CASO FACIP 97: O CERCO ESTÁ SE FECHANDO
Ontem, um oficial de justiça esteve na casa de um dos envolvidos no chamado Caso Facip 97, com o objetivo de executar alguma ordem judicial relativa à penhora dos bens dos acusados. Do citado envolvido, o oficial de justiça conseguiu levar apenas uma TV já bastante usada, mas a informação é de que ele estaria visitando as casas dos demais réus do processo.
Dou essa notícia com alguma tristeza, porque sei que, pelo menos dois dos envolvidos nessa história, são pessoas humildes e honestas que batalham diariamente o sustento de suas casas. Foram envolvidos nessa trama por pessoas que deveriam dar exemplo. Afinal, como é que pode um fiscal tributário, como é o caso do prefeito Humberto Parini, utilizar-se de notas frias para esconder o prejuízo de uma festa?
Quando o Parini recebeu a notícia da sua primeira condenação, em 2000, fui até à casa dele prá dar-lhe algum apoio moral. Encontrei por lá um sujeito totalmente abatido, acompanhado apenas pelo seo Chico Melfi, que também correu até a casa do então candidato, assim que ficou sabendo da notícia. Estávamos em plena campanha eleitoral e acreditei, sinceramente, que o Parini estava sendo vítima de uma injustiça.
Mas não há nada como o poder para revelar a verdadeira personalidade das pessoas. No convívio que tive com o Parini, na Prefeitura, pude perceber que ele parece não acreditar muito na Justiça. Eis um refrão que eu ouvi do prefeito algumas vezes: “Se os outros fazem, por que nós não podemos fazer?”. Infelizmente, posso garantir prá vocês, o episódio da nota fria da Facip 97 não serviu de lição.
Lamento pelas pessoas que estão pagando uma conta que não é delas.