O secretário municipal de Comunicação, Bruno Guzzo, entrou em contato com a família do saudoso doutor Cícero Xavier e com este aprendiz de blogueiro, para esclarecer que a falta de convite aos filhos do homenageado, para a inauguração de hoje, foi uma falha do cerimonial, vinculado àquela Secretaria.
Segundo Bruno, a prefeita não teria nenhuma responsabilidade pela falha. Ele disse, também, que, durante a inauguração, Nice teria indagado aos responsáveis pelo cerimonial se a família tinha sido convidada.
Vamos torcer, então, para que tal tipo de falha não aconteça mais. Por sinal, esse tipo de gafe não é um privilégio do governo Nice. Com Parini, isso aconteceu em, pelo menos, duas oportunidades.
Uma delas foi com a família do falecido servidor Edivaldo Neres dos Santos, o Calango. Os filhos do ex-servidor não foram convidados para a inauguração da Praça de Exercícios do Idoso, que foi batizada com o nome dele.
Como já foi informado pelo blog, as empresas terceirizadas Básica (merenda) e Ecopav (lixo) andaram promovendo modificações em seus quadros de colaboradores, a fim de acomodar algumas pessoas indicadas pela prefeita Nice.
Entre as pessoas demitidas, algumas foram à Câmara para falar com vereadores. Vejam a notícia enviada pela Jaqueline Zambom, assessora de imprensa do Legislativo:
Nos últimos dias, o vereador Nivaldo Batista de Oliveira, o Tiquinho, esteve reunido com três ex-funcionárias da empresa Básica – Fornecimento de Refeições Ltda.
Esta é a empresa terceirizada responsável pelo fornecimento de merenda escolar nas escolas municipais jalesenses. Um dos braços do Grupo Starbene, a Básica realiza este serviço em Jales desde 2011 e conta com grande equipe.
Procurado pelas ex-funcionárias da empresa, Sandra Maria Garnica Marin, Luciana Matias e Andreia Cristina Vilela, que prestavam serviços nas Escolas Municipais Iracema Pinheiro Candeo – Lola, João Arnaldo Andreu Avelhaneda e Gema Aparecida Prandi Rosa, respectivamente, o vereador ficou surpreso ao saber que todas as funcionárias foram demitidas, de acordo com elas, sem nenhum motivo e a pedido da prefeita municipal.
Tiquinho se comprometeu a conversar com a prefeita Nice a fim de resolver este assunto da melhor forma possível, visto que as funcionárias já prestam serviço há muito tempo no ramo e efetuam trabalho de excelência comprovada.
Deu o que falar a inauguração do ESF Rural “Dr. José Cícero Fontes Xavier”, que aconteceu em cerimônia realizada na manhã desta terça-feira, pós-feriado. Diga-se, por sinal, que a construção do ESF Rural (foto abaixo), nas proximidades do antigo Pronto Socorro, foi uma das poucas obras do governo Parini que teve início, meio e fim.
É bem verdade que o prazo de execução teve que ser prorrogado várias vezes, mas o que interessa é que a construção, ao contrário de muitas outras, foi concluída. Os serviços foram contratados com uma construtora de Sud Menucci, em novembro de 2011, por R$ 243,6 mil. Depois disso, foram feitos três aditivos que elevaram o valor da obra para R$ 275,3 mil.
Mas, vamos ao bafão de hoje: como parte das comemorações pelos 72 anos da cidade, dona Nice marcou a inauguração para as 10:00 horas desta terça-feira. “Esqueceu-se”, porém, de um detalhe importante. A família do homenageado, o saudoso doutor Cícero Xavier, simplesmente não foi convidada para o evento.
Mesmo assim, quatro dos seis filhos compareceram à inauguração e foram ignorados pela prefeita. À certa altura da cerimônia, uma das filhas – Regina – pegou o microfone e deixou claro a todos os presentes que a família não havia sido convidada.
Terminada a inauguração, os quatro filhos do doutor Cícero se dirigiram até a Câmara, onde estava havendo uma sessão extraordinária, e manifestaram aos vereadores o inconformismo diante da indelicadeza da prefeita. Stela, que veio de São Paulo, especialmente para o evento, falou em nome da família. Os vereadores André Macetão, Tiago Abra e Sérgio Nishimoto não ficaram para ouvir o desabafo dos filhos do doutor Cícero.
O projeto que deu o nome de “Dr José Cícero Fontes Xavier” ao ESF Rural foi uma iniciativa do então vereador Luís Especiato. O doutor Cícero foi um dos primeiros dentistas de Jales. Ele chegou por aqui em 1957, a convite do fundador Euphly Jalles. Aposentou-se em 1989, após 35 anos de trabalho. Faleceu em maio de 2004.
