Categoria: Música

ENTÃO É NATAL: SIMONE FALA SOBRE ‘PROIBIÇÃO’ DE MÚSICA

Em novembro, um desses sites de gracinhas publicou uma “notícia” sobre a música “Então é Natal”, versão brasileira para “Happy Xmas”, do John Lennon. A “notícia” era essa:

simone1O Supremo Tribunal de Justiça proibiu a execução da música “Então é Natal”, da cantora Simone, dentro dos shoppings do país, sob a justificativa de irritabilidade dos funcionários e clientes.

A notícia foi recebida com muita tristeza por alguns e com alívio por outros. “Se eu ouvir mais um ano a Simone dizendo que é Natal, eu juro que me jogo da Ponte Rio-Niterói”, disse Vitória Dagostina, atendente de lanchonete.

“Tem que ter um saco do tamanho do saco do Papai Noel pra aguentar essa mulher berrando que é Natal” disse Natália Ferreira, gerente de loja. Já Fernando Silva, afirmou que “Natal sem Simone, não é Natal. Quem vai fiscalizar? O Papai Noel?”.

E, como este país está cheio de idiotas que acreditam em tudo o que sai na internet, o assunto ganhou proporções inesperadas. Nesta semana, a Simone – que, além de ser uma de nossas grandes cantoras, nasceu num 25 de dezembro – falou sobre o caso. Vejam a notícia do Terra:

Convidada do programa Altas Horas, da TV Globo, do próximo sábado (21), Simone comentou sobre a polêmica envolvendo a possibilidade de proibir sua canção Então é Natal de ser tocada em lojas e shoppings do Brasil. 

“Eu lamento muito que se pratique esse ato violento com relação a uma música, uma gravação que o povo brasileiro ama”, defendeu a cantora na gravação do programa de Serginho Groisman, realizado nesta quinta-feira (19) em São Paulo. “Durante todos esses 15 anos, sempre foi tocada. Acho violento. A gente vive num país que deveria ser visto como um país democrático, mas não está sendo. É uma coisa muito ditatorial.”

No início de novembro, a notícia de que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) iria censurar a música em áreas comerciais circulou pela internet, mas se mostrou falsa.

Mesmo assim, Simone achou preocupante a ação. “É uma lástima que vocês que têm uma idade muito pouca passem por isso. John Lennon é alguém que lutou sempre pela paz e morreu assassinado. Que a gravadora tome as providências cabíveis, porque a mim só cabe cantar”, reiterou. 

IBOPE: SERTANEJO É O ESTILO MAIS OUVIDO POR BRASILEIROS NO RÁDIO. MPB É O SEGUNDO

radio

O sertanejo é o mais ouvido, mas a pesquisa mostra que a MPB continua firme e forte. A notícia é do G1:

A pesquisa “Tribos Musicais”, realizada pelo Ibope, indica que o sertanejo é o estilo mais ouvido por brasileiros no rádio. O levantamento indica os tipos de música que ouvintes de rádio escutaram em período de sete dias. O estilo sertanejo foi escutado por 58% do público.

Em segundo lugar na pesquisa sobre a audiência de rádio ficou a MPB, ouvida por 47% do público. Em 3º ficaram samba e pagode, com 44%. Forró e rock ficaram empatados em 4º lugar, com 31%. Também foram citados música eletrônica (29%), religiosa (29%), axé (26%), funk (17%), country (12%), clássica (11%) e jazz e blues (9%), segundo o Ibope. A pesquisa aceitava mais de uma resposta por pessoa, já que o ouvinte pode ter escutado mais de um estilo de música durante o período.

O levantamento também traçou o perfil dos fãs de cada gênero. Entre os ouvintes de rock e MPB, a maioria pertence à classes A e B, de renda mais alta e mais posses de bens, diz o Ibope. De acordo com a pesquisa, a maior parte dos ouvintes de sertanejo e pagode/samba é da classe C.

Os ouvintes de funk e de música religiosa têm perfil parecido, diz o Ibope. Mais de 70% deles pertencem às classes C, D e E, com predominância do público feminino, segundo a pesquisa. Porém, o funk é mais ouvido por jovens de 12 a 19 anos, enquanto a música religiosa é a preferida entre as pessoas que têm de 25 a 34 anos.

