DOAÇÃO DO CAMPO DA FEPASA: OAB E FÓRUM DA CIDADANIA SE POSICIONAM

A discussão sobre os projetos do prefeito Humberto Parini que propõe a doação do terreno do campo da Fepasa para construção dos prédios da Justiça Federal e da Procuradoria da República está ganhando contornos interessantes.

Segundo fiquei sabendo, a OAB, subseção de Jales, e o Fórum da Cidadania, estão convidando autoridades e representantes da sociedade civil organizada para uma reunião, hoje, na sede da entidade que congrega os advogados, quando será debatida a polêmica proposta de doação. Sabe-se que, em princípio, ambas as entidades já se posicionaram contra a idéia do prefeito.

Claro que o posicionamento da OAB e do Fórum da Cidadania, pelo que pude entender, não é decorrente apenas da defesa de um espaço que pertence aos esportistas. Vai muito além disso. As duas entidades estão enxergando aquilo que o prefeito Parini e seus áulicos não conseguem ver: que a construção das sedes dos dois órgãos federais naquele local só vai complicar ainda mais o já complicado trânsito do centro da cidade. Isso para ficar apenas em um dos pontos negativos da proposta do prefeito.

Acertadamente, a OAB e o Fórum da Cidadania entendem que é preciso encontrar uma área, fora do quadrilátero central, que possa abrigar não apenas a Justiça Federal e a Procuradoria da República, mas também outros órgãos públicos, como o Fórum, por exemplo, deixando o centro da cidade livre para os comerciantes

O problema vai ser convencer um prefeito que só se move por impulsos ou, então, para atender às vontades da primeira-dama. Um prefeito que se julga dono do monopólio das boas idéias e que, lá mesmo na OAB, declarou ter sido reeleito por 60% dos jalesenses, e que, portanto, pode fazer o que bem entende.   

Prá fechar: o prefeito e os vereadores foram convidados prá tal reunião. Só nos resta esperar e ver no que vai dar tudo isso.

CASO FACIP 97: O CERCO ESTÁ SE FECHANDO

Ontem, um oficial de justiça esteve na casa de um dos envolvidos no chamado Caso Facip 97, com o objetivo de executar alguma ordem judicial relativa à penhora dos bens dos acusados. Do citado envolvido, o oficial de justiça conseguiu levar apenas uma TV já bastante usada, mas a informação é de que ele estaria visitando as casas dos demais réus do processo.

Dou essa notícia com alguma tristeza, porque sei que, pelo menos dois dos envolvidos nessa história, são pessoas humildes e honestas que batalham diariamente o sustento de suas casas. Foram envolvidos nessa trama por pessoas que deveriam dar exemplo. Afinal, como é que pode um fiscal tributário, como é o caso do prefeito Humberto Parini, utilizar-se de notas frias para esconder o prejuízo de uma festa?

Quando o Parini recebeu a notícia da sua primeira condenação, em 2000, fui até à casa dele prá dar-lhe algum apoio moral. Encontrei por lá um sujeito totalmente abatido, acompanhado apenas pelo seo Chico Melfi, que também correu até a casa do então candidato, assim que ficou sabendo da notícia. Estávamos em plena campanha eleitoral e acreditei, sinceramente, que o Parini estava sendo vítima de uma injustiça.  

Mas não há nada como o poder para revelar a verdadeira personalidade das pessoas. No convívio que tive com o Parini, na Prefeitura, pude perceber que ele parece não acreditar muito na Justiça. Eis um refrão que eu ouvi do prefeito algumas vezes: “Se os outros fazem, por que nós não podemos fazer?”. Infelizmente, posso garantir prá vocês, o episódio da nota fria da Facip 97 não serviu de lição.

Lamento pelas pessoas que estão pagando uma conta que não é delas.

