súbita.

No início deste mês, cientistas no Brasil interromperam parte de um estudo com hidroxicloroquina após o desenvolvimento de problemas no ritmo cardíaco em um quarto das pessoas que receberam mais do que as duas doses de teste. Assim como Trump, o presidente Jair Bolsonaro também é um entusiasta do medicamento.

PRESIDENTE DE MADAGASCAR APRESENTA CHÁ DE ERVAS QUE “CURA” COVID-19

Cada presidente tem a sua cloroquina de estimação, mas eu ainda prefiro o soro daquela médica de Ribeirão Preto. Deu no portal Notícias ao Minuto:

Andry Rajoelina, presidente de Madagascar, apresentou nesta terça-feira (21), durante uma cerimônia onde estiveram presentes ministros, jornalistas e especialistas da área das ciências, a Covid-Organics, uma bebida feita no país que promete, segundo Rajoelina, curar a Covid-19.

Desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Aplicada de Madagascar, a bebida, feita à base de artemísia – uma planta com eficácia comprovada no tratamento da malária, segundo o presidente do país, “dá resultados em sete dias”.

“Este chá de ervas dá resultados em sete dias. Serei o primeiro a beber hoje, na vossa frente, para mostrar que este produto cura e não mata”, afirmou Rajoelina.

“A Covid-Organics será usada como profilaxia, ou seja, para prevenção, mas as observações clínicas mostraram uma tendência à sua eficácia no tratamento curativo”, afirmou Dr. Charles Andrianjara, presidente do Instituto de Pesquisa Aplicada de Madagascar.

Ainda não reconhecido pela comunidade internacional, segundo o presidente de Madagascar “duas pessoas foram curadas com este tratamento”, razão pelo qual vai passar a ser distribuído às crianças em idade escolar.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), que tem especialistas vigilantes sobre as curas reivindicadas para COVID-19, não compareceu ao evento.

SAÚDE É PRIORIDADE: METADE DOS BRASILEIROS MANTERIA ISOLAMENTO MESMO COM CRISE ECONÔMICA

Deu no portal Poder360, do jornalista Fernando Rodrigues:

Levantamento da empresa Paraná Pesquisas divulgado nesta 3ª feira (21.abr.2020) mostra que metade dos brasileiros (53,2%) manteria o isolamento social independentemente da crise econômica que isso desencadeasse.

Outros 42,7% disseram que não manteriam a medida usada para frear as infecções da covid-19 se a crise financeira fosse grande. E 4,1% não souberam responder.

A continuação da quarentena é melhor aceita entre as mulheres (56,1%) do que entre os homens (50%). A maior aceitação é entre os idosos (65,8%), enquanto entre os jovens de 16 a 24 anos apenas 47,6% concordam com a manutenção do isolamento.

Por região, o Nordeste (54,8%) é onde a continuidade do isolamento é mais aceito, mas aqui no Sudeste (53,1%) a aceitação também é alta. Por nível de ensino, a quarentena é mais aceita entre aqueles que possuem o ensino médio (55,2%), enquanto a aprovação entre o pessoal de ensino fundamental é de 51,7%, mesmo percentual dos que possuem o ensino superior.

HALTEROFILISTA QUE FICOU EM COMA: “NÃO SUBESTIMEM O VÍRUS. TIVE BONS MÉDICOS, MAS NEM TODO MUNDO TEM ESSA SORTE”

A notícia é do UOL:

Depois de duas semanas internado com covid-19, o halterofilista Ricardo Souza, conhecido como “Gigante”, recebeu alta hoje e disse que está “vendo a vida diferente, respirando um novo ar”. O atleta, campeão brasileiro de levantamento de peso, afirmou que o período em que passou no hospital Ana Costa, em Santos, o fez repensar na seriedade da pandemia.

Em estado grave, ele ficou em coma induzido, respirando com ajuda de aparelhos e foi isolado da família, que chegou a ouvir do corpo médico que os medicamentos não estavam mais surtindo efeito.

“Eu tinha bastante informação, mas subestimei a doença, achei que isso nunca ia acontecer comigo e aconteceu. Não subestimem o vírus, quem contrair pode ficar entre a vida e a morte. Só eu sei o que passei”, disse ele, que já levantou 270 kg no levantamento estilo terra.

Em duas semanas de internação, “Gigante” (que tem 41 anos, 1,75 m e 127 kg), também fez duas sessões de hemodiálise depois que seus rins pararam de funcionar em consequência da covid. Antes de ser internado, ele teve falta de ar intensa, enjoo e vômitos.

“Eu não sei o que esse vírus é, mas eu sei o que passei. Sou um atleta de alto rendimento, tenho alimentação regrada, não uso anabolizante até porque tenho hipertensão. Ser atleta te ajuda na recuperação, mas não quer dizer que você é um super-homem”, disse. “Eu fui muito bem tratado e tive ótimos médicos, mas nem todo mundo tem essa sorte.”

SOBRE O EX-URUBÓLOGO ALEXANDRE GARCIA, O SÍRIO-LIBANÊS E A CLOROQUINA

Não é só o Bozo e o Trump que são garotos propaganda da cloroquina. O ex-urubólogo Alexandre Garcia, sabe-se lá por quais razões, vem alardeando todos os dias os poderes de cura do medicamento. Há alguns dias, ele citou um milagroso médico americano que teria curado todos os seus pacientes – 298, se não me falha a memória – usando a cloroquina. A comunidade médica americana não confirma isso.

Hoje, depois de criticar o isolamento social, o ex-urubólogo – um dos maiores puxa-sacos do Bozo – nos informou que o Hospital Sírio-Libanês, teria tratado 400 pacientes com a cloroquina e curado 399 deles. Como sou moço curioso, procurei na internet a confirmação dessa boa notícia, mas não encontrei nada.

