Enquanto a cidade discute a questão do número de vereadores ou a proposta de doação do campo da Fepasa, a Câmara deverá votar, em uma de suas próximas sessões, o projeto de lei 64/2011, que trata da revisão salarial dos agentes políticos do município. São agentes políticos, o prefeito, o vice-prefeito, o chefe de gabinete do prefeito, os secretários municipais, o presidente da Câmara e, é claro, os vereadores.
Segundo o projeto, os salários dos agentes políticos deverão ser reajustados em 6,076%, mesmo índice concedido aos servidores municipais. E, assim como no caso dos servidores, o reajuste dos agentes só começará a valer em setembro. A tabela que acompanha o projeto fixa os salários em:
– R$ 9.094,65 (prefeito);
– R$ 3.389,44 (vice-prefeito);
– R$ 4.403,53 (chefe de gabinete do prefeito e secretários municipais);
– R$ 4.134,72 (presidente da câmara); e
– R$ 3.100,20 (vereadores).
Como se vê, o subsídio dos vereadores é o menor. Pessoalmente, não sou favorável ao aumento do número de vereadores para 13, mas, de outro lado, com o devido respeito, acho demagógica a proposta de redução, principalmente quando se argumenta a economia de gastos para justificá-la. Demagógica e incoerente, uma vez que, há algum tempo, aprovou-se a criação de uma nova secretaria que, se preenchidos todos os cargos, custará mais de R$ 200 mil anuais, só com salários.
É bem verdade que, em uma administração como a atual, os vereadores não conseguem fazer bem o trabalho que deles se espera, já que não são atendidos naquilo que indicam. O vereador Especiato, por exemplo, confessou, na última sessão da Câmara que, desde 2007, vem pedindo melhorias para o Jardim Morumbi, mas o prefeito não o atende. Especiato é o líder do prefeito e o seu principal e quase único defensor. Isso não quer dizer, no entanto, que se deva enfraquecer a representatividade da Câmara.
Bem ou mal, o vereador é o mais legítimo representante da população, porque foi eleito e escolhido por ela. E o que dizer dos secretários e chefes de gabinetes, que ganham bem mais que os vereadores? Alguém aí escolheu o tal de Luís Rosalino prá ser chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento, por exemplo? Alguém sabe me dizer o que esse rapaz faz na Secretaria, além de puxar o saco do prefeito? Quem poderia me citar algum trabalho que – entre um cigarro e outro – ele já tenha feito?
Como já disse, não creio que Jales precise de 13 vereadores, mas respeito a opinião de quem pensa o contrário. Agora, um vereador propor que Jales tenha o mesmo número de vereadores de Aspásia ou Vitória Brasil(a Marynilda não vai gostar dessa comparação!!), aí já é desvalorizar a si mesmo e depreciar à cidade.
PS: As férias do Rosalino terminam amanhã. Quem sabe agora, “descansado”, ele produza alguma coisa.