Arquivos mensais: julho 2019

AUTOR DA MÚSICA “PAVÃO MISTERIOSO” QUER PROCESSAR DISSEMINADORES DE FAKE NEWS

O cantor e compositor Ednardo (José Ednardo Soares Costa Souza), de 74 anos, está “p” da vida com os bolsominions que, nas manifestações favoráveis a Bolsonaro e Moro, utilizaram a gravação original de sua música “Pavão Mysteriozo” em caminhões de som e trios elétricos.

O nome da música está sendo utilizado também em uma conta fake do Twitter, que, logo após o início da Vaza Jato, passou a divulgar boatos e notícias falsas contra o jornalista Glenn Greenwald. A família Bolsonaro e o apresentador Ratinho ajudaram a espalhar as fake News divulgadas pela conta “Pavão Misterioso”.

Ednardo ficou irritado e criticou os bolsominions. “Fiz esta música no tempo da ditadura militar, e seus versos caem como luva crítica contra este atual desgoverno. Será que os caras não perceberam que ao insistir na sua utilização indevida numa manifestação grotesca, estão dando um tiro nos seus próprios pés?. Aliás, os caras são tapados mesmo, sequer prestam atenção na letra!”, disse o compositor.

Ednardo integrou, nos anos 60, um movimento cultural chamado “Pessoal do Ceará”, junto com Fagner, Belchior, Amelinha e outros. Além de “Pavão Mysteriozo” (tema de abertura da novela de realismo fantástico “Saramandaia“, do Dias Gomes, exibida pela Globo em 1976), Ednardo é autor de outros sucessos como “Enquanto Engomo a Calça” e “Terral“. Ele já gravou 14 álbuns e está preparando o décimo-quinto.

O compositor cearense inspirou, há alguns anos, um amigo deste aprendiz de blogueiro, aqui de Jales, que batizou um dos seus filhos com o nome de Ednardo. Ontem, o Ednardo original publicou um apelo em uma rede social. Confira:

GLOBO DEMITE MAURO NAVES APÓS SUSPENSÃO POR INTERMEDIAÇÃO NO CASO NEYMAR X NAJILA

Deu no UOL:

Mauro Naves não é mais funcionário da Globo. O repórter esportivo, que trabalhava na emissora havia 31 anos, estava suspenso desde 5 de junho, quando foi retirado da cobertura da Copa América em nota oficial lida no Jornal Nacional.

A Globo informa que a rescisão de contrato foi amigável, mas o Notícias da TV apurou que ele foi demitido. Naves foi punido porque teria atuado como intermediador de uma tentativa de acordo entre Neymar Jr. e o primeiro advogado de Najila Trindade, que acusa o jogador de estupro.

Em nota, a Globo informou que o contrato de Naves foi encerrado de forma amigável. “O Grupo Globo e o jornalista Mauro Naves decidiram encerrar consensualmente o contrato de prestação de serviços que mantinham. O Grupo Globo reconhece a imensa contribuição de Mauro Naves ao jornalismo esportivo e a ele agradece os 31 anos de dedicação e colaboração”, afirmou a Comunicação.

A reportagem apurou, porém, que o desligamento não foi consensual. Naves desabafou a amigos na última quinta (4) que foi dispensado por causa de toda a confusão envolvendo Neymar. Ele vai receber todos os seus direitos trabalhistas, mas não está de saída por opção própria.

Segundo a nota divulgada ao vivo no Jornal Nacional, Naves foi afastado da cobertura porque forneceu o telefone de Neymar da Silva Santos, pai de Neymar, ao advogado José Edgard Bueno, em troca de uma posterior entrevista exclusiva. A Globo viu “evidências de que suas atitudes [as de Naves] neste caso contrariaram a expectativa da empresa sobre a conduta de seus jornalistas”.

A justificativa de Naves, de que forneceu o contato de Neymar pai em troca de um furo, não colou porque, se houvesse acordo entre o jogador e o então advogado de Najila, não haveria denúncia, não haveria escândalo, não haveria notícia.

