Milhares de pessoas acompanharam o primeiro debate político entre os candidatos ao cargo de prefeito do município de Jales nas eleições de 2020. Só na página da ACIJ, no Facebook, foram cerca de 3 mil internautas. Outras 10 páginas, de diferentes veículos de comunicação, como jornais, sites, rádios e televisão também fizeram a transmissão simultaneamente por vídeo.
O número de visualizações passou de 7 mil, isso sem contar os eleitores que também acompanharam o debate pelas emissoras de rádio da cidade e que é impossível precisarmos a quantidade. Pelas ondas do rádio, a transmissão foi feita pela Antena 102 FM, Assunção FM, Moriah FM e Regional FM.
O evento foi realizado na noite da última quinta-feira, 29 de outubro, no salão de eventos da Associação Comercial e Industrial de Jales, entidade que promoveu o debate junto com o Fórum da Cidadania.
A noite da democracia foi marcada pela civilidade e organização. Dois candidatos participaram: Ailton Santana, do PV (Partido Verde) e Luis Especiato, do PT (Partido dos Trabalhadores).
Durante o debate os candidatos tiveram a oportunidade de responder a perguntas que foram feitas por representantes de 13 instituições que compõem o Fórum da Cidadania de Jales, fazerem perguntas entre si, com direito a pedidos de réplica e a tréplica, além de apresentarem um pouco do plano de governo de cada um.
Luis Henrique Moreira, candidato do PSDB, coligado com Podemos, DEM, PSD, Republicanos, PP, MDB e PSL, enviou ofício no fim da manhã do dia do debate informando a comissão organizadora de que não participaria do debate. Entre as justificativas, o candidato alegou que acredita que o melhor debate é o realizado na rua, portanto o púlpito onde ele ficaria permaneceu vazio.
O debate começou pontualmente às 20h e teve exatamente duas horas de duração.
Uma das assessoras recebeu quase R$ 700 mil e continua morando em uma favela. Tá na cara que esse dinheiro não foi para o bolso dela. A notícia é da revista Veja:
O vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, distribuiu generosas gratificações a assessores suspeitos de participar de esquema de “rachadinhas” ou de serem funcionários fantasmas, de acordo com uma reportagem publicada nesta sexta-feira (30) pela revista Veja.
Dados obtidos pela revista Veja via LAI (Lei de Acesso a Informação) indicam que o gabinete de Carlos pagou R$ 3,035 milhões em gratificações que podiam chegar a até 80% da renda mensal de cada um dos assessores.
Chamadas de “encargos DAS”, os bônus são concedidos aos servidores escolhidos pelo parlamentar para realizarem alguma tarefa adicional, como sentar-se à cadeira de uma comissão da Câmara, por exemplo. Não é necessária nenhuma justificativa ou prova de capacidade técnica, nem tampouco há controle de presença nas reuniões.
A concessão de gratificações não constitui irregularidade e está prevista no regimento da Câmara. Contudo, o ilícito ocorre se o funcionário recebe o bônus sem realizar as atribuições que justificariam o adicional.
De acordo com levantamento da Veja, a assessora que mais recebeu gratificações foi beneficiada com a quantia de R$ 673.670. Ela esteve lotada no gabinete de Carlos por mais de onze anos e fez parte do grupo de nove assessores exonerados em dezembro de 2018, após a eleição de Bolsonaro para presidente.
Apesar da quantia que recebia, a assessora morava, até pouco tempo atrás, em uma casa de tijolo aparente e que dividia espaço com uma oficina mecânica, em uma favela em Cordovil, na Zona Norte do Rio.
Procurado pela revista Veja, o vereador Carlos Bolsonaro não quis responder.
O púlpito do meio, que estava reservado ao candidato Luís Henrique Moreira(PSDB), ficou vazio no debate de ontem, na ACIJ. O candidato tucano – que responde a uma ação de improbidade por danos ao erário público de Buritama – perdeu a oportunidade para explicar aos eleitores de Jales a história dos cheques de Bálsamo.
Em mais um ataque ao governador de São Paulo, João Doria, Jair Bolsonaro critica a obrigatoriedade da vacina contra Covid-19, diz que não paga o imunizante produzido em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac e ameaça privatizar o SUS.
“Então, querido governador de São Paulo, você sabe que sou apaixonado por você, sabe disso. Poxa, fica difícil, né? E outra coisa: ninguém vai tomar tua vacina na marra, não, tá ok? Procura outra. E eu, que sou governo, não vai comprar sua vacina também não. Procura outro pra pagar sua vacina”, disse Bolsonaro em sua live desta noite.
O governador de São Paulo, João Doria tinha afirmado anteriormente que a vacinação contra o novo coronavírus em São Paulo será obrigatória, exceto para pessoas que apresentem alguma restrição avalizada por um médico.
Bolsonaro se opõe à vacinação obrigatória e por razões políticas . Doria é considerado pelo Palácio do Planalto um potencial adversário nas eleições de 2022. O presidente se mostra contrário ao financiamento da produção da vacina pelo governo de São Paulo com a China.
