O caderno Poder, da edição desta segunda-feira, 15, da Folha de S.Paulo, está trazendo matéria – ilustrada com a foto acima – sobre a candidatura única de Flávio Prandi(DEM), em Jales. Eis a matéria:
O corretor Antonio Alves, de Jales (a 585 km de São Paulo), não tem dúvida. Mesmo a um mês e meio das eleições, já escolheu seu candidato a prefeito. Pudera: como não quer anular ou votar em branco, não tem opção.
Após sucessivos problemas administrativos desde o início dos anos 2000 e discussões entre os partidos e entidades, a cidade chegou a um acordo e resolveu lançar só um candidato a prefeito. Outro postulante chegou a fazer convenção, mas diz que não registrará a candidatura –o prazo vence nesta segunda (15).
Após tentar ser prefeito duas vezes, Flávio Prandi Franco, o Flá (DEM), disputará sozinho a eleição. Além de formar uma coligação com 15 siglas, como PSDB, PSB e PV, terá o apoio informal do PT –que não se une formalmente ao DEM e a tucanos.
A candidatura única é resultado de uma série de problemas políticos enfrentados pela cidade nos últimos anos. Na década passada, dois prefeitos morreram no exercício do cargo. A última eleita, Eunice Mistilides Silva (PTB), foi cassada no ano passado, acusada de irregularidades na contratação da coleta de lixo.
“O próprio povo começou a falar nisso [candidatura única], a pregar o fim da guerra entre os políticos”, diz Flá.
O vice da chapa eleita em 2012, Pedro Callado (PSDB), assumiu e chegou a anunciar uma pré-candidatura. Ele, porém, desistiu para apoiar Flá após reuniões com o Fórum da Cidadania.
O grupo, formado por entidades como OAB, associação comercial, igreja, lojas maçônicas e sindicatos, criou uma campanha contra a corrupção e pela ética e transparência na política.
Coordenador do fórum, Carlos Alberto de Britto Neto diz que a cassação da ex-prefeita partiu de uma denúncia feita no grupo e que a proposta de candidato único surgiu numa reunião em julho.
“Dissemos que não iríamos interferir nas discussões de nomes, mas ajudaríamos a explicar para a sociedade que isso seria importante”, conta. Um segundo encontro, a pedido dos partidos, foi decisivo para definir a candidatura.
“A situação financeira está muito difícil –operamos com deficit mensal de R$ 2 milhões. Se não houvesse a união, a situação poderia virar uma bola de neve, pois a receita só cai e os gastos só crescem”, afirma Pedro Callado.
Em 2012, Flá, que disputava o cargo pela segunda vez e tinha sete siglas na coligação, obteve 46,18% dos votos válidos, contra 48,16% da eleita, índice que o credenciou para ser o escolhido agora.
Nas ruas, Flá já é tratado como prefeito –e cobrado por isso. “O maior problema é o asfalto. Nem bairro novo escapa”, diz o corretor Alves. Para o autônomo Hélio Fernandes, o cenário da eleição permitirá à cidade crescer. “Os problemas todos fizeram Jales parar no tempo. Quem sabe agora melhore.”
Flá fará campanha mesmo sem ter adversários; ele diz que precisa ir às ruas com os 96 postulantes a vereador da coligação –são dez vagas. O teto de gasto na campanha à prefeitura em Jales é de R$ 176 mil; para vereadores, de R$ 20 mil.
‘ESTOU FORA’
Apesar de o candidato do DEM ser tratado como único, outro político levou uma ata de convenção ao cartório eleitoral da cidade.
Mauro Bernardo (PR), presidente do diretório local e primo de Flá, publicou edital num jornal de São José do Rio Preto e fez convenção, mas não registrou a candidatura. Segundo ele disse à Folha e a membros do fórum, não o fará até esta segunda-feira (15), quando termina o prazo.
“Publiquei em Rio Preto porque estava lá, mas não vou ser candidato. A mãe dele [Flá] é minha prima em primeiro grau, vou preservar a família”, afirma, completando que não há chapa de vereadores inscritos para a disputa pela legenda.