Minha primeira obturação foi ele quem fez. Em vida, foi um homem solidário com os mais carentes. Ele tratou, gratuitamente, de muitas pessoas que eram encaminhadas pelas irmãs Catequistas. Os vereadores prometeram um desagravo para a próxima sessão.
Ontem, dia 15 de abril, foi feriado aqui em Jales, mas, em São Paulo, o Tribunal de Justiça trabalhou normalmente. E pelo menos uma decisão diz respeito a Jales. Ei-la:
O desembargador Reinaldo Miluzzi, da 6ª Câmara de Direito Público do TJ-SP, relator do processo 0002794-25.2013.8.26.0297, concedeu o efeito suspensivo requerido pela Câmara de Jales em recurso interposto contra uma decisão da Justiça de Jales.
Como vocês se lembram, a justiça local havia concedido uma liminar permitindo que o vereador André Ricardo Viotto, o Macetão 2, partipasse do sorteio que escolheu a Comissão Processante instalada para investigar suposto crime de nepotismo praticado pela prefeita Nice e seu vice, Pedro Callado.
Em resumo, o TJ-SP suspendeu a liminar conseguida pelo advogado Luiz Fernando de Paula, o mesmo que defende a prefeita Nice. O desembargador Miluzzi considerou relevantes os argumentos do advogado que está defendendo a Câmara, João Aparecido Papassídero, e disse, com outras palavras, que nem precisaria de mais informações para julgar o caso.
Ainda estão pendentes de análise as outras duas liminares obtidas pelo advogado Luiz Fernando. Uma delas, em nome do vereador Claudir Aranda, deverá ser julgada nos próximos dias. A outra, que suspendeu os trabalhos da Comissão Processante, ainda demorará um pouco mais para ser julgada.
Eu bem que tentei prestar um serviço ao governo Nice, mas, ao que parece, não fui bem sucedido. Como vocês sabem, nossa prefeita está no cargo há quase quatro meses e ainda não conseguiu escolher um Secretário de Esportes.
E não é por falta de candidatos. Na enquete realizada pelo blog, que estou encerrando hoje, apresentamos quatro candidatos, mas 49%, ou 377 dos 772 votantes, disseram que não querem nenhum deles. Outros 160 votantes (21%) disseram que Roberto Carlos Faustino, o Bozó, seria “o cara”.
Em terceiro lugar, ficou Reinaldo Azevedo, o Rolinha – que já foi nomeado chefe de gabinete da Secretaria – com 84 votos (11%). Em seguida, veio o Aparecido Dutra da Silva, o Fião, com 79 votos (10%) e, por fim, em último lugar, o Luiz Henrique de Oliveira, o Henrique do Caj, com 72 votos (9%).
Como se vê, a tarefa da prefeita não é das mais fáceis. E ainda tem o Roberto Malla, que já se ofereceu diretamente à Nice para ser secretário “custo zero”. Deve ser por isso que ela ainda está indecisa.
Passemos, então, a uma nova enquete. Estou querendo saber a opinião dos prezados leitores do blog sobre os primeiros 100 dias do governo Nice. Dê o seu parecer, votando aí do lado direito.
Na nota que enviou à imprensa, o ex-prefeito Humberto Parini afirmou estar tranquilo. Disse mais: que o alvo das investigações são empresários de Votuporanga, os quais teriam organizado um esquema para fraudar licitações. Como se não soubesse da existência do esquema, o estadista já trata de ir tirando o corpo fora.
Em certo trecho de sua nota, Parini diz que “na investigação da apuração da fraude, foi determinada uma busca de documentos em todas as Prefeituras em que houve licitações que proclamaram vencedoras firmas ligadas aos empresários investigados”. O grifo é meu.
A afirmação não é verdadeira. São José do Rio Preto, por exemplo, pagou R$ 13,1 milhões à Demop, de 2009 até 2012, e não recebeu a visita dos agentes da Polícia Federal e do Gaeco.
Querem mais? As pequenas Cosmorama, Paranapuã, Palmeira D’Oeste e São Francisco, para ficar em apenas quatro exemplos, também mantiveram negócios com a Demop no período investigado e, em princípio, não estão entre as suspeitas.
Não se deve condenar, antecipadamente, a Prefeitura de Jales e Parini, por estarem na lista de investigados, mas é improvável que, depois de dois anos investigando, PF, GAECO e MPF os tenham incluído na relação de suspeitos apenas porque contrataram a Demop para alguns serviços.