PRESIDENTE DE PORTUGAL HOMENAGEIA JOÃO GILBERTO. JÁ O PRESIDENTE DO BRASIL…

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, publicou nota no site oficial do governo português, a respeito da morte de João Gilberto. Ei-la:

Quem viveu essa época, e mesmo quem não a viveu, não esquece a novidade de João Gilberto, nem o seu legado.

O cantor e compositor baiano que se instalou no Rio de Janeiro desencadeou uma revolução musical quando gravou, em 1958, «Chega de Saudade» e «Desafinado». A Bossa Nova, alegre e melancólica ao mesmo tempo, nasceu de uma vontade de, como disse João Gilberto, tirar os excessos, seguir o curso natural das coisas, dar as notas de modo a não prejudicar a poesia.

Uma voz baixa, um violão, uma batida e um sentimento poético-melódico ímpar deram à música popular brasileira um sucesso e um reconhecimento inéditos, concorrendo mesmo, na Europa e nos Estados Unidos, com os êxitos anglo-americanos das décadas do pós-guerra.

E ao lado de João Gilberto esteve toda uma geração de artistas excepcionais, como Tom Jobim ou Vinicius de Moraes, enquanto inúmeros outros seguiram o caminho que ele desbravou, em 13 álbuns de originais, discos ao vivo, concertos e colaborações. «Uma vida dedicada a aperfeiçoar a perfeição», como resumiu um dos seus estudiosos.

Enquanto isso, aqui no Brasil, o presidente – que homenageou, há alguns dias, um tal de MC Reaça – não emitiu uma linha sequer sobre o músico que revolucionou a música brasileira e tornou-a conhecida no mundo. Perguntado sobre João Gilberto, o ignorante – orgulhoso de sua ignorância – disse apenas:

“Era uma pessoa conhecida. Nossos sentimentos à família, tá ok?”

Nas redes sociais, surgiram comparações, como essa aí embaixo:

APROVAÇÃO DE BOLSONARO, QUE FOI VAIADO POR RICOS NO MARACANÃ, TEM PIOR ÍNDICE DESDE COLLOR

Deu no UOL:

Pesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta segunda-feira na Folha de S.Paulo mostra que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) continua com o pior índice de aprovação desde Fernando Collor. A pesquisa indica a consolidação de uma divisão política do país após seis meses do governo Bolsonaro. O Brasil está rachado em três.

Para 33%, o presidente faz um trabalho ótimo ou bom. Para 31%, regular, e para outros 33%, ruim ou péssimo. Com variações mínimas, é o mesmo cenário que se desenhou três meses atrás, no mais recente levantamento do instituto.

A pesquisa atual foi feita em 4 e 5 de julho e ouviu 2.860 pessoas com mais de 16 anos, em 130 cidades. Ela tem uma margem de erro de dois pontos percentuais.

Com isso, Bolsonaro se mantém como o presidente em primeiro mandato com a pior avaliação a esta altura do governo desde Fernando Collor de Mello, em 1990.

Aos seis meses na cadeira, Collor tinha uma aprovação igual à de Bolsonaro (34%), mas 20% de rejeição. Todos os outros presidentes em primeiro mandato desde então se deram melhor.

E o ex-urubólogo Alexandre Garcia disse hoje, em seu comentário laudatório, que Bolsonaro passou no teste do Maracanã, onde foi aplaudido. Tudo bem, ele foi aplaudido, mas também foi vaiado. E por um público de classe média pra cima.

Pra se ter uma ideia, o público do Maracanã, ontem, foi de 58.584 pagantes e a renda passou de R$ 38 milhões. Ou seja, o preço médio do ingresso foi de R$ 661,00. Tinha pobre no Maracanã? Não! Mesmo assim, Bolsonaro foi vaiado, como mostra o vídeo:

JORNAL DE JALES: BOLSONARISTAS DE JALES RECLAMAM DA AUSÊNCIA DE PÚBLICO EM MANIFESTAÇÃO FAVORÁVEL AO GOVERNO

Eis a capa do Jornal de Jales deste domingo, cuja principal manchete destaca a manifestação de bolsominions realizada na Praça do Jacaré, no domingo passado. Segundo a matéria, a praça foi palco, mais uma vez, de um grupo de simpatizantes do governo Bolsonaro em uma manifestação que reuniu cerca de (o JJ foi generoso!) 100 pessoas, com bandeiras, cartazes e discursos inflamados em defesa do governo e do ministro da Justiça, Sérgio Moro. O jornal destaca que os manifestantes criticaram a ausência do público e dos políticos locais  ao ato, que foi convocado através das redes sociais e de um carro de som que percorreu as ruas da cidade durante três dias.

Destaque, também, para o programa “Vizinhança Solidária”, criado há alguns anos pela Polícia Militar. O programa chegou a Jales, não apenas para atender os bairros como era a proposta original, mas para promover a integração com o comércio através do WhatsApp. O capitão Alex Tominaga, comandante da Polícia Militar em Jales explica que a ideia de transferir o foco do programa para o comércio conta com um bom número de pessoas cadastradas e vem dando bons resultados. O programa já possibilitou pelo menos quatro flagrantes de pessoas que praticavam furtos no comércio.

A visita que o deputado estadual sargento Neri fez à Santa Casa de Jales e ao Hospital de Amor, para os quais ele está propondo duas emendas parlamentares de R$ 100 mil; a reabertura da unidade da ESF do Jardim Arapuã, que atende a população de nove bairros da cidade; a campanha “Julho Verde”, do Hospital de Amor de Jales, que alerta para a prevenção ao câncer de cabeça e pescoço; o recredenciamento da Unijales como Centro Universitário, autorizado pelo MEC; e a solução para o caso da avenida Arapuã, que deixa de ser rodovia controlada pelo DER e passa a ser administrada pelo município, são outros assuntos do JJ.

Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior informa que não será surpresa para ele se o governo do Estado escolher Jales para implantar o projeto-piloto do novo Poupatempo, versão atualizada do programa melhor avaliado da administração estadual. O colunista disse ter apurado junto a assessores do prefeito que, se concretizada, a conquista terá como padrinho o vice-governador Rodrigo Garcia. Os mesmos assessores garantiram ao colunista que o Popupatempo seria apenas a ponta do iceberg de uma bem nutrida safra de conquistas, que inclui a construção dos dois afamados pontilhões sobre os trilhos da linha férrea.

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS DE JOÃO GILBERTO

Eu tenho um amigo que consegue ouvir um disco do João Gilberto três vezes seguidas. Eu, que não tenho gosto tão refinado, não consigo ouvir seguidamente nem três músicas cantadas por ele. O meu gosto, porém, não interessa. O que interessa mesmo é que João foi um gênio e – como diz o crítico musical Mauro Ferreira – inseriu o Brasil no mapa-múndi musical.

Ontem, por exemplo, eu vi um filme americano – “Doce Trapaça”, com Gene Hackman e outros menos votados – cuja trilha sonora está recheada de clássicos da Bossa Nova, incluindo Meditação, com o próprio João, e Insensatez, com a ex-mulher dele, Astrud Gilberto.

João morreu neste sábado e o prezado leitor poderá ler e ouvir muita coisa sobre ele nos próximos dias, de sorte que vou me dispensar de ir aos detalhes sobre a vida e a importância dele para a nossa música. Ficarei nas curiosidades.

Por excêntrico e perfeccionista, João foi alvo de muitas histórias e até de uma sátira – “Cagar é Bom” (ouça aqui) – gravada pelo Língua de Trapo, Juca Chaves e outros. Em junho deste ano, quando João completou 88 anos, um jornal contou algumas dessas histórias – ou estórias:

1- João tinha uma espécie de fobia social. Por isso, recebia bilhetes frequentemente por debaixo da porta, como forma de comunicação. Até Elba Ramalho passou por isso. A cantora ligou para o apart hotel em que ele vivia, no Leblon, e pediu para vê-lo. Ele perguntou: “Você tem um baralho”. Ela disse que sim e foi comprar um. Ao chegar ao apart hotel, ele pediu que ela passasse o baralho por baixo da porta, e não a recebeu.

2- Segundo Ruy Castro, autor do livro “Chega de Saudade”, sobre a Bossa Nova, ele tinha hábitos fixos. Acordava às cinco horas da tarde, almoçava quase meia-noite e jantava às sete da manhã. João Gilberto odiava alterações em sua rotina.

3- O baiano pedia comida todos os dias no mesmo lugar. Segundo Ruy Castro, ele ligava todos os dias para o mesmo garçom, perguntava se tinha alguma novidade no cardápio e, qual fosse a resposta, pedia um steak ao sal grosso.

4- Durante a gravação de “Samba de uma Nota Só”, em 1963, João Gilberto se irritou com os erros do saxofonista americano Stan Getz. E pediu para Tom Jobin: “Diga pra esse gringo que ele é burro”. “Stan, o João está dizendo que o sonho dele sempre foi gravar com você”, traduziu Jobim. “Engraçado. Pelo tom de voz, não parece que é isto o que ele está dizendo”, finalizou Getz.

5- Em 1999, na inauguração do Credicard Hall, em São Paulo, João reclamou tantas vezes do sistema de som e da presença de eco inadequado na sala que foi vaiado por parte da plateia. Revidou cantarolando a frase “vaia de bêbado não vale”, fazendo caretas e estirando a língua na direção dos apupos. A frase de João foi depois aproveitada por Tom Zé em uma música.

No vídeo, João Gilberto e Caetano Veloso cantam “Chega de Saudade”, o marco zero da Bossa Nova.

A TRIBUNA: PREFEITURA ABRE LICITAÇÃO E ESTIMA GASTAR R$ 6,3 MILHÕES COM A MERENDA ESCOLAR

No jornal A Tribuna deste final de semana, destaque para a licitação que a Prefeitura de Jales está abrindo para contratar a empresa que vai se encarregar de fornecer a merenda escolar aos alunos do município. Segundo o edital, a Prefeitura estima gastar, no máximo, R$ 6,3 milhões em 12 meses, com a alimentação escolar. A chefe do setor de licitações, Olívia Mantelato, espera, no entanto, conseguir um bom desconto no pregão que está previsto para o dia 30 de julho. O contrato atual, com a Della Fatorria Alimentação Ltda, vence em agosto e não pode mais ser prorrogado, pois já está completando cinco anos. Em 2018, a Prefeitura gastou R$ 4 milhões com a merenda escolar. Neste ano, até o final de junho, os gastos já chegaram a R$ 2,4 milhões.

Destaque, igualmente, para o convênio que o prefeito Flá Prandi assinou na semana passada com o Detran, no valor de R$ 553 mil, para melhorias no trânsito de Jales. Os recursos serão utilizados na aquisição e instalação de semáforos em alguns pontos da cidade, com o objetivo de dar mais fluidez ao tráfego de veículos. Um desses pontos é o cruzamento da Avenida “Maria Jalles” com a Rua das Palmeiras, onde acontecem acidentes frequentemente. A Avenida “João Amadeu” ganhará semáforos nos cruzamentos com a Rua 3 (próximo à Santa Casa), Rua 19 (proximidades do Sakashita Supermercados) e Rua 15 (próximo ao pontilhão “Edson Bittencourt”).

A transferência do domínio da Avenida Arapuã, que era administrada pelo DER e fiscalizada pela Polícia Rodoviária e, a partir de agora – para maior sossego de alguns motoristas/motociclistas – passará à administração do município e à fiscalização da Polícia Militar; os questionamentos da Câmara Municipal a respeito da castração de cães e gatos; a campanha “Julho Verde”, de prevenção ao câncer de cabeça e pescoço, que, em Jales, é comandada pelo Hospital de Amor; o caso da professora que foi assassinada pelo companheiro, em Populina; e o recredenciamento da Unijales como Centro Universitário, aprovado pelo MEC, são outros assuntos de A Tribuna.

Na coluna Enfoque, comentário sobre a sessão da Câmara, de segunda-feira passada, quando o vereador Deley Vieira, irritado com algumas críticas à administração Flá, falou que tinha vereador mentindo para a população. Ele não citou nomes, mas estava se referindo ao seu colega Macetão. Na página de opinião, os costumeiros artigos do doutor Valmir Bolan e do blogueiro Hélio Consolaro. E no caderno social, destaque para a esperada coluna do Douglas Zílio e para os agitos da 3ª Violada da AACAJ, realizada na APAE. 

NEM CUBA, NEM VENEZUELA: PAÍS QUE MAIS RECEBEU RECURSOS DO BNDES FORAM OS EUA

A matéria completa do jornal paranaense Gazeta do Povo, que inclui gráficos interessantes, pode ser lida aqui. Abaixo, um trecho:

Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras de infraestrutura em países da América Latina e África, principalmente nos casos de países sob regimes ditatoriais, são o principal alvo dos questionamentos ao banco na famosa “caixa-preta” que o governo Bolsonaro exige que seja aberta. Mas, afinal, onde e por que o BNDES empresta recursos para operações no exterior?

O BNDES emprestou, entre 1998 e março deste ano (data de seu último balanço), US$ 10,499 bilhões para empresas brasileiras realizarem obras no exterior, na modalidade “exportação de serviços de engenharia” em 15 países da América Latina e da África. Desse total, US$ 6,862 bilhões já foram pagos pelos entes devedores, US$ 3,119 bilhões ainda estão dentro do prazo de pagamento e US$ 518 milhões estão atrasados, representando parcelas não pagas por Venezuela e Moçambique.

O financiamento é justificado pelo banco como uma forma de fomentar empresas brasileiras e gerar a entrada de mais recursos no país, uma vez que o BNDES desembolsa os recursos exclusivamente no Brasil, em reais, para a empresa brasileira, à medida que as exportações vão sendo realizadas e comprovadas. Quem paga o financiamento ao BNDES, com juros, em dólar ou euro, é o governo ou a empresa que importa os bens e serviços do Brasil, num negócio considerável rentável e estratégico para o banco.”

Mas o financiamento à exportação de serviços de engenharia é apenas uma fração de pouco mais de 25% do total de aportes do BNDES no exterior. A maior parte desses empréstimos vai para a exportação de bens de alto valor agregado – como aeronaves, ônibus e caminhões – de empresas brasileiras de grande porte.

No total, entre serviços de engenharia e bens, o banco financiou US$ 38 bilhões a 40 diferentes países nessas duas décadas. Desse montante, US$ 17,7 bilhões – ou 44% – foram destinados aos Estados Unidos.

BOZO MENTIU: IRMÃO DE BOLSONARO JÁ DISSE QUE O PAI NÃO DEIXAVA NENHUM FILHO TRABALHAR

Deu no Correio Braziliense:

Após o presidente Jair Bolsonaro dizer que trabalhou desde os “9, 10 anos”, internautas recuperaram uma entrevista feita com a família do então deputado federal, em março de 2015, na qual um dos irmãos de Bolsonaro nega que qualquer um deles tenha trabalhado quando criança.

A reportagem, da revista Crescer, ouviu a mãe de Bolsonaro, Olinda Bolsonaro, e um dos irmãos, Renato Bolsonaro, que, em determinado momento fala da relação dele e dos irmãos com o pai. “Meu pai tinha o estilão dele, boêmio. Mas nunca deixou um filho trabalhar, porque achava que o filho tinha que estudar”, disse.

O relato de Renato vai de encontro com o de Bolsonaro na última quinta-feira (4/7). Em mais uma de suas transmissões ao vivo pelo Facebook, Bolsonaro sugeriu que era a favor do trabalho infantil. “Trabalho dignifica o homem, a mulher, não interessa a idade”, disse.

Logo em seguida, porém, fez questão de ressaltar que não pretende propor a flexibilização da lei que trata do trabalho infantil, pois sabe que, se fizesse isso, “seria massacrado”.

“Fique tranquilo que não vou apresentar nenhum projeto aqui para descriminalizar o trabalho infantil, pois eu seria massacrado. Mas quero dizer que eu, meu irmão mais velho, uma irmã minha também, pouco mais nova, com essa idade, 8, 9, 10, 12 anos, trabalhava na fazenda. Trabalho duro”, declarou.

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