Na segunda-feira passada (8), o Fórum da Cidadania fez um ato para apresentar propostas aos candidatos. Flá e cerca de 50 candidatos a vereador foram –Bernardo, não.
Entre as medidas sugeridas estão um serviço de acesso a dados públicos, aprimoramento de licitações, redução de cargos comissionados, criação de corregedoria com mandato não coincidente com o do prefeito e impedimento ao nepotismo.
Em 2012, 18 cidades paulistas tiveram um só candidato a prefeito, mas nenhuma do porte de Jales. Em 14 delas, o total de votos válidos não chegou a 4.000. Jales, de 49 mil habitantes, teve 27.311 votos válidos em 2012.
Evidentemente que isso não vem ao caso. A notícia é do Brasil 247:
Torcedores do jogo entre Alemanha e Portugal no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, neste sábado 13, pela Olimpíada do Rio de Janeiro, deixaram o Fora Temer de lado por um momento para protestar contra o chanceler interino, José Serra.
O senador tucano foi acusado em delação premiada de Marcelo Odebrecht de receber R$ 23 milhões via caixa 2 durante sua campanha presidencial em 2010. Segundo o ex-presidente da construtora, parte do dinheiro para foi pago a Serra no Brasil e parte por meio de contas no exterior.
Uma faixa levantada na arquibancada do estádio durante a partida cobrava o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, para investigar Serra. E também citava o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que defende a cassação do PT.
O jogo de futebol feminino entre Brasil e Austrália pela Olimpíada do Rio de Janeiro, que terminou em vitória para o Brasil nos pênaltis, nessa sexta-feira 12 no Mineirão, em Belo Horizonte, foi dominado por protestos contra o presidente interino, Michel Temer, nas arquibancadas.
Os registros foram feitos no mesmo dia em que a Justiça manteve liminar que permite a realização de protestos políticos nas arenas dos Jogos. Com a decisão, a Justiça Federal (TRF 2) rejeitou recurso do Comitê Rio 2016 que pretendia derrubar a liminar que permite os protestos.
Em um vídeo publicado pelo Mídia Ninja, uma orientação nova aos torcedores manifestantes: “Temer vocês podem erguer à vontade! Mas tem símbolo da Globo, aí não pode!”.
A Folha de São Paulo mandou um repórter a Jales, nesta semana, para reportagem sobre a candidatura única de Flávio Prandi Franco(DEM). Segundo se sabe, o repórter andou entrevistando Flá e o prefeito Callado, mas, depois de ir ao Cartório Eleitoral e ficar sabendo da possibilidade da candidatura de Mauro Bernardo Perfetto(PR), resolveu deixar a matéria em compasso de espera.
O interesse do jornal decorre do fato de a candidatura única ser algo raríssimo em cidades do porte de Jales. Em 2012, o estado de São Paulo teve candidaturas únicas em 18 municípios, mas nenhum deles com o número de eleitores próximo aos 37.680 de Jales.
Mesópolis foi um desses municípios. Em 2012, apenas o tucano Leandro Aparecido Polarini disputou os votos dos eleitores mesopolenses. Leandro obteve 81,55% dos votos. Vitória Brasil também já teve uma candidatura única. Foi em 2008, quando Eliseu Alves da Costa(PTB) foi eleito com 68% dos votos. Brancos e nulos somaram 32%.
Um caso curioso aconteceu em 1968, em Urânia, quando os candidatos únicos – Benedito Braga (prefeito) e Elvo Pigari (vice), ambos da ARENA – quase perderam para os votos brancos e nulos.
Além de ser o fundador da cidade, Benedito Braga, o Zico Braga, tinha também o apoio do prefeito da época, Hermínio Martini. No entanto, para desassossego de Zico e Elvo, surgiu uma oposição. Um vereador – Domingos de Rosis Filho, o Dominguinhos (foto ao lado) – iniciou um movimento pelos votos brancos e nulos. Resultado: 53% para Zico Braga x 47% para brancos e nulos.