O jornal Folha Regional, que divulga os atos oficiais do município, publicou, neste final de semana, a rescisão do contrato firmado entre a Prefeitura de Jales e a empreiteira Batista & Pina Construtora Ltda, em março do ano passado.
O contrato, no valor de R$ 106,7 mil, tinha como objeto a ampliação do posto do Programa de Saúde da Família do Jardim São Jorge. Mas, como quase tudo que foi feito na administração Parini, esta foi mais uma obra que só teve começo (foto acima) e meio (foto ao lado). O fim, só Deus sabe.
A Batista & Pina Ltda é um mistério cercado de enigmas. O endereço da empresa é de Jales, mas pouca gente a conhece. O fato é que ela começou a obra e abandonou os serviços no final do ano passado.
Além da rescisão, a construtora está sendo multada em R$ 53,4 mil pela Prefeitura de Jales.
O secretário da Casa Civil do governo tucano de Geraldo Alckmin, Edson Aparecido, está cada vez mais próximo do empreiteiro Olívio Scamatti, preso na terça-feira sob suspeita de chefiar o esquema de corrupção investigado na Operação Fratelli, da Polícia Federal e pelo Ministério Público, que apura fraudes em licitações em 78 prefeituras do interior paulista.
O elo de ligação com as administrações municipais corruptas seria o assessor que trabalhou por oito anos com Aparecido, Osvaldo Ferreira Filho, chamado de Osvaldinho. Ele é uma das 13 pessoas da região de São José do Rio Preto, no noroeste do Estado, presas na sede paulistana da PF.
Osvaldinho, também segundo os relatórios da investigação, “manteria estreito contato com alta autoridade do governo do Estado, o que facilitaria a atuação do grupo apontado como criminoso para a liberação de recursos”. O próprio secretário Aparecido, homem de confiança do governador Alckmin, foi flagrado em escutas telefônicas realizadas com autorização judicial, nas quais troca informações confidenciais com o empresário.
A primeira delas ocorreu em 2010, Aparecido exercia o mandato de deputado federal pelo PSDB. Em uma dessas conversas, o parlamentar tucano alerta ao dono da Demop sobre riscos em uma operação suspeita de fraude.
Aparecido falava de problemas em um asfaltamento realizado com materiais de baixa qualidade, no município de Auriflama, pago por outra das prefeituras administrada, na época, por integrante do PSDB, o prefeito José Jacinto Alves Filho, conhecido na cidade como Zé Prego. Aparecido aconselha o empreiteiro mandar uma equipe de conservação e máquinas ao local e combinasse com o prefeito para que o remendo fosse fotografado e mandado ao Ministério Público (MP), como supostas provas de que a irregularidade teria sido resolvida. Nos autos da Operação Fratelli, Aparecido encerra a ligação ao empreiteiro com a observação:
– Se abrir processo, a região inteira contamina (sic).
Prestemos atenção, pois, se a verba for aprovada, vai ter outra deputada querendo sair nas fotos. A notícia é da assessoria de imprensa do deputado Carlão Pignatari:
O deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB) reivindicou ddo Governo do Estado R$ 1,9 milhão para o município de Jales, em audiência, na quinta-feira (dia 11), com o secretário adjunto da Casa Civil, Rubens Cury. Carlão estava acompanhado da prefeita Eunice Mistildes Silva.
De acordo com a prefeita de Jales, Nice, dos R$ 1,9 milhão de recursos solicitados, R$ 800 mil serão destinados para a construção de uma avenida paralela à rodovia Jarbas de Moraes, totalizando mil metros de obras. Nice explicou que muitas pessoas trafegam pelo trecho, tornando-se um risco para a ocorrência de acidentes.
Ela ainda disse que R$ 600 mil serão investidos na compra de um ônibus rodoviário para transporte de alunos que estudam em faculdades da região, e os R$ 500 mil restantes na aquisição de veículos vans, tipo ambulâncias para transporte dos pacientes que possuem deficiências físicas.
O secretário Rubens Cury disse que encaminhará o pedido ao governador Geraldo Alckmin e que estará à disposição do deputado Carlão e da prefeita Nice para o governo continuar apoiando a cidade de Jales.
Carlão destacou que estará sempre ao lado da prefeita Nice para ajudar no desenvolvimento e crescimento de Jales. “Vou fazer o que for preciso para ajudar o município de Jales melhorar a qualidade de vida para toda esta população”, finalizou o deputado.