Categoria: Música

RECORDAR É VIVER: COMENTÁRIO A RESPEITO DE MARTINHO DA VILA

De vez em quando, chegam comentários para postagens antigas e aquelas pessoas que acompanham apenas os últimos posts acabam não lendo essas mensagens. Hoje, por exemplo, chegou um comentário do meu amigo Luiz Carlos Seixas, lá de Ourinhos, para um post que escrevi em fevereiro, sobre os 75 anos do Martinho da Vila.

Seixas – Bochecha, para os amigos – foi um grande goleiro nos nossos tempos de juvenis do CAJ, mas ele era muito melhor com um violão. Aqui em Jales, ele ganhou festivais de música com 15 ou 16 anos de idade. O Seixas teve, também, duas músicas de sua autoria – em parceria com o Mutinho – gravadas pelo Toquinho.

Mas, vamos ao interessante comentário do Bochecha: 

Martinho da Vila fez um show na quadra do Instituto de Educação Euplhy Jalles em 1974. Chovia naquela noite de domingo. Após o show, o sambista e seus músicos (entre eles Mané do Cavaco) jantaram na casa do dr. Lair Seixas, na rua Seis.

Depois do jantar (e praticamente secar a adega do advogado), o grupo, capitaneado pelo Deonel Rosa Júnior, se aboletou no bar do Olício, ao lado da Rádio Cultura. Foi ali que Martinho da Vila escreveu de próprio punho a letra de um samba que tinha acabado de gravar, deixando de presente pro Deonel. O samba se chamava Disritmia.

Todo o estoque etílico do Olício secou antes das 6 da manhã. Pelas 7 horas, um carro levou o sambista embora pra dormir, mas antes me deixou na casa de meus pais, na rua Elizabete. Minha mãe abria a janela quando desci do carro, a tempo de ver o Martinho no banco do carona.

Por volta do meio dia, o ônibus partiu da avenida Francisco Jalles. Pude ver Martinho na janela do coletivo, quieto, admirando nossa cidade. Durante o show, o violonista Toninho fez um número solo, “Maracatu Atômico” (Jorge Mautner). No camarim, me levaram para tocar “Mulher de Malandro” pro Martinho da Vila avaliar.

OBS.: “Mulher de Malandro” é uma música do Seixas com a qual ele venceu um festival estudantil, aqui em Jales, em 1973. Quem cantou a música foi a Leninha Baitello. 

Post Scriptum: uma das músicas do Seixas, gravada pelo Toquinho, pode ser ouvida clicando em 10 Numa Só Das Mãos – Toquinho. Ela faz parte do LP “Doce Vida”, de 1981, que, se não me falha a memória, foi o primeiro disco gravado pelo Toquinho depois da morte do Vinícius de Moraes.

TOM ZÉ XINGA ESPECTADOR DURANTE SHOW NO RIO DE JANEIRO

O Tom Zé esteve em Jales em outubro de 2008 para um show do Circuito SESC de Artes. Eu o encontrei, antes do show, jantando um prato feito na padaria Via Pães, junto com a esposa. Conversamos um pouco e, curiosamente, durante o tempo que estive por lá, ninguém mais reconheceu o Tom. Mas vejam a notícia do portal baiano A Tarde:

Durante um show realizado no Circo Voador, no Rio de Janeiro, o cantor baiano Tom Zé se irritou e xingou um espectador que jogou um copo de cerveja no palco. O fato aconteceu na última sexta-feira, 10, mas um vídeo foi publicado no Youtube no sábado, 11.

Após ver que o objeto havia sido atirado no palco, o cantor parou o show e mandou um recado irritado para a plateia. “Não é show de covarde. Se não está gostando, a porta de saída é ali”, proferiu o cantor, entre outros xingamentos.

Em seguida, prosseguiu seu discurso afirmando que nunca desrespeitou o público ao longo da carreira. “Eu tenho 76 anos. Sou um homem de respeito. Durante toda a vida, respeitei vocês”, desabafou, com o apoio do público.

Tom Zé apresentou o show dos discos ‘Tropicália Lixo Lógico’ e ‘Tribunal do Feicibuqui’.

