Ah! se fosse contra um amigo do Lula… A notícia é do Brasil 247, com informações da revista Época:
Em uma proposta de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, o empresário José Antunes Sobrinho, um dos donos da construtora Engevix, é categórico ao afirmar que o presidente interino Michel Temer recebeu uma propina de R$ 1 milhão, paga pela Engevix, pela obtenção de um contrato no valor de R$ 162 milhões para as obras da usina de Angra 3.
Segundo Antunes Sobrinho, o principal contrato de Angra 3 com a Eletronuclear, no valor de R$ 162 milhões, foi vencido pela empresa de arquitetura Argeplan, cujo sócio é o ex-coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, descrito por várias pessoas como “homem de total confiança de Michel Temer”. Pelo acordo que teria sido firmado, a Argeplan se comprometeu a subcontratar a Engevix para realizar a obra. Em troca, a empreiteira pagaria R$ 1 milhão para “suprir interesses de Michel Temer”, de acordo com Antunes. Informação foi revela na edição deste fim semana da revista Época.
Segundo Antunes Sobrinho, o pagamento da propina a Temer foi feito por meio de uma prestadora de serviços da Engevix, a Alúmi Publicidades, que prestava serviços de mídia para o aeroporto de Brasília, controlado pela Engevix. Segundo a Época, A Alúmi fez o pagamento à empresa PDA Projeto, de propriedade do coronel João Lima. As duas empresas confirmam a transação, mas negam se tratar de propina.
De acordo com a proposta de delação de Antunes, Lima ganhou a licitação para a obra em Angra 3, em maio de 2012, por ter forte influência sobre Othon Pinheiro, presidente da Eletronuclear nos governos Lula e Dilma. Temer e Lima eram responsáveis pela manutenção de Othon no cargo, diz Antunes em sua proposta de delação.
O ex-dirigente da Engevix diz ainda que chegou a se encontrar com Coronel Lima e com o próprio Michel Temer no escritório do presidente interino no Itaim Bibi, na Zona Sul de São Paulo. Houve pelo menos dois encontros, de acordo com a proposta de delação.
Advogados de Antunes tentam, desde novembro do ano passado, fechar um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Mas a proposta foi recusada formalmente pelo colegiado de três procuradores que representava o procurador-geral, Rodrigo Janot. O Ministério Público não informa oficialmente o motivo da recusa às revelações de Antunes, que só podem ser usadas como ponto de partida em investigações criminais caso seja assinado um acordo.
Na mesma linha do post anterior, sobre como o crime compensa, no Brasil, vejam esta notícia do G1:
O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado deve cumprir pena de dois anos e três meses em prisão domiciliar em sua residência em Fortaleza, uma mansão em área nobre. De acordo com a homologação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, Machado vai cumprir dois anos e três meses em regime fechado diferenciado e outros nove meses em regime semiaberto, devido a delação premiada.
O imóvel é uma casa de luxo, no Bairro Dunas, no litoral da cidade, e está cercado por mansões. A região é monitorada por agentes de segurança particular. A residência possui quadra poliesportiva, piscina e garagem para 10 carros, segundo informou um empregado da casa ao G1 durante uma operação da Polícia Federal na residência.
Machado também terá de usar uma tornozeleira eletrônica e, após a prisão domiciliar, poderá sair para prestar serviços comunitários. Ele tem permissão para receber em casa apenas advogados, profissionais de saúde e uma relação restrita de 27 familiares e amigos.
O ex-presidente da Transpetro se comprometeu a devolver aos cofres públicos R$ 75 milhões que teria recebido de propina enquanto comandou a estatal, de 2003 a 2014. Parte menor do valor, de R$ 10 milhões, deverá ser pago até o fim deste mês. Outros R$ 65 milhões até o final do ano que vem.
O montante foi acertado no acordo de delação premiada fechado pelo executivo com o Ministério Público.
A constatação é do jornalista Fernando Brito, do Tijolaço:
A Folha divulga os termos da sentença de Sérgio Moro em que o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, uma das maiores empreiteiras do país é “condenado” a ficar em casa, de tornozeleira, até novembro do ano que vem e a devolver R$ 51 milhões pelos roubos de que participou na Petrobras.
Pessoa era apontado como o “chefe do clube das empreiteiras” pelo Ministério Público, mas, como foi um dos primeiros a delatar, o Dr. Sérgio Moro de outra visão, a de que não entendia “que o condenado dirigia a ação dos demais executivos”.
Será que alguém duvida que, pelas apontadas fraudes nas obras do Comperj, da Refinaria Abreu e Lima e na Refinaria Getúlio Vargas, no Paraná, todas de valores bilionários, o Dr. Pessoa distribuía para os outros e nada pegava para si?
Já dizia o ditado: “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é bobo ou não tem arte”. Alguém já ouviu falar de empreiteiro bobo?
Será que alguém acha que o Dr. Pessoa vai se encalacrar nos bancos para obter os R$ 51 milhões da multa fixada pelo Dr. Moro?
