O ex-astrólogo Olavo de Carvalho, guru ideológico do clã Bolsonaro, tem atacado o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, desde que ele anunciou sua saída do governo.
Pelo Facebook, Olavo disse que Moro não fará falta ao governo. “Que enfie sua biografia no cu e vá pastar. Daqui a três meses ninguém se lembrará mais dele”, afirmou.
Pessoalmente, penso que a música que mais se amolda à figura maléfica do Bozo é “Pessoa Nefasta”, do Gilberto Gil (“Tu, pessoa nefasta / Tens a aura da besta / Essa alma bissexta / Essa cara de cão”), mas, vez em quando, no programa que apresento na Regional FM, o Brasil & Cia, me pedem para tocar “Apesar de Você” e dedicá-la ao ignorante que ocupa a presidência.
Composta há 50 anos, “Apesar de Você” – um protesto de Chico Buarque contra a ditadura militar – vem sendo ouvida durante os panelaços contra o sujeito que tem a aura da besta, a alma bissexta e a cara de cão. O texto é do Vítor Nuzzi, na RBA:
Panelaços e “barulhaços” contra Jair Bolsonaro tornaram-se frequentes nas últimas semanas, mas em algumas janelas o som que se ouviu foi de uma antiga canção, que vai completar 50 anos. Apesar de Você é a única composição que Chico Buarque assume como sendo verdadeiramente “de protesto”. Foi feita após o retorno dele ao Brasil, em março de 1970, depois de 14 meses morando na Itália.
A volta ocorreu na manhã de 20 de março, no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, quando Chico e Marieta Severo desembarcaram com a primeira filha, Silvia, de 11 meses, nos braços. “Volte fazendo barulho”, havia recomendado Vinícius de Moraes a um ainda receoso Chico, que havia deixado o Brasil pouco depois da edição do AI-5, em dezembro de 1968.
Barulho não faltou no Galeão. Estava lá a turma do MPB4, entre outros. A atriz Betty Faria levou uma bandeira do Fluminense – time de Chico–, e o flautista Altamiro Carrilho e seu grupo tocaram A Banda, sucesso de 1966.
Com o AI-5, a vigilância sobre os artistas ficaria ainda maior. Caetano Veloso e Gilberto Gil chegaram a ser presos, e se exilaram na Inglaterra. Geraldo Vandré fugiu e passou mais de quatro anos entre o Chile e a França. Chico não foi preso, “apenas” interrogado. E depois aconselhado a permanecer algum tempo fora do Brasil.
Mesmo voltando, Chico percebe que a situação do país não melhorou em nada. Pelo contrário: o governo Médici representa o auge da repressão. Ao mesmo tempo, há certa “euforia” com o chamado milagre econômico, porque a economia crescia – para a minoria. E logo chegaria a Copa do Mundo, com Pelé, Tostão, Gérson, Rivelino, Jair e companhia encantando e conquistando o tricampeonato mundial.
A cabeça do compositor foi montando os versos de sua única canção assumidamente “de protesto”, embora sempre alguém identifique mensagens veladas em outras canções. Já no final do ano, Apesar de Você foi enviada para apreciação da censura, como era obrigatório, e aí veio a surpresa: liberada (veja reprodução). A gravadora soltou um compacto que tinha Desalento do outro lado.
Foi um sucesso. Em pouco tempo, 100 mil cópias foram vendidas. Até que alguém se deu conta: Apesar de Você foi proibida e os discos, recolhidos. Só voltaria a ser gravada, e tocada, em 1978, na onda dos movimentos por anistia e pela volta da democracia.
Segundo Chico, o “você” não se refere especificamente ao ditador de plantão, no caso Médici, mas ao poder, ao chamado “sistema”. Tocada nas janelas, agora com o país sob o governo Bolsonaro, a música parece ter sido feita outro dia.
O vídeo abaixo é do 6º DVD da série “Samba Social Clube”, no qual vários artistas cantam sambas compostos por Chico Buarque de Hollanda. Coube ao ex-vocalista do Exaltasamba, Péricles, interpretar “Apesar de Você”:
O Conje começa a utilizar contra o Bozo, o mesmo método utilizado para obter a condenação de Lula, ou seja, o método dos vazamentos seletivos para a Globo. Para conseguir seus intentos, ele não poupou nem mesmo sua afilhada, a deputada Carla Zambeli. Se bem que ela merece.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que Jair Bolsonaro só chegou à presidência da República após Sérgio Moro condenar o petista sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP).
O ex-presidente fez a postagem no Twitter após um confronto de disputa da opinião pública entre Bolsonaro e Moro, após o ex-juiz pedir demissão do ministério da Justiça devido à exoneração de Maurício Valeixo da Diretoria-Geral da Polícia Federal.
“Não pode haver inversão da história. O Bolsonaro é filho do Moro, e não o Moro cria do Bolsonaro. Nessa disputa toda, os dois são bandidos, mas é o Bolsonaro que é a cria e não o contrário. E os dois são filhos das mentiras inventadas pela Globo”, afirmou o ex-presidente no Twitter.
Eu achei que o “Posto Ypiranga” estava de máscara para não ser reconhecido. Alguns ministros – como é o caso da ministra Teresa Cristina, da Agricultura – estavam visivelmente constrangidos. A notícia é da revista Fórum:
Um fato curioso chamou a atenção durante o pronunciamento de Jair Bolsonaro sobre a saída de Sérgio Moro do governo nesta sexta-feira (24): imagens mostram que o ministro da Economia, Paulo Guedes, aparentemente não usava sapatos.