Confiram, no vídeo abaixo, que o repertório de xingamentos do Tom Zé é do tipo tradicional:

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ZECA PAGODINHO E MARISA MONTE – “PRECISO ME ENCONTRAR”

Daqui a pouco estarei lá na Regional FM, onde, todos os domingos, apresento o Brasil & Cia, com as melhores da MPB. Deixo com vocês um vídeo onde o Zeca Pagodinho e a Marisa Monte cantam “Preciso Me Encontrar”, uma das músicas preferidas do meu amigo Benezinho, lá de Urânia, um dos grandes craques que já vestiram a camisa do nosso CAJ.

Zeca e Marisa estão acompanhados por dois instrumentistas fantásticos: Yamandu Costa (violão) e Hamilton de Hollanda (bandolim).

Muita gente acha que “Preciso Me Encontrar” é uma composição do Cartola, mas, na verdade, é de autoria de Antônio Candeia Filho, o Candeia, outro grande sambista. Ele morreu em 1978, com apenas 43 anos. O pai dele era músico e, por isso, Candeia cresceu em meio aos bambas.

Em 1961, com 26 anos, ele entrou para a polícia e, como tinha pavio curto, acabou arrumando muita confusão. Numa dessas, Candeia esbofeteou uma prostituta que, diz-se, rogou-lhe uma praga.

No dia seguinte, após atirar nos pneus de um caminhão, ele levou cinco tiros e um deles atingiu-lhe a medula óssea, paralisando para sempre suas pernas. Paralítico, ele aposentou-se aos 30 anos de idade e viveu seus últimos treze anos numa cadeira de rodas, compondo.

“Preciso Me Encontrar” foi gravado pela primeira vez pelo Cartola, em 1976, daí a confusão sobre a autoria. Em 1989, Marisa Monte regravou o samba em seu primeiro CD. E agora, Zeca Pagodinho o incluiu no show em que comemorou 30 anos de carreira. Vejam o vídeo aqui.

WANESSA FAZ SHOW PARA APENAS 800 PAGANTES EM ESTREIA

Pelo jeito, nem o Zezé apareceu. A notícia é do site Extra on Line:

Para se transformar na Madonna brasileira, falta a Wanessa principalmente o  público. Seu show na sexta-feira à noite, no Vivo Rio, teve apenas 800 pagantes  — a casa comporta até 5 mil pessoas. Na tentativa de amenizar o vexame, a  produção tapou parte da plateia com panos pretos e convidou, de última hora,  Preta Gil para fazer uma participação.

Wanessa estreou na semana passada seu show “DNA tour”, em São Paulo. No Rio,  artistas como Priscila Fantin prestigiaram sua apresentação. Quem estava também  presente era Zilu Camargo, que veio de Miami para acompanhar a turnê da  filha.

EXTREME – “MORE THAN WORDS”

Mudemos um pouco o rumo da prosa, pois algumas pessoas andam muito bravas comigo. Falemos de música. E já que Boston está nos noticiários, que tal vermos um vídeo com a banda Extreme, que é de lá.

Eu aprendi a gostar do rock do Extreme há uns 15 anos, através de um colega de Banco do Brasil, o Anderson Proni, de Santa Fé do Sul. Ele era (e acredito que continua sendo) fã da banda e, sempre que podia, me ligava aos domingos para pedir a versão do Extreme para o clássico do Queen, “Love Of My Life”.

O conjunto Extreme surgiu em 1986, mas a primeira apresentação para um grande público aconteceu somente dois anos depois, quando a banda abriu um concerto do Aerosmith, outra banda de Boston. Apesar de roqueiros, o grande sucesso dos rapazes do Extreme é uma balada gravada no segundo disco da banda, em 1990. É ela – “More Than Words” – que está no vídeo abaixo:     

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QUARTETO DE VIOLONISTAS INTERPRETA “TICO-TICO NO FUBÁ”

E hoje eu vou sair mais cedo lá pra Regional FM, pois teremos a tal cavalgada no centro da cidade e é provável que o trânsito de algumas ruas esteja interditado. Das 10:00 às 14:00 horas eu fico por lá, apresentando o Brasil & Cia

Deixo com vocês um vídeo que me foi enviado pelo professor José Antonio de Carvalho, conhecido nas lides pelo carinhoso apelido de “Zebu”. O professor sempre manda raridades interessantes.

Dessa vez, ele nos brindou com uma interpretação diferente do clássico do Zequinha de Abreu, “Tico Tico no Fubá”. Os intérpretes são os exímios violonistas do quarteto “4-Tíssimo”. Vale a pena dar uma espiada no vídeo:

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STACEY KENT – “LES EAUX DE MARS” (ÁGUAS DE MARÇO)

Daqui a pouco, às 10:00 horas, eu estarei lá na Regional FM, onde fico até às 14:00, apresentando o Brasil & Cia. Deixo com vocês um vídeo sugerido pelo amigo Gustavo Pontel, que acompanha o blog lá na França. Eis o e-mail que me chegou na madrugada deste domingo:

Olá Cardosinho, como vai?