Há quem diga que, com mais uma semana de campanha, o opositor Dominguinhos teria conseguido sucesso em sua tarefa. Por sinal, Domingos de Rosis Filho é nome de rua aqui em Jales, no Jardim do Bosque. Antes de eleger-se vereador em Urânia, Dominguinhos foi vereador em Jales – na legislatura 1953-1957 – representando o então distrito de Urânia.
Em tempo: Pela legislação eleitoral atual, não existe mais a possibilidade de um candidato único não ser eleito caso perca para os votos brancos e nulos. De acordo com a lei, o candidato único pode ser eleito com apenas um voto válido.
É provável que os prezados leitores já tenham visto nos jornais a relação de pré-candidatos a vereador de Jales, mas não custa divulgar aqui no blog. Reparem que a relação não tem nomes como Pérola Cardoso(PT), Marynilda Cavenaghi(PMDB), Claudir Aranda(PDT), Sérgio Nishimoto(PTB), Gilberto Alexandre de Moraes(DEM) e Fagner Pelarini, o Nenê do Pet Shop(PRB).
Este último – o Nenê – ainda está tentando candidatar-se. Eis as coligações e os seus respectivos pré-candidatos:
Coligação DEM-PRB-PSD (Todos Unidos Por Jales)
DEM
Benedito de Souza Andrade (Dito Bracinho)
Carlos Alberto Alfo Soares
Carlos Pereira de Rezende (Neneinha)
Claudecir Jose dos Santos
Daniel Garcia
Diomar Nossa
Emanuel Elias de Matos (Neo Mineiro)
Jesus Martins Batista
Paulo Cesar Barros Queiroz
Jocelia Cabrini dos Santos
Maria Cristina Finotello
Patricia Jeane Barbosa
Sonia Regina de Mattos Silva
PRB
Alessandro Pereira (Japonês)
Francisco Carlos Zanata (França do Cemitério)
Lauro Gonçalves Leite de Figueiredo (Matogrosso)
Vagner Selis (Pintinho)
Neusa Luiza Conrado
Nilzelene de Souza
PSD
Nivaldo Batista de Oliveira (Tiquinho)
Coligação PMDB-PPS (Unidos Por Jales)
PMDB
Adalberto Francisco de Oliveira Filho
Jediel Zacarias
João Batista (professor JB)
Wilson de Souza Negrão (Flumenal)
Maria de Fátima Neves
PPS
Anderson da Silva Rodrigues
Antonio Mendes Gomes (Mendes da Educação)
Fernando Agassi Pessopane
João Batista Pereira (João Bombeiro)
Nivaldo Pinheiro Ribeiro (Bahia da Unijales)
Paulo Tomáz de Oliveira (Paulinho Paraná)
Ricardo Augusto Cunha Junqueira
Roberto Carlos Pereira
Vagner Dias Cardoso
Vanderley Vieira dos Santos (Deley)
Celia Maria da Silva
Cristina Aparecida Jardim Pires
Fernanda Paula Alvarez Cintra
Maria das Graças de Matos
Vania Aparecida Alves Pereira
Coligação PSB-PTB (Por Jales)
PSB
Fabio Kazuto Matsumura (Kazutinho)
João Valeriano Zanetoni
Marcos Alberto Cavenagui
Marcos Antonio da Silva Porto
Nelson de Jesus Ribeiro da Silva
Pedro Artur dos Santos (Pedrinho do Pronto-Socorro)
Rivail Rodrigues Junior
Ronaldo Albarelo Ribeiro
Salatiel Souza de Oliveira
Valdelicio Francisco Pereira
Willians Rafael Canuto Casimiro
Aparecida Eva de Lima Silva (Cida Eva)
Giselly Cristiany Lessi
Meuriene Pondian de Jesus
Tereza Torteli Freitas
Viviane Carla Alves de Oliveira
PTB
Jose Nunes Neto
Nelson Luiz Magri
Valcenir Pereira
Antonia Santina de Fatima Rizzi Benedito
Coligação PP-PT (Jales Acima de Tudo)
PP
Armelindo Francisco (Pheter Legal)
Leandro Antonio Bigotto
Luiz Diosti
Luiz Henrique Viotto (Macetão)
Tiago Vandre de Souza Abra
Joana Maria da Silva Tavares
Maria Aparecida Almeida de Rosa Feitosa
Neuci Maria Lourenço Castanheira
PT
Atila Jesus de Oliveira (professor Atila)
Hilton Alessandro Marques de Oliveira (Hilti do PT)
A Polícia Federal comprovou a denúncia do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa de que o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) pediu a ele, entre 2010 e 2011, R$ 20 milhões de propina para a campanha à reeleição de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco. A acusação foi feita em depoimento de delação premiada do ex-executivo da petroleira. O inquérito acaba de ser concluído e já está com o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a PF, “restou demonstrado que Bezerra participou ativa e substancialmente na solicitação de propina às empresas envolvidas e também se beneficiou de uma parte do montante ilícito.”
