Categoria: Música

14 BIS E BETO GUEDES – “CAÇADOR DE MIM”

Capa-do-Livro-O-Apanhador-no-Campo-de-CenteioAo contrário do que muita gente pensa, “Caçador de Mim” não foi composta por Milton Nascimento. A música é resultado de uma parceria entre os compositores Sérgio Magrão (melodia) e Luiz Carlos Sá (letra). A inspiração para escrever a letra da música veio do livro “O Apanhador no Campo de Centeios“, segundo Luiz Carlos.

O romance de J.D.Salinger conta a história de um jovem que é expulso da escola por seu mau desempenho e, no regresso para casa, passa a refletir sobre sua vida. Curiosamente, um livro que inspirou uma música tão bonita, foi “inspiração” também para Mark Chapman assassinar John Lennon, em 1980. Chapman confessou que foi o personagem do livro que o estimulou a cometer o crime.

Milton Nascimento conheceu a música quando estava produzindo um disco da Banda 14 Bis. Segundo Milton, foi paixão à primeira audição. Ele decidiu não apenas gravar a música, como também dar o nome dela ao disco “Caçador de Mim”, de 1981, que tinha outras belas canções, como “Nos Bailes da Vida”.

No vídeo abaixo, temos uma versão ao vivo, com o 14 Bis e a participação do Beto Guedes. E daqui a pouco, às 10:00 horas, estarei lá na Regional FM apresentando o Brasil & Cia, com o melhor da MPB.

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GRUPO ‘ROUPA NOVA’ SE APRESENTA HOJE EM JALES

roupa nova

O conjunto Roupa Nova estará se apresentando neste domingo, no Villa Rocca, aqui em Jales, em evento promovido pela LB Eventos, da Leninha Baitello. É a segunda vez que o grupo se apresenta em nossa cidade. A primeira vez foi em 2010, durante a 41ª Facip.

O Roupa Nova está na estrada desde o início da década de 1970, mas, até 1981, se chamava Fanks. Naquele ano, por sugestão do seu produtor, Mariozinho Rocha, o nome foi modificado para Roupa Nova, em referência ao nome de uma música de Milton Nascimento e Fernando Brandt gravada pelo grupo no disco de estreia, juntamente com “Sapato Velho”, “Bem Simples” e outras.

Em 1985, o grupo gravou “Chuva de Prata”, com Gal Costa, em um disco da baiana. Também em 1985, o Roupa Nova ficou vários meses nas paradas de sucesso, com as músicas “Dona” – incluída na trilha sonora da novela “Roque Santeiro”, da Globo – e “Whisky a go go”, tema de abertura da novela “Um Sonho a Mais”, também da Globo.

Por sinal, a novela teria outro nome, que já tinha sido escolhido, mas acabou se chamando “Um Sonho a Mais”, numa referência direta à letra de “Whisky a go go”, cujo refrão terminava com “lembrar você/um sonho a mais não faz mal”. No vídeo abaixo, o Roupa Nova interpreta “Whisky a go go”: 

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‘JOVEM GUARDA’ CINQUENTONA

jovem guarda

Há exatos 50 anos, no dia 22 de agosto de 1965, um domingo, o trio da foto acima – Roberto Carlos, Wanderlea e Erasmo Carlos – estreava o programa “Jovem Guarda”, na TV Record.

Naqueles tempos, como acontece até os dias de hoje, as tardes de domingo eram recheadas de futebol ao vivo, na TV. Até que um dia, por conta de um desentendimento com a TV Record, as entidades que cuidavam do futebol em São Paulo proibiram as transmissões dos jogos.

O pessoal da TV Record viu, então, naquela gurizada que estava surgindo – influenciada pelo rock dos Beatles, Elvis, Rolling Stones, etc – a opção para cobrir o buraco surgido na programação das tardes de domingo. E assim, entrava no ar, o primeiro programa feito para jovens na televisão brasileira.

O nome – Jovem Guarda – foi inspirado em trecho de um discurso do revolucionário russo Vladimir Lênin, onde ele dizia que “o futuro pertence à jovem guarda porque a velha está ultrapassada”.

