Hoje foi dia de posse do novo prefeito, Luís Henrique Moreira, da vice-prefeita Marynilda Cavenaghi – que aparecem na foto acima, de costas, fazendo o juramento – e dos dez vereadores eleitos em 15 de novembro.
Como sou moço precavido, tratei de ficar em casa, acompanhando a sessão solene pela internet. O novo prefeito foi o penúltimo a discursar. Depois de falar sobre sua infância em Buritama, onde corria entre as seringueiras da fazenda administrada pelo pai, Luís Henrique prometeu “uma gestão nítida, moderna e transparente”.
Disse, também, que vai governar com as entidades locais, as quais, segundo ele, prestam relevantes serviços à cidade. Garantiu que irá começar a fazer mudanças a partir do primeiro dia de trabalho. Falou em revisar contratos e negociar pagamentos. E prometeu fazer de Jales uma cidade conectada e melhor para os jalesenses.
Antes dele, discursou a vice, Marynilda. Ela ressaltou que se sentia honrada por estar utilizando a mesma tribuna que, por 20 anos, foi utilizada por seu pai, o ex-vereador de cinco mandatos, José Carlos Cavenaghi. Marynilda dedicou parte de seu discurso ao funcionalismo e garantiu que a nova administração trabalhará em harmonia com os servidores.
Entre os vereadores, destaque para o discurso do experiente Rivelino Rodrigues(PP). Ele lembrou aos eleitos que “o povo espera muito de nós e temos que dar uma resposta à altura”. Rivelino afirmou que “os números destas eleições foram assustadores, principalmente em relação à quantidade de pessoas que deixaram de votar” e ressaltou que os novos vereadores e a nova administração municipal terão como uma de suas tarefas fazer com que os eleitores recuperem a vontade de votar. “Não temos o direito de decepcionar”, concluiu Rivelino.
Antes de partirem em caravana para a Prefeitura, onde ocorreria a transmissão do cargo de prefeito e vice, as poucas pessoas que estiveram na Câmara fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da covid.
Ah!, eu ia me esquecendo: durante a sessão tivemos, também, a eleição da Mesa da Câmara para o biênio 2021/2022. E, como já era previsto, os escolhidos, por unanimidade, foram os nobres edis Bismark Kuwakino (presidente), Hilton Marques (vice-presidente), Rivelino Rodrigues (1º secretário) e Andrea Cristina Moreto (2ª secretária).
O presidente Jair Bolsonaro foi eleito “Pessoa Corrupta do Ano” pelo Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCRP), um consórcio internacional que reúne jornalistas investigativos e centros de mídia independente.
Em comunicado, o grupo diz que o mandatário brasileiro “venceu por pouco” o chefe da Casa Branca, Donald Trump, e o líder da Turquia, Recep Erdogan, devido a seu suposto papel na promoção do crime organizado e da corrupção.
“Eleito após o escândalo da Lava Jato como candidato anticorrupção, Bolsonaro se cercou de figuras corruptas, usou propaganda para promover sua agenda populista, minou o sistema de justiça e travou uma guerra destrutiva contra a região da Amazônia que enriqueceu alguns dos piores proprietários de terras do país”, afirma o OCCRP.
O consórcio destaca a denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, no caso das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando ele era deputado estadual.
Além disso, ressalta as investigações contra o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), o filho zero dois do presidente, também por um suposto esquema de repartição de salários de assessores, o dinheiro depositado por Fabrício Queiroz e sua esposa, Márcia de Aguiar, na conta bancária da primeira-dama Michelle Bolsonaro e as acusações contra o próprio presidente.
“A família de Bolsonaro e seu círculo íntimo parecem estar envolvidos em uma conspiração criminosa em andamento e têm sido regularmente acusados de roubar do povo”, diz Drew Sullivan, editor do OCCRP.
“A destruição contínua da Amazônia está ocorrendo por causa de escolhas políticas corruptas feitas por Bolsonaro. Ele encorajou e alimentou os incêndios devastadores”, afirma Rawan Damen, diretor do Arab Reporters for Investigative Journalism e um dos jurados do prêmio.
O Brasil está sendo alvo de piada internacional por não conseguir comprar nem as seringas, enquanto quase 50 países, incluindo Argentina e Chile, já estão vacinando suas populações. Deu no Brasil 247:
Quando o general Eduardo Pazuello assumiu o Ministério da Saúde se gabava da suposta “experiência logística” nas Forças Armadas como requisito para o cargo. No entanto, enquanto diversos países já iniciaram a imunização contra a Covid-19, o ministério fracassou na primeira tentativa de comprar seringas e agulhas para a vacinação no Brasil.
Das 331 milhões de unidades que a pasta tem a intenção de comprar, só conseguiu oferta para adquirir apenas 7,9 milhões no pregão eletrônico realizado nesta terça-feira (29), o que representa cerca de 2,4% do total de unidades que a pasta estabeleceu como necessária para iniciar a vacinação da população brasileira.
Com isso, o Ministério da Saúde terá que realizar novo pregão, ainda sem data definida. Portanto, a previsão do ministro de iniciar a vacinação contra Covid-19 em fevereiro fica prejudicada.
Além da vacinação contra a covid-19, as seringas e agulhas adquiridas pelo Ministério da Saúde serviriam para a campanha de imunização contra o sarampo.