O senador foi ministro do governo Dilma Rousseff e é pai do atual ministro das Minas e Energia, Fernando Filho. Na época dos fatos investigados, era secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape. A PF também o qualifica como “braço direito” de Eduardo Campos.
A denúncia, conforme o inquérito, “encontra-se devidamente demonstrada”. Os crimes apontados são: corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O valor milionário foi pago por empreiteiras em troca de esforços políticos para assegurar a obra de infraestrutura na Refinaria Abreu e Lima e incentivos tributários, “o que de fato veio a ocorrer”. O empreendimento foi contratado pela diretoria da Petrobrás comandada por Paulo Roberto Costa.
O dinheiro da corrupção chegou ao destino final por várias formas: doações eleitorais “oficiosas”, contratos fraudulentos ou superfaturados firmados com empresas de fachada e, até mesmo, pagamentos em espécie.
A PF também comprovou que o esquema beneficiou o ex-governador de Pernambuco, morto num acidente aéreo em 2014. Por essa razão, o processo com relação a ele será extinto.
A Câmara aprovou, na primeira sessão do segundo semestre, um requerimento onde o polêmico vereador Gilbertão está questionando a qualidade da pavimentação realizada recentemente na rua Quinze (fotos acima) e na rua “José Bernini”, ambas no Jardim América.
A pavimentação das duas ruas é uma novela que começou em 2012 e envolve vários personagens. A ex-prefeita Nice, por exemplo, interpretou o papel de vilã. Ela teria sido a responsável pelo boicote à verba de R$ 100 mil destinada pela deputada Analice Fernandes para o asfaltamento das duas ruas.
Nice não quis usar a verba da deputada, sob a alegação de que o então secretário estadual de Planejamento, Júlio Semeghini, já tinha incluído as duas ruas entre as beneficiárias de uma verba de R$ 500 mil.
Voltando ao requerimento de Gilbertão, o vereador está alegando ter recebido uma denúncia de um “entendido”, segundo a qual a empresa responsável pela pavimentação – Pirâmide Ltda, de Fernandópolis – teria utilizado uma mistura asfáltica não recomendada. A mistura, segundo a denúncia, vai prejudicar a durabilidade do asfalto.foi feita pela prefeitura”, argumenta Gilbertão.
De seu lado, o secretário municipal de Obras, Manoel Andreo De Aro, já adiantou que a pavimentação das duas ruas ainda não foi concluída. “A empresa está executando outras obras na cidade e, no caso da pavimentação dessas duas ruas, ainda resta muita coisa para ser feita”, explicou o secretário. Ele disse ainda que a qualidade do serviço só poderá ser analisada quando a obra estiver pronta.
E o ex-fogueteiro Lauro Figueiredo, o Matogrosso, está de volta às manchetes. Depois de um período na defensiva, o voluntarioso ex-lateral direito do Dom Bosco – onde ele era conhecido simplesmente por Figueiredo – decidiu ir ao ataque novamente. Dessa vez, o alvo não é o Ricardo Junqueira(PPS), mas os pré-candidatos Luiz Henrique Macetão e Tiago Abra, ambos do PP.
Abra e Macetão estão sendo acusados pelo irrequieto Matogrosso, em representações levadas ao Ministério Público Eleitoral, de estarem fazendo campanha eleitoral antecipada, o que é proibido por lei.