PARINI PROPÕE AJUDA DE R$ 9,2 MIL MENSAIS PARA VIAÇÃO JAUENSE

O prefeito Humberto Parini encaminhou à Câmara o projeto de lei 061/2011, que propõe a concessão de um subsídio à empresa concessionária dos serviços de transporte coletivo (ônibus circulares), atualmente, a Auto Viação Jauense Ltda. O valor da ajuda foi fixado pelo prefeito em R$ 9,2 mil mensais. Certamente, que alguns vereadores vão querer saber como o prefeito chegou a esse valor, coisa que não está explicada na justificativa que ele enviou à Câmara.

Deixando de lado a questão do valor, que é discutível, a ajuda é justa, uma vez que o serviço de transporte coletivo, em Jales, é realmente deficitário. Duas coisas, no entanto, precisam ser ditas. A primeira diz respeito à justificativa que o prefeito enviou aos vereadores: segundo o nosso premiado estadista, o déficit mensal da empresa é culpa dos idosos que utilizam desnecessariamente o transporte coletivo, vindo ao centro da cidade diversas vezes ao dia, unicamente, para fugirem da ociosidade.

A segunda, diz respeito aos critérios do prefeito: a empresa anterior, a Viação Entre Rios Ltda, de Pereira Barreto, foi a vencedora da concorrência aberta em março de 2007, mas abandonou o barco em agosto de 2009, exatamente porque Parini não cumpriu a promessa de conceder um subsídio mensal. Promessa, aliás, da qual fui testemunha. E agora o prefeito resolve dar ajuda a uma empresa que não participou de nenhuma concorrência. O que teria levado o prefeito a mudar de idéia?

Em tempo: e vocês já viram como ficou fashion a nova Banca do Catuaba? Reparem na foto.

MARCHA A BRASÍLIA OU CORRIDA ÀS PROSTITUTAS?

Ontem, os rapazes do CQC falaram sobre o assunto, para desassossego  das primeiras-damas de todo o país. Segundo o Marcelo Tas, teriam faltado prostitutas em Brasília, durante a marcha de prefeitos, o que obrigou os empresários do ramo a importar algumas senhoras de Goiânia. Mas, antes do CQC, o Ancelmo Gois, colunista de O Globo também já havia informado que a marcha de prefeitos a Brasília foi, na verdade, uma marcha às “profissionais da saliência”. Sinceramente, é a primeira vez que vejo alguém se referir às prostitutas como “profissionais da saliência”. Vejam o que saiu na coluna do Ancelmo:

ECONOMIA E NEGÓCIOS – Por causa dessa Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, foi reforçado o estoque de prostitutas na cidade. Um ônibus cheio de profissionais da saliência saiu de Goiânia para a capital federal.

 Depois os caras reclamam quando alguém diz que a política é uma putaria.

ESQUINA DA SAUDADE

Uma das mais antigas e tradicionais residências da nossa cidade está sendo demolida. Trata-se da casa localizada na esquina da Rua 11 com a 10, onde por muito tempo residiram o senhor Sebastião Moraes e família. Segundo o livro “Precursores e Pioneiros”, do nosso historiador Genésio Mendes Seixas – Gê da Marina, para os íntimos – o senhor Sebastião Moraes foi o proprietário do primeiro estabelecimento farmacêutico registrado em Jales.

Por aqui, pouca gente parece ter notado a demolição, mas, na internet, o assunto já ganhou as redes sociais, como o Facebook, onde o pessoal da comunidade Jales Forever, a maioria morando fora de Jales, relembra fatos acontecidos naquela esquina, que, nos anos 70, era uma das mais frequentadas pelos casais de namorados. Era, por assim dizer, o point da juventude da época.   

