Em seu comentário matinal para a BandNews, o jornalista Ricardo Boechat definiu esta quarta-feira, 31 de agosto, como “um dia triste”, horas antes de a presidente Dilma Rousseff ser afastada do cargo pelo Senado Federal. Segundo Boechat, “não há o que comemorar”.
“Qualquer país que tenha que apear do poder um presidente eleito, em uma eleição confusa e cheia de mentiras dos dois lados, mas democrática e direta, qualquer país que caminhe para isso em uma ruptura democrática não pode ser um país que comemore esse tipo de situação”, disse.
“O melhor é que as eleições decidam”, acrescentou Boechat, destacando que “a rigor não há o que comemorar quando a democracia caminha na anormalidade”. “É um dia que eu preferia que não existisse, porque é uma ruptura, um trauma”, afirmou.
Sobre o presidente interino, Michel Temer, Boechat declarou que ele “não terá mais tempo nem álibi para justificar, com a discussão do impeachment, nenhum ato que deixe de praticar dentro daqueles que o país espere que pratique”.
“Acabou o álibi para Temer e seus aliados. É hora dessa gente mostrar a que veio, mostrar que razões motivaram essa conspiração, essa luta política da qual hoje pode sair e sairá vitoriosa”, afirmou. “Temer, comece a mostrar serviço”, cobrou.
Convém esclarecer que o fato de um candidato ter o pedido de sua candidatura impugnado – seja por adversários ou seja pelo Ministério Público Eleitoral – não significa que ele esteja fora do jogo. Os impugnados terão prazo para se defender e só estarão fora da disputa se a Justiça Eleitoral julgar que, realmente, existem motivos para impugnação.
Em 2012, por exemplo, nós tivemos 24 candidaturas impugnadas na Zona Eleitoral de Jales – inclusive a do então candidato a vice, Clóvis Viola – mas muitos dos candidatos impugnados conseguiram disputar as eleições, incluindo o já citado Clóvis.
Já o candidato a vereador Maurinho Enfermeiro, outro impugnado (por dupla filiação), não conseguiu o registro de sua candidatura. Mas, vamos às candidaturas que estão correndo risco:
Paulo César Barros Queiroz(DEM), o Paulinho Baxim, candidato a vereador em Jales.
Ele está sendo impugnado por iniciativa do Ministério Público Eleitoral, por ter deixado de apresentar várias certidões exigidas para o registro de sua candidatura. A assessoria do DEM garante, no entanto, que todas as certidões do candidato foram entregues à Justiça Eleitoral.
Rosimar Junqueira Rossi(PMDB), candidata a vereadora em Paranapuã.
A servidora municipal Rosimar, que já foi vereadora por dois mandatos, entre 1997 e 2004, está sendo impugnada também por iniciativa do MPE. A candidata deixou de apresentar uma das certidões exigidas.
Willian Prado de Assis(PSD), o Nininho, candidato a vereador em Urânia.
A iniciativa de impugnar a candidatura de Nininho também foi do Ministério Público Eleitoral. Segundo relatório que consta do Mural Eletrônico do TSE, o candidato estaria com seus direitos políticos cassados.
Elias Roz Canos(PSDB), o Lia do Bar, candidato a prefeito em Aspásia.
Lia, que já foi prefeito de Aspásia por dois mandatos está tentando voltar, mas o registro de sua candidatura foi impugnado pelo Partido Progressista(PP), que integra a coligação adversária. Lia estaria inelegível, por conta das vedações da Lei da Ficha Limpa.
Sérgio Pigari(PSDB), candidato a vereador.
Assim como Lia, o candidato a vereador Sérgio Pigari está sendo impugnado pelo PP. Aparentemente, o crime de Sérgio foi deixar de apresentar uma certidão da Justiça de 2º grau. Ele terá, no entanto, prazo para providenciar a certidão.
Elvis Carlos de Souza(PTB), candidato a prefeito em Pontalinda.
Atual prefeito de Pontalinda, Elvis está sendo impugnado por iniciativa do candidato a vice-prefeito da chapa adversária, Marcelo Lima Rodrigues(PT), o Marcelo Balthazar. A alegação é de que Elvis estaria com os direitos políticos suspensos, por conta de condenações na Justiça de Jales e no TJ-SP.