No caso de Macetão, a acusação diz que o menino dos cabelos cacheados estaria “pulverizando” a cidade com um cartão, onde divulga o número de seu celular, que, por coincidência termina com os algarismos 11123. Esse, segundo Matogrosso, seria o número que Macetão usaria em sua campanha.
De bobo, porém, Macetão só tem a cara e o jeitão de andar. Na relação de pré-candidatos a vereador divulgada pelo PP, o número escolhido por Macetão é outro.
No caso de Tiago Abra, a acusação é de que um servidor municipal – Nivaldo Rezende, o Berinjela – estaria fazendo campanha para o vereador na porta de entrada da Prefeitura. Segundo Matogrosso, o gentil Berinjela teria pedido votos a pessoas atendidas por ele, inclusive escrevendo de próprio punho o número do vereador em cartões entregues a essas pessoas.
Tiago Abra disse que não tem conhecimento da denúncia e que nem conversou com Berinjela nos últimos dias. Berinjela, de seu lado, argumenta que já foi candidato a vereador duas vezes e que não seria louco de fazer campanha para alguém em seu local de trabalho.
E a candidatura única em Jales poderá não ser tão única assim. A Executiva municipal do Partido Republicano(PR) realizou convenção na sexta-feira passada, 05, onde ficou definido, segundo ata enviada ao Cartório Eleitoral, que a sigla poderá lançar candidatos a prefeito e vice em Jales.
O PR – que já teve Jorge Valério e Osvaldo Costa Júnior, o Bexiga, como presidentes – é presidido, atualmente, pelo empresário Mauro Bernardo Perfetto e conta com 130 filiados, entre eles o narrador esportivo da Fox, Deva Pascovicci, que se filou ao partido nos tempos em que trabalhava aqui em Jales. Nas eleições de 2014, o partido lançou a dupla Bernardão e Loló, como candidatos a deputados.
A convenção do PR passou despercebida porque sua convocação foi publicada no jornal Diário da Região, de Rio Preto. Mauro, o presidente, confirmou a este aprendiz de blogueiro que a convenção deixou em aberto a possibilidade de o partido lançar candidatos. Ele disse, porém, que ainda está conversando com os companheiros de partido e, por enquanto, não foi definida nenhuma candidatura.
O partido terá até o dia 15 de agosto – prazo final para registro de candidaturas – para decidir se lança ou não candidatos em Jales.
Quem ligou o rádio no Antena Ligada desta segunda-feira, deve ter ouvido – logo depois da costumeira sessão de negativismo do urubólogo Alexandre Garcia – que a deputada Analice Fernandes(PSDB) estaria fazendo esforços junto ao TCE para que o caso da licitação de R$ 4 milhões seja julgado na próxima quarta-feira.
A licitação, como se sabe, foi suspensa há exatamente um mês, pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) atendendo aos reclamos de duas empresas e duas pessoas físicas, que pediram a impugnação do edital, por supostas irregularidades.
Pois bem, a novidade é que nem será preciso que a nossa deputada faça muito esforço. Na verdade, o caso – que tem como relator o conselheiro Sidney Beraldo – já foi julgado pelo plenário do TCE na quarta-feira passada, 03.
Segundo o que foi publicado pelo Diário Oficial, os conselheiros julgaram parcialmente procedentes as impugnações e determinaram que a Prefeitura de Jales proceda as correções pertinentes, “devendo também promover cuidadosa e ampla revisão de todos os demais itens do ato convocatório (edital)”.
Apesar da publicação no Diário Oficial, as recomendações do TCE sobre os itens que deverão ser corrigidos ainda não chegaram à Prefeitura. Segundo o blog apurou, se essas recomendações chegarem entre hoje e amanhã, a Prefeitura terá condições de fazer as correções e republicar o edital até o final da semana.
Em Tempo: voltando ao urubólogo Alexandre Garcia, hoje ele nos ensinou a pronunciar algumas palavras em francês, além de se dizer envergonhado com o caso do ministro português assaltado em Ipanema. Sobre as denúncias do envolvimento de Temer e Serra com o departamento de propinas da Odebrecht, nenhuma palavra.