O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), quadro histórico do PSDB e hoje indicado a vice na pré-candidatura do ex-presidente Lula (PT) ao Palácio do Planalto, já entrou no espírito da campanha com os novos aliados. Nesta quinta-feira (14), o ex-tucano participou de um evento do PT com as centrais sindicais em São Paulo e roubou a cena por não poupar elogios ao companheiro de chapa.
“A luta sindical deu ao Brasil o maior líder popular deste país. Lula! Lula! Viva Lula! Viva os trabalhadores do Brasil!”, gritou Alckmin, que no vídeo aparenta ficar rouco com o discurso. Apesar da curta intervenção, Geraldo entrou no clima e tratou os ex-adversários como “companheiros”, ao se referir tanto a Lula quanto a presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR). O ex-tucano também foi bastante aplaudido pelas lideranças sindicais.
O discurso de Alckmin foi pautado nos momentos de união dos brasileiros. Ele relembrou da ditadura militar, entre os anos de 1964 e 1985, e do processo de redemocratização, que culminou com a Constituição de 1988.
O neossocialista enfatizou que nesses períodos houve uma convergência entre as principais lideranças políticas do país. “Quando foi preciso tirar o país da ditadura, o país se uniu. Houve uma união de Lula, Brizola, Ulysses e Montoro”, disse. “Quando o Brasil precisava de uma Constituição Cidadã, lá estava Lula, Ulysses, Florestan Fernandes, Mário Covas e Fernando Henrique”.
Geraldo Alckmin também fez críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentará reeleição. “O Brasil está unido aqui nesse momento grave com um governo que odeia a democracia, o governo que tem admiração pela tortura e faz o povo sofrer”, disparou.
“É nesse momento de desemprego, estomago vazio, de inflação, de fome, de morte, 662 mil mortes (por Covid-19), que o Brasil se agiganta aqui hoje nessa reunião histórica com as mais importantes centrais sindicais”.
O jornal britânico The Guardianironizou a “farra da virilidade” praticada com dinheiro público pelas Forças Armadas Brasileiras, na terça-feira (12).
A reportagem começa dizendo que os opositores ao presidente Jair Bolsonaro (PL), estão exigindo respostas após a revelação de que as forças armadas do país gastaram dezenas de milhares de pílulas para impotência.
“Devemos entender por que o governo Bolsonaro está gastando dinheiro público na compra de quantidades tão grandes de Viagra”, declarou o parlamentar Elias Vaz (PSB-GO).
E o jornal britânico prossegue citando a publicação do jornal O Globo sugerindo que as dosagens compradas eram geralmente usadas para tratar pênis, não pressão arterial.
“Como você se sente sabendo que estamos pagando pelo Viagra para as forças armadas?”, perguntou a cantora brasileira Zélia Duncan a suas centenas de milhares de seguidores no Twitter. “Sinto-me impotente”, respondeu um.
O deputado carioca Marcelo Freixo (PSB) disse que vai pedir ao Ministério Público que investigue a “indignação” erétil. “O governo Bolsonaro atrasou a compra de vacinas contra a Covid, mas aprovou a compra superfaturada de 35.000 comprimidos de Viagra para as forças armadas”, reclamou Freixo no Twitter.
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffman, criticou a “farra de gastos criminosos” e acusou Bolsonaro de destruir a credibilidade dos militares.
Ao final, o The Guardian descreveu a imagem que o presidente do Brasil transmite para o mundo . “Bolsonaro, de 67 anos, é um ex-capitão do Exército e paraquedista que encheu seu gabinete de militares e deu a entender repetidamente que estaria preparado para liderar uma ‘intervenção’ militar contra as instituições democráticas do Brasil”.
“Observadores políticos qualificaram a “farra do Viagra” dos militares como uma vergonha para um presidente populista que frequentemente se vangloria de sua suposta virilidade, referindo-se a si mesmo como “imbrochável”.
