Categoria: Política
DEMÓSTENES APELA AO PMDB E OUVE DESAFOROS
Como diria Vandré, “é a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar”. O paladino da ética e da moralidade está mesmo no mato sem cachorro. Vejam a notícia da coluna do Leandro Mazini, do portal Congresso em Foco:
Num ato de desespero, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) recorreu a quem não deveria: pediu ajuda numa reunião aos senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL). As respostas de Renan são impublicáveis. Foi Demóstenes seu algoz na queda da Presidência do Senado.
Sarney desconversou e foi vingativo. Fez chegar depois ao senador uma lembrança: na CPI do Apagão Aéreo, em 2007, Demóstenes obrigou o senador Carlos Wilson (PT), ex-presidente da Infraero, enfermo, a ir de cadeira de rodas e soro ao Congresso depor, porque não dava trégua a “corrupto”.
REVISTA CARTA CAPITAL SOME DAS BANCAS DE GOIÁS
A revista Carta Capital, deste final de semana, sumiu das bancas de Goiás. Segundo consta, homens que utilizavam carros sem placas amanheceram nas bancas, no domingo, para comprar todos os exemplares. A revista traz uma matéria exclusiva do repórter e blogueiro Leandro Fortes sobre as ligações do contraventor Carlinhos Cachoeira – o amigo número um do senador Demóstenes Torres(DEM) – com o governador de Goiás, Marconi Perillo(PSDB).
Eu já vi esse filme! Em dezembro de 1996, a revista IstoÉ sumiu de todas as bancas da região de São José do Rio Preto. Em Jales, não se achava uma edição nem para remédio. Tudo porque a edição de 25/12/1996, da revista, trazia a reportagem que resultou no “Escândalo Denacoop”, que envolvia o deputado Vadão Gomes e mais algumas pessoas/cooperativas da nossa região.
Felizmente, naquela época, já tínhamos por aqui alguns assinantes da IstoÉ. Cópias da matéria foram providenciadas e distribuídas pela cidade. Agora que estamos na era da internet, nem é preciso fazer cópias. Quem quiser dar uma espiada na matéria que deixou o governo de Goiás em polvorosa, é só clicar aqui.
MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIA FARRA DE VEREADOR EM GUAPIAÇU
A notícia é do Diarioweb:
O Ministério Público (MP) denunciou o vereador Joel Benedito Pagliusi Gomes (PSB), ex-presidente da Câmara de Guapiaçu, pelos crimes de enriquecimento ilícito e improbidade administrativa. De acordo com o promotor Sérgio Clementino, no período em que ocupou a presidência da Câmara (2009 e 2010), Joel usou dinheiro público para pagar despesas pessoais próprias e de sua família.
O MP ajuizou ação civil contra vereador e pede a devolução de R$ 743,1 mil gastos indevidamente com despesas pessoais e com compras irregulares de equipamento para o legislativo (leia ao lado). Além disso. o promotor pede a cassação do vereador e também que ele seja condenado a pagar multa de quase R$ 1,5 milhão, que corresponde a duas vezes o valor desviado da câmara.
“A quantidade de gastos efetuados pelo réu (Joel) e seus familiares e pagos com dinheiro público em restaurantes, bares de diferentes cidades (Rio Preto e São Paulo), combustível, aquisição de lentes para óculos, tênis esportivo, escola de inglês, cafeterias e supermercados e inúmeros outros estabelecimentos denotam a ‘farra’ realizada por Joel Benedito Pagliusi Gomes junto ao dinheiro da Câmara de Guapiaçu”, destacou Clementino na ação que tramita na 1ª Vara da Fazenda de Rio Preto. Joel integra a base governista da prefeita Maria Ivanete Vetorasso (PSDB) na Câmara de Guapiaçu.
A notícia do Diarioweb tem muito mais detalhes que mostram o que um sujeito despreparado pode fazer na presidência de uma Câmara. Vale a pena você clicar aqui e ver a notícia completa.
À PROCURA DE VOTOS
A desculpa oficial é de que a Câmara não comportaria o evento, já que foram emitidos 1.400 convites. Mas, não é improvável que a diretoria do Sindicato dos Servidores tenha marcado a assembléia desta sexta-feira para o Teatro, para não dar muita colher de chá ao presidente da Câmara, Luiz Henrique Viotto, o Macetão. Afinal, os holofotes deveriam ficar focados no candidato oficial, Luís Especiato, que, qualquer criança sabia, chegaria em meio ao evento com as boas novas.
Na Câmara, Macetão sentar-se-ia em sua cadeira presidencial e, provavelmente, até faria discurso. No Teatro, ele teve que ficar na platéia, batendo palmas, como mostra a foto. Mesmo assim, o presidente da Câmara aproveitou-se do evento para fazer o seu marketing pessoal. Ele foi o primeiro vereador a chegar ao Teatro, e, segundo consta, teria distribuído sorrisos, beijos e abraços aos montes.
Quem também esteve por lá foi o vereador Osmar Rezende, mas, compromissos como professor o tiraram do Teatro, antes mesmo de a assembléia começar. Já a vereadora Tatinha chegou atrasada e saiu antes de a reunião terminar. Os demais vereadores não deram o ar de suas graças.
BOTANDO PRÁ CORRER
A política é mesmo cheia de surpresas. Alguns carros estão circulando pela cidade com um adesivo onde se pode ler mais ou menos o seguinte: “Neneinha 2012 – esse vai botar todo mundo pra correr”. Criatividade à parte, chama a atenção o fato de o ultramaratonista Neneinha, também conhecido como Carlos Pereira de Rezende, ser irmão do vereador Osmar Pereira de Rezende(PMDB).
