O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, disse que as manifestações deste domingo (5) em várias cidades do país contra a corrupção e em defesa ad Operação Lava Jato, são “a prova cabal do equívoco cometido pela Câmara do Deputados em aprovar medidas de retaliação aos encarregados de apurar e julgar os casos envolvendo corruptos. Emendas do tipo crimes de responsabilidade e crimes por ofensa às prerrogativas de advogados foram rechaçadas pelo povo brasileiro nos protestos”.
Na última quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou um pacote de medidas de combate à corrupção com uma série de modificações ao texto original que geraram reações indignadas de advogados, promotores e juízes. Algumas das medidas foram interpretadas como uma maneira de intimidar e interferir nos trabalhos de investigações relativas à corrupção.
“A sociedade exige que a corrupção seja abolida de nosso País, e para isso é necessário que sejam criados instrumentos modernos de enfrentamento e não que os magistrados e procuradores sejam intimidados com ameaça de prisão”, pontuou Veloso.
Do blog do jornalista e crítico musical Mauro Ferreira, no G1:
Somente tivesse posto versos em 1975 na melodia d’O trenzinho do caipira, tema composto em 1930 por Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959), o poeta maranhense Ferreira Gullar (10 de setembro de 1930 – 4 de dezembro de 2016) já teria o nome inscrito com honra na história da música brasileira. Desde que foi gravado em 1978 pelo cantor e compositor carioca Edu Lobo, O trenzinho do caipira nunca mais parou de girar por grandes vozes da música brasileira, podendo ser ouvido atualmente na abertura da novela A lei do amor em gravação de Ney Matogrosso.
Desde então, a obra musical de Gullar – poeta que saiu hoje de cena aos 86 anos, na cidade do Rio de Janeiro (RJ) – se tornou extensa e relevante. Mas o fato é que as palavras do poeta já vinham sendo cantadas por ícones da MPB desde a década de 1960. Caetano Veloso foi especialmente inspirado ao musicar os versos do poema Onde andarás? em canção lançada em 1968 na voz do próprio Caetano e regravada por cantores como Maria Bethânia ao longo dos anos. Onde andarás? foi o primeiro sucesso musical de Gullar.
Em 1979, Gullar abriu parceria com Milton Nascimento em Bela bela, música que somente ganharia a voz de Milton em 1981. A parceria renderia títulos como Meu veneno (1990). Com o cantor e compositor cearense Raimundo Fagner, a conexão de Gullar foi especialmente forte. Fagner musicou o poema Traduzir-se e batizou álbum de 1981 com o nome da composição. Em 1984, a parceria rendeu o sucesso Me leve (Cantiga para não morrer). Uma década depois, quando já tinha posto a obra para caminhar em trilho mais popular, Fagner recorreu a Gullar para fazer a versão de Borbujas de amor, sucesso do cantor dominicano Juan Luis Guerra. Borbulhas de amor foi uma das músicas de maior sucesso em 1991.
Mais recentemente, as conexões de Gullar com Adriana Calcanhotto, compositora gaúcha ligada às artes plásticas e à arte da escrita, gerou músicas como Definição da moça, lançada pela cantora Simone em disco de 2009. Gullar também foi parceiro bissexto de Paulinho da Viola (Solução de vida, 1996) e Sueli Costa (Escuta moça, 1984). Parte do Brasil pode até nem saber, mas cantou muito os versos eternos do poeta Ferreira Gullar.
Abaixo, áudio de Marisa Monte, acompanhada pelo Época de Ouro, cantando “Onde Andarás”, versos de Ferreira Gullar musicados por Caetano Veloso.
Eis a capa do Jornal de Jalesdeste domingo, cuja principal manchete destaca o ato realizado no Fórum de Jales, em que juízes e promotores reagem à inclusão de emenda em projeto anticorrupção, na qual está prevista a punição contra o chamado abuso de autoridade. Segundo o jornal, a aprovação da medida “provocou imediata reação em todo o país”, além de desagradar juízes e promotores que a consideraram uma tentativa de intimidação.
Destaque, igualmente, para o repúdio aprovado pela Câmara de Vereadores de Jales contra o advogado Carlos Alberto Brito Neto, autor da representação à Procuradoria Geral de Justiça que pode resultar no fim do 14º salário dos servidores municipais, pago desde 1993. Ao jornal, o advogado disse que “infelizmente alguns vereadores demonstraram que desconhecem totalmente as legislações que tratam sobre o pagamento de gratificações e as decisões já consolidadas”.