Guedes Marques Cardoso(PSDB), candidato a vice-prefeito em Pontalinda.
O ex-prefeito Guedão também está na alça de mira do adversário Marcelo Lima Rodrigues. Os motivos que levaram Marcelo a impugnar a candidatura de Guedão não estão claros, mas tudo indica que tenha a ver com a Lei da Ficha Limpa.
Rosângela Batista dos Santos(PT), a Rosângela do Boy, candidata a vereadora em Pontalinda.
A petista Rosângela está sendo impugnada por iniciativa do Ministério Público Eleitoral. Ela também estaria com os direitos políticos suspensos.
Marcelo Lima Rodrigues(PT), candidato a vice-prefeito em Pontalinda.
Depois de exercer o papel de caçador, ao pedir a impugnação dos candidatos Elvis e Guedão, Marcelo, que é candidato a vice na chapa do empresário Sisinio de Oliveira Leão, experimentou o papel de caça. A candidatura dele está sendo impugnada pelo MPE. Marcelo estaria com os direitos políticos suspensos.
Parece mentira, mas é verdade. Na noite de ontem, o grupo Globo de comunicação, que há mais de dois anos tenta destruir o ex-presidente Lula, recuou.
Em texto publicado no site da revista Época, por ninguém menos que o próprio editor-chefe da revista, afirma-se que o relatório da Polícia Federal sobre o chamado “triplex de Lula”, que provocou o indiciamento do ex-presidente e da ex-primeira-dama Marisa Letícia, é fraco e sem provas.
“É fraco o relatório da Polícia Federal sobre o caso do tríplex ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, diz o texto. Segundo a análise, o relatório da PF “falha no que lhe é mais essencial: demonstrar que o caso do tríplex envolve corrupção e lavagem de dinheiro – e que Lula e os demais indiciados cometeram esses crimes.”
Portanto, se os crimes não estão demonstrados, Época sugere que Lula é inocente e vai além. Diz que a denúncia do Ministério Público, a ser oferecida ao juiz Sergio Moro e que foi antecipada pelo próprio Globo, terá que ser bem mais consistente do que o relatório da Polícia Federal. “A peça dos procuradores terá de superar as fragilidades apresentadas pelo relatório final da PF. Caso contrário, a acusação terá grandes chances de ser considerada inepta – de ir para o lixo”, diz o texto de Época.
A grande questão é saber por que a Globo recuou, mas há algumas hipóteses: (1) o risco de sair derrotada no golpe de 2016, com uma eventual vitória de Dilma e Lula, (2) a percepção generalizada na imprensa do mundo civilizado de que há um golpe, com a participação direta da Globo, e uma caçada judicial a Lula, como foi denunciado à ONU e (3) a busca de um pacto para evitar a destruição do sistema político brasileiro, depois que líderes tucanos, como José Serra e Aécio Neves, foram atingidos por acusações bem mais sérias do que as que pesam contra Lula.
Enquanto Serra foi delatado por um caixa dois de R$ 23 milhões, pago no exterior, pela Odebrecht, e Aécio por propinas de 3% nas obras da Cidade Administrativa, em Minas Gerais, pela OAS, a acusação contra Lula é de que ele seria beneficiário de reformas num imóvel, que, segundo o cartório de registro, pertence à construtora – e não ao ex-presidente.
O G1 esteve em Jales e entrevistou alguns eleitores jalesenses sobre as vantagens e desvantagens da candidatura única. Eis aí a opinião de dez eleitores:
A charge ao lado foi publicada pelo jornal norte-americano The New York Times. Ela resume a bizarrice do impeachment, ao mostrar a imagem da presidenta Dilma acuada por uma ninhada de ratos. O jornal não ficou apenas na charge.
Em matéria publicada ontem, sexta-feira, o The New York Times afirma que mal acabaram os Jogos Olímpicos do Rio 2016 e o Brasil já começou a assistir uma outra competição: a briga sem luvas pelo poder.
O jornal norte-americano destaca que Dilma nunca foi acusada de enriquecimento ilícito, ao contrário de grande maioria dos políticos que estão na oposição. Renan Calheiros, o poderoso presidente do Senado, está sendo investigado por recebimento de subornos no escândalo da Petrobras.