Mas, convenhamos, Ricardo Pessoa teve a esperteza de ser um dos primeiros a aproveitar a promoção “Seja ladrão, aponte o dedão e ganhe o perdão” em que transformaram a delação premiada.
O jornal Folha Noroeste está circulando neste sábado com manchete que destaca o financiamento de R$ 4 milhões obtido pela Prefeitura de Jales junto à Agência de Desenvolvimento de São Paulo. Segundo o jornal, outras seis prefeituras – Cafelândia, Iperó, Jaboticabal, Limeira, Rio Preto e Várzea Paulista – também assinaram contratos de empréstimos com a Desenvolve-SP, num total de R$ 30,8 milhões. No caso de Jales, os R$ 4 milhões serão utilizados no recape de 125 mil metros quadrados de asfalto.
A reunião realizada em Rio Preto com a presença do queixudo secretário de Saúde, David Uip, para discutir a situação da unidade de Fernandópolis do Hospital de Câncer; o início da Copa Jales de futebol amador, cujo pontapé inicial será dado amanhã, domingo; os ganhadores dos prêmios da promoção da ACIJ, “Dia das Mães e dos Namorados”; o 1º Arraiá de Urânia; e os 204 quilos de cocaína apreendidos pela Polícia Federal de Jales, são outros assuntos da Folha Noroeste.
Na coluna FolhaGeral, o editor chefe Roberto Carvalho está informando que a Polícia Civil de Jales começou a ouvir, nesta semana, várias pessoas que participaram do concurso público realizado em 2015 pela Prefeitura de Mesópolis. O concurso foi organizado por uma das empresas atingidas pela “Operação QI”, que investiga fraudes em concursos de várias cidades. Segundo o colunista, os aliados do prefeito Leandro Aparecido Polarini temem que os problemas com o concurso possam atrapalhar sua reeleição.
A reclassificação vai significar cerca de R$ 160 mil mensais a mais para a nossa Santa Casa. A notícia foi postada no portal da Rádio Assunção:
Finalmente foi aceita a reclassificação da Santa Casa de Jales, que passa de Apoio para Estratégica. Foi o que disse o prefeito Pedro Manoel Callado Moraes em conversa com a reportagem do Jornal do Povo.
Callado disse que recebeu uma ligação do Deputado Federal Fausto Pinato, que estava junto com o Secretário Estadual de Saúde, David Uip, que lhe disseram ter sido aceito o pedido de reclassificação da Santa Casa de Jales. Segundo eles somente uma questão burocrática precisa ser resolvida para que efetivamente a reclassificação seja colocada em prática.
Post Scriptum: a assessoria da Santa Casa de Jales não confirmou a notícia. Segundo informações repassadas ao blog, o secretário de Saúde teria se comprometido apenas em repassar cerca de R$ 40 mil mensais que deixaram de ser pagos ao hospital há algum tempo.
Na fogueira das investigações da Operação Lava Jato, a publicitária Danielle Dytz da Cunha Doctorovich, filha do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nem lembra do juiz Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos contra investigados sem foro privilegiado.
Longe das quadrilhas brasilienses, Danni se diverte há uma semana nos festejos do São João de Patos, considerada a capital do forró do sertão da Paraíba. Ela está hospedada na casa da mãe do deputado Hugo Motta (PMDB-PB), dona Chica Motta, que é prefeita do município.
Danni já foi assessora de marketing de Motta e este é o segundo ano em que passa o São João em Patos. Ela é apontada pelas investigações coordenadas por Moro como uma das beneficiárias da conta em nome da offshore Kopek, aberta secretamente por Cunha na Suíça e alimentada com valores milionários pelo deputado.
Segundo os investigadores, o dinheiro tem origem em propinas recebidas pelo parlamentar a partir do esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Petrobras.
A notícia completa, do Congresso em Foco, pode ser lida aqui.
O juiz da 5ª Vara Judicial de Jales, Adílson Vagner Ballotti, concedeu liberdade provisória ao advogado Clayton Colavite, substituindo a prisão preventiva por algumas medidas cautelares, em decisão divulgada no final da tarde desta sexta-feira.
A decisão do juiz foi tomada depois de manifestação do promotor público, Anderson Scandelai, que recebeu, na segunda-feira, o inquérito concluído pelo delegado Sebastião Biazi, e, nesta sexta-feira, pediu mais diligências à polícia, a fim de que ele possa oferecer a denúncia.
Na mesma manifestação, o promotor disse que já não havia mais motivos para a prisão preventiva de Clayton. O advogado terá que pagar uma fiança de 10 salários mínimos e seguir algumas medidas determinadas pelo juiz, como não se ausentar da Comarca, apresentar-se mensalmente à Justiça, não frequentar bares e similares e comprovar que continua atuando regularmente em sua atividade profissional.
O advogado Aislan Queiroga Trigo, que está defendendo Clayton, estava no Fórum, por volta das 18 horas, aguardando a expedição do alvará de soltura.
