Blog do Cardosinho

O Jornal de Jales está chegando aos assinantes e às bancas, neste domingo, trazendo como destaque a discussão, pela Câmara, do projeto que abre crédito de R$ 2,3 milhões para a Facip 2013.

No “Especial – Mulheres”, o jornal destaca a presidenta da Cooperativa de Catadores de Jales, Rosângela Mazonas Fonseca, que, durante a semana, ganhou o prêmio “Mulher de Negócios”, promovido pelo Sebrae. Na política, o Especial destacou a prefeita Nice Mistilides e a presidenta da Câmara, Pérola Cardoso.

Na página de opiniões, o JJ reproduz artigo do engenheiro Nilton Zenhiti Suetugo, onde ele diz, entre outras coisas, que a atribuição fundamental do prefeito é “preparar a cidade, oferecendo condições e oportunidades aos seus cidadãos”.

E, na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior relata a reação de alguns setores da comunidade diante da informação de que os proprietários de veículos terão que começar a pagar pela utilização das vagas de estacionamento da Praça da Catedral.   

Deve ser porque a nossa cidade está muito limpa! Pela segunda vez consecutiva, Jales não figura entre as cidades que terão o projeto “Cidade Limpa”, conforme programação divulgada há alguns dias pela TV Tem.

Como se sabe, o projeto “Cidade Limpa” é uma parceria entre a TV Tem e as prefeituras de cidades localizadas na região de São José do Rio Preto e de outras três regiões do estado, alcançadas pelo sinal da emissora.

No início do ano passado, quando a TV divulgou a programação de coletas, Jales ficou fora. Na época, membros do governo Parini chegaram a garantir que Jales seria incluída numa segunda fase do projeto, prevista para o segundo semestre de 2012. O segundo semestre se foi, o governo Parini também já era, e nada de “Cidade Limpa”.

Resta torcer para que a nova prefeita esteja disposta a correr atrás do prejuízo. 

Eis a capa do jornal A Tribuna desta semana. A manchete destaca o crescimento da dengue em Jales, que, em janeiro e fevereiro de 2012  registrou apenas 02 casos, enquanto os dois primeiros meses de 2013 já contabilizam 17 casos confirmados.

O jornal está informando, também, que a Prefeitura pretende começar a notificar, na semana que vem, os donos de terrenos sujos espalhados pela cidade. De acordo com uma lei municipal, os proprietários terão 15 dias, depois de notificados, para limpar seus terrenos.

Outros destaques desta edição são o estado de abandono do Museu Histórico de Jales e o fechamento, pela polícia, de um ponto de tráfico de drogas, localizado no campinho da Vila União.

Como se pode ver na capa do jornal, o colunável Luizinho Abra será um dos destaques da prestigiadíssima coluna social do Douglas Zílio. E, nesta semana, o esperado artigo do cronista Marco Antonio Poletto tratará de uma questão que afeta a todos nós: os buracos das nossas ruas. 

Tudo indica que não teremos torcidas organizadas na sessão da Câmara da próxima segunda-feira. Segundo os últimos rumores, a prefeita Nice Mistilides deverá retirar o projeto que destinava R$ 2,3 milhões para a Facip 2013. O objetivo é evitar mais uma bola nas costas.

Nesta sexta-feira, pela manhã, uma reunião no Paço alinhavou os últimos detalhes do chamado Plano “B”, que já vinha sendo engendrado desde a sapecada de segunda-feira passada, quando os vereadores não toparam a idéia de votar o projeto em regime de urgência.

Durante a semana, o presidente Pedro Callado andou se reunindo com promotores de justiça e técnicos do Tribunal de Contas, a fim de colher orientações úteis ao Plano “B”.

Por outro lado, o número de entidades que irão dividir os lucros da Facip 2013 teria subido de 17 para 30, com a inclusão de mais algumas associações sem fins lucrativos. A medida teria sido solicitada por um promotor.

Eu sei que esse assunto Facip já encheu as medidas, principalmente, das pessoas que, como eu, não são grandes apreciadoras desse tipo de festa. Infelizmente, porém, temos que noticiar o que está acontecendo e repercutir as preocupações de algumas pessoas sobre o assunto.

Nesta sexta-feira, a Secretaria de Comunicação distribuiu nota informando que as mesas e camarotes já poderão ser pagas, a partir do dia 04 e até o dia 08 de março, na Prefeitura. Em certo trecho, a nota reproduz algumas palavras atribuídas ao vice Pedro Callado. Ei-las:

“As pessoas que reservaram mesas e camarotes devem ficar atentas, pois a Comissão Organizadora reajustou os valores em função de a FACIP voltar a ser realizada em 9 dias. Quem adquire esses espaços conta com visão privilegiada, segurança, banheiros privativos, serviços de bar e garçons e, tudo isso tem um custo que precisa ser repassado para o valor final…”

Confesso que não entendi direito essa história de reajustar os valores, mas, agora, já começam chegar as primeiras informações – e reclamações – dando conta de que uma mesa que custava R$ 500 passou a custar R$ 550, enquanto um camarote vendido a R$ 3.000 passou a valer R$ 3.500.

Não sei até que ponto isso é verdadeiro. Mas, foi isso que me foi dito. Com a palavra, a Comissão. 

Há exatamente um ano, no dia 1º de março de 2012, falecia, aqui em Jales, o combativo jornalista Paulo Reis Aruca, editor-chefe do jornal A Tribuna. Paulinho Aruca, como era conhecido, ficou internado por cerca de 20 dias na Santa Casa de Jales, com uma pancreatite.

