Blog do Cardosinho

Vejam só como a vida é cheia de coincidências. Enquanto eu batucava as mal traçadas do post anterior, minha caixa de e-mail registrou a chegada de uma notícia enviada pela simpaticíssima Adriana Mariano, do Hospital de Câncer.

A notícia diz que o seo Genésio Mendes Seixas, tio do meu amigo Bochecha, está doando um carro zero quilômetro para o Hospital. Já pensaram se os nossos políticos tivessem o desprendimento do seo Genésio?

Em 2013, ele vendeu um imóvel em Jales e doou boa parte do dinheiro para a nossa Santa Casa. É uma pena que a Marina resolveu levar o seo Genésio para Tanabi. Mas, vamos à notícia enviada pela Adriana:

Genésio Mendes Seixas, mais uma vez surpreendeu ao ter a iniciativa de doar um veículo 0km para o Hospital de Câncer de Barretos, Unidade de Jales. Nascido em 1935 na cidade de Tanabi, Genésio se muda para a recém-fundada Vila Jales, em 6 de Maio de 1941, estuda e é aprovado em admissão na Escola de Especialistas da Aeronáutica da Força Aérea Brasileira – FAB.

Em 1975, depois de servir em São Paulo e Recife, é transferido para Curitiba como instrutor da Escola de Oficiais Especialistas da Aeronáutica onde foi aluno em 1965. Como chefe de curso especializado recebe a patente de capitão. E em 1989 retorna para Jales onde viveu com sua esposa Marina Lopes até o ano de 2013, quando se mudou novamente para a cidade de Tanabi.

Como tem um carinho especial pela cidade de Jales, inclusive, escrevendo livros contando sua história como, “Vila Jales -1947”, “Jales – Precursores e pioneiros”, “Fundação de Jales em poema”, “Memórias de Jales” e o álbum dos pioneiros, ele entrou em contato com o Departamento de Captação de Recursos da Unidade de Jales do Hospital de Câncer e prontamente informou que gostaria de doar um veículo OKM para que o hospital realizasse uma rifa e assim, pudesse fazer a sua parte ajudando o hospital que acolhe milhares de pessoas no tratamento do câncer.

Na última semana, Genésio reuniu-se com a Gerente de Captação de Recursos, Adriana Mariano, com o Gerente Administrativo, Roger Dib, a vendedora Dalva Cotes e com Claudemir Rossafa, ambos da Fiat de Jales para finalizar sua intenção de ajudar o hospital e doou um Fiat Palio, branco, 2 portas, 0 km.

Adriana e Roger agradeceram em nome da Fundação Pio XII a atitude de Genésio e informaram que são estas ações que tornam possível suprir o déficit de mais de R$ 8milhões que a Fundação apresenta mensalmente e ainda, que para outras doações é só ligar no Departamento de Captação

Eu não sou muito ligado nas coisas do Facebook, de modo que somente ontem fiquei sabendo dos maus bocados pelos quais passou o meu amigo Luiz Carlos Seixas, o Bochecha, jalesense radicado em Ourinhos há muitos anos.

O Seixas me mandou e-mail para contar que o filho dele – Glauber Seixas, que já está sendo considerado um dos grandes violonistas do Brasil – participaria, no domingo, de um show com Paulo César Pinheiro e Wilson das Neves, no Rio de Janeiro.

Ontem, visitei a página do Seixas no Face, em busca de mais informações sobre o show, e foi quando tomei conhecimento sobre as chuvas que destruíram a casa dele e quase o levaram. Felizmente,  ele está bem.

A foto lá de cima mostra um encontro de músicos – entre eles, o maestro Cristovão Bastos – realizado em 2012, na casa do Seixas, em Ourinhos. Na parede, vários quadros do artista jalesense Armando Pereira da Silva, sobre quem o Seixas está preparando um livro.

O Seixas – que é filho do farmacêutico Bernardino Mendes Seixas e sobrinho do seo Genésio Seixas – foi um dos grandes ganhadores de festivais de música, quando Jales tinha esses festivais. Na foto ao lado, ele aparece com o troféu de um desses festivais, acompanhado pela Leninha Baitello e o irmão Renato.

Além de tocar razoavelmente um violão, o Bochecha era, com um pouco de exagero, um grande goleiro. Depois de, por algumas vezes, machucar os dedos – imprescindíveis para um violonista – ele preferiu encerrar a carreira futebolística. 

Em 1982, Toquinho incluiu duas músicas do Seixas, no primeiro disco gravado por ele após a morte do Vinícius.  A reportagem do Tem Notícias entrevistou o Seixas, que falou sobre o drama vivido por ele. Veja aqui. 

E uma outra leitora enviou correspondência sobre a passarela para pedestres construída pela ALL na Rua Onze, cujo teor reproduzo abaixo:

Boa tarde, caro amigo Cardosinho.
Mais uma vez estou aqui lhe escrevendo para colocar a minha indignação em mais uma pequena parte da cidade. Não sei se foi por motivos de segurança maior ou se foi algum meio de incentivar o uso de drogas que foi realizada a construção da tal passarela sobre a linha do trem na rua 11.

Não sou moradora das imediações, mas tenho pessoas próximas do meu convívio que necessitam atravessar o local, tanto de dia quanto de noite. Ontem a noite pude presenciar as cenas. Não tem nenhum tipo de iluminação, o local é totalmente escuro e eram tantos rapazes nos corredores do tal “labirinto”, como foi apelidado, fumando sei lá o que, que a passagem ficou totalmente interditada. 

Muitos idosos moram nas redondezas e, para não ter que dar uma enorme volta, acabam arriscando a passagem por ali mesmo, correndo até o risco de serem agredidos por essas pessoas. Além disso, os vários comentários que rolam também são de adolescentes se agarrando e até praticando sexo no local. Será que isso foi mesmo feito em prol da segurança? Alguma autoridade deveria tomar ciência do que acontece nesse local.

Não custa acrescentar que, logo pela manhã, a “passarela” é utilizada por crianças que vão à escola. É de se imaginar o que elas encontram no tal “labirinto”.