De vez em quando, chegam comentários sobre posts que, por já não estarem mais na primeira página do blog, acabam passando despercebidos à maioria dos leitores.
É o caso do comentário abaixo, que o visitante “Jorge Pimentel” (trata-se, evidentemente, de um pseudônimo, já que os tempos andam perigosos) enviou há alguns dias para um post sobre a nossa UPA, publicado no dia 21/02.
Somente hoje percebi que, por um problema “técnico”, o comentário não havia sido liberado. Por interessante, reproduzo o comentário, na íntegra, aí embaixo. Ele é um pouco extenso, mas vale a pena ser lido. Só lembrando, mais uma vez, que o local da UPA foi escolhido pelo ex-prefeito Humberto Parini.
Morador de Jales, fico triste de ver situações como essa. Costumava transitar por esse lado da cidade e observei em uma placa de obra, algum tempo atrás dizeres a respeito da Upa. Procurei saber o que seria isso, e notei que se tratava de uma unidade muito parecida com um hospital.
A primeira idéia que me veio à cabeça foi, um hospital significa ter pessoas internadas, e um trem passando ao lado, isso não é legal. Depois, passando por este mesmo local, percebi movimentações de terra, na verdade, uma cratera aberta na terra onde máquinas da prefeitura estavam colocando aqueles tubos de concreto. Essas mesmas máquinas empurraram depois a terra sobre esses mesmos tubos. Logo depois começaram a fazer o prédio.
Me recordo de uma época em que a obra estava à ponto de pintura, e pensava comigo: como vamos adentrar na unidade, pois na época, de frente a porta de entrada, havia apenas uma faixa de passagem de 1m no máximo, e em seguida um barranco enorme de mais de 3m de altura. Não sou engenheiro, mas percebi que isso não era algo correto, alí, não havia muro de arrimo nem nenhum mecanismo para contenção daquilo, que me recordo ter esbarrancado em épocas de chuva.
Em uma outra situação passei novamente por este local, e vi alí funcionários da prefeitura trabalhando em algo que me parecia um muro de arrimo, situação que parei e conversei com um senhor, um mestre de obras da prefeitura, e ele me disse que o engenheiro, então novo secretário de obras da prefeitura havia assumido o posto e com muita preocupação com a situação da obra, havia conseguido verba pra fazer o muro, depois de muito suar a camisa (conforme foi me passado pelo senhor da prefeitura).
A única coisa que me pergunto é, será que o antigo secretário de obras não viu essa necessidade?? Ou será que ele nem se preocupava com as situações da obra?? Ou será que ele não era qualificado para o cargo?? Enfim, há alguns dias fui visitar a unidade, já em uso, e ao adentrar na unidade, vi os banheiros interditados. Como morador de Jales, fiquei ainda mais triste, pois um prédio com menos de um ano de uso se encontra nessa situação lastimável.
Por fim, vejo críticas a empresa que executou a obra, e me pergunto: Se foi a prefeitura quem fez o muro de arrimo, é sinal que a empresa não recebia pra isto, e se o laudo que irão fazer concluir que foi devido a este muro, que culpa tem a empresa, senão as do atrasos da obra? Agora precisamos ouvir soluções, e ao Secretário de obras que teve a preocupação de fazer esse muro de arrimo, como cidadão de bem, eu o agradeço, pois se ele não tivesse essa preocupação, o prédio da Upa hoje, poderia estar todo em ruínas.
À nova gestão política, só peço que ao invés de ficar colocando culpa em empresa executora ou em antigo secretário de obras, procure assumir a culpa da própria prefeitura e resolva logo esse problema, pois o mesmo banheiro que está interditado, é o único de uso para deficientes físicos…..#SOLUÇÕESJÁ!!!!
Socializo com os preclaros leitores, um e-mail enviado para a caixa de contatos do blog. Confesso que fiquei surpreso com a novidade. Afinal, até onde eu sei, a Casa da Criança é dirigida por aliados da prefeita Nice. Renato Preto, por exemplo, comparece a reuniões representando a Casa da Criança.
Aproveito a oportunidade para dizer que, há alguns dias, circulam informações dando conta de que a prefeita cortou parte dos recursos repassados a duas outras entidades, a SACRA, que cuida de crianças, e a Associação Moriah, que cuida de mulheres vítimas de violência. Mas, vamos ao e-mail:
Boa tarde Cardosinho. Venho a seu blog manifestar o meu profundo descontentamento e decepção com a atual administração municipal em relação ao descaso com que a Casa da Criança vem sendo tratada. O que venho observando é um profundo desrespeito com todos os professores e funcionários daquela entidade que serve o nosso município, se não me engano, há mais de 40 anos.
Quem trabalha na instituição está desde o final de dezembro de 2012 sem receber o salário. É lamentável tamanho descompromisso com uma entidade que sempre serviu aos cidadãos mais carentes de nossa cidade, ajudando a cuidar e a educar suas crianças.
É ainda mais revoltante ver todo o empenho do poder executivo em aprovar a utilização de dinheiro público para a realização de uma festa, sob a máscara do caráter beneficente da mesma. Ora, se é para ajudar nossas instituições filantrópicas, porque não se aplica diretamente o dinheiro nelas? É preciso realizar uma festa para ver se dará lucro para só então, passados 30 dias, distribuí-lo entre as entidades?! É trocar um dinheiro certo, de todos nós cidadãos, por algo incerto, que pode inclusive reverter em prejuízo para a população.
Enquanto isto, passados mais de 90 dias do último recebimento, os funcionários e professores da Casa da Criança vão se virando nos 30, trabalhando gratuitamente de dia e arrumando algum bico que coloque comida na mesa de suas casas à noite.
O que nos resta são ações sensatas como a maioria (felizmente) dos nossos vereadores o fizeram ontem liderados pela vereadora Pérola Cardoso, que não aprovaram a liberação de dinheiro público para a Facip. Parabéns aos que votaram contra. A competência do poder público é o bem estar e desenvolvimento da população, sobretudo saúde e educação. Deixe a festa para de quem é a competência.
Post Scriptum: mal tinha acabado de publicar este post, recebi, em meu celular, uma amável ligação do sujeito conhecido por Renato Preto, cujo nome eu não sei. Dizia o citado personagem, que não tinha autorizado a citação do nome dele no post. E desde quando eu preciso da autorização de um mero serviçal feito esse cidadão para escrever o que penso?
O deputado Itamar Borges(PMDB) apresentou projeto de lei na Assembléia Legislativa de São Paulo, propondo o nome do saudoso Emílio Rossafa Rodrigues Neto a um dispositivo de retorno (trevo), na Rodovia Euclides da Cunha.
O dispositivo está localizado nas proximidades de Aspásia, a cerca de cinco quilômetros do local onde Neto Rossafa – como ele era conhecido – sofreu o acidente que o levou prematuramente. Abaixo, a justificativa do projeto de Itamar, por sinal, uma merecida homenagem a um jovem que era estimado por todos aqueles que o conheciam:
Emilio Rossafa Rodrigues Neto, filho de Devanil Papala Rossafa e Gled Bazzo Rossafa, fazia parte de uma família tradicional e histórica de Jales e região, composta por proprietários de concessionárias de veículos e pecuaristas, com envolvimento social e filantrópico.
O jovem Neto Rossafa tinha 26 anos de idade, morreu no dia 1º de dezembro de 2012, após se envolver em um grave acidente ao trafegar pela rodovia com seu veículo e colidir com a traseira de um caminhão.
O acidente ocorreu no km 600 da Rodovia Euclides da Cunha (SP-320), local bem próximo do dispositivo aqui denominado. O trágico acidente que vitimou Neto Rossafa criou um quadro de grande comoção na população de toda região.
Por estas razões, nada mais justo do que render essa singela homenagem, eternizando com seu nome no dispositivo de retorno, situado no Km 605 + 443 metros da Rodovia Euclides da Cunha, localizado no município de Aspásia.
O projeto de Itamar, de nº 776/2012, se encontra, atualmente, na Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembléia, aguardando os pareceres de praxe.
Como já era esperado, a Câmara Municipal mandou ao arquivo morto, agora à noite, o projeto da prefeita Nice Mistilides que abria um crédito adicional de R$ 2,3 milhões para suprir despesas com a Facip 2013.
Dessa vez, as nicetes não apareceram. Nem mesmo o vice-prefeito Pedro Callado deu o ar de sua graça, o que pode ser um sinal de que o esquema prefeitural já dava a derrota como certa. Os vereadores situacionistas – Claudir, Nishimoto, Abra e Macetão II – não disseram um único ai em defesa do projeto.
Somente Rosalino, Gilbertão e Pérola discursaram, todos contra o projeto, evidentemente. Pérola deve ter se sentido desafrontada ante as vaias de janeiro. Ao final de um discurso onde ela disse que Nice está tentando reinventar a roda e que a Facip, nos moldes propostos, é um retrocesso, a presidenta da Câmara foi aplaudida por cerca de 40 pessoas que acompanhavam a sessão.
As mesmas 40 pessoas também aplaudiram quando, após os discursos, o projeto foi colocado em votação e devidamente rejeitado. Votaram contra, os nobres edis Jesus Batista, Tiquinho, Gilbertão, Júnior Rodrigues, Rosalino e Pérola. Resta, agora, o Plano “B”. Mas há quem diga que seria conveniente já ir pensando no “C”.
Hoje, logo pela manhã, uma equipe de controle da dengue – capitaneada pelo elétrico João Grilo – desembarcou aqui no meu bairro, para fazer aquela nebulização do veneno contra o Aedes aegypti. Como sou moço razoavelmente perspicaz, logo desconfiei que algum vizinho havia sido picado pelo temível mosquito.
Aliás, acho que o pessoal da dengue – incluindo a eficiente Vanessa Luzia – já deve ter ligado o sinal de alerta. Afinal, na quinta-feira, quando eu escrevia matéria para A Tribuna, sobre a dengue, a cidade tinha 17 casos confirmados, dos quais, 11 autóctones e 06 importados.
Nesta segunda-feira, os números já haviam subido para 25 casos confirmados, sendo 18 autóctones – isto é, causados por mosquitos nascidos, criados e infectados em nossa pacata urbe – e 07 casos importados.
Ou seja, em apenas cinco dias, um crescimento de quase 50% no número de casos confirmados. Por outro lado, sempre é bom lembrar que, no ano passado inteiro, foram registrados somente 09 casos, refletindo o bom trabalho da equipe de combate à dengue.
A Prefeitura alega, com alguma razão, que o crescimento deste ano tem a ver com o caráter cíclico da doença. Com efeito, na dinâmica da dengue, as epidemias da doença se repetem a cada três ou quatro anos. Isso vale para todas as cidades.
Em Jales, tivemos 306 casos em 2010, 186 casos em 2011 e, como já dito, apenas 09 casos no ano passado. Portanto, considerando o ciclo da dengue, já era esperável um recrudescimento da doença em 2013. Em Jales e em todo o Estado de São Paulo.
Apesar do citado caráter cíclico, não se pode desconsiderar, no entanto, que a sujeira e a falta de cuidados com a cidade – além da falta de cooperação da própria população – também estão colaborando com o crescimento da dengue.
Pronto! Já se arrumou um convite que justificaria, em tese, o uso do carro oficial para comparecer a um culto evangélico. Como eu já disse, a prefeita, em função do cargo, tem direito a um carro oficial, mas, do ponto de vista da ética, ficaria muito melhor se ela utilizasse o próprio carro para cumprir esse tipo de compromisso.
Além do mais, o que está sendo questionado é a utilização de um carro da Educação, quando o Gabinete dispõe de outros veículos. Parini, por exemplo, usava, em suas andanças pela cidade, o Fiesta comprado pelo ex-marido da prefeita, José Eduardo Pinheiro Candeo. Mas, vamos à notícia da Secretaria Municipal de Comunicação:
Dando andamento a uma extensa agenda de compromissos no fim de semana, a prefeita Eunice Mistilides Silva (Nice) participou na noite de domingo, 03, do 1º Culto de Mulheres Adoradoras de Deus, da Igreja Cristã Presbiteriana Pentecostal, no Jardim Paraíso.
A prefeita foi convidada pelo pastor Ataíde Pereira de Souza a falar sobre o trabalho que tem desenvolvido junto as comunidades e aos bairros de Jales. O evento faz parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher.
Nice aproveitou a oportunidade para convidar todos para o 1º Café com a prefeita, que abrirá as portas do gabinete para a população no dia 08 de março. “Fico agradecida pelo convite do pastor Ataíde e quero dizer que, independente de religião, quero estar junto de todas as comunidades para fortalecermos ainda mais nossa administração”, finalizou Nice.
A Prefeitura de Jales anunciou que, a partir desta segunda-feira, começaria a notificar os donos de terrenos sujos ou mal conservados – como o da foto acima, situado nos fundos da escola CEIA COC – a fim de que eles procedam a limpeza. A iniciativa está respaldada pela Lei Municipal 3.719, de março de 2010, a qual determina que os lotes vagos devem ser mantidos fechados e livres de materiais nocivos à saúde pública.
Segundo essa lei, promulgada pelo ex-prefeito Humberto Parini, depois de notificados, os donos de terrenos terão 15 dias para efetuar a limpeza. Findo esse prazo, a própria Prefeitura poderá executar o serviço e cobrar por ele. Quando a lei foi aprovada, em 2010, o valor a ser cobrado pelo município estava fixado em R$ 0,40 por metro quadrado.
A mesma lei diz também que os proprietários de terrenos estão obrigados a construir as calçadas destinadas ao passeio público. Resta saber se donos de lotes – como esse da foto ao lado, localizado na Rua Nove, nos fundos da AABB, onde o mato invadiu até o espaço reservado à calçada – irão, finalmente, ser obrigados cumprir a lei.
Mas, e a Prefeitura? Será que ela vai fazer a lição de casa e limpar as praças e logradouros públicos que também estão sujos? Segundo o secretário de Obras, Osvaldo Polízio Júnior, o Vadinho, isso já começou:
“Bairros como Santo Expedito e Arapuã já receberam nossa equipe de servidores. Nossa maior dificuldade tem sido os equipamentos de trabalho, quando assumimos encontramos muitos sucateados. A prefeita Nice já está viabilizando novas máquinas e o conserto das antigas para fazermos um mutirão de limpezas nos terrenos, praças e avenidas”, alega Vadinho.
No sábado, 02, nós publicamos aqui no blog que a prefeita Nice Mistilides teria que correr atrás do prejuízo, uma vez que, segundo programação divulgada pela TV Tem, Jales tinha ficado de fora da primeira etapa do projeto “Cidade Limpa”. Justiça seja feita, parece que a prefeita já tinha se mexido. Vejam a notícia distribuída, hoje, pela Secretaria Municipal de Comunicação:
Na manhã de sexta-feira, 01, a prefeita Eunice Mistilides Silva (Nice) recebeu no gabinete a visita de cortesia do diretor executivo da TV TEM, Luiz Ricardo Queiroz. Participaram do encontro, o vice-prefeito, Pedro Callado, o jornalista e vereador Tiago Abra, o secretário de Comunicação, Bruno Guzzo e o contato publicitário da TV TEM, Marcelo Mamone.
Na oportunidade, Queiroz deu boas vindas à prefeita e reafirmou o compromisso da emissora em apoiar programas sociais em sua área de cobertura. O diretor aproveitou a presença e confirmou a participação de Jales no projeto Cidade Limpa, de 19 a 30 de agosto deste ano.
Para Queiroz, o projeto tem o objetivo de motivar a comunidade na promoção da melhoria da qualidade de vida e da proteção ao meio ambiente. Em 10 anos, já foram recolhidos o equivalente a mais de 150 mil caminhões carregados de lixo. O material coletado vai para um ponto de apoio e, depois, para a reciclagem.
“Estou muito feliz que Jales vai voltar a participar do Projeto Cidade Limpa. A campanha é importantíssima na conscientização dos moradores em deixar os quintais livres dos criadouros do mosquito da dengue”, afirmou Nice.
O prêmio “Melhores do Ano”, da Max Vision Pesquisas, deverá destacar, mais uma vez, dois grandes profissionais do rádio local. Claudinei Antonio Julião, da Antena 102, é um deles. Com essa, será a 12ª vez, consecutiva, que ele ganha o prêmio de “Melhor Locutor FM”. Contando outras premiações, sua estante ostenta 35 troféus.
Claudinei – que aparece na foto acima recebendo um dos prêmios que já ganhou, rodeado de lindas gérberas vermelhas – começou sua premiada carreira durante a montagem da Rádio Regional FM, convidado pelo então diretor da emissora, o saudoso José Clair Brezolin. Em 1989, ele foi para a Cultura AM, onde fazia o plantão esportivo, aos domingos.
Depois de trabalhar em quase todos os horários possíveis, tanto em AM quanto em FM, Claudinei Antonio apresenta, atualmente, o noticioso “Antena Ligada” e o programa “Paradão da Antena”. Fora do rádio, ele já foi assessor de imprensa da Prefeitura de Urânia, de 2001 a 2008, e, durante cinco anos, foi assessor, também, do deputado Romeu Tuma Júnior.
Na seara das rádios AMs, o campeão é o conhecido Wilson Flumenal, da Rádio Assunção, que já ganhou o prêmio “Melhor Locutor AM”, também por 12 vezes seguidas. Essa é, igualmente, a quantidade de vezes que o programa “Voltando Pra Casa”, apresentado por Flumenal, já foi escolhido como o “Melhor Programa AM”.
Wilson de Souza Negrão ganhou o apelido de “Flumenal” nos tempos em que ainda era padeiro. O conhecido radialista deve o apelido à maneira curiosa como pronunciava o nome da música “If You Leave Me Now”, do conjunto Chicago, que ele ouvia sem parar enquanto trabalhava.
Os talentosos Mariângela Virgílio e Maninho Carlos Augusto (fotos acima) também foram bem lembrados. Mariângela apresenta o “Bom Dia Cidade”, nas manhãs da Assunção AM, enquanto o Maninho apresenta o movimentado “Show da Alegria”, também de manhã, mas na Cultura AM.
Além de Claudinei, Flumenal, Mariângela e Maninho, outros nomes foram citados na pesquisa que escolheu os melhores do rádio jalesense, entre eles, Marcelo Marcondes, Márcio Pelozi, Sílvio Catuaba, Cléo Garcia, Gil Carrera, Agnaldo Velho e o intrépido Bochinho.
Um amigo que participou ativamente da campanha vitoriosa da prefeita Nice Mistilides, mandou o texto que reproduzo abaixo, onde ele revela uma certa decepção.
Cardoso permita-me usar este espaço para que seja publicado texto de minha autoria, sem a intenção de menosprezar, desqualificar ou desmoralizar a protagonista deste pequeno desabafo.
Ao abrir um jornal local, neste domingo, não pude deixar de me comover com as palavras que o dr. Pedro Callado escreveu em seu artigo “NADA COMO UM DIA DEPOIS DO OUTRO”.
Não há como deixar de reparar que o texto foi escrito como um claro recado a Nice, mas serve até mesmo ao próprio autor do texto. Ambos acreditam que ganharam as eleições sozinhos e não percebem que fomos nós formiguinhas, que buscamos em cada amigo, parente ou conhecido, o convencimento e a crença de que essa dupla seria a esperança e a grande mudança para Jales.
Em menos de sessenta dias, perseguições, picuinhas, mandos, desmandos e o destino de centenas de pessoas sujeito aos caprichos de uma Prefeita que usa o poder a seu bel prazer. Você não imagina como me dói escrever isso. Ainda guardo a imagem da Nice ajoelhada em frente à bíblia e nos ensinando a orar. A minha modesta racionalidade se nega acreditar que aquela candidata é a mesma que se tornou Prefeita da minha cidade. Como pôde dizer palavras de tamanha fé usando o poderoso nome de DEUS, e, em tão pouco tempo, fazer o contrário daquilo que ela pregou em toda a nossa campanha?
Como pôde usar os microfones em seus programas de rádio, abominar o nepotismo do antigo Prefeito e nomear a Nora como se isso fosse perfeitamente moral. Onde nas páginas daquela bíblia estava escrito isso? Para uns ela usou critérios de formação acadêmica, para outros, o critério do apadrinhamento. Um sujeito que sequer detém qualquer tipo de formação foi presenteado com a mais importante Secretaria da sua Administração. E, como se não bastasse, a esposa do dito cujo também vai usufruir de uma fatia do bolo do Poder, ganho pelas formiguinhas que ajudaram a eleger a Prefeita.
Posso ainda citar companheiros que lutaram pelo nome dela e do dr. Pedro, que perderam amizades, noites de sono, e até o emprego, como o colega Motorista de uma empresa de ônibus, simplesmente esquecido pelos dois que hoje comandam o destino de nossa terra. Assim como foram esquecidos companheiros de extrema qualificação, que eram chamados a dezenas de reuniões aos sábados, domingos, de dia ou de noite, não importava a hora, tudo que nós nos dedicávamos era o nosso tempo e a nossa vida pela vitória deles.
Eu era um deles por isso ao contrário de alguns que se tornaram Secretários não tinha tempo pra sair nas fotos dos Jornais, ou em páginas do Facebook, ao lado dos candidatos. Não imaginem que estou inconformado por não mamar nas tetas da Prefeitura, o que me indigna é simplesmente o fato de se usar tanto o nome de DEUS em vão. Hoje me sinto assim, devorado pelos pássaros de grande e bela plumagem bem no alto da copa das árvores do Poder. Mas, parafraseando o texto do próprio dr. Pedro, o tempo vai passar, seja quatro ou oito anos, os pássaros mais cedo ou mais tarde vão cair das copas e lá embaixo nós, as formigas, vamos estar esperando.
“ EU VEJO DEUS NA FLOR E NA ABELHA QUE SUGA O NECTAR DA FLOR, E NO PÁSSARO QUE DEVORA A ABELHA, E NO HOMEM QUE DEVORA O PÁSSARO, E NO VERME QUE DEVORA O HOMEM. SÓ NÃO VEJO DEUS, NO HOMEM QUE DEVORA O HOMEM” – MUDA JALES, CHEGOU A HORA !!!!
De vez em quando, chegam comentários sobre posts que, por já não estarem mais na primeira página do blog, acabam passando despercebidos à maioria dos leitores. 