Ele foi o primeiro jornalista a denunciar os desvios da Facip 2009. Em julho daquele ano, Paulinho escreveu matéria com manchete que perguntava: “Você viu mídia de R$ 316 mil para a 40ª Facip?”.  A reportagem questionava o valor gasto com a publicidade da festa e obrigou a Comissão a divulgar um segundo balancete.

Mais tarde, em setembro de 2011, Paulinho foi autor – em conjunto com este aprendiz de blogueiro – de uma matéria de A Tribuna, onde, pela primeira vez, noticiou-se que o Ministério do Turismo estava pedindo a devolução de parte do dinheiro repassado para a Facip 2009.

Eis a manchete do jornal, edição do dia 18/09/2011: “Facip 2009: Turismo rejeita contas e quer devolução do dinheiro”. Quem acompanhava as matérias do Paulinho não se surpreendeu, com certeza, diante da notícia confirmada somente agora em 2013, sobre a devolução de dinheiro ao Ministério do Turismo.

Paulo Reis Aruca praticava jornalismo de verdade e, certamente, está fazendo muita falta à imprensa de Jales.    

A boa notícia está no portal do Sebrae:

Na tarde desta quinta-feira, foram reveladas as três vencedoras da etapa paulista do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Na sua nona edição, foram 1.180 mulheres inscritas, mais que o dobro de 2012, quando 527 empreendedoras participaram da disputa.

Dividido em três categorias, as vencedoras foram Elza Aguiar (Pequenos Negócios) e Gislaine de Fátima (Empreendedora Individual), ambas da zona norte da Capital, e Rosangela Mazonas Fonseca (Negócios Coletivos), da cidade de Jales, interior de São Paulo.

A vencedora da categoria Negócios Coletivos, Rosângela Fonseca, da cidade de Jales, entrou para Associação de Catadoras da cidade em 2010. Em dezembro do mesmo ano, transformou-a em Cooperativa para que pudessem criar e apresentar projetos para receber subsídios.

Rosângela foi eleita a primeira presidente e, apesar de não ter nenhuma experiência em administração, organizou os negócios de forma a racionalizar a coleta, a seleção e a venda dos resíduos sólidos. A expectativa para este ano é de dobrar a coleta de resíduos sólidos recicláveis, que hoje chega a 60 toneladas por mês.

“Quero expandir nosso negócio. Sair da cidade e passar a coletar na região. Sempre levando a nossa mensagem de preocupação com o meio ambiente”, explicou Rosângela. Segundo a vencedora, receber o selo do Sebrae-SP é importante. “Agora, somos uma empresa com certificação.”

As vencedoras receberam troféu, certificado, selo de premiação e curso de gestão, além de irem a Brasília para disputarem, no dia 7 de março, a final nacional. Na ocasião, concorrerão a uma viagem internacional para um centro de empreendedorismo.

O comentarista do Antena Ligada, João Luiz Garcia, questionou, no programa de hoje, algumas colocações do vice-prefeito e presidente da Facip 2013, Pedro Callado, sobre o polêmico projeto de lei que prevê gastos de R$ 2,3 milhões com a Feira deste ano.

Garcia tem razão – a meu ver – em alguns pontos, mas se equivocou ao mencionar uma suposta necessidade de abrir licitação para a contratação de artistas, caso o projeto seja aprovado.

A contratação de artistas pode ser feita por dispensa de licitação, conforme artigo 25, inciso III, da Lei das Licitações. Nas três vezes em que o Ministério do Turismo enviou dinheiro para a realização dos shows artísticos do “Arraial na Praça”, promovido pela Antena 102, os artistas foram contratados sem licitação.

No caso da Facip 2009, gastou-se R$ 540 mil do Ministério do Turismo com artistas, todos contratados sem licitação. O que está sendo questionado pelo Ministério Público Federal é que os contratos deveriam ter sido feitos diretamente com os empresários dos artistas, como prevê a lei, e não com intermediários, como é o caso, por exemplo, do empresário Marcos Miotto.

Em investigação dos promotores estaduais, constatou-se que a Prefeitura de Jales pagou – à guisa de exemplo – R$ 125 mil pelo show do grupo Jamil e Uma Noites, mas o empresário dos artistas confirmou o recebimento de apenas R$ 107 mil. O resto, ficou com intermediários. É isso que a lei quer evitar ao permitir a dispensa de licitação somente nos casos de contratação direta com os empresários dos artistas.

Portanto, sob esse aspecto, não há nenhum problema no fato de a grade de shows da Facip 2013 ter sido divulgada antes da elaboração do polêmico projeto.

A sessão da Câmara, de segunda-feira passada, não movimentou apenas pessoas interessadas na votação do projeto da Facip. As senhoras da foto acima, por exemplo, estavam lá para acompanhar a votação de um requerimento do vereador Tiquinho, a respeito da instalação de uma Casa de Apoio para famílias com filhos matriculados na APAE.

A Casa de Apoio teria o objetivo de atender as crianças com necessidades especiais, durante o recesso escolar de dezembro e janeiro. Ainda de acordo com o requerimento de Tiquinho, a instalação da Casa de Apoio foi um dos compromissos assumidos pela prefeita Nice Mistilides, durante a campanha eleitoral.

Tiquinho e as famílias das crianças querem saber quando e como a prefeita pretende cumprir a promessa.