Categoria: Política

ABRAÇADO A CORRUPTO, BOLSONARO DISCURSA CONTRA A CORRUPÇÃO

Deu no Brasil 247:

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez um duro discurso contra a corrupção durante sua visita a Parnaíba, no interior do Piauí, nesta quarta-feira (14). O curioso é que o presidente fez o discurso acompanhado do prefeito da cidade, Mão Santa (sem partido), cassado do cargo de governador do Piauí por abuso de poder econômico e é conhecido por empregar familiares por onde passa.

Em 2001, Mão Santa teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por sete votos a zero, respondendo a um processo por abuso de poder econômico.

Nove anos depois, em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou denúncia contra o ex-governador por crime de peculato, quando um funcionário público usa a função para desviar recursos em benefício dele e de terceiros. O processo ainda tramita no Supremo.

Nepotismo

Em sete anos à frente do governo, nomeou familiares para cargos no primeiro escalão. A esposa, Adalgisa Moraes Souza, presidiu o Serviço Social do Estado e após sua saída do governo foi eleita sua primeira suplente no Senado Federal. 

Seu filho, Francisco de Assis de Moraes Souza Júnior, e seus irmãos Paulo de Tarso de Morais de Sousa e Moraes Souza, também ocuparam cargos no governo: chefe da Casa Civil, secretário de Fazenda  e secretário de Indústria e Comércio, respectivamente.

Na Prefeitura de Parnaíba, a família de Mão Santa também tem cargos no primeiro escalão: Adalgisa é secretária municipal de Desenvolvimento Social, e sua filha, Maria das Graças, é secretária de Habitação e secretária interina de Urbanismo.

Em julho, ele recebeu R$ 5 mil salário e ainda 1/3 de férias proporcionais, somando R$ 6.666,66.

Outro assessor, Claudio Veras, ocupou o cargo de Assessor da Central de Licitações e Contratos da Prefeitura de Parnaíba, mesmo com uma condenação por tráfico de drogas.

Leandro Rodrigues de Souza, que ocupou o cargo de Diretor de Gestão Patrimonial e Operacional da Secretaria Municipal de Saúde também foi nomeado mesmo após ser condenado por tráfico.

O genro de Mão Santa, Luiz Nunes Neto, foi preso em maio na Operação Nullius, que investiga acusados de crimes de grilagens de terras no Piauí. Ele é casado com Cassanda Moraes Souza, filha do prefeito e delegada na cidade.

JORNAL AUSTRÍACO CRITICA BOLSONARO E DIZ QUE “O BRASIL ELEGEU UM IDIOTA”

A notícia é do jornal Extra:

O jornal austríaco Die Presse – um dos mais antigos do país, fundado em 1848 – publicou uma reportagem em que chama o presidente Jair Bolsonaro de “idiota”. A reportagem, com o título “O Brasil elegeu um idiota”, cita algumas medidas e declarações polêmicas do presidente brasileiro nestes sete meses de governo.

A publicação diz no subtítulo da matéria que Bolsonaro espalha teorias da conspiração e tenta reescrever a história brasileira. O jornal ainda critica a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

“Ele é um mentiroso, espalhando teorias da  conspiração e tentando nomear seu filho embaixador nos Estados Unidos”,  diz a matéria.

Em outro trecho da reportagem, o jornal ainda cita o episódio em que Bolsonaro cancelou a reunião que teria com o chanceler da França, Jean-Yves Le Drian. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que o encontro não se realizou por “problema de agenda” do presidente da República. A audiência estava marcada para ocorrer às 15h, com duração de 30 minutos. Às 15h50, porém, Bolsonaro estava cortando o cabelo, o que foi transmitido ao vivo por suas redes sociais.

PROFESSOR VILLA: “NINGUÉM IMAGINARIA QUE EM SETE MESES O MORO ESTARIA TÃO DESGASTADO”

As revelações de ontem, do site The Intercept, dão conta de que o então juiz Sérgio Moro atuou para evitar – sabe-se lá por quais motivos – que os celulares do ex-deputado Eduardo Cunha fossem apreendidos. E, como se sabe, Moro livrou a mulher do Cunha da cadeia. Já no caso do Lula, Moro apreendeu até os aparelhos dos netos do ex-presidente.

Até o professor Villa, que era fã do Moro, já tem outra opinião sobre o imparcial de Curitiba:

MIRIAM LEITÃO ENFIM RECONHECE QUE MORO NÃO PODERIA SERVIR A BOLSONARO DEPOIS DE PRENDER LULA

Só para lembrar: o filho da Miriam Leitão – o repórter Vladimir Neto, da Globo – escreveu um livro onde tece loas ao imparcial de Curitiba (abaixo). E a nora da Miriam, mulher de Vladimir, foi assessora de imprensa do Moro no Ministério da Justiça, mas caiu fora assim que a Vaza Jato começou.

Deu no Brasil 247:

A jornalista Miriam Leitão finalmente reconheceu que houve uso político da Lava Jato e que essa percepção se fortaleceu depois que Sergio Moro, que determinou o resultado da eleição presidencial de 2018 ao prender o ex-presidente Lula, favorito absoluto em todas as pesquisas, decidiu trabalhar para Jair Bolsonaro – que, diz ela, está longe de ser um modelo de ética na vida pública.

“O pior erro cometido pela Lava-Jato foi deixar-se usar politicamente e parecer bolsonarista. Isso foi ótimo para o grupo que chegou ao Planalto, mas prejudicial aos objetivos da operação. O movimento anticorrupção é amplo, e o presidente Jair Bolsonaro não é um modelo de ética. A manipulação política ficou mais fácil quando o juiz Sergio Moro tirou a toga e foi para o Ministério da Justiça”, diz ela, em sua coluna.

“Moro deveria saber, mas não soube, que como foi da caneta dele que saiu a sentença que acabou afastando o candidato que estava em primeiro lugar nas pesquisas, ele jamais poderia ir trabalhar com o que estava em segundo e acabou beneficiado, vencendo a eleição. Desde que assumiu, só se enfraqueceu”, afirma ainda a jornalista. Na sequência do artigo, ela deixa claro que Moro a cada dia se vê obrigado a defender um governo extremamente corrupto.

“Quando Moro assumiu, disse que estava cansado de levar bola nas costas. É o que mais tem feito atualmente. Se foi para o governo de olho numa vaga no STF, calculou errado: o tempo de espera é longo e para ele ter o prêmio terá que sempre fechar os olhos para os inúmeros fatos que antes condenava: o laranjal do ministro do Turismo, a rachadinha no gabinete do filho do presidente, as inúmeras vezes em que o presidente feriu o princípio da impessoalidade. Para Bolsonaro, tudo é pessoal. Todas as decisões que toma, ele mesmo anuncia que têm razões pessoais: do filé mignon para os filhos ao ataque aos jornais. Para quem, como Moro, fez uma carreira combatendo a improbidade administrativa fica incoerente. Para dizer o mínimo”, conclui a jornalista.

ALEMANHA SUSPENDE REPASSE DE R$ 155 MILHÕES AO BRASIL DEVIDO AO AUMENTO DO DESMATAMENTO

Deu no Brasil 247:

A ministra alemã do Meio Ambiente, Svenja Schulze, confirmou que irá congelar R$ 155 milhões em financiamentos destinados para projetos de conservação da floresta e da biodiversidade da Amazônia. Segundo o jornal alemão “Tagesspiegel“, a suspensão dos financiamentos se deve ao aumento do desmatamento na região.

De acordo com Schulze, “a política do governo brasileiro na Região Amazônica deixa dúvidas se ainda se persegue uma redução consequente das taxas de desmatamento”. Ainda segundo ela, o financiamento poderá ser retomado caso essa dúvida seja esclarecido.

Desde 2008 segundo a reportagem do “Tagesspiegel”, cerca de 95 milhões de euros foram repassados ao Brasil pelo Ministério da Alemanha. 

o desmatamento na Amazônia tem crescido com mais rapidez. De acordo com dados do Deter do Inpe, a destruição em junho cresceu 88% e em julho 278% —em comparação a junho e julho de 2018.

Na semana passada, o jornal alemão Zeit alertou para o desmatamento na Amazônia brasileira. De acordo com a publicação, Bolsonaro “é um denunciante da mudança climática e duvida que represente uma ameaça à humanidade”. Texto diz que o presidente “é amigo da indústria agrícola”.

EX-DOLEIRA PRESA PELA LAVA JATO DENUNCIA PRESSÃO POR DELAÇÃO CONTRA LULA

 

A japa foi presa em 2014, com 200 mil euros escondidos na calcinha, e condenada a 18 anos de prisão, mas em 2016, após delação, passou a cumprir pena em casa, com uso de tornozeleira. Na terça-feira, 06, ela se livrou da tornezeleira e está livre como um passarinho. A notícia é da Rede Brasil Atual:

No mesmo dia em que a juíza Carolina Lebbos autorizou a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um presídio comum, em Tremembé (SP), uma entrevista revelava mais um aspecto da prisão política do ex-presidente. A doleira Nelma Kodama, primeira presa na Operação Lava Jato, afirmou à Rádio Bandeirantes, na quarta-feira (7), que havia delação premiada para quem entregasse Lula.