Além da música, a Jovem Guarda influenciou a linguagem e os padrões de comportamento da juventude dos anos 60. A minissaia, por exemplo, virou coqueluche, para alegria dos rapazes.

No ginásio onde eu estudava, aqui em Jales, já no início dos anos 70, dois pares de pernas povoavam os melhores pensamentos dos alunos. Um deles pertencia a uma professora. E a dona do outro era uma aluna, cujo nome não me lembro, já que ela era conhecida pelo apelido – Valeta.

Mas a Valeta é assunto para o meu amigo Luiz Carlos Seixas, que tem uma memória bem melhor que a minha. Fiquemos com o vídeo onde o rei Roberto Carlos canta “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno“, a música que encerrava o programa Jovem Guarda todos os domingos.

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BETH CARVALHO REPUDIA USO DE ‘VOU FESTEJAR’ EM PASSEATA COXINHA

A notícia é do blog do Azenha, o Viomundo:

beth_carvalho09A cantora Beth Carvalho é filha de João Francisco Leal de Carvalho (cassado em 1964 pela ditadura militar) e Maria Nair Santos Leal de Carvalho.

Verdadeiramente progressista, Beth, a vida inteira, se alinhou com os movimentos sociais e políticos de esquerda.

Pois no último domingo ela teve uma grande surpresa. O movimento de direita #Vem Pra Rua usou no seu carro de som na manifestação, no Rio de Janeiro, a música Vou Festejar, gravada com a voz de Beth Carvalho.

Indignada, Beth emitiu uma nota de repúdio. Ei-la:

Gostaria de saber de quem foi a INFELIZ ideia de colocar a música “Vou Festejar” (de Jorge Aragão, Neoci Dias e Dida), gravada com a minha voz, em um carro de som da passeata do dia 16/08 organizada pelo movimento #Vem Pra Rua?

Tal movimento está em dissonância absoluta tanto com os meus posicionamentos políticos, como com o que esta música representa historicamente.  Não poderia ser usada em hipótese alguma.

Para que fique bem claro, eu, Beth Carvalho sempre me posicionei ao lado de líderes como Che Guevara, Fidel Castro, Hugo Chavez, Leonel Brizola. Inclusive, a música “Vou Festejar”, gravada primeiramente em 1978, sempre representou movimentos de esquerda e de abertura política como as Diretas Já e o segundo turno de Lula contra o Collor em 1989.

Para completar a dissonância, os maiores mestres culturais da minha vida são em sua maioria negros e pobres – Nelson Cavaquinho, Cartola, Candeia. E, não tolero a homofobia que vem sendo explicitada nestas passeatas.

Desta forma gostaria de manifestar meu absoluto REPÚDIO e insatisfação.

Acho que o uso de “Vou Festejar” é inclusive uma evidência clara da total despolitização ou intenção de despolitizar do movimento #Vem Pra Rua. Minha voz e meu samba não os representa nem hoje, nem ontem, nem nunca. Tomarei as providências cabíveis e exijo uma retratação pública.

O samba cantado por Beth pode ser ouvido no vídeo abaixo:

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REPÓRTER DO SPORTV CANTA COM TOQUINHO E AGRADA ATÉ O GALVÃO

joanna-de-assisA simpática repórter do Sportv, Joanna de Assis,  que já mostrou sua versatilidade ao escrever um livro bem recebido pela crítica, está mostrando  talento também como cantora. A performance aconteceu ontem, no “Bem, Amigos!”, do Galvão Bueno.

A repórter, que participa semanalmente do “Bem, Amigos!”, selecionando e fazendo a leitura de perguntas dos telespectadores, foi convidada pelo cantor-compositor-violonista Toquinho e não se fez de rogada: soltou a voz, cantando “O Bêbado e a Equilibrista”, da dupla João Bosco/Aldir Blanc.

A atuação de Joanna como cantora agradou telespectadores e internautas, que encheram as redes sociais de elogios à repórter. Abaixo, o vídeo com a performance de Joanna, que começou meio envergonhada, mas depois se soltou.