Além de supostamente estar somente de meias, Guedes era o único ministro, entre as 23 autoridades presentes, que usava máscara de proteção.
Nas redes sociais, internautas aventam a possibilidade de Guedes estar com sintomas de Covid-19 e estaria usando máscaras e teria dispensado o sapato para evitar o contágio do vírus.
‘Pátria Amada Brasil’ é o nome de uma peça publicitária do governo Bolsonaro que usa uma foto de crianças europeias brancas como se fossem brasileiras. A imagem foi usada em diversas campanhas de mídia na Europa.
A peça publicitária foi alvo de críticas e ironias nas redes sociais.
O que será que um cidadão de bem desses tem na cabeça? A notícia do Congresso em Foco:
Um servidor público do governo do Distrito Federal (GDF) se sentiu no direito de desafiar a lei para constranger repórteres da TV Globo. Vejam o que ele publicou no Facebook:
O crime da Globo é o mesmo que leva hoje bolsonaristas radicais a difamarem quase todos os veículos e jornalistas profissionais do país: não rezar na cartilha do presidente que namora a volta do AI-5 e considera a doença causada pelo coronavírus “uma gripezinha”.
O autor da promessa de recompensa é Marcos Aurélio Neves do Rego Sales, que é “agente socioeducativo” da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal. O seu salário líquido é de R$ 6.178,73, segundo o Portal de Transparência do GDF.
Marcos Sales responderá a processo administrativo, que vai apurar se ele descumpriu o Estatuto do Servidor Público do Distrito Federal (Lei Complementar 840/2011). O estatuto diz que poderá incorrer em “responsabilidade civil”, ficando assim sujeito aos eventuais danos materiais decorrentes do seu ato, quem praticar ato que “resulte em prejuízo ao erário ou a terceiro”.
Também considera infração “exercer atividade privada incompatível com o exercício do cargo público ou da função de confiança”, “ofender fisicamente a outrem” e “praticar ato de assédio sexual ou moral”. Ainda conforme o estatuto, a definição da sanção disciplinar deverá levar em conta a “gravidade da infração disciplinar cometida”, “o ânimo e a intenção do servidor” e “as circunstâncias atenuantes e agravantes”. As sanções vão desde a advertência até a demissão ou destituição do cargo em comissão.
Bolsonaro e os filhos mentem o tempo todo, como método. Quando precisam sair de uma mentira, partem pra outra. É mentira sobre mentira, porque essa é sua forma de governar. A única coisa que o governo Bolsonaro faz de forma eficaz e altamente profissional é mentir.
Ainda não está definido, mas, se tudo correr bem, os vereadores de Jales voltarão a se reunir em sessão ordinária na próxima segunda-feira, 27, após quase dois meses de dolce far niente. A última sessão ordinária da nossa Câmara foi realizada no dia 09 de março.
Nos bastidores, comentários maldosos dão conta de que ninguém havia notado que os vereadores não estão trabalhando. A novidade, na volta deles, serão as alterações nas bancadas partidárias. O PSD, que só tinha um vereador – o presidente Tiquinho – passa a ter a maior bancada. O partido foi reforçado pelos vereadores Macetão, Tupete e Zanetoni, que deixaram, respectivamente, PP, DEM e PSB.
Os outros seis vereadores estarão distribuídos por apenas três partidos, que passarão a contar com dois nobres edis, cada um. O PSDB, que só tinha Bismark, terá Pintinho como reforço. No MDB, o vereador Tiago Abra fará companhia a Chico do Cartório. E o DEM, que perdeu sua única estrela – o Tupete – ganhou Deley e Kazutinho como reforços.
Com as alterações da janela partidária, três partidos ficaram sem representantes na Câmara de Jales. O PP, que tinha eleito Abra e Macetão, perdeu os dois. O PSB, que tinha Kazutinho e Zanetoni como representantes, ficou sem nenhum deles. E o Republicanos (antigo PRB), que elegeu o Pintinho, também perdeu seu representante.
Nossos nobres edis, cujos salários estão congelados em R$ 5 mil, ainda não começaram a discutir os salários dos vereadores da próxima legislatura (2021-2024), mas é improvável que eles – em meio à crise provocada pelo coronavírus – estejam pensando em aumento. Ao contrário, se tivessem juízo, reduziriam os salários a pelo menos a metade.
Em Rio Preto, a Câmara – que não suspendeu as sessões durante o período de isolamento social – já votou os salários dos vereadores que serão eleitos este ano. Eles ganharão os mesmos R$ 5,9 mil dos atuais vereadores. Ainda é muito! Por lá, cada vereador tem quatro ou cinco assessores pagos com recursos públicos.
Aqui em Jales, os vereadores tem um único assessor parlamentar para todos eles.
O ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, afirmou que as decisões que decretaram a quebra de sigilo do filho mais velho de Jair Bolsonaro foram ‘devidamente fundamentadas’, ‘no amparo em fortes indícios de materialidade e autoria de crimes; na suposta formação de grande associação criminosa, com alto grau de permanência e estabilidade na ALERJ; e, como se não bastasse, na imprescindibilidade da medida’.
A afirmação foi feita pelo magistrado ao negar o pedido do senador Flávio Bolsonaro para suspender as investigações do caso Queiroz.
Na decisão, Felix Fischer diz ainda que “ao contrário do que o recorrente informa, que a investigação tenha acontecido em face de pessoa politicamente exposta, com vazamento de seus dados fiscais e bancários por cerca de 10 anos, fato é que, conforme consignado nos presentes autos, a quebra de sigilo foi autorizada em duas decisões judiciais devidamente fundamentadas.