O falecimento do narrador Deva Pacovicci – que possui vínculos com Jales, onde trabalhou – no acidente com o avião que levava o time da Chapecoense à Colômbia; a programação de Natal do comércio jalesense, que começa no dia 15 de dezembro; o otimismo dos consumidores jalesenses com relação a 2017, medido pela Fatec; o ato em defesa das Apaes, realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo; e o aumento do interesse na produção de alimentos orgânicos na região, são outros assuntos do JJ.
Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior informa que o PP de Jales, dirigido pelo empresário Luiz Henrique Moreira, deverá ter espaço no governo de Flávio Prandi. O colunista destacou, também, o convite que o diretor do Fórum Trabalhista de Jales, Norton Luís Bechtlufft, recebeu para voltar a trabalhar em Campinas. Deonel abordou, ainda, a nota distribuída pelo deputado federal Fausto Pinato(PP), na qual o parlamentar confirma sua posição favorável à punição de promotores e juízes por abuso de autoridade.
O juiz da 5ª Vara de Jales, Adílson Vagner Ballotti, homologou acordo que suspendeu o leilão da sede da Aderj, para pagamento de dívidas. A entidade, que encerrou suas atividades há algum tempo, tem dívidas trabalhistas com ex-funcionários e com honorários advocatícios devidos a um advogado.
Além disso, a Aderj tem uma dívida de cerca de R$ 900 mil com o município. A dívida refere-se a valores pagos pela Prefeitura à Aderj, a título de taxa administrativa dos vários termos de parceria firmados entre as partes durante o governo Parini.
A Aderj foi responsável – entre 2005 e 2011, pela administração e fornecimento de funcionários para os programas de Saúde da Família e de Combate a Vetores. Para tanto, ela cobrava uma taxa administrativa julgada irregular pelo Tribunal de Contas, que determinou a devolução do dinheiro aos cofres públicos.
No primeiro leilão, a sede da Aderj foi à praça pelo valor da avaliação, algo em torno de R$ 2,2 milhões, mas não apareceram interessados. No segundo leilão – esse que foi suspenso – o imóvel poderia ser vendido por, no mínimo, 60% do valor da avaliação, cerca de R$ 1,3 milhão.
O acordo, que envolveu a Prefeitura, a Aderj e o advogado credor, foi costurado pelo prefeito Pedro Callado e teve a participação do prefeito eleito, Flávio Prandi. Pelo acordo, um terreno anexo à sede será dividido em lotes e vendido. O valor arrecadado será utilizado para pagar as dívidas trabalhistas e os honorários do advogado.
Já o prédio da sede – esse da foto lá de cima – localizado no Jardim do Bosque, será transferido para o município, para pagamento dos R$ 900 mil devidos à Prefeitura. Segundo fontes do blog, o acordo foi bom para todo mundo.
O ex-presidente da Aderj (Associação dos Deficientes da Região de Jales), Anísio Martins Moreira Filho, o Anisinho, gostou do desfecho. Ele declarou ao blog que ficou feliz, pois, sendo transferida para a Prefeitura, ao invés de vendida a um particular, a sede da entidade poderá continuar sendo útil à comunidade.
No jornal A Tribunadeste final de semana, a principal manchete trata do caso do advogado Carlos Alberto Expedito de Brito Neto, o Betinho, que foi alvo de uma “Moção de Repúdio” aprovada por oito dos nove vereadores presentes à sessão de segunda-feira passada. Na Moção, os autores dizem que o 14º salário passou a integrar o orçamento familiar dos servidores desde 1993 e que a perda desse direito significará um duro golpe para as famílias atingidas. Procurado pelo jornal, Betinho não quis se manifestar sobre o repúdio dos vereadores, limitando-se a repetir o bordão do ex-ministro Armando Falcão: “Nada a declarar”.
Destaque, também, para matéria do Alexandre Ribeiro, o Carioca, sobre o seu amigo Deva Pascovicci, morto no acidente com o avião da Chapecoense. Carioca conta que Deva iniciou sua carreira na Rádio Difusora de Monte Aprazível, aos 12 anos de idade. Andou por emissoras de Rio Preto, Presidente Prudente, Rondonópolis e Cuiabá, até ser convidado pelo amigo Gil Carreira para ajudar na implantação da Rádio Antena Um, aqui em Jales. A matéria está acompanhada por um depoimento do Carioca.
O reinício das obras de construção das 99 casas populares nas proximidades da Facip, que estavam paralisadas desde agosto; o protesto dos juízes e promotores de Jales contra as mudanças feitas pela Câmara Federal no pacote anticorrupção; a decisão da Justiça Eleitoral que cassou o diploma do prefeito eleito de Populina, Adauto Severo; e a dívida da Prefeitura de Jales com o Instituto Municipal de Previdência, que, em sete anos, passou de R$ 11,3 milhões para R$ 27,3 milhões, são outros assuntos de A Tribuna.
Na coluna Enfoque, o prefeito Pedro Callado desmente que tivesse conhecimento antecipado da ação do advogado Carlos Alberto contra o 14º salário dos servidores. Na página de opinião, Poletto escreve sobre uma famosa petição do advogado paraibano Ronaldo Cunha Lima, enquanto o Victor Pereira escreve sobre a Chapecoense. No caderno social, a coluna do Douglas Zílio destaca o “Prêmio Destaque do Ano”, organizado pela Tribo Propaganda e a Revista Interativa.
Em Tempo: O jornal A Tribuna desta semana traz, encartado, um bonito pôster do campeão brasileiro de 2016, o Palmeiras.
O jornal O Globo deste sábado publicou matéria onde se diz que o presidente Michel Temer está apressando o envio da mensagem com a reforma da Previdência, que deverá ser entregue à Câmara dos Deputados na terça-feira, 06.
Segundo a matéria, um dos pontos da reforma acaba com a aposentadoria especial dos professores. A legislação atual dá a eles a vantagem ou o direito de se aposentar cinco anos antes, desde que tenham cumprido todo o tempo em sala de aula. Se o pacote de maldades de Temer for aprovado, os professores, assim como todos os demais trabalhadores – homem ou mulher – só poderão se aposentar depois de apagarem 65 velinhas.
Ainda de acordo com O Globo, não haverá regra de transição para homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45. Eles só poderão se aposentar quando atingir a idade mínima de 65 anos. Isso significa que um homem de 49 anos que tenha começado a trabalhar aos 18 e que poderia se aposentar daqui a 7,5 anos, com salário integral, terá que trabalhar, no mínimo, mais 16 anos.
Essas não serão as únicas novidades. A proposta vai mexer, também, no cálculo do benefício. E vai desvincular o valor dos chamados Benefícios de Prestação Continuada(BPC), que são pagos a pessoas com deficiências – incluindo crianças – e a pessoas idosas sem cobertura previdenciária. Ou seja, com o passar do tempo essas pessoas terão que sobreviver com um benefício bem abaixo do salário mínimo.
Sobre os juros pagos aos bancos e os lucros dos banqueiros, nenhuma palavra. Sobre cortar privilégios, também nenhum pio (FHC, por exemplo, recebe do estado – desde os 38 anos – uma aposentadoria que, atualmente, é maior que o salário do governador). Como diria aquele antigo adágio inglês, “Nothing so bad but it might be worse“.
Da bem informada jornalista Helena Chagas, no site Os Divergentes:
Pode parecer incrível, inimaginável até, mas o movimento desencadeado pelos palacianos para evitar a debandada do PSDB do governo está jogando na frigideira aquele que, até pouco tempo atrás, era considerado a âncora do governo Temer: o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Sim, você leu certo sim. Ele mesmo. Aqui e ali, em meio à insatisfação geral com a demora da economia em reagir, começamos a ver críticas de governistas a Meirelles – a maioria em off, evidentemente, mas igualmente corrosiva. Dizem que Meirelles perdeu substância, que seu ajuste está lento demais, que a atual equipe econômica não está tomando medidas de curto prazo para reanimar a economia e que os juros estão demorando muito a cair – o que é verdade.
Ao mesmo tempo, os interlocutores de Temer, pressionados pelos tucanos que vocalizam esses argumentos, informam que o PSDB terá mais espaço no governo e na discussão da política econômica. Seu principal porta-voz no tema, Arminio Fraga, passará das críticas na imprensa às reuniões no Planalto.
O que significa isso? Um claro enfraquecimento de Meirelles, obviamente, e de consequências imprevisíveis. Afinal, não se sabe como o próprio Meirelles e seus aliados no mercado vão reagir. Pior ainda, há o risco de que nem com isso os tucanos garantam sua permanência no governo até o fim. É bom ficar de olho, por exemplo, nos movimentos do governador candidato Geraldo Alckmin, que vem ensaiando críticas ao governo em seu voo para 2018.
Ou seja, o Planalto corre o risco de fritar o pássaro que, mal ou bem, tem na mão. E acabar vendo os dois voando. É a marcha da insensatez.
“Quando vejo essa chuva caindo aqui penso que é São Pedro chorando a morte dos jogadores”.
Do presidente Michel Temer após receber os caixões no aeroporto de Chapecó, segundo notícia do UOL.
Por sinal, a notícia do UOL sobre a ida do presidente Michel Temer a Chapecó para receber os caixões e entregar medalhas às famílias das vítimas teve comentários, digamos, pouco simpáticos. Abaixo, alguns deles:
A advogada Alzira Mara – a mesma que estendeu faixa pedindo a volta do regime militar – parece mesmo disposta a ir para a frente de batalha. Na sessão da Câmara de segunda-feira passada, ela utilizou a tribuna para falar “em nome dos que não tem voz, os animais” e, ao mesmo tempo, fazer uma declaração de guerra ao poder público.
Por poder público, entenda-se a Prefeitura de Jales. Conhecida por seu ativismo em defesa dos animais, Alzira denunciou a inércia da administração municipal na questão dos animais errantes – cachorros e gatos – que perambulam pelas nossas ruas, sem a devida atenção do poder público.
Alzira e um grupo de protetoras dos animais estiveram na Câmara Municipal para solicitar que a sobra de R$ 100 mil do Legislativo, devolvida ao Executivo para utilização, em princípio, no projeto de decoração natalina, seja destinada à castração maciça de cães errantes e pertencentes à população de baixa renda.
Alzira disse que já protocolou um pedido para que o Ministério Público e a Justiça determinem o imediato bloqueio dos R$ 100 mil. Ela está prometendo inclusive denunciar a administração por crime de improbidade administrativa, caso a Prefeitura insista em investir o dinheiro na decoração natalina.
Segundo o blog apurou, o grupo de protetoras do “SOS Animais” cuida de cerca de 400 cães e gatos, investindo dinheiro do próprio bolso para oferecer comida, remédios e melhores condições a esses animais. Tudo isso, sem qualquer ajuda do poder público.
Em muitos casos, as protetoras pagam até pela castração de animais, para evitar a procriação descontrolada. Em outros casos, elas pagam pelo tratamento de animais doentes.
A cachorrinha poodle da foto, por exemplo, já estava condenada à morte. Com leishmaniose, Nicole foi deixada pelo dono em uma clínica para ser eutanasiada e estava no corredor da morte, apenas aguardando a hora da injeção letal. Sheila, uma das protetoras, resgatou Nicole e deu a ela o tratamento adequado. Segundo Sheila, a cachorrinha se livrou da doença e tem uma vida normal.
Pode-se discordar de Alzira em muitas coisas – a questão da volta dos militares, por exemplo – mas a causa dos animais é, sem dúvida, nobre.
No jornal Folha Noroestedeste sábado, o principal destaque ficou por conta da “Moção de Repúdio” aprovada pela Câmara, contra o advogado Carlos Alberto Expedito de Britto Neto, “em razão da iniciativa de propor uma ação judicial contra o pagamento da gratificação de aniversário aos servidores municipais de Jales”. Segundo a matéria, a Moção foi um gesto de solidariedade aos servidores e um apoio à preservação integral de todos os direitos conquistados por eles. O jornal diz, ainda, que, segundo os vereadores, a Moção significa a condenação de qualquer ato que atente contra o direito e a dignidade do funcionalismo municipal.
Destaque, igualmente, para a pesquisa realizada pelo curso de Gestão Empresarial da Fatec Jales “Prof. José Camargo” no mês de novembro de 2016 com os consumidores do comércio local. A pesquisa revela que, mesmo em meio a um cenário econômico instável, 54% dos entrevistados permanecem otimistas quanto às tendências econômicas para 2017. Apesar do aparente otimismo, 83% responderam que a crise econômica tem afetado suas decisões de compra nos últimos tempos.
Na coluna FolhaGeral, o irresoluto editor Roberto Carvalho – um exultante palmeirense – está informando que o juiz eleitoral de Jales, Adílson Vagner Ballotti, determinou o arquivamento da Notícia Crime que acusava o prefeito eleito de Urânia de suposta corrupção eleitoral. A decisão do magistrado foi publicada na quarta-feira, 30, e diz que o arquivamento se deu em função da escassez de provas após investigações realizadas em inquérito policial aberto pela Polícia Federal.