Outra diferença entre os ouvintes de funk e música religiosa, segundo a pesquisa, diz respeito ao consumo. Enquanto 32% dos que ouviram funk no rádio “afirmam fazer compras por impulso, valorizando o estilo, os ouvintes de gospel/religioso buscam benefícios, como usar o cartão de crédito para comprar o que normalmente não poderiam adquirir (42%)”, diz o comunicado do Ibope sobre a pesquisa.

BETH CARVALHO – “ANDANÇA”

Daqui a pouquinho, às 10:00 horas, estarei lá na Regional FM, onde apresento o Brasil & Cia até às 14:00 horas. Deixo com vocês um vídeo com a Beth Carvalho cantando “Andança”. Por sinal, é uma das músicas mais pedidas no Brasil & Cia.

“Andança” é um dos clássicos do compositor Paulinho Tapajós, que, vocês sabem, faleceu na sexta-feira, com 68 anos. Composta em parceira com Danilo Caymmi e Edmundo Souto, foi a música que catapultou Beth Carvalho rumo à fama, depois que a sambista a cantou no III Festival Internacional da Canção, em 1968.

No ano seguinte, em outro Festival da Canção, Paulinho emplacou “Cantiga por Luciana”, interpretada pela Evinha, uma das três irmãs que integravam o Trio Esperança.

Outro sucesso conhecido de Paulinho Tapajós é a canção “Sapato Velho”, composta em parceria com Mu Carvalho e Cláudio Nucci. A primeira gravação de “Sapato Velho” pertence ao Quarteto em Cy, no disco “Querelas do Brasil”, de 1978. Mas foi com o Roupa Nova, que a gravou três anos depois, em 1981, que essa música ficou famosa.

Mais informações sobre a carreira e a obra do Paulinho Tapajós, podem ser vistas na matéria do G1. Fiquem, agora, com a Beth Carvalho:

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VINÍCIUS DE MORAES, CEM ANOS

vinícius de moraes2Se estivesse vivo, Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes, o Vinícius de Moraes, estaria completando 100 anos neste sábado. 

Diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor, Vinícius nasceu no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1913, e faleceu em 9 de julho de 1980, em decorrência de um edema pulmonar, deixando cinco filhos.

Vinícius de Moraes era um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, além de manter a fama de grande conquistador (oficialmente,  teve nove mulheres). O apelido de “poetinha”, ele ganhou do grande amigo e parceiro Tom Jobim.

Sua parceria com Tom Jobim é responsável por clássicos mundiais como “Se Todos Fossem Iguais A Você”, “A Felicidade”, “Chega de Saudade”, “Eu sei que vou te amar” e “Garota de Ipanema”. Esta última foi, durante muito tempo, a segunda música mais executada no mundo, perdendo apenas para “Yesterday”, dos Beatles.

Em 1972, Vinícius de Moraes esteve em Jales, juntamente com Toquinho, Marília Medalha e o Trio Mocotó, para um show no Cine Jales. O jalesense Luiz Carlos Seixas, co-autor de duas músicas gravadas por Toquinho, conta que, sete anos depois, esteve com Vinícius e aproveitou para perguntar se o poeta se lembrava do show em Jales.

Vinícius se virou para o parceiro Toquinho e perguntou: “Lembra, Toquinho, aquela casa bonita, daquele médico nordestino?”. Ele se referia à residência do médico Eduardo Ferraz Ribeiro do Valle, outro grande apreciador de uísque, onde Vinícius e Toquinho ficaram hospedados aqui em Jales.

Quando fizeram o show no Cine Jales, Toquinho e Vinícius tinham apenas dois anos de parceria e um disco gravado. Toquinho conta que “Tarde em Itapoã” foi a música que selou de vez a parceria. “O Vinícius fez a letra e queria que o Dorival Caymmi fizesse a melodia. Aí eu pedi para ele deixar eu musicar a letra. Depois de pronta, o Vininha ouviu duas ou três vezes e aprovou”.

Abaixo, um vídeo onde eles cantam “Tarde em Itapoã”:

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OLHA QUE COISA MAIS LINDA, MAIS CHEIA DE GRAÇA…

E o senador Eduardo Suplicy(PT) maravilhou o país com mais uma impressionante performance musical, ontem, na tribuna do Senado. Dessa vez, o homenageado foi o poetinha Vinícius de Moraes, que, se vivo estivesse, comemoraria 100 anos no próximo sábado, 19 de outubro. Confiram:

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ALMIR SATER – “TOCANDO EM FRENTE”

A música “Tocando em Frente”, do Almir Sater e do Renato Teixeira, é uma das mais pedidas lá no Brasil & Cia, programa que apresento todos os domingos – das 10:00 às 14:00 horas – na Regional FM.

A primeira gravação dessa canção foi da Maria Bethânia, no disco “25 Anos”, de 1990. Naquele ano, “Tocando em Frente” ganhou o Prêmio Sharp de “Melhor Música do Ano”.

Almir Sater nasceu em 1956, em Campo Grande-MS e, desde a infância, ouvia pelo rádio as modas de viola de Tião Carreiro e Pardinho. Aos 20 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, para estudar Direito, e conheceu Tião Carreiro, que veio a ser o seu mestre.

Já o Renato Teixeira nasceu em Santos-SP, em 1945, e, depois de passar a infância em Ubatuba, mudou-se, aos 14 anos, para Taubaté, onde morou por 10 anos. Em 1967, ele deu seus primeiros passos como compositor, participando do III Festival de MPB, da TV Record, com a música “Dadá Maria”, defendida por Gal Costa.

No vídeo abaixo, temos uma linda interpretação de “Tocando em Frente”. A música tem uns cinco minutos, mas vale a pena ir até o final do vídeo, pois o Almir conta como ele e o Renato Teixeira compuseram a música e também como ela foi parar no disco da Bethânia. É bem interessante.

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SALVE O CORINTHIANS

rita-tibes-ficou-famosa-por-tocar-piano-nua-1380328327591_615x470Depois da chacoalhada que levamos da lusa, só mostrando a Suzy e o hino do Coringão pra levantar o nosso astral. Rita Tibes é o nome verdadeiro da moça, que tem 32 anos e também é corintiana.

Ela ficou famosa ao aparecer tocando piano pelada, como forma de protesto pela falta de espaço para as mulheres na música instrumental.  Mas, foi o hino do Corinthians que a tornou conhecida também em países como Bélgica, China, Croácia, França, Peru, Polônia, Portugal e Romênia.

E ela é uma pianista tão interessante que, apesar da rivalidade, até os palmeirenses e são-paulinos estão querendo que ela toque o hino de seus clubes.

O You Tube andou censurando os primeiros vídeos em que ela aparecia totalmente nua. Por isso, agora ela veste ao menos uma lingerie para mostrar seu talento musical. Deem uma espiada, agora, no vídeo em que a moça toca o hino do Coringão:

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‘SUÍTE CABOCLA’ DIFUNDE VIOLA CAIPIRA NA MÚSICA ERUDITA

Renato Gagliardi - Musico (5)

Músico Renato Gagliardi se apresentará em quatro cidades da região – Votuporanga, Fernandópolis, Santa Fé do Sul e São José do Rio Preto – nos próximos dias. A notícia é da assessora de imprensa Luciana Gadoti:

A viola caipira é reverenciada pelo universo sinfônico no projeto “Suíte Cabocla”, idealizado pelo músico Renato Gagliardi. Ladeado por um quarteto de cordas, contrabaixo e percussão, ele apresenta o resultado de mais de 15 anos de pesquisa sobre a viola caipira em uma série de quatro concertos gratuitos, que serão realizados, a partir do dia 15 de setembro, nas cidades de Fernandópolis, Santa Fé do Sul, Votuporanga e São José do Rio Preto.

A proposta do projeto “Suíte Cabocla” é difundir a viola caipira na música erudita, evidenciando sua pertinência como instrumento de concerto. Os concertos rompem as fronteiras entre o erudito e o popular, apresentando composições inéditas, arranjos e releituras de obras clássicas. Em contato com composições de nomes como Villa-Lobos, Beethoven, Bach e outros ícones da música clássica, pessoas de diferentes gerações são convidadas a desvendar uma outra face da viola caipira.

No repertório, Renato Gagliardi apresenta sete composições próprias, concebidas em sua incursão na sonoridade da viola caipira, que começou em 1988, quando iniciou sua carreira como músico profissional como contrabaixista da Orquestra Sinfônica de Goiás. Entre os anos de 1997 e 1998, em turnê pela Itália e Suíça, pode divulgar um pouco de sua pesquisa ao público internacional.

Formado pela Universidade Federal de Goiás, Renato Gagliardi atualmente também ocupa a função de contrabaixista na Orquestra Sinfônica de Barretos. Um de seus grandes trabalhos em torno da viola caipira foi na abertura do rodeio de Barretos, em 2006, tocando o Hino Nacional com viola e acompanhado da Orquestra Sinfônica Municipal de Barretos.

Nos concertos do projeto “Suíte Cabocla”, Renato Gagliardi é acompanhado pelo quarteto de cordas formados por Cesar Monteiro (primeiro violino), Victor da Silva Cabral (segundo violino), Miguel Stamato (viola), Israel Angeli (violoncelo) e Danilo Paziani (contrabaixo acústico), além do percussionista Ferrugem, conhecido pelo seu trabalho como ator em propagandas e programas humorísticos nos anos 1970 e 80.

Os concertos do Suíte Cabocla têm ainda duas participações especiais: o oboísta Jailson Peixoto e o músico Prashanto Hollanda, que se dedica ao estudo da kalimba. A participação de Prashanto será apenas no concerto de Rio Preto.

A primeira cidade a receber o concerto gratuito do “Suíte Cabocla” é Fernandópolis. A apresentação será no dia 15 de setembro, às 20h30, no Teatro Municipal de Fernandópolis.

No dia 22 de setembro, o concerto será em Votuporanga, no Centro de Convenções “Jornalista Nelson Camargo”. Em Santa Fé do Sul, a apresentação será no dia 27 de setembro, no Complexo Turístico “Roberto Valle Rolemberg”. São José do Rio Preto receberá a apresentação do “Suíte Cabocla” no dia 12 de outubro, no teatro do Sesc Rio Preto.

O projeto “Suíte Cabocla” conta com apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e do Governo do Estado de São Paulo, por meio do Programa de Ação Cultural (Proac). Tem patrocínio da Itamarati, Bellman Nutrição Animal, Supermercados Proença, Elmaz e Danda Motos.

CHARGE

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Num país onde, anualmente, morrem milhares de pessoas assassinadas, ainda tem gente que se escandaliza com um selinho. A charge do Duke, publicada originalmente no Super Notícias, exemplifica, de maneira simples e inteligente, como a indignação de algumas pessoas é seletiva:

Tudo isso me faz lembrar uma canção do Gilberto Gil, chamada “Pai e Mãe”. Nela, Gil conversa com a mãe, pergunta pelo pai e manda um recado a ele:

E meu pai, como vai?
Diga a ele que não se aborreça comigo
Quando me vir beijar outro homem qualquer
Diga a ele que eu quando beijo um amigo
Estou certo de ser alguém como ele é

A música pode ser ouvida aqui.

SIMONE – “DEIXA EU TE AMAR”

Hoje é domingo e, como faço há 18 anos, estarei na Regional FM, daqui a pouco, apresentando o Brasil & Cia, com as melhores da MPB. Deixo por aqui um vídeo com a Simone cantando “Deixa Eu Te Amar”, uma composição do Agepê.

Se estivesse vivo, Antônio Gílson Porfírio(AGP) teria completado 71 anos, ontem, 10 de agosto. Mas, ele foi vítima de uma cirrose e morreu em 1995, com 53 anos de idade e 20 anos de carreira artística.

“Deixa Eu Te Amar”, que fez parte da trilha sonora da nova Vereda Tropical, foi o maior sucesso de Agepê. O disco Mistura Brasileira, que continha essa canção, foi o primeiro disco de samba a ultrapassar a marca de um milhão de cópias vendidas (vendeu um milhão e meio de cópias).

Diogo Nogueira é um dos sambistas da nova geração que já regravou a música do Agepê. A regravação da Simone está no CD “Na Veia”, de 2009. No vídeo abaixo, temos a versão Ao Vivo, gravada durante o show “Em Boa Companhia”, de 2010:

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