Neneinha filiou-se ao DEM, do prefeiturável Flávio Prandi Franco, em maio do ano passado. Diz-se, por aí, que ele vai mesmo ser candidato a vereador. É de se perguntar: será que o Osmar Rezende vai pendurar as chuteiras?
Seria mais um considerável desfalque para o time do PMDB, que já teve um de seus pré-candidatos a vereador – o servidor aposentado Osvaldo “Caburé” Maurício da Rocha – apanhado pela Lei da Ficha Limpa.
PARA COLEGAS DO DEM, RENÚNCIA AO MANDATO É O ÚNICO CAMINHO QUE RESTOU A DEMÓSTENES
A situação do senador Demóstenes Torres(DEM-GO), o ex-paladino da ética, está ficando cada vez mais insustentável. Vejam a notícia do blog do Josias:
O futuro político de Demóstenes Torres é considerado sombrio pelos próprios companheiros de partido do senador. Dissemina-se no DEM a avaliação de que Demóstenes tornou-se uma cassação esperando para acontecer.
O blog conversou com três partidários de Demóstenes (DEM-GO). Para evitar constrangimentos, pediram anonimato. Expressaram uma mesma opinião. Acham que não resta ao colega senão a opção de renunciar ao mandato de senador.
Avaliam que, permanecendo no Senado, Demóstenes apenas prolongará o suplício, expondo-se a um processo desgastante e inútil. Afora a cassação, tida como inevitável, prevê-se que o senador será desligado da tomada do DEM.
“O partido terá de expulsá-lo, sob pena de se desmoralizar”, disse um dos entrevistados. “Se o Demóstenes não renunciar, vai ter de se humilhar perante senadores que criticou. Gente como o Sarney e o Renan”, disse outro.
Demóstenes foi implacável com José Sarney e Renan Calheiros nas crises que tisnaram as presidências de ambos no Senado. Cobrou o afastamento de Sarney em 2009. E o de Renan em 2007.
A notícia completa do blog do Josias, inclusive com detalhes sobre as novas revelações das escutas telefônicas realizadas pela Polícia Federal, pode ser lida aqui.
RARIDADE: A PRIMEIRA E ÚLTIMA EDIÇÃO DO ‘ALERTA VERMELHO’
Normalmente, esse tipo de panfleto apócrifo é distribuído durante campanhas eleitorais, uma forma covarde de difamar adversários. Em Jales, onde sempre acontece alguma coisa diferente, já se fabricou panfletos até para difamar aliados, como foi o caso do papelucho escroto distribuído nas eleições de 2008, com calúnias contra políticos e agregados. Sabe-se que ele partiu de uma mente doentia.
Já o panfleto acima e ao lado – o Alerta Vermelho, lembram-se dele? – foi distribuído alguns meses depois da posse do prefeito Humberto Parini, em 2005. Reparem que até o aprendiz de blogueiro foi personagem da peça, mas as críticas maiores se concentraram na perda dos empregos que, supostamente, seriam criados pela WAP Molas. Sobrou também para o ex-vereador Gilbertão, que, àquela época, era aliado de Parini. Felizmente – ou infelizmente? – o Alerta Vermelho não passou da primeira edição.
E AGORA, DEMÓSTENES?
E a situação do senador Demóstenes Torres – o tucano que se apresenta como o paladino da ética, da moral e dos bons costumes – está ficando cada vez mais complicada. Hoje, surgiram novas denúncias sobre as relações do senador com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. E o que é pior: as denúncias chegaram à tela da Globo, normalmente avessa a noticiar as agruras de seus amigos demo-tucanos. Vejam, abaixo, o que foi publicado sobre o caso no blog do Josias:
Post Scriptum: na verdade, o Demóstenes não é tucano, conforme observou o João Missoni, em comentário. Ele é filiado ao DEM-GO. O que vem a ser quase a mesma coisa.
Em relatório enviado à Procuradoria Geral da República, a Polícia Federal informou que o senador Demóstenes Torres, líder do DEM, pediu dinheiro ao bicheiro e explorador de caça níquéis Carlinhos Cachoeira.
A notícia ganhou as páginas do Globo. De acordo com o jornal, o documento da PF foi enviado à Procuradoria em 15 de setembro de 2009. E o procurador-geral da República Roberto Gurgel nada fez.
O relatório baseou-se em investigações que varejaram os negócios ilícitos de Cachoeira na cidade goiana de Anápolis.
Trata-se de apuração anterior à recente Operação Monte Carlo, que resultou na prisão de Cachoeira e Cia..
O trabalho da PF incluiu a realização de escutas telefônicas. Num dos grampos, anota o relatório, Demóstenes pede a Cachoeira que pague uma despesa de R$ 3 mil. Coisa relativa à utilização de um táxi aéreo.
No mesmo documento, a PF menciona indícios que apontam para relações impróprias de dois deputados federais com Cachoeira: Carlos Leréia (PSDB-GO) e João Sandes Júnior (PP-GO).
Demóstenes conversava com Cachoeira por meio de um Nextel. Aparelho habilitado “nos Estados Unidos”, na expectativa de que fosse imune a grampos.
Ouvido, Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado de Demóstenes, confirmou que seu cliente usou o Nextel. Nada disse sobre o suposto pedido de dinheiro.
Procurado, Roberto Gurgel manifestou-se por meio da assessoria.
Mandou dizer: aguarda a conclusão da Operação Monte Carlo para saber se aciona ou não os parlamentares