Vida de ex-prefeito não está nada fácil. Vejam o caso do ex-prefeito Antônio Sanches Cardoso, o Rato. Na segunda-feira, a Justiça de Jales, em um processo de cumprimento de sentença, deferiu a realização de busca nas contas bancárias de Rato e o bloqueio de R$ 47 mil. A encrenca começou no último ano do mandato de Rato.
De seu lado, o ex-prefeito Humberto Parini também não tem sossego. Nesta semana, a Justiça local determinou que fosse marcada a data para o leilão de dois imóveis do ex-prefeito, para pagamento de uma multa imposta a ele pelo Tribunal de Contas.
Os detalhes sobre esses dois casos estarão na edição desse final de semana do jornal A Tribuna.
Não se iludam, no entanto, com as cifras citadas. O MPF, ao propor uma ação civil pública, considera o valor do convênio. Aqui em Jales, por exemplo, o MPF ajuizou uma ação contra o ex-prefeito Humberto Parini e outros envolvidos, entre eles o ex-deputado Vadão Gomes.
O valor da ação é de R$ 1,7 milhão, que é o total dos sete convênios assinados por Parini com o Ministério do Turismo, entre 2008 e 2010, referentes aos shows e estrutura (palco, som, divulgação, etc) de duas facips, três arraiás na praça, uma festa do motorista e uma festa da uva. Em março deste ano, a Justiça Federal determinou o bloqueio de – pasmem! – R$ 6,8 milhões em bens de Parini e Vadão.
Existiram desvios? É muito provável que sim, mas os valores desviados não devem passar nem perto do R$ 1,7 milhão citado pelo MPF e muito menos dos R$ 6,8 milhões bloqueados pela Justiça. Afinal, as festas aconteceram, a Elba Ramalho, o Daniel, o conjunto Roupa Nova e duplas como Gino e Geno, Rick e Renner, Lourenço e Lourival e outras estiveram em Jales, cantaram, receberam o cachê e foram embora.
E tudo pago com o R$ 1,7 milhão do Ministério do Turismo. Mas, vamos à notícia do UOL:
A Polícia Federal, a Receita e o Ministério Público Federal estão investigando uma “máfia” dedicada a fraudar a compra e venda de shows públicos de grandes artistas.
Segundo levantamento obtido pela reportagem, o volume de dinheiro obtido por meio de fraude na contratação, superfaturamento de cachês ou infraestrutura pode passar de R$ 100 milhões apenas nos últimos três anos. Somente no interior de São Paulo há R$ 15 milhões já bloqueados pela Justiça a pedido do Ministério Público Federal.
Por enquanto há investigações em curso em São Paulo, Rio, Pernambuco, Amazonas, Bahia, Pará, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. A investigação começou em 2010, no interior de São Paulo, e depois se espalhou pelo país.
Quem a iniciou foi Thiago Lacerda Nobre, hoje chefe da Procuradoria da República em São Paulo, e procurador da República em Santos.
“Quando viajava a trabalho pelo interior de São Paulo comecei a perceber que algumas cidades minúsculas estavam fazendo eventos com artistas de renome nacional, cujos cachês eram caríssimos. Começamos a investigar porque não havia como aquelas cidades bancarem tantos shows e festas de peão. Acabamos descobrindo uma série de irregularidades, que envolviam não só as cidades, mas até o governo federal, que era fraudado por meio de convênios culturais”, afirmou o procurador em entrevista exclusiva ao UOL.
Segundo Lacerda Nobre, somente no interior de São Paulo 32 cidades com governantes ou contratantes (de áreas culturais ou de eventos) estão hoje sofrendo ações de improbidade; além disso, há dez ações criminais em curso contra ex-prefeitos suspeitos de envolvimento ou facilitação das fraudes, e mais R$ 15 milhões já bloqueados até que as investigações terminem.
“Esse valor se refere apenas a bloqueios já realizados entre 2010 e 2013, e somente na região de Jales”, afirma o procurador.
No restante do país, segundo a reportagem apurou junto a fontes da PF e MPF, as fraudes podem somar mais de R$ 100 milhões desde 2013. Há novas ações sendo iniciadas em outros Estados, porém.
O resultado do concurso público realizado pela Prefeitura de Jales, divulgado na terça-feira, quase não teve contestações por parte dos candidatos. O prazo final para apresentação de recursos foi até ontem, dia 23, às 17 horas, e, segundo informações, apenas cinco recursos foram protocolados.
Quatro desses recursos não contestam, no entanto, o resultado. Os autores estão apenas solicitando cópia dos gabaritos preenchidos por eles, por ocasião das provas. No quinto recurso, a candidata alega que sua idade ficou errada na ficha de inscrição. E, como a idade é critério de desempate, poderá haver alguma alteração na classificação final.
Por via das dúvidas, a Comissão Organizadora do concurso está fazendo um mutirão nesta sexta-feira, para conferir se as idades que constam das fichas dos demais candidatos estão corretas.