A notícia sobre as estripulias do parente do governador do Paraná já saiu há alguns dias em blogs alternativos. Hoje, finalmente, ela chegou à Folha de S.Paulo, mas o fato de o jornal tratar o rapaz como “suposto primo” do governador parece não ter agradado. Vejam, por exemplo, o que escreveu o Guilherme Carvalho, do blog Macaréu Amazônico:
Hoje pela manhã me deparei com uma matéria no UOL intitulada Suposto primo de governador tucano é indiciado no Paraná. Confesso que fiquei estático por uns segundos. Suposto primo? Como assim? Vaguei pelos labirintos dos meus pensamentos. O dever do bom jornalismo não é apurar os fatos? Pelo menos é o que sempre ouço falar.
Não deveriam ter checado se o dito cidadão é ou não primo do governador Beto Richa? Aliás, para a matéria do UOL o governador do Paraná não tem nome. O indiciado é acusado de pertencer uma organização criminosa que, segundo o Ministério Público, fraudava licitações e incorria em falsidade ideológica. Em Londrina, o indiciado é conhecido por todos como “o primo do Richa”.
Ao continuar a ler a matéria somos informados que o juiz da Vara de Execuções Penais determinou que o “primo do Richa”, ou “suposto” ao UOL, fosse transferido para o quartel do Corpo de Bombeiros “porque o parentesco com o governador poderia colocar sua segurança em risco num estabelecimento prisional”. A matéria ainda nos brinda com as expressões “suposto esquema” para fraudar licitação “concorrência supostamente direcionada”.
De fato, o “suposto primo” do governador do Paraná pode nem ser parente do chefe do Executivo. Contudo, o que chama atenção é a preocupação do UOL de oferecer ao indiciado o benefício da dúvida, coisa que nem de perto ocorre quando os acusados são adversários do PSDB, principalmente petistas e integrantes de movimentos sociais. Nesse caso, qualquer denúncia assume a condição de prova irrefutável e manchetes garrafais.
Uma observação final: foi comprovado recentemente que a assessoria do governador Beto Richa “apagou” a presença do “suposto primo” numa das fotos em que ele aparecia na sala do chefe do Executivo. Isto prova que Stalin tem seguidores até hoje.
De suposto em suposto a mídia corporativa mostra o seu rosto….
O setor de Comunicação Social da Polícia Federal, enviou nota avisando que foi marcada um coletiva de imprensa para hoje, às 15:30 horas, quando serão fornecidos os detalhes sobre a prisão do ex-prefeito de Fernandópolis, Luiz Villar(DEM). A prisão de Vilar não se deu, no entanto, por conta de sua atuação como prefeito, mas como presidente da Fundação Educacional de Fernandópolis – FEF.
Segundo a nota, ele teria participado de fraudes e desvios que chegam a R$ 10 milhões, em prejuízo da FEF. Além de Vilar, outras três pessoas estão envolvidas, dentre elas o presidente afastado da Fundação, Paulo Nascimento, que chegou a ser preso em outra operação da PF, em dezembro de 2014.
Mandados de busca e apreensão, condução coercitiva e prisão temporária estão sendo cumpridos em Francisco Beltrão(PR), Campo Grande(MS), Olímpia(SP) e Fernandópolis(SP). Todos os presos, assim como os materiais apreendidos, estão sendo conduzidos para a PF de Jales.
O dia amanheceu movimentado em Fernandópolis. A Polícia Federal de Jales fez uma incursão até o vizinho município atrás de duas pessoas, mas encontrou apenas uma. Até às 12:00 horas, a PF ainda não tinha emitido nenhuma nota oficial. Fiquemos, por enquanto, com a notícia é do site Região Noroeste:
O ex-prefeito de Fernandópolis Luiz Vilar(DEM) foi detido na manhã de hoje pela Polícia Federal de Jales para averiguação.
O ex-presidente da FEF-Fundação Educacional de Fernandópolis, Paulo Nascimento está foragido.
Ainda não há informações sobre os motivos que levaram Vilar à sede da PF, mas segundo informações, ele não resistiu à detenção e estaria tranquilo quanto a possíveis questionamentos.
A Polícia Federal deve soltar uma nota oficial em instantes, para explicar os motivos da prisão de Vilar.
A notícia é da Secretaria Municipal de Comunicação:
A convite da Cooperativa Regional Solidária de Catadores de Resíduos Sólidos/Coopersol o prefeito Pedro Manoel Callado Moraes participou na terça-feira (25), de um café da manhã em sua sede. O encontro reuniu os cooperados que pediram o apoio da administração municipal para a continuidade da parceria com a Prefeitura.