Sou de Jales, mas no momento estou estudando na França. Por aqui, tive a oportunidade de conhecer o trabalho de uma sublime intérprete que se chama Stacey Kent. Ela interpreta uma versão em francês de “Águas de Março”, do mestre Tom Jobim. 

“Stacey é uma intérprete americana de jazz. Em 2001, ela lançou um álbum dedicado exclusivamente à Bossa Nova, chamado “Brazilian Sketches” (Esboços brasileiros).

Fica a indicação.

Abraços.

Gustavo Pontel

Por sinal, uma bela indicação. Confiram o vídeo abaixo:

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AS METADES DA EX-BBB ANAMARA

Pelo jeito, a moça das fotos – a ex-BBB Anamara – é fã do cantor e compositor Osvaldo Montenegro. Reparem que ela tatuou, em cada lado de seu lindo costado, um trecho de uma música do Osvaldo, chamada “Metade”. Eis o trecho: “E que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor… e a outra metade também.”

“Metade” já foi, há alguns anos, uma das músicas mais solicitadas lá no programa dominical que apresento na Regional FM, o Brasil & Cia. Por sinal, essa música já foi alvo de uma polêmica.

Há uns três anos, o jornalista Ancelmo Góis, de o Globo, noticiou que Montenegro estaria sendo acusado de plágio, pelo poeta Ferreira Gullar. Segundo o jornalista, Gullar dizia que “Metade” seria um plágio do poema “Traduzir-se”, de sua autoria, e que ficou nacionalmente conhecido depois de ter sido musicado pelo Fagner.

À época, Montenegro rebateu a suposta acusação de Gullar, afirmando que as duas obras eram completamente distintas, embora abordassem, ambas, a dualidade humana. Particularmente, também não vejo muita semelhança entre as letras das duas músicas. Talvez o professor Belon, um estudioso da nossa poesia, possa nos esclarecer se, realmente, existe alguma semelhança.

Por enquanto, fiquemos com o ensaio da Anamara para o Paparazzo – que pode ser visto aqui – e com os vídeos abaixo, onde Osvaldo Montenegro aparece interpretando “Metade” e o Fagner canta “Traduzir-se”

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NANDO REIS – ‘VOCÊ NÃO VALE NADA’

Daqui a pouco, estarei lá na Regional FM, onde apresento, todos os domingos – das 10:00 às 14:00 horas – o Brasil & Cia. Antes, porém, creio haver tempo para sugerir mais um vídeo musical. 

Tempos atrás, eu postei por aqui um vídeo onde o Nando Reis canta “Muito Estranho”, do Dalto. Este outro vídeo é do mesmo show, “Bailão do Ruivão”, onde o Nando mostra sua versatilidade, cantando de Wando a Bee Gees.

No show “Bailão do Ruivão”, que está fazendo sucesso há mais de um ano, o ex-titã relembra os tempos em que ele cantava nos bailes da vida, com um conjunto musical. Vejam, abaixo, o vídeo em que Nando faz uma incursão ao universo brega, cantando “Você Não Vale Nada”, com uma participação legal de suas duas backing vocal.

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EMÍLIO SANTIAGO, UMA LINDA VOZ MASCULINA NO PAÍS DAS CANTORAS

Como amante da MPB, não há nada que eu possa dizer sobre Emílio Santiago que já não tenha sido dito nos sites que estão noticiando a morte dele, nesta quarta-feira, aos 66 anos. Posso dizer, apenas, que, adolescente ainda, testemunhei o início da carreira dele, no programa de calouros do Flávio Cavalcanti (“A Grande Chance”) que eu via todos os domingos,  numa televisão em branco e preto, lá na Vila Maria.

No mosaico acima, está toda a farta discografia de Emílio, iniciada há exatos 40 anos. De todos os discos dele, os que mais gosto são os da série “Aquarela brasileira”, os quais ouço sempre que posso. Veja aqui e aqui duas notícias do UOL e do G1, com a opinião de alguns amigos sobre Emílio. E, abaixo, um vídeo onde ele canta “Verdade Chinesa”.

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