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ROUPA NOVA – “SAPATO VELHO”

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Daqui a pouco, às 10:00 horas, estarei lá na Regional FM, onde todos os domingos apresento o Brasil & Cia. Por sinal, neste mês de junho o programa está completando 20 anos.

É bastante tempo, mas, quando o Brasil & Cia começou, em 1995, a banda Roupa Nova já estava na estrada há 15 anos. O grupo, que mantém sua formação original até hoje, foi formado em 1980, no Rio de Janeiro. Entre outras coisas, o Roupa Nova é recordista em trilhas sonoras de novelas, com mais de 30 músicas.

Em novembro, teremos a oportunidade de ver e ouvir o Roupa Nova, que estará em Jales para uma apresentação no Villa Rocca. O evento é uma promoção da LB Eventos, da Leninha Baitello, e, como se pode ver na foto acima, a Banca do Edu já está vendendo os ingressos, cujos preços vão de R$ 160,00 a R$ 500,00.

No vídeo abaixo, o Roupa Nova interpreta “Sapato Velho” um de seus grandes sucessos, lançado em 1981. Junto com “Dona”, “Seguindo no Trem Azul” e “Anjo”, a música “Sapato Velho” foi, seguramente, uma das mais pedidas nestes 20 anos do Brasil & Cia.

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O OUTRO LADO DA MESMA VIAGEM: AUTOR DE JÓIAS DA MPB, FERNANDO BRANT MORRE EM MINAS

FERNANDO BRANTO jornalista e compositor Fernando Brant morreu na noite da sexta-feira (12), aos 68 anos, em Belo Horizonte. Parceiro de Milton Nascimento, compôs mais de 200 canções, entre elas clássicos como “Travessia”, “Maria, Maria”, “Encontros e Despedidas” e a letra da versão em português de “Canção da América”.

Brant morreu em decorrência de problemas no fígado após ter se submetido a um transplante do órgão na terça-feira passada. O novo fígado foi rejeitado pelo corpo e ele passou por uma outra cirurgia na sexta-feira (5), mas não resistiu.

Ele foi diagnosticado com câncer no fígado há três anos, e foi submetido a uma cirurgia para retirada do tumor. Novos tumores, porém, foram descobertos este ano. Os médicos aconselharam o transplante. O novo órgão era de um doador de 15 anos.

Já na terça-feira, uma das artérias do fígado entupiu, necrosando o órgão e liberando toxinas no organismo.  Os médicos então decidiram submete-lo a um novo transplante, após a localização de um outro doador. No entanto, o músico não resistiu ao novo procedimento e morreu na noite dessa sexta-feira.

Fernando Brant nasceu em Caldas em outubro de 1946. Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mais tarde atuou como repórter da sucursal mineira da revista “O Cruzeiro”. Mas foi como músico e compositor que ele fez sucesso.

Em 1967, Brant participou do II Festival Nacional da Canção, na TV Globo, com três canções escritas em parceria com Milton Nascimento: “Morro velho”, “Maria minha fé” e o hit “Travessia”, que terminou em 2º lugar no evento. Em 1968, participou do IV Festival de Música Popular Brasileira, na TV Record, com a canção “Sentinela”, cantada por Cynara e Cybele.

Em 1972, as composições “San Vicente”, “Ao que vai nascer” e “Paisagem na janela” foram incluídas no histórico LP “Clube da Esquina” , de Milton Nascimento e Lô Borges. No vídeo abaixo, Simone e Milton cantam “Encontros e Despedidas”:

SANDY DIZ QUE NÃO APRECIA MÚSICA SERTANEJA

SANDY

Esta é a segunda vez que Sandy diz, publicamente, que não gosta de música sertaneja. A primeira vez foi em 2011, no programa do Jô Soares. A declaração chama a atenção, é claro, porque ela é filha, sobrinha e neta de cantores sertanejos. A notícia é do UOL:

Ao lado do pai, o cantor Xororó, Sandy disse no “SuperStar” deste domingo (10) que não gosta da música sertaneja. “Eu amo o meu pai, mas eu não amo a música sertaneja”, contou ela, antes de avaliar uma dupla do gênero. “Polêmica no mundo musical”, emendou a apresentadora Fernanda Lima.