Os coletores mostraram ao prefeito os serviços de coleta seletiva que realizam no local, transformando lixo reciclável em renda, dando ênfase nas adequações e no apoio que precisam para o incremento da empresa. Pedro Callado ressaltou que a administração municipal vai continuar sendo parceira da Cooperativa.
“Vocês acordam cedo e realizam um serviço importante, de sol a sol, contribuindo com a limpeza pública do município, diminuindo a quantidade de lixo destinado ao aterro sanitário. São empreendedores que merecem reconhecimento. Dentro do nosso alcance, a Prefeitura está à disposição para contribuir com melhorias e na busca de recursos”, completou.
Durante conversa com os cooperados, o prefeito agradeceu o convite e falou da importância do trabalho desenvolvido pela Cooperativa, demonstrando seu respeito. “Agradeço o trabalho que vocês fazem na cidade, pela cidade. Temos que mostrar cada vez mais para a população, a importância da Coopersol. Vocês são exemplos de conscientização e sustentabilidade”.
Participaram do café da manhã, representantes da ONG EcoAção, entidades parceiras e convidados, além da primeira-dama, Lúcia Helena Gomes Callado Moraes.
O parecer do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo que reprovou as contas de 2011 do prefeito de Paranapuã, doutor Antonio Melhado Neto, foi rejeitado pela Câmara Municipal, por 6 votos a 3, em sessão realizada na segunda-feira, 23. Com isso, as contas do prefeito foram aprovadas.
O fato curioso da sessão é que um vereador do PT que faz oposição ao prefeito Melhado, Robson de Miranda Paixão(foto), votou contra o parecer do TCE, enquanto, de outro lado, a vereadora do PSD, Claudia Lucia Siquieri, aliada de Melhado, votou favorável ao parecer, ou seja, reprovando as contas do prefeito.
A sessão durou mais de duas horas. O prefeito precisava de seis votos para ter suas contas aprovadas e conseguiu isso graças ao voto de um suposto adversário petista. Outros dois vereadores do PT – Gilmar de Freitas e Elisângela de Melo Bravo – votaram contra o prefeito e a favor do parecer do TCE.
A vereadora do PSD, Claudia Siquieri(foto), que faz parte da base aliada do prefeito justificou seu voto em favor do parecer do TCE, dizendo que as contas foram analisadas mais de uma vez pelos auditores que reiteraram a rejeição das contas. Claudia disse que “se o TCE é um órgão altamente qualificado para analisar e considerar que as contas apresentavam tais irregularidades, não há porque se opor ao parecer”.
De seu lado, o vereador Robson Miranda Paixão(PT) disse que “votou tranquilo”. Ele argumentou que não houve desvio de dinheiro público e que o TCE deu parecer contrário à aprovação das contas porque a defesa do prefeito foi “mal feita”. Para ele, “não existiu nenhum ato grave para justificar a rejeição das contas do executivo”.
O vereador petista desmentiu os boatos a respeito da possível nomeação de sua esposa para ocupar um cargo no CRAS – Centro de Referência e Assistência Social. Ela ocupava um cargo no setor de Recursos Humanos da Prefeitura, que foi extinto por determinação do Tribunal de Contas.
Quem conversou com o prefeito Pedro Callado nos últimos dias notou que ele anda muito preocupado. Tudo indica que um dos motivos seja o fato de não estar agradando os companheiros que esperavam uma “boquinha” na administração.
Além de não conseguir acomodar alguns companheiros, Callado está tendo que dispensar outros. É o caso, por exemplo do presidente da Casa da Criança, Renato Luís de Lima Silva, o Renato Preto, que ocupava um cargo na Secretaria de Saúde.
Renato participou da campanha da deputada Analice Fernandes(PSDB) e, por isso mesmo, esperava-se que ele continuaria no cargo. Ledo e Ivo engano: nesta semana, ele foi comunicado sobre sua exoneração.
A alguns mais chegados, Callado já confidenciou que terá de fazer mais cortes, uma vez que os gastos com pessoal continuam acima dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Evidentemente que os cortes deverão atingir servidores nomeados por Nice.
O empresário é de Santa Fé do Sul. E a notícia é do portal do MPF:
A pedido do Ministério Público Federal, a Justiça Federal de Jales, no interior de São Paulo, condenou empresário por ameaçar duas testemunhas durante ações trabalhistas propostas contra ele.
Conforme a ação penal pública movida pelo MPF, em dezembro de 2005, o réu compareceu na casa de uma das vítimas, onde as duas se encontravam, e ameaçou demiti-las caso aceitassem testemunhar. Como elas se recusaram a mentir caso fossem chamadas a testemunhar no processo, momentos após a ameaça foram chamadas à empresa onde trabalhavam e demitidas.
