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Categoria: Política
O youtuber Felipe Neto, um dos maiores influenciadores digitais do Brasil, fez uma autocrítica por ter apoiado o ex-juiz Sérgio Moro, que prendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sem provas, foi condenado e considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal.
Moro vive como milionário nos Estados Unidos, após ser contratado pela Alvarez & Marsal, uma consultoria estadunidense contratada para fazer a recuperação judicial de construtoras brasileiras destruídas pela Lava Jato, como a Odebrecht e a OAS.
“Sergio Moro foi um dos maiores responsáveis pela destruição do Brasil. Eu estava lá, aplaudindo esse desgraçado, jurando que estava do lado certo. Maldito seja, para todo o sempre. Agora esse sujeitinho vive nos EUA, após abandonar o país que ajudou a destruir. É, acima de tudo, um covarde”, escreveu Felipe Neto.
De acordo com um estudo do Dieese, a Lava Jato destruiu 4,4 milhões de empregos no Brasil, ao liquidar setores inteiros da economia brasileira, como a construção pesada e a indústria naval. Antes da Lava Jato, o Brasil era a sexta maior economia do mundo e hoje não está nem entre as dez maiores.
Moro também foi muito criticado por juristas por violar os princípios do devido processo legal e depois ajudar a eleger o governo neofascista de Jair Bolsonaro, de quem foi ministro da Justiça.
No dia do seu aniversário de 77 anos, o cantor e compositor Chico Buarque participou do ato “Fora Bolsonaro” no Rio de Janeiro, na manhã deste sábado (19), acompanhado de sua companheira, a doutora em direito Carol Proner, que também é membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).
A manifestação no Rio de Janeiro reuniu uma multidão nesta manhã. Milhares de cariocas saíram às ruas para denunciar o genocídio promovido pelo mandatário, no momento que o país pode atingir a qualquer hora a marca de 500 mil mortes em decorrência da Covid-19.
Os manifestantes também reivindicam uma aceleração no processo de vacinação contra a Covid-19, tendo em vista que o país está próximo de encarar uma terceira onda de pico da pandemia.
Recentemente, o artista concedeu entrevista à TV 247 e denunciou o grave momento que o país enfrenta. Chico Buarque se emocionou ao criticar o governo e alertou que Jair Bolsonaro prepara um novo golpe contra a democracia brasileira e a instauração de uma nova Ditadura Militar.
“Na Ditadura, nós não teríamos um programa como esse, não estaríamos falando disso aqui. E o que este governo quer, evidentemente, é a volta da Ditadura, no sentido da censura, da proibição da difusão de ideias. É tudo o que querem. Eles já estão plantando tudo isso, com estas campanhas todas, anunciando possível fraude na eleição, já estão se preparando para um golpe”, disse Chico.
O jornalista Rafael Colombo pediu para deixar de apresentar o quadro “Liberdade de Opinião”, na CNN Brasil, após um ano. Segundo a Folha de S. Paulo, ele estava descontente em apresentar o quadro, do qual Alexandre Garcia participa.
Pessoas próximas ao jornalista disseram ao F5 que ele já estava descontente há muito tempo de participar do quadro com Garcia. Ele já havia conversado com a direção da empresa para deixar o quadro, mas foi convencido a ficar.
A notícia de que Garcia ganhava dinheiro com vídeos de fake news, publicada pelo jornal O Globo, foi estopim para ele pedir para deixar o quadro. Dados entregues à CPI da Covid, mostram Garcia no topo de uma lista que lucra com notícias falsas.
Colombo vai continuar na CNN, mas só no jornal Novo Dia, que ele apresenta ao lado da jornalista Elisa Veeck.
A 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve decisão da 2ª Vara de Jales que condenou, por improbidade administrativa, ex-oficial titular e ex-substituto de Cartório de Registro de Imóveis e Anexos da Comarca de Jales, que teriam se apropriado de recursos, caracterizando enriquecimento ilícito.
Ambos foram condenados à perda dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, de forma solidária; à suspensão dos direitos políticos pelo prazo de oito anos; ao pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial, ou seja, R$ 1.995.488,57, em caráter individual; e à proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
Segundo os autos, a ré era a oficial titular e teria nomeado seu filho, o segundo réu, como oficial substituto da serventia extrajudicial. Juntos teriam deixado de recolher R$ 1.995.488,57 a título de emolumentos devidos, relativos aos serviços públicos notariais e de registro realizados.
Ao final de processo administrativo foi aplicada pena de perda da delegação e pelas práticas também houve condenação na esfera penal por peculato.
De acordo com a relatora da apelação, desembargadora Luciana Bresciani, não há que se cogitar mera inabilidade, uma vez que a corré trabalhava no cartório há mais de 55 anos. A magistrada ressaltou que a prática perdurou ao longo de três anos, em função delegada pelo Poder Público, com prejuízo a diversos órgãos.
“O próprio teor da defesa dos réus não deixa dúvida quanto ao ato ilícito, mas buscam afastar a condenação por improbidade com vagas alegações de que não houve especificação das condutas ou de que não comprovado o enriquecimento ilícito, que não provado que os valores entraram no seu patrimônio”, afirmou.
“Patente o dolo e má-fé dos réus, amplamente demonstrado nos autos, quer por documentos, como pela oitiva de testemunhas”, completou a magistrada.
Também participaram do julgamento, de votação unânime, os desembargadores Claudio Augusto Pedrassi e Carlos Von Adamek.
Movimentos de oposição voltaram a convocar protestos contra o presidente Jair Bolsonaro neste sábado (19.jun.2021). Os organizadores estimam que 400 atos serão realizados no Brasil e 57 no exterior. Ao todo 438 cidades receberão as manifestações.
Atos contrários ao presidente também foram realizados em 29 de maio. Na época, ocorreram manifestações em ao menos 213 cidades do país e 14 do exterior, segundo estimativa dos movimentos organizadores.
De acordo com Carmem Foro, Secretária-Geral da CUT, este sábado será uma “métrica importante” para avaliar se os protestos presenciais se tornarão mais frequentes. “A situação está cada vez pior, então a tendência é [o volume de manifestações] crescer”, avalia a secretária.
Os organizadores também divulgaram um guia para medidas sanitárias a serem seguidas durante os atos. Nos protestos de 29 de maio, houve aglomeração de manifestantes.
Questionada sobre por que a oposição decidiu aderir a manifestações presenciais, Carmen disse que é a evolução de um processo que começou com manifestações online, evoluiu para atos simbólicos e agora chegou a protestos nas ruas: “As pessoas chegaram a um patamar em que não aguentam mais e estão dispostas a arriscar suas vidas”.