O prefeito Luís Henrique Moreira confirmou, em entrevista radiofônica, que a empresa Cantóia & Figueiredo Serviços Ltda, de Votuporanga, foi a ganhadora da licitação aberta para cuidar da manutenção da iluminação pública em Jales, em substituição à D.Malta, também de Votuporanga, que teria encerrado suas atividades.
A Cantóia & Figueiredo concorreu com outras 09 empresas e, ao final do pregão, foi a vencedora com o preço de R$ 441 mil/ano ou R$ 36.750,00 por mês. A Cantoia é uma empresa tradicional e já prestou serviços à Prefeitura de Jales nos tempos do prefeito Humberto Parini.
Em 2010, ela foi a responsável pela instalação da iluminação pública na avenida “Francisco Jalles”, no trecho que começa na Rua 24, passa em frente ao Hospital de Amor e chega até a rotatória na saída para a rodovia “Euclides da Cunha”. Foi ela, também, quem instalou a iluminação ornamental da “João Amadeu”, sentido Jales Clube.
O prefeito explicou, ainda, que todas as outras concorrentes abriram mão do prazo de recursos, de modo que a Prefeitura homologou o resultado ainda no mesmo dia do pregão, 11 de abril, e já firmou de imediato o contrato com a Cantóia, que iniciaria os serviços já nesta quarta-feira, 13.
Até aí tudo bem. O problema é que o prefeito repetiu aquela velha cantilena de que a Prefeitura teria obtido uma enorme economia com essa licitação, já que a contratação estava estimada em R$ 1,07 milhão e, no fim das contas, o contrato terá o valor de R$ 441 mil.
Nas palavras do prefeito, uma economia de R$ 600 mil para os cofres municipais. A verdade, porém, não é bem essa. A conta é bem simples: no ano passado, os serviços da Malta – por sinal, muito bons – custaram à Prefeitura cerca de R$ 361 mil em 12 meses, ou R$ 80 mil a menos do que será pago à Cantóia.
Outra conta: nos dois primeiros meses de 2022, os serviços da Malta custaram R$ 28,9 mil por mês. A partir de agora, a Prefeitura pagará à Cantóia cerca de R$ 36,7 mil pelos mesmos serviços. Onde, então, a economia?
O detalhe curioso é que a imprensa “chapa-branca” assume como verdadeiro tudo que é dito pelo prefeito, repercutindo sem contestações supostas economias propagandeadas por ele.
As Forças Armadas vão ter de explicar a compra de 60 próteses penianas infláveis no valor de R$ 3,5 milhões. O pedido de investigação ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal foi feito nesta terça-feira pelo senador Jorge Kajuru e pelo deputado Elias Vaz.
O deputado também pediu investigação sobre a compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelos órgãos vinculados ao Ministério da Defesa, sob suspeita de superfaturamento. Nesse caso, as Forças Armadas dizem que o remédio seria usado para problemas cardíacos.
A oposição corre atrás de assinaturas para criar a “CPI do Viagra” para investigar eventuais irregularidades nas compras da Defesa. Também há previsão de gastos com remédios contra calvície. Com a palavra, as Forças Armadas.
O coronel Mello Araújo, que assumiu a administração da Ceagesp depois que o Bozo botou a turma do deputado Fausto Pinato pra correr de lá, deu uma longa entrevista a um podcast bolsonarista, onde se apresenta como a última bolacha do pacote e, é claro, tece críticas – merecidas, registre-se – à administração anterior.
Entre outras coisas, ele fala de um ex-advogado da Ceagesp que, segundo o coronel, perdeu por três vezes o prazo de defesa em uma ação contra a Companhia, o que resultou em uma dívida de R$ 80 milhões. E, para completar, o coronel disse a frase que está causando curiosidade aqui em Jales. Ei-la:
“Esse cara criminoso tá na Prefeitura de Jales. O que é que ele tá fazendo lá? Ele é especialista em ‘juntar dinheiro’. Ah!, e agora ele tem um haras também…”.
Ele deve estar se referindo ao advogado Christopher Rezende Guerra Aguiar, amigo do deputado Pinato, que atuou como gerente jurídico da Ceagesp. Christopher e o irmão Paulo Rodrigo Rezