Categoria: Música

CYBELE, DO QUARTETO EM CY, É SEPULTADA NO RIO DE JANEIRO

QUARTETO EM CYA cantora Cybele, do grupo vocal Quarteto em Cy, um dos mais importantes da história da música brasileira, foi sepultada nesta sexta-feira (22), às 14 horas, no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Cybele, de 75 anos, cujo nome era Cybele Ribeiro de Sá Leite Freire, era baiana de Ibirataia onde nasceu em 3 de maio de 1940. Era irmã das também QUARTETO EM CY2cantoras e compositoras Cyba, Cynara e Cylene, todas do grupo vocal Quarteto em Cy.

O Quarteto em Cy foi originalmente formado pelas quatro irmãs. Ainda  na Bahia,  as quatro irmãs Sá Leite iniciaram sua relação com a música por meio do projeto sociocultural “Hora da Criança”, que visava introduzir os jovens no mundo das artes.

No início dos anos 60, de passagem pelo Rio de Janeiro, Cyva, a irmã mais velha, conhece o poeta Vinícius de Moraes, que incentiva as quatro irmãs a formar um conjunto vocal. Com o auxílio de Carlos Lyra, o grupo foi batizado como Quarteto em Cy, em referência às iniciais dos nomes das integrantes.

“ROMARIA” – MARIA RITA

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Elis Regina estava grávida de sete meses, em julho de 1977, quando cantou pela primeira vez a música “Romaria”, do Renato Teixeira, em um evento chamado “O Fino da Música”, no Palácio das Convenções do Anhembi.

E quem habitava o útero da “Pimentinha”, esperando pacientemente a hora de desembarcar neste mundo estranho e maravilhoso, era exatamente a Maria Rita, que, no vídeo acima, canta a música lançada por sua mãe.

Renato Teixeira conta que compôs “Romaria” em meia hora, numa época em que ele – natural de Taubaté – morava em São Paulo e dedicava-se à composição de jingles. Foi no estúdio em que gravava os jingles que ele conheceu Elis Regina e o maestro Cesar Camargo Mariano, pai de Maria Rita.

Renato entregou a Elis uma fita com sete composições de sua autoria, entre as quais, “Romaria”, que foi gravada por ela no LP de 1977. Como já tinha acontecido com Milton Nascimento, João Bosco, Ivan Lins, Belchior e outros, foi depois da gravação de Elis que Renato Teixeira ficou conhecido como compositor.

“Romaria” já foi regravada por grandes artistas, como Jessé, Pena Branca e Xavantinho, Ivete Sangalo, Maria Bethânia (lindíssima interpretação) e Zé Ramalho/Fagner (muito bonita, também).

Achei de bom tom postar essa canção hoje, porque estou curtindo a minha folga anual na Regional FM, onde apresento o Brasil & Cia. E a folga se dá em virtude de, neste domingo, a rádio estar com uma programação especial, transmitindo a “30ª Romaria Diocesana”.

DIARIOWEB DESTACA SHOWS DE VERÔNICA FERRIANI NA REGIÃO

ferriani1No post anterior, faltou dizer que o pai da Verônica Ferriani – que, repito, é cirurgião plástico e já trabalhou em Jales – também é músico e já atuou em conjuntos musicais.

Faltou dizer, igualmente, que a minha amiga Neca Bottos, do Clube do Ipê, liga de vez em quando para o Brasil & Cia – programa que apresento aos domingos, na Regional FM – pedindo músicas da Verônica (ao lado, em foto de Rodrigo Goffredo). 

E o Diário da Região de hoje também está destacando a vinda da cantora para apresentações na região. Confiram:

O Circuito Cultural Paulista volta à região neste fim de semana, trazendo atração musical para Ouroeste, Monte Aprazível e Novo Horizonte. Quem vem cantar por aqui é Verônica Ferriani, de Ribeirão Preto, que já dividiu palcos com Beth Carvalho, Ivan Lins, Mart’nália, Jair Rodrigues, Tom Zé e outros nomes da música popular brasileira. Ela chegou a excursionar, em 2011, na turnê do cantor Toquinho.

Verônica ficou reconhecida no meio musical nacional após uma apresentação no programa musical da TV Globo “Som Brasil”, em 2007, onde interpretou canções famosas na voz de Ivan Lins. Após uma séria de participações especiais em shows de famosos, em 2009, ela lançou seu primeiro disco independente, intitulado “Verônica Ferriani”. 

Em 2012, foi convidada para participar do Projeto Novas Vozes do Brasil, promovido pelo Itamaraty, e se apresentou em países como Colômbia, Portugal, Espanha, Rússia e Japão.

A cantora e compositora lançou em outubro do ano passado o álbum “Porque a boca fala aquilo do que o coração tá cheio”, seu segundo CD solo, que será apresentado na caravana de apresentações pela região. O disco está disponível para download gratuito em seu  site oficial.

CANTORA VERÔNICA FERRIANI SE APRESENTA HOJE EM OUROESTE

verônica ferriani

O amigo leitor está sem programa para a noite desta sexta-feira? Então, que tal dar um pulo a Ouroeste, onde teremos a apresentação da cantora Verônica Ferriani.

Ela traz para a região o show “Porque a boca fala aquilo que o coração tá cheio”, onde canta músicas de seu repertório autoral e de outros compositores, como Gonzaguinha, por exemplo.

Segundo o jornalista carioca e crítico Mauro Ferreira, que viu a estreia do espetáculo, na semana passada, no Rio de Janeiro, trata-se de um show tão contundente quanto o CD lançado por Verônica em 2013.

Verônica Ferriani nasceu em Ribeirão Preto, onde o pai dela, o cirurgião plástico Carlos Roberto Ferriani tem consultório. O doutor Carlos Roberto é de São José do Rio Preto e chegou a trabalhar em Jales, há alguns anos.

Além disso, os pais de Verônica são amigos de infância da minha querida ex-professora de Psicologia, Vany Scamardi.

Para saber mais sobre a Verônica Ferriani, é só clicar aqui. Abaixo, um vídeo com a participação dela no “Som Brasil” dedicado à obra de Ivan Lins:

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CANTORA CROATA IMITA LARISSA RIQUELME, MAS ESCONDE CELULAR EM OUTRO LUGAR

A notícia é do iG:

Em um clipe sensual, a cantora pop croata Nives Celsius lançou uma canção chamada ‘Take me to Brasil’ (Me leve para o Brasil) e o ‘hit’ já faz sucesso. No vídeo, ela aparece vestindo um biquíni vermelho e com as cores do Brasil pintadas nos seios.

A cantora cita a modelo paraguaia Larissa Riquelme, que ficou famosa durante a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, por colocar um celular entre os seios. No clipe, Nives Celsius também esconde um aparelho, só que na parte de baixo do biquíni. Assista:

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CHICO BUARQUE COMPLETA 70 ANOS

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Hoje, dia 19 de junho, Francisco Buarque de Hollanda está completando 70 anos. Como acontece quase todos os anos, Chico – que é avesso a festas e homenagens – vai comemorar o aniversário em Paris.

O jornal Zero Hora, de Porto Alegre, pediu a 10 jornalistas e críticos musicais que apontassem aquelas que, na opinião deles, seriam as 10 melhores canções de Chico.

Construção, “com seu irretocável tecido de palavras proparoxítonas”, foi a mais lembrada, aparecendo em 07 das 10 listas. Eu te Amo, aparece em segundo lugar, com seis citações.

Em terceiro, Futuros Amantes e Retrato em Branco e Preto com cinco menções. Beatriz, uma das minhas preferidas, aparece em seguida, com quatro indicações.

Homenagem ao Malandro, Samba e Amor, Folhetim, As Vitrines, Vai Passar, O Que Será e Quem Te viu, Quem te Vê foram citadas em três listas. 

Para se ter uma ideia da dimensão da obra de Chico, nada menos que 54 músicas aparecem nas 10 listas dos 10 críticos. Esse número se torna ainda mais impressionante, quando se nota que clássicos como Atrás da Porta, Roda Viva, Tatuagem, João e Maria, Teresinha, Cálice, Mulheres de Atenas e tantas outras ficaram de fora das 10 listas. 

Se eu tivesse que fazer uma lista com as minhas preferidas do Chico, certamente teria muita dificuldade em relacionar apenas 10, mas, Até Pensei, Todo o Sentimento, Atrás da Porta, A Noiva da Cidade, Sem Fantasia e Beatriz não ficariam de fora. 

Ontem, enquanto eu procurava o poema “Os Submersos”, que Carlos Drummond fez em homenagem a Rubineia, me veio à cabeça a cidade submersa do Chico. E me lembrei que Futuros Amantes é outra das minhas preferidas. Vida longa ao Chico!

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios no ar
 
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
 
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

JAIR RODRIGUES – ‘DISPARADA’

Os prezados leitores já devem ter ouvido muita coisa sobre Jair Rodrigues, nos últimos dias, de modo que não resta quase nada para ser dito. Falemos, então, das coincidências da vida.

Jair tinha acabado de lançar um CD duplo com o nome de “Samba Mesmo“, onde ele faz releituras de canções conhecidas e coloca um tempero de samba em todas elas. “De Volta Pro Aconchego“, da Elba, “Conceição“, do Cauby, “Como é Grande o Meu Amor Por Você”, do Roberto, e até “Tortura de Amor”, do Waldick, ganham ritmo de samba-canção.

A coincidência – triste – é que, logo na primeira faixa de seu último disco, Jair canta “Fita Amarela”, do Noel. Lembram-se da letra? “Quando eu morrer, não quero choro e nem vela; quero uma fita amarela, gravada com o nome dela…”.

Um pouquinho mais adiante, na terceira faixa, o negão canta “Na Cadência do Samba”, do Ataulfo Alves. Que diz mais ou menos isso: “Sei que vou morrer não sei a hora, levarei saudades da Aurora; sei que vou morrer não sei o dia, levarei saudades da Maria…“.

Coincidências à parte, Jair Rodrigues de Oliveira – paulista de Igarapava – já fazia sucesso em 1966 quando foi convidado para interpretar “Disparada“, de Téo de Barros e Geraldo Vandré, no Festival da Canção, da TV Record.

A música terminou empatada com “A Banda“, do Chico, em primeiro lugar. E ganhou repercussão entre os brasileiros politizados por ser, até então, a mais vigorosa canção de protesto surgida desde que começara a ditadura militar.

Um dado curioso sobre “Disparada”, que nem o Carlinhos Brown seria capaz de imaginar: durante a apresentação, no Festival, o percussionista Airto Moreira utilizou uma queixada de burro como instrumento de percussão.

Abaixo, Jair cantando uma versão mais recente de “Disparada“. E, daqui a pouco, às 10:00 horas, estarei na Regional FM apresentando o Brasil & Cia, onde pretendo tocar mais coisas do Jair Rodrigues.

LUCAS REIS E THACIO, A VIOLA CAIPIRA TOCADA DE UM JEITO DIFERENTE

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Essa eu pesquei na página do amigo Elder Mansueli, no Facebook. Vale a pena conferir o vídeo, onde os jovens violeiros de Uberlândia, Lucas Reis e Thacio, demonstram suas habilidades tocando ao mesmo tempo em apenas uma viola.

Thacio, o moreno, aprendeu a tocar o instrumento ainda menino, meio que às escondidas, usando a viola de um tio. Mais tarde, foi incentivado pelos pais e entrou na Orquestra Infanto Juvenil de Viola Caipira, de Uberlândia.

Deve ter sido na mesma orquestra que ele conheceu Lucas Reis, que também tomou gosto pelo instrumento ainda menino. Sua primeira apresentação foi aos seis anos. Aos dez, foi convidado a integrar a equipe de voluntários do Hospital de Câncer de Uberlândia, onde, juntamente com seu avô, tocava e cantava músicas de viola para os pacientes.

Infelizmente, os artistas que preservam as raízes da música caipira não têm muito espaço na mídia. O Faustão, por exemplo, já deve ter mostrado o Leonardo umas trezentas vezes ao seu Domingão. Mas, artistas como os do vídeo, ninguém vê naquela porcaria de programa.

ROBERTO CARLOS – ‘CAFÉ DA MANHÃ’

Roberto Carlos

Ontem, dia 19 de abril, não foi apenas o “Dia do Índio”. Foi também o dia de mais um aniversário – o 73º – do rei Roberto Carlos. Como faz todos os anos, ele passou um tempo na sacada do prédio onde mora, no Rio de Janeiro, acenando para os fãs.

Roberto Carlos, filho de um relojoeiro, nasceu em 1941, em Cachoeiro do Itapemirim(ES). Aos seis anos de idade, no dia da festa de São Pedro, padroeiro de Cachoeiro, ele foi atropelado por uma locomotiva e sua perna direita teve de ser amputada um pouco abaixo do joelho.

Na música “O Divã”, Roberto faz um pequena alusão ao acidente. “Relembro bem a festa, o apito e na multidão um grito, o sangue no linho branco…”. Ainda garoto, ele aprendeu a tocar violão e piano, incentivado por sua mãe, dona Laura.

Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD), Roberto Carlos é o artista solo com mais álbuns vendidos na história do Brasil. Seus discos já venderam mais de 120 milhões de cópias e bateram recordes de vendagem.

No início de sua carreira, Roberto Carlos esteve em Jales. Ele viajava sozinho e carregava em um carro velho toda a parafernália que usava no show. No vídeo abaixo, o Rei canta um de seus grandes sucessos românticos: “Café da Manhã”, composta por ele e Erasmo.

Essa música foi lançada em 1978, no disco que tinha “Lady Laura” – onde ele homenageia sua mãe – e “Força Estranha”, música composta por Caetano Veloso especialmente para Roberto cantar.  Agora, o vídeo:

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SERTANEJO DINO FRANCO É ENCONTRADO MORTO EM SUA CASA EM RANCHARIA

A notícia é do jornal Folha da Região, de Araçatuba:

dino francoO cantor sertanejo Dino Franco (foto), de 77 anos, da dupla Dino Franco e Mouraí, foi encontrado morto por sua irmã em seu quarto, ontem, sexta-feira (4), em Rancharia (a 138 km de Araçatuba). De acordo com a delegacia da cidade, Dino (seu nome verdadeiro era Osvaldo Franco) chegou a tomar café da manhã, mas se sentiu indisposto e voltou a dormir antes de morrer.

“Por volta das 11h30 desta manhã, a irmã dele foi chamá-lo para tomar banho e se deparou com Dino Franco já morto”, informou o escrivão da delegacia. O sertanejo, segundo a família, sofria de uma cirrose hepática provocada pelo consumo de bebida alcoólica. O velório seria na Câmara Municipal. Já o sepultamento acontecerá hoje, às 9h, no Cemitério Municipal.

Dino Franco foi reconhecido, ao lado de Mouraí – morto em 2005 -, como pioneiro na regravação de pérolas do sertanejo de raiz, como “Sertaneja”, “A Cachaça e o Fumo” e “A Volta do Caboclo”.

Dino Franco não foi apenas pioneiro na regravação pérolas sertanejas, como diz a notícia. Ele foi, também, um grande compositor, dos tempos em que o sertanejo tinha letra e melodia.

“Cheiro de Relva”, por exemplo, foi composto por Dino Franco e José Fortuna. Trata-se de um clássico do sertanejo raiz, que já foi regravado por vários cantores e duplas. No vídeo abaixo, uma versão ao vivo, com Dino Franco e Mouraí:

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