O empresário foi condenado a 2 anos de reclusão em regime semiaberto e ao pagamento de multa. O réu poderá recorrer em liberdade.
Ontem, o prefeito Pedro Callado foi ao rádio e prometeu jogo duro contra os donos de terrenos sujos. Hoje, o servidor e vereador Jesus Martins Batista, nomeado para cuidar da limpeza da cidade, também prometeu entrar de sola na questão dos lotes vagos e das residências abandonadas.
Tudo isso é necessário porque, infelizmente, ainda tem muita gente sem educação e, pior, sem consciência.
Vejam o caso do terreno das fotos acima, localizado na Rua Nove, nos fundos da AABB. O dono, certamente, não deve ser pessoa de poucas posses, mas, não obstante toda a campanha que se faz na mídia contra a dengue, esse terreno vive quase que permanentemente tomado pelo mato, servindo de local para que outros incautos – igualmente sem consciência – joguem lixo e entulhos.
Nem tudo, porém, está perdido: ali mesmo, naquele pedaço, temos o exemplo contrário. Reparem como o lote ao lado está bem cuidado. Além de manter o terreno limpo, o proprietário providenciou, também, a construção da calçada, como manda a lei.
“Às vezes, principiam-me algumas ideias voltadas às injustiças que sofrem os Professores. Xingamentos em salas de aula, péssima remuneração. Assim a Pátria trata seus mestres, assim o povo enxerga seus guias, assim o governo menospreza os que ensinam o saber…”
(Do juiz da Vara Especial Cível e Criminal, Fernando Antônio de Lima, em decisão que condenou o Estado a pagar indenização por danos morais a uma professora da rede estadual. Mais detalhes sobre o caso em A Tribuna do próximo final de semana)
Investido por si mesmo no papel de juiz do planeta, o senador Agripino formava, ao lado de outros dois arautos da moralidade – Demóstenes Torres e Álvaro Dias – a trinca de adversários do governo preferida pela Rede Globo. Qualquer assunto em que o governo estivesse envolvido e lá estavam os três paladinos falando ao Jornal Nacional sobre a culpa alheia.
Demóstenes, vocês já sabem, foi apanhado no contrapé. Agora, parece ser a vez de Agripino. E curioso é que, mesmo sendo acusado de corrupção, ele foi uma das presenças ilustres nas manifestações de 15 de março contra a corrupção. Tudo, segundo suas próprias palavras, “em nome do Brasil que queremos”.
Resumindo: se até possíveis corruptos querem acabar com a corrupção, é sinal que, dessa vez, o Brasil vai mesmo ser passado a limpo. A notícia é do Diário do Centro do Mundo:
O Supremo Tribunal Federal decidiu abrir um inquérito contra o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), após pedido encaminhado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O parlamentar foi citado na delação premiada de um empresário do Rio Grande do Norte na qual é acusado de ter cobrado propina de R$ 1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular do Estado. O caso chegou ao Supremo neste mês e a decisão de abertura de inquérito foi tomada pela ministra relatora do caso, Cármen Lúcia, na sexta-feira passada, 20. O processo tramita na Corte em segredo de Justiça.
Em delação ao Ministério Público do Rio Grande do Norte, o empresário potiguar George Olímpio afirmou que, além de Agripino, participavam do esquema a ex-governadora do Rio Grande do Norte e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), seu filho Lauro Maia, o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PMDB), e o ex-vice-governador Iberê Ferreira (PSB), morto em setembro do ano passado. Todos negam envolvimento no caso.
O acerto com Agripino teria acontecido, segundo o empresário, na cobertura do senador, em Natal. “A informação que temos é que você deu R$ 5 milhões para a campanha do Iberê”, teria dito o senador, segundo o delator. Olímpio respondeu que doou R$ 1 milhão para a campanha do ex-vice e prometeu entregar R$ 200 mil imediatamente ao senador e outros R$ 100 mil na semana seguinte. “Aí ficam faltando R$ 700 mil”, teria dito Agripino. O empresário interpretou o comentário do senador como uma “chantagem”. “O R$ 1,15 milhão foi dado em troca de manter a inspeção”, disse Olímpio.
Segundo os promotores, Olímpio teria montado um esquema que envolveria as principais autoridades do Estado para aprovar uma lei que criava o sistema de inspeção veicular no Rio Grande do Norte. A aprovação da lei, de acordo com a investigação, teria ocorrido sem obedecer aos trâmites legais. O esquema de corrupção no Estado é investigado pela Operação Sinal Fechado, deflagrada em 2011, e o empresário George Olímpio é réu no processo.
Obs.: ao contrário do que está acontecendo, por exemplo, no caso Petrobras/Lava Jato, a investigação envolvendo Agripino será conduzida sob segredo de justiça.