Quem foi às agências do Banco do Brasil nesta última semana do ano de 2020 levou um susto. A maior parte dos pontos de atendimento ao público estava sem caixas. Não havia funcionários para executar os serviços.
A justificativa em todas as agências foi a mesma: a segunda onda de covid-19 pegou os empregados do Banco do Brasil em cheio. Mas, mesmo ciente da contaminação em massa de seus funcionários, o BB não montou um plano de contingência.
Resultado: muitos clientes insatisfeitos, voltando para casa sem resolver seus problemas com o banco, vários deles, solucionados somente presencialmente. As queixas eram gerais, contudo, os funcionários que tentavam acalmar os ânimos reconheceram que a situação no Banco do Brasil é dramática.
Para empregados do BB, estão sucateando a instituição a fim de facilitar sua privatização. Eles dizem que há um movimento deliberado dentro do banco para atender mal a clientela a justificar que a única saída para a instituição é repassar seu controle à iniciativa privada.
“Infelizmente, o que temos visto é uma inação dentro do Banco do Brasil. Já houve muitos problemas com a covid na primeira fase da doença, mas, agora, nesta segunda onda, mais gente se contaminou e nada foi feito para manter o atendimento ao público minimamente adequado”, diz um empregado do BB.
O quadro é tão preocupante, que os clientes que procuraram as agências do Banco do Brasil no Sudoeste, em Brasília, foram orientados a se dirigirem aos postos de atendimento do Guará ou da 507 Sul. Para isso, teriam que se deslocar mais de seis quilômetros.
Procurada, a assessoria de imprensa do Banco do Brasil ficou de se manifestar, mas, antecipadamente, admitiu que a covid atingiu em cheio funcionários que atuam na linha de frente do atendimento.
O ex-ministro da Justiça e ex-juiz federal Sergio Moro criticou, nessa 2ª feira (28.dez.2020), a demora para o início da vacinação contra a covid-19 no Brasil. O ministro Eduardo Pazuello (Saúde) disse hoje que a previsão é que o país comece a vacinar pessoas de grupos prioritários em fevereiro de 2021.
“Vários países, inclusive da América Latina, já estão vacinando seus nacionais contra a COVID-19. Onde está a vacina para os brasileiros? Tem previsão? Tem Presidente em Brasília? Quantas vítimas temos que ter para o Governo abandonar o seu negacionismo?”, publicou Moro em seu perfil no Twitter.
A imunização já teve início em, ao menos, 47 países. Na América Latina, o México foi o 1º país a iniciar a vacinação, em 24 de dezembro, seguido pelo Chile. Os dois países optaram pela vacina produzida pelos laboratórios Pfizer e BionTech.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cobrou, nessa 2ª feira (28.dez), que os laboratórios que produzem vacinas contra a covid-19 apresentem pedidos de registro à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No sábado (26.dez), Bolsonaro havia dito que “não dá bola” para o fato de o Brasil estar atrás em relação aos países que já iniciaram a vacinação.
Três países da América Latina – Chile, México e Costa Rica – já iniciaram a vacinação contra a covid. Agora, é a vez da Argentina. Enquanto isso, aqui neste país tropical e bonito por natureza, o Bozo não está nem aí. Perguntado sobre o atraso da vacinação no Brasil, ele disse que “não dou bola pra isso”.
A entrega à Argentina das doses da Sputnik V, a vacina russa contra a covid-19, está prevista para ser concluída ainda na segunda-feira (28), permitindo que a vacinação comece na terça.
“O presidente Alberto Fernández se reuniu com os governadores e o chefe do governo da cidade de Buenos Aires [Horacio Rodríguez Larreta] informando que na segunda-feira [28] as doses da vacina Sputnik V chegarão em todas as províncias; depois disso, os participantes concordaram que na manhã da terça-feira [29] o processo de vacinação vai começar em todo o país”, diz o comunicado de sábado (26).
De acordo com o comunicado do governo, os líderes provinciais agradeceram ao presidente da Argentina durante o encontro, realizado via videoconferência, pela gestão bem-sucedida da obtenção da vacina russa. O presidente argentino também foi às redes sociais para falar sobre o assunto.
“As doses da vacina Sputnik V que chegaram da Rússia estarão disponíveis em cada província na terça-feira (29) e às 09h00 [mesmo horário de Brasília] começará a vacinação simultânea em todo o país. Seguimos trabalhando unidos, porque nossa única preocupação é a saúde dos argentinos e argentinas”.
A Sputnik V foi a primeira vacina contra a covid-19 registrada na Rússia e no mundo. O imunizante tem 92% de eficácia comprovada, com base nos dados dos primeiros 16 mil participantes do ensaio clínico que receberam as duas doses da vacina.
Além da Argentina, outros países latino-americanos já iniciaram ou já têm datas para o início da imunização contra a covid-19. É o caso de México, Chile e Costa Rica. O Brasil, o país mais impactado pela pandemia na região, em números absolutos de casos e mortes, ainda não anunciou o início da vacinação no país.
“Sou capaz de votar no Lula, mas não voto nesse João Doria de jeito nenhum”.
(A frase foi atribuída a Jair Bolsonaro pelo jornalista Lauro Jardim. Segundo o colunista de O Globo, ninguém consegue provocar tanta ira no Bozo quanto o governador paulista)