Doria considera criminosa a atitude de Bolsonaro de negar o acesso a qualquer vacina aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) contra a Covid-19.
Durante a live Bolsonaro ameaçou privatizar o SUS, reeditando na próxima semana o decreto revogado na quarta-feira (28).
A juíza eleitoral de Jales, Maria Paula Branquinho Pini, atendeu representação da coligação do candidato Luís Henrique Moreira(PSDB) e deferiu liminar determinando que os candidatos a prefeito e vice pelo PT – Luís Especiato e Alexandre Periotto -, bem como o deputado estadual Paulo Fiorillo fizessem cessar a divulgação, no facebook, de um vídeo com depoimento de Especiato.
Muita gente aqui em Jales, inclusive este aprendiz de blogueiro, não viu o vídeo, uma vez que ele foi postado apenas na página do deputado, de forma que a polêmica está despertando a curiosidade dos eleitores, que querem saber o que foi dito no tal vídeo.
Segundo o que está na representação, Especiato disse, no vídeo, que o candidato Luiz Henrique “recebeu cinco cheques de dez mil reais de propina de Bálsamo, do amigo dele, prefeito de Bálsamo, nas contas dele e não está explicado ainda. Isso, com certeza, se ele não explicar, a população de Jales vai saber quem é quem nessas eleições”.
Na sua decisão, a juíza ressalta que “deve-se preservar a discussão quando realizada de forma cordata e racional entre os interlocutores, mas todo e qualquer conteúdo violador dos valores éticos e sociais da pessoa e das normas de boa conduta devem sofrer reprimenda estatal”.
A magistrada diz, ainda, vislumbrar a “ocorrência de ofensa à honra” na afirmação de Especiato, uma vez que ela foi feita fora do contexto de debate eleitoral. De qualquer forma, o deferimento da liminar significa que o que foi alegado pela coligação de Luís Henrique pode ser verdade, mas a juíza ainda não tem certeza disso.
Por isso mesmo, ela concedeu ao candidato Luís Especiato dois dias de prazo para apresentação de defesa. De sua parte, Especiato garante que não falou nenhuma inverdade. Afinal, alega o petista, uma investigação já demonstrou que os cheques oriundos de uma suposta propina foram, efetivamente, depositados na conta do candidato Luís Henrique. E isso, segundo ele, ainda não ficou bem explicado pelo tucano.
Está marcado para às 20h desta quinta-feira, 29 de outubro, o primeiro debate eleitoral de 2020 entre os candidatos a prefeito de Jales, promovido pela ACIJ – Associação Comercial e Industrial de Jales e pelo Fórum da Cidadania, formado por 14 instituições do município.
Para o evento, uma estrutura de ponta está sendo montada que vai possibilitar transmissão em tempo real por áudio e vídeo em diferentes plataformas, já que os eleitores não poderão acompanhar presencialmente por causa da pandemia.
Pelas ondas do rádio, a transmissão será feita por quatro emissoras de Jales: Antena 102 FM (102,3), Assunção FM (89,3), Moriah FM (105,9) e a Regional FM (103,5).
Em outros debates promovidos pelas mesmas entidades, a transmissão também foi feita pelo rádio. A novidade deste ano será a transmissão em vídeo. Ao todo, 12 páginas de veículos de comunicação da região vão transmitir simultaneamente o debate no Facebook.
São elas a da ACIJ, do Jornal de Jales, Noroeste Paulista (Palmeira D’Oeste), das rádios jalesenses Antena 102 FM, Assunção FM, Moriah FM, Regional FM e Rádio Band FM, da emissora Jovem Pan de Santa Fé do Sul, além dos sites FocoNews (Jales) e Jales Notícias, e a página da emissora de TV a cabo de Fernandópolis Canal 10, que será a responsável pela filmagem.
De acordo com o presidente da ACIJ, Leandro Rocca, o novo formato de transmissão vai possibilitar que mais pessoas acompanhem esse momento tão importante da democracia. “Além de dinamismo, a transmissão por diferentes plataformas vai dar a oportunidade aos eleitores de assistirem de qualquer lugar a discussão sobre o futuro da cidade’’, destacou.
“Todas as instituições que compõem o Fórum da Cidadania de Jales participaram de reuniões para definir os moldes do debate e enviaram as perguntas que serão feitas aos candidatos, de acordo com sorteio que será realizado ao vivo. Essa atuação em conjunto mostra a força das instituições e a preocupação com o futuro político, econômico e o desenvolvimento do nosso município”, explicou o coordenador do Fórum da Cidadania, Dr. Carlos Alberto Expedito de Brito Neto.
Dos três candidatos a prefeito de Jales, os dois de chapa pura, confirmaram presença no debate: Ailton Santana, do PV, e o petista Luis Especiato. Já o tucano Luis Henrique Moreira, que além do PSDB, tem na coligação os partidos PODE, DEM, PSD, REPUBLICANOS, PP, MDB e PSL, não respondeu dentro do prazo ao ofício enviado pela comissão organizadora, mas disse em entrevista radiofônica ao jornalístico Antena Ligada, da Antena 102 FM, nesta semana que não vai participar do debate.