O que eu encontrei dá a entender exatamente o contrário. No portal da revista Exame, por exemplo, encontrei uma notícia dando conta de que os presidentes dos dois principais hospitais do país, Sidnei Klajner, do Einsten, e Paulo Chap Chap, do Sírio-Libanês, defendem o isolamento social como única maneira de conter a transmissão do corona. 

Sobre a cloroquina, medicamento que vem sendo apontado por Bolsonaro – e pelo Alexandre Garcia – como uma possível cura para a Covid-19, ambos afirmam que ainda não há provas contundentes sobre a sua eficácia. “A evidência científica não é robusta o suficiente”, afirmou Klajner.

Encontrei, também, uma notícia da Jovem Pan, de ontem, dando conta de que o Sírio-Libanês, juntamente com outros dois hospitais de ponta – o Albert Einstem e o Oswaldo Cruz – estão iniciando um nova pesquisa de tratamento para combater o coronavírus. O medicamento avaliado será um corticoide chamado dexametasona.

O objetivo da pesquisa é comprovar se a dexametasona ajuda na recuperação dessa síndrome, e, por consequência, na diminuição do tempo dos infectados pela Covid-19 nos respiradores. O estudo acompanhará a evolução dos casos em 300 pacientes, sendo que parte deles vai usar a dexametasona. E outra parte não receberá o corticoide.

Não é preciso ser muito inteligente para desconfiar de que, se os três hospitais de ponta do país continuam tentando encontrar um medicamento para a Covid-19, é porque a cloroquina não é tudo isso, como querem o Bozo e o ex-urubólogo.

Por sinal, encontrei, ainda, outra notícia de hoje no UOL. Nem vou tomar o tempo do prezado leitor e da estimada leitora com os detalhes da notícia. Darei apenas a manchete: “Hidroxicloroquina não ajuda pacientes com coronavírus, diz estudo francês”.

Eu estou entre aqueles que torcem fervorosamente para que a ciência encontre um remédio para a Covid-19 e uma vacina contra o coronavírus. Mas fica difícil entender como um jornalista que se acha o dono da verdade se dê ao trabalho de espalhar informações que não são assim tão verdadeiras.

IRMÃO DE BOLSONARO TENTA BURLAR REGRA CONTRA CORONAVÍRUS EM AÇOUGUE E SE DÁ MAL

A notícia é da Folha de S.Paulo:

Assim como o presidente Jair Bolsonaro, o seu irmão Renato Bolsonaro, 56, desprezou recomendações sanitárias para evitar o avanço da pandemia do novo coronavírus no país.

O comerciante esteve na última segunda-feira (13) em um açougue de Registro (SP), a 194 km da capital paulista, e se recusou a cumprir medidas estipuladas pela prefeitura para prevenir o contágio. Por isso acabou barrado na porta e não foi atendido.

Renato Bolsonaro mora em Miracatu (SP), no Vale do Ribeira, mas pretendia fazer compras no açougue Carne, Queijo e Cia, na cidade vizinha. Uma norma do município, porém, determina que durante a crise o acesso a estabelecimentos do tipo é limitado a dois compradores por vez —e só entra quem estiver vestindo máscara de proteção.

Segundo relatos de testemunhas, o irmão do presidente aguardou na fila até chegar a sua vez, mas na hora de entrar no estabelecimento se recusou a vestir uma máscara.

Folha conversou com uma funcionária do açougue. Ela disse que Renato, ao ser informado de que não poderia entrar sem a proteção, teria exigido que alguém o servisse no lado de fora do estabelecimento, o que também seria irregular.

Como o atendimento na parte externa também foi negado, Renato passou a reclamar na frente do açougue, segundo as testemunhas ouvidas pela Folha. Os funcionários e clientes sabiam que se tratava do irmão do presidente da República. Sem ser atendido, ele foi embora reclamando.

CIDADES PAULISTAS REDUZEM SALÁRIOS DE PREFEITOS E SECRETÁRIOS DURANTE PANDEMIA

E os vereadores? A notícia é da Folha de S.Paulo:

Cidades paulistas estão, nos últimos dias, anunciando ou estudando redução de salário de membros da administração municipal durante o período de pandemia do novo coronavírus. A medida visa, segundo os municípios, reverter os valores para ações de combate a covid-19.

Em Jundiaí serão reduzidos em 30% os salários do prefeito, vice-prefeito, secretários e secretários-adjuntos. Os servidores em comissão terão redução de 10%. Segundo a administração municipal, sob gestão Luiz Fernando Machado (PSDB), os recursos economizados irão para um fundo voltado ao combate do novo coronavírus.

Em Santos a prefeitura, sob gestão Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), anunciou a redução de 30% dos salários do prefeito, vice-prefeito, secretários e presidentes de autarquias e fundações pelos próximos 3 meses.

“É justo que a gente tenha o mesmo impacto que a população. Isso já vale a partir de abril”, disse o prefeito em suas redes sociais.

Em Santo André o prefeito Paulo Serra (PSDB), afirma que vai doar 50% do seu salário para o Fundo Especial de Combate ao Coronavírus, criado pelo Fundo Social de Solidariedade, com o objetivo de receber doações de pessoas físicas e jurídicas e ajudar a população em vulnerabilidade social durante a pandemia.

Segundo a administração municipal, “o vice-prefeito Luiz Zacarias e secretários aderiram voluntariamente a esta iniciativa”.

Em São Bernardo do Campo, o prefeito Orlando Morando afirmou que ele e a sua mulher, a deputada estadual Carla Morando, ambos do PSDB, doarão seus salários à Central de Recebimentos do município, durante todo o período da pandemia. O dinheiro será revertido para apoiar a população de maior vulnerabilidade social, segundo a administração municipal.

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