Vejam o que escreveu, por exemplo, o Ivan de Carvalho, que eu não sei por onde anda:    

  • Ivan de Carvalho quem lembra quando o seu moraes passou graxa nas madeiras em frente à sua casa, pra ninguem sentar….ficavamos todos empoleirados na frente da casa dele……..
  • QUANDO SETEMBRO VIER: SALÁRIO DE SECRETÁRIOS PASSA PARA R$ 4,4 MIL

    Enquanto a cidade discute a questão do número de vereadores ou a proposta de doação do campo da Fepasa, a Câmara deverá votar, em uma de suas próximas sessões, o projeto de lei 64/2011, que trata da revisão salarial dos agentes políticos do município. São agentes políticos, o prefeito, o vice-prefeito, o chefe de gabinete do prefeito, os secretários municipais, o presidente da Câmara e, é claro, os vereadores.

    Segundo o projeto, os salários dos agentes políticos deverão ser reajustados em 6,076%, mesmo índice concedido aos servidores municipais. E, assim como no caso dos servidores, o reajuste dos agentes só começará a valer em setembro. A tabela que acompanha o projeto fixa os salários em:

    – R$ 9.094,65 (prefeito);

    – R$ 3.389,44 (vice-prefeito);

    – R$ 4.403,53 (chefe de gabinete do prefeito e secretários municipais);

    – R$ 4.134,72 (presidente da câmara); e

    – R$ 3.100,20 (vereadores).

    Como se vê, o subsídio dos vereadores é o menor. Pessoalmente, não sou favorável ao aumento do número de vereadores para 13, mas, de outro lado, com o devido respeito, acho demagógica a proposta de redução, principalmente quando se argumenta a economia de gastos para justificá-la. Demagógica e incoerente, uma vez que, há algum tempo, aprovou-se a criação de uma nova secretaria que, se preenchidos todos os cargos, custará mais de R$ 200 mil anuais, só com salários.

    É bem verdade que, em uma administração como a atual, os vereadores  não conseguem fazer bem o trabalho que deles se espera, já que não são atendidos naquilo que indicam. O vereador Especiato, por exemplo, confessou, na última sessão da Câmara que, desde 2007, vem pedindo melhorias para o Jardim Morumbi, mas o prefeito não o atende. Especiato é o líder do prefeito e o seu principal e quase único defensor. Isso não quer dizer, no entanto, que se deva enfraquecer a representatividade da Câmara. 

    Bem ou mal, o vereador é o mais legítimo representante da população, porque foi eleito e escolhido por ela. E o que dizer dos secretários e chefes de gabinetes, que ganham bem mais que os vereadores? Alguém aí escolheu o tal de Luís Rosalino prá ser chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento, por exemplo? Alguém sabe me dizer o que esse rapaz faz na Secretaria, além de puxar o saco do prefeito? Quem poderia me citar algum trabalho que – entre um cigarro e outro – ele já tenha feito?

    Como já disse, não creio que Jales precise de 13 vereadores, mas respeito a opinião de quem pensa o contrário. Agora, um vereador propor que Jales tenha o mesmo número de vereadores de Aspásia ou Vitória Brasil(a Marynilda não vai gostar dessa comparação!!), aí já é desvalorizar a si mesmo e depreciar à cidade.

    PS: As férias do Rosalino terminam amanhã. Quem sabe agora, “descansado”, ele produza alguma coisa.

    VIDA APÓS A MORTE É CONTO DE FADAS PARA QUEM TEM MEDO DE MORRER

    Vejam só, como sempre tem alguém disposto a acabar com as nossas perspectivas. Quando eu ainda era criança, uma vizinha de minha mãe me convenceu de que Papai Noel não existia. Agora, que já me conformei com a inexistência do bom velhinho e começo a fazer planos para minha reencarnação, me vem esse sujeito dizer que não existe vida após a morte. E ainda nos compara a computadores velhos. A notícia está no Correio do Brasil, desta terça-feira:

    O astrofísico norte-americano Stephen Hawking, de 69 anos, afirmou em entrevista à edição desta segunda-feira do diário inglês The Guardian que a vida após a morte não passa de um “conto de fadas” para pessoas com medo de morrer. Hawking, um dos mais respeitados cientistas do planeta, sofre desde os 21 anos com os sintomas de uma doença que paralisa seu corpo e que, segundo os médicos, deveria tê-lo matado poucos anos após os primeiros sinais, mas que, de acordo com o próprio astrofísico, permitiu que ele aproveitasse mais a vida.