Editorial do jornal francês Le Monde, um dos mais influentes da Europa, edição de ontem:
Se esse não é um golpe de Estado, é no mínimo uma farsa. E as verdadeiras vítimas dessa tragicomédia política infelizmente são os brasileiros.”
Dilma Rousseff, a primeira presidente mulher do Brasil, está vivendo seus últimos dias no comando do Estado. Praticamente não há mais dúvidas sobre o resultado do julgamento de sua destituição, iniciado na quinta-feira (25) no Senado. A menos que aconteça uma reviravolta, a sucessora do adorado presidente Lula (2003-2010), que foi afastada do cargo em maio, será tirada definitivamente do poder no dia 30 ou 31 de agosto.
Dilma Rousseff cometeu erros políticos, econômicos e estratégicos. Mas sua expulsão, motivada por peripécias contábeis às quais ela recorreu bem como muitos outros presidentes, não ficará para a posteridade como um episódio glorioso da jovem democracia brasileira.
Para descrever o processo em andamento, seus partidários dizem que esse foi um “crime perfeito”. O impeachment, previsto pela Constituição brasileira, tem toda a roupagem da legitimidade. De fato, ninguém veio tirar Dilma Rousseff, reeleita em 2014, usando baionetas. A própria ex-guerrilheira usou de todos os recursos legais para se defender, em vão.
Impopular e desajeitada, Dilma Rousseff acredita estar sendo vítima de um “golpe de Estado” fomentado por seus adversários, pela mídia, e em especial pela rede Globo de televisão, que atende a uma elite econômica preocupada em preservar seus interesses supostamente ameaçados pela sede de igualitarismo de seu partido, o Partido dos Trabalhadores (PT).
Essa guerra de poder aconteceu tendo como pano de fundo uma revolta social. Após os “anos felizes” de prosperidade econômica, de avanços sociais e de recuo da pobreza durante os dois mandatos de Lula, em 2013 veio o tempo das reivindicações da população. O acesso ao consumo, a organização da Copa do Mundo e das Olimpíadas não conseguiam mais satisfazer o “povo”, que queria mais do que “pão e circo”. Ele queria escolas, hospitais e uma polícia confiável.
O escândalo de corrupção em grande escala ligado ao grupo petroleiro Petrobras foi a gota d’água para um país maltratado por uma crise econômica sem precedentes. Profundamente angustiados, parte dos brasileiros fizeram do juiz Sérgio Moro, encarregado da operação “Lava Jato”, seu herói, e da presidente sua inimiga número um.
A ironia quis que a corrupção fizesse milhões de brasileiros saírem para as ruas nos últimos meses, mas que não fosse ela a causa da queda de Dilma Rousseff. Pior: os próprios arquitetos de sua derrocada não são santos.
O homem que deu início ao processo de impeachment, Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, é acusado de corrupção e de lavagem de dinheiro. A presidente do Brasil está sendo julgada por um Senado que tem um terço de seus representantes, segundo o site Congresso em Foco, como alvos de processos criminais. Ela será substituída por seu vice-presidente, Michel Temer, embora este seja considerado inelegível durante oito anos por ter ultrapassado o limite permitido de doações de campanha.
O braço direito de Temer, Romero Jucá, ex-ministro do Planejamento do governo interino, foi desmascarado em maio por uma escuta telefônica feita em março na qual ele defendia explicitamente uma “mudança de governo” para barrar a operação “Lava Jato”.
Se esse não é um golpe de Estado, é no mínimo uma farsa. E as verdadeiras vítimas dessa tragicomédia política infelizmente são os brasileiros.
O candidato a vereador Daniel Grozetta, 65 anos, filiado ao PSC no município de Arapuã (centro-norte do Paraná) , morreu na noite desta sexta-feira (26) após sofrer infarto quando discursava no distrito do Alto Lajeado.
Grozetta ainda chegou a ser levado para Arapuã, onde uma equipe do Corpo de Bombeiros de Ivaiporã tentou de reanimá-lo. O candidato foi encaminado ao Instituto de Saúde Bom Jesus, de Ivaiporã, mas morreu ao dar entrada no hospital.
De acordo com o portal Eleições 2016, Daniel Grozetta nasceu no dia 26 de setembro de 1950, em Grão Pará, município do Estado de Santa Catarina; e era casado.No distrito do Alto Lajeado, Grozetta participava de encontro político realizado pelo candidato a prefeito Deodato Matias (PMDB).