A repercussão das palavras da cantora foi imediata nas redes sociais. Alguns a criticaram, já que ela vem de uma família que ganhou sucesso cantando esse tipo de música; outros a defenderam, dizendo que se trata de uma opinião e que deve ser respeitada.

Após o término do programa, Sandy voltou a tocar no assunto. “Parece que rolou uma polêmica por aí, que eu disse que ‘amo o meu pai, mas não amo a música sertaneja’. Gente, eu só fui sincera. Eu tenho os meus estilos musicais favoritos, mas aqui no ‘SuperStar’ eu tenho que ser imparcial, tanto é que eu aprovei a dupla sertaneja. Eu ouvi muita música sertaneja na minha infância, por influência do meu pai. Eu sou fã do trabalho dele. Fora o trabalho do meu pai, do meu tio, realmente não ouço música sertaneja, não é o estilo que me agrada”, justificou a cantora em entrevista ao site oficial do “SuperStar”.

CHIARA CIVELLO E CHICO BUARQUE – “IO CHE AMO SOLO TE”

Io Che Amo Solo Te” é a música mais famosa do falecido (setembro de 2005) cantor e compositor italiano Sérgio Endrigo. Ela foi gravada originalmente em 1962 e já foi regravada por diversos artistas. Aqui no Brasil, Zizi Possi fez uma das mais belas releituras dessa canção.

Sérgio Endrigo ficou conhecido no Brasil por ser o compositor de “Canzone Per Te“, música com a qual Roberto Carlos venceu o Festival de San Remo, em 1968. Segundo os especialistas, ele foi pioneira na aproximação da música brasileira com a italiana.

Além da parceria com Roberto Carlos, Endrigo cantou com outros astros da MPB, como Chico Buarque, e compôs músicas para crianças com Vinícius de Moraes, como “La Casa” (Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada…).

No vídeo abaixo, Chiara Civello e Chico Buarque cantam “Io Che Amo Solo Te“. A música de Endrigo integra o CD “Canzoni“, lançado por Chiara em 2014. Por coincidência, Endrigo e Chiara nasceram no mesmo dia (15 de junho), ele em 1933 e ela em 1975.

 

CHICO BUARQUE – ‘MULHERES DE ATENAS’

Hoje, 08 de março, comemora-se o “Dia Internacional da Mulher”. Vocês sabem, essa data foi escolhida para homenagear as mulheres porque foi num dia 08 de março que 159 operárias americanas morreram queimadas – assassinadas – dentro da fábrica em que trabalhavam.  Existem, porém, controvérsias: outra versão diz que a data teve como origem a luta de mulheres russas por melhores condições de trabalho.

Entre os nossos grandes compositores, é quase unânime que Chico Buarque é aquele que mais entende a alma feminina. Mas, mesmo o Chico já enfrentou a fúria feminina. Foi em 1976, quando ele compôs “Mulheres de Atenas” para um espetáculo teatral chamado “Lisa, a Mulher Libertadora“.

As feministas não gostaram da música e acusaram Chico de fazer apologia à submissão da mulher. Ele argumentou que sua intenção era exatamente o contrário. “Eu quis dizer: mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas e vocês vão ver no que vai dar”. Diante de tão  convincente explicação, as feministas ficaram mais calmas.

Segundo os entendidos, a música do Chico faz referências a Penélope, a famosa esposa de Ulisses, e a Helena, a mulher do maldoso Menelau que foi raptada pelo seduto Páris. Por sinal, Helena, Menelau e Páris são personagens, também, de “Mulher Nova, Bonita e Carinhosa Faz o Homem Gemer Sem Sentir Dor”, do Zé Ramalho.

Abaixo, um vídeo com “Mulheres de Atenas“. E daqui a pouco, às 10:00 horas, eu estarei na Regional FM, apresentando o Brasil & Cia. Se deixarem, tocarei algumas músicas que falam de mulher, como, por exemplo, “Ser, Fazer e Acontecer”, do Gonzaguinha, “Cor de Rosa Choque“, da Rita Lee. E o Ziquinho, certamente, vai querer ouvir “Mulher Brasileira“, do Benito.

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