    – Eu vivi com uma perspectiva de uma morte próxima pelos últimos 49 anos. Não tenho medo da morte, mas também não tenho pressa em morrer. Tenho muita coisa para fazer antes. Eu considero o cérebro como um computador que vai parar de trabalhar quando seus componentes falharem. Não há céu nem vida após a morte para computadores quebrados, isto é um conto de fadas para as pessoas com medo do escuro – disse ao jornal britânico.

    Em 2010, Hawking lançou o livro The Grand Design, no qual afirma que não há necessidade de um criador para explicar a existência do Universo. As afirmações vão contra um de seus mais famosos livros, Uma Breve História do Tempo (hoje revisado e com o título Uma Nova História do Tempo), de 1988, em parceria com Leonard Mlodinow.

    Nos anos 80, Hawking dizia que uma teoria do tudo, a qual Einstein buscava, poderia explicar todas as forças e partículas do Universo e levaria o homem a “conhecer a mente de Deus”. Agora, o astrofísico descarta a vida após a morte e diz que devemos focar nosso potencial na Terra fazendo bom uso de nossas vidas.

    CASO FACIP 97: NOVIDADES NO SITE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

    Acabo de receber um e-mail de um amigo, que mostra mais uma pequena movimentação no ofício encaminhado pela juíza de Jales, Renata Longo Vilalba Nunes, ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. A página do STF, no link acompanhamento processual / andamentos, registra que o ofício (que se transformou em duas petições), foi juntado ao Agravo de Instrumento 692428 nesta segunda-feira, 16/05/2011. Como se sabe, o AI 692428 é que, por enquanto, ainda está segurando o prefeito Humberto Parini no cargo.

    Sou completamente leigo nesse assunto e, por isso mesmo, não sei o que pode significar essa nova movimentação no tal Agravo de Instrumento. No entanto, outras informações, vindas de fontes bastante reservadas e confiáveis , garantem que a batata do prefeito está esquentando. Se as fontes estiverem corretas, acho bom o Clóvis Viola ir preparando o discurso da posse. Se é que ele ainda não o escreveu.

    SEM RECEBER, EMPRESA PARALISA REFORMA DA PRAÇA DO JACARÉ

    Conforme já foi dito em outros posts, a empresa Sanecc – Saneamento e Construção Civil Votuporanga Ltda, resolveu dar um tempo na reforma que está sendo feita na Praça “João Mariano de Freitas”, a famosa Praça do Jacaré. A reinauguração daquela praça, marcada para o dia 30/04, era um dos grandes acontecimentos previstos para o mês de aniversário da nossa pacata urbe, segundo o calendário de eventos distribuído à patuléia, mas, como se sabe, foi adiada.

    E o que teria levado a empresa a tomar tão drástica decisão? O motivo, vocês não vão acreditar, é dos mais banais: falta de pagamento! Segundo me foi explicado pelo engenheiro da Sanecc, Valdir Miotto, a empreiteira ainda não recebeu um mísero centavo pelos serviços já feitos, embora já tenha concluído 75% da obra. E, ao que parece, tão cedo a empresa não vai receber, já que o Ministério do Turismo ainda não liberou os recursos financeiros para a reforma. Pelo visto, é mais uma trapalhada e mais uma obra inacabada. 

    O resultado de tamanha incompetência pode ser visto lá mesmo na Praça: a caçamba, deixada pela empresa há 30 dias, continua no mesmo lugar, cheia de porcarias, sem que ninguém tome nenhuma providência para tirá-la de lá.

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