O candidato que já havia sido vereador nas gestões 2005/2008, 2009/2012, disputava a vaga na Câmara de Vereadores pela quarta vez. Em 2012, Crozeta não se elegeu, mas obteve 3,59% dos votos ficando na 13ª colocação, com 102 votos.
O fato gerou consternação no município, com pouco mais de 3,5 mil habitantes.
O portal do TRE-SP registra a impugnação de nove candidaturas na Zona Eleitoral de Jales, que reúne dez municípios da região. O número ficou bem abaixo das 24 impugnações registradas nas eleições municipais de 2012.
Pelo menos dois candidatos a prefeito e dois candidatos a vice-prefeito da região estão entre os impugnados. As demais cinco impugnações se referem a candidatos a vereador. Cinco candidatos estão sendo impugnados pelo Ministério Público Eleitoral, enquanto os outros quatro tiveram suas candidaturas impugnadas por adversários.
Jales está contribuindo para a estatística com apenas um candidato a vereador na lista de impugnados. Pontalinda é a campeã das impugnações, com quatro candidatos na lista. Por sinal, em Pontalinda um candidato propôs a impugnação de dois adversários e acabou, ele próprio, sendo impugnado pelo MP. É o feitiço virando contra o feiticeiro!
Os nomes dos candidatos impugnados e os possíveis motivos para as impugnações estarão em matéria do jornal A Tribuna, deste final de semana.
O candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSC) passou mal na noite desta quinta-feira 25 durante o debate eleitoral realizado pela Bandeirantes, que precisou ser interrompido.
Médica, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), que também concorre a prefeita, tentou ajudar o adversário. Flávio e o pai, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), reagiram: “Sai daqui”.
Logo após o reinício do debate, sem a presença de Flávio Bolsonaro, Jandira, ao ser instada a responder a pergunta de um telespectador que havia sido dirigida a Flávio, contou o episódio que havia acontecido nos bastidores. “A solidariedade não faz parte desse grupo fascista, torturador”, disse.
Com a repercussão do caso, internautas resgataram uma publicação feita pelo político em 2014, quando a presidente Dilma Rousseff disputava a reeleição e não se sentiu bem depois de um debate no SBT, como lembra a Revista Fórum.
Na ocasião, a própria repórter que a entrevistava a segurou e a acompanhou até uma cadeira. No Twitter, Flávio debochou da situação e escreveu: “Dilma está levando uma surra moral de Aécio no debate, sua única saída será desmaiar”.
O horário eleitoral gratuito deste ano começa amanhã, sexta-feira, no rádio e na televisão. Em Jales, evidentemente, só teremos a propaganda eleitoral no rádio. Com a mudança na legislação, os candidatos a prefeito terão direito a 20 minutos de propaganda – todos os dias, exceto o domingo – divididos em dois horários de 10 minutos: às 07:00 da manhã e às 12:00 horas.
Em Jales, onde só temos uma candidatura a prefeito, os vinte minutos serão todos ocupados pelo candidato Flávio Prandi Franco(DEM). As vozes dos programa de Flá serão as dos radialistas Tony Ramos e Mariângela Vergílio, ambos da Rádio Assunção de Jales, onde estão sendo gravados os programas. A produção do programa está entregue aos jornalistas Glauciane Pontes e Rycher Lira, enquanto a montagem ficou sob a responsabilidade do DJ Maionese.
O jingle da campanha de Flá foi gravado em um estúdio especializado de Olímpia.
E os vereadores? De acordo com a nova legislação a propaganda de vereadores só se dará através de inserções de 30 segundos, durante a programação normal das emissoras. Em Jales, serão cerca de 50 inserções diárias. A gravação das inserções dos vereadores estão sob a responsabilidade do estúdio do Betto Mariano.
Os programas do candidato Flá Prandi e as inserções dos 95 candidatos a vereador serão ouvidas em todas as emissoras da cidade, exceto a Rádio Nativa FM. Acontece que, apesar de ter estúdio em Jales, a Nativa FM é de Dolcinópolis. Então, teremos a oportunidade de ouvir os programas dos dois candidatos de Dolcinópolis – Onivaldo Batista e Américo Ribeiro – através da Nativa.