O candidato Luís Henrique Moreira(PSDB) confirmou hoje, em entrevista ao programa Antena Ligada, da Antena 102 FM, que não irá participar do debate promovido pela ACIJ e o Fórum da Cidadania, marcado para a noite de quinta-feira, 29.
Luís Henrique disse que não tem nenhuma preocupação em debater ideias e propostas, uma vez que, segundo ele, já vem debatendo com os eleitores desde o início da campanha.
Ele afirmou, também, que os adversários estariam em total desespero e planejam transformar o palco da ACIJ em um ringue. Luís Henrique, que foi aliado do PT nas eleições municipais de 2016, disse que não vai baixar o nível da campanha, debatendo com o PT.
Ressalte-se que as regras do debate preveem apenas um bloco com perguntas de um candidato para outro, mesmo assim, através de sorteio. Em um bloco, os candidatos responderão a perguntas dos integrantes do Fórum da Cidadania. E no outro bloco, as perguntas serão feitas pelos veículos de imprensa. Portanto, não se trata de um debate apenas entre PSDB x PT.
De qualquer forma, a decisão do candidato de não ir ao debate suscitou elogios e críticas entre os que acompanhavam a entrevista via facebook.
Suscitou, também, questionamentos. Durante a entrevista, alguns comentaristas, como é o caso da moça ao lado, questionaram o candidato sobre um caso suspeito de corrupção, na Prefeitura de Bálsamo, em que ele estaria supostamente envolvido.
Registre-se que Luís Henrique já foi perguntado sobre o caso. Foi em entrevista às rádios Assunção e Regional, quando o repórter Vítor Inácio pediu explicações ao candidato. Visivelmente incomodado com a pergunta, Luís Henrique confirmou que “salvo engano, quatro ou cinco cheques entraram em minha conta”, mas garantiu que está com a consciência tranquila, que figura no inquérito como testemunha e que o fato está superado.
O fato que o candidato garante estar superado veio ao conhecimento público em julho, através de reportagem do jornal Diário da Região (aqui). Segundo a matéria, o prefeito de Bálsamo, Carlos Eduardo Carmona Lourenço, teria recebido uma propina de R$ 50 mil pela doação de um terreno a um comerciante de Rio Preto.
O caso está sendo investigado pelo Setor de Combate ao Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro do Deic de Rio Preto, a pedido do Tribunal de Justiça de São Paulo, que acatou denúncia do Ministério Público.
Mas o que é que Luís Henrique tem a ver com isso? Explico: por algum motivo que o candidato ainda não explicou publicamente, os cinco cheques relativos à suposta propina, no total de R$ 50 mil, foram parar em sua conta corrente.
Segundo o inquérito policial, os cinco cheques de R$ 10 mil, suspeitos de serem o pagamento de uma propina, “tiveram como beneficiária terceira pessoa indicada pelo prefeito de Bálsamo, tratando-se de Luís Henrique dos Santos Moreira, amigo íntimo do prefeito, titular de uma empresa sediada em Jales”.
“O prefeito é um empregado do povo e o debate é como uma entrevista de emprego. Você contrataria um candidato que não comparece à entrevista de emprego?
(Do vereador Tiago Abra-MDB, sobre a ausência do candidato Luís Henrique Moreira-PSDB, no debate da ACIJ)
O irrequieto e bem relacionado Luís Henrique Vicente de Oliveira, conhecido nos meios como Henrique do CAJ, teve sua candidatura a vereador indeferida pela Justiça Eleitoral e está fora da disputa, uma vez que ele não recorreu contra o indeferimento e a sentença já transitou em julgado.
Henrique do CAJ era candidato a vereador pelo DEM, com o número 25800. O registro foi indeferido porque Henrique não prestou contas de sua campanha a deputado federal em 2018. Ele é o segundo candidato a vereador barrado no baile. Com uma diferença: Gilberto Cassuchi, o primeiro, protocolou um recurso e aguarda o resultado.
Além das duas candidaturas indeferidas, a eleição em Jales já conta com pelo menos três desistências. Os candidatos Marcos César Lodete, o Marquinho, do DEM, Paulo Henrique Castanheira, do Republicanos e Sonialice Ramires dos Santos, do MDB, renunciaram às suas candidaturas.
Com os dois indeferimentos e as três renúncias, a disputa pelas dez cadeiras de vereador na Câmara de Jales, conta agora com 107 concorrentes.
Post Scriptum: o candidato Henrique do CAJ entrou em contato com este aprendiz de blogueiro para garantir que não está fora da eleição e segue fazendo campanha normalmente. Ele afirmou que está recorrendo diretamente ao TSE contra a decisão da Justiça Eleitoral de Jales.
Segundo a versão de Henrique, ele teria prestado contas de sua campanha a deputado federal, em 2016, mas, por algum problema técnico, a mesma não foi recebida pelo TSE.