Segundo ela, a pressão nesse sentido e o desejo de liberdade teriam levado suspeitos ou condenados a mentir em depoimentos e delações. “Quando você está preso, você faz qualquer coisa. Chega a um ponto em que você fala até da sua mãe, porque a pressão é muito grande, e o sofrimento é muito grande. Nessa altura do campeonato, você acaba falando, às vezes, até o que você não tem e o que você não deve. Certamente (pessoas mentiram em depoimento), senão você não sai”, disse Nelma, lembrando que presos relatavam a pressão para citar o ex-presidente.

“O Lula era o assunto. Eu não sou PT, não estou falando sobre política, e sim sobre crime. Todo crime precisa ter prova e não houve prova. Cadê o cadáver? Então, qual foi o objetivo (da prisão)?”,questionou.

Nelma confirmou, ainda, existir uma delação premiada especificamente para entregar Lula, principal alvo da Lava Jato. “Havia esse tipo de conversa, claro, por parte das pessoas que queriam sair (da prisão)”.

Outro que denuncia a indústria de delações na Lava Jato é o advogado Rodrigo Tacla Duran, que atuou como consultor da construtora Odebrecht. Arrolado como testemunha de defesa do ex-presidente Lula, Duran teve por cinco vezes seu depoimento negado por Moro. O advogado denunciou o “cerceamento” do direito de defesa no âmbito da Lava Jato: “Amordaçar testemunhas é sinal claro de que não está se fazendo Justiça”.

A base da sentença de Sergio Moro na condenação de Lula foi um depoimento do executivo da OAS Léo Pinheiro. Depois de ter isentado Lula em depoimento anterior, Pinheiro afirmou ter concedido vantagens a Lula em troca de um tríplex em Guarujá, no litoral paulista. O apartamento, no entanto, jamais foi registrado nem utilizado por Lula ou por qualquer um de seus familiares. A Lava Jato nunca conseguiu especificar qual vantagem Lula teria dado à OAS, nem encontrar provas de corrupção contra o ex-presidente.

A defesa do ex-presidente, inclusive, já listou fatos e provas que atestam que o ex-executivo da OAS forjou seu depoimento prestado à Operação Lava Jato. Após ser condenado, Léo Pinheiro mudou versão apresentada para incriminar Lula. Em troca, garantiu redução de sua pena e direito de desfrutar a fortuna, como revelam os próprios procuradores, em conversas divulgadas pelo The Intercept Brasil.

AVALIAÇÃO NEGATIVA DE GOVERNO BOLSONARO SOBE PARA 38%

A notícia é da Reuters:

A avaliação negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro oscilou para cima, apontou pesquisa da XP Investimentos em parceria com o instituto Ipespe nesta sexta-feira, que também mostrou que 62% dos entrevistados ouvidos na sondagem são contra a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

O levantamento apontou ainda que a maioria dos ouvidos considerou inadequadas as falas polêmicas de Bolsonaro no último mês e que elas atrapalharam em alguma medida a administração do país.

De acordo com a XP/Ipespe, 38% dos entrevistados avaliaram o governo Bolsonaro como ruim ou péssimo, ante 35% na pesquisa realizada em julho, enquanto 33% o consideraram ótimo ou bom, ante 34% na sondagem anterior.

O percentual dos que avaliam o governo como regular é de 27%, contra 28% no mês passado, ao passo que 2% não responderam, ante 4%. Todas as variações ocorreram dentro da margem de erro do levantamento, que é de 3,2 pontos percentuais.

A pesquisa mostrou ainda que 62% dos entrevistados são contra a indicação de Eduardo para comandar a embaixada brasileira em Washington, enquanto 29% são a favor, 6% indiferente e 4% não responderam.

MEIO AMBIENTE: PARA BOLSONARO, A SOLUÇÃO É DEFECAR MENOS

Deu no DCM:

Em meio a uma resposta sobre os efeitos do desenvolvimento da agropecuária para o meio ambiente no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu nesta sexta-feira que um repórter “faça cocô dia sim, dia não” e coma menos para combater a poluição ambiental.

Ele havia sido questionado se é possível fazer o país crescer com preservação, depois de destacar a necessidade de alimentar a população crescente e dizer que que a pressão internacional contra o desmatamento ocorre porque “eles querem a Amazônia”.

— É lógico que sim [é possível crescer com preservação]. É só você deixar de comer menos um pouquinho. Quando se fala em poluição ambiental, é só você fazer cocô dia sim, dia não, que melhora bastante a nossa vida também, tá certo? — declarou o presidente, durante entrevista coletiva na saída do Palácio da Alvorada, pela manhã.

A declaração ocorreu depois que um jornalista mencionou um artigo publicado na Revista Nature que apontou o desmatamento e a agropecuária como responsáveis por um quarto do efeito estufa no planeta e questionou como Bolsonaro enxerga o desenvolvimento da agropecuária no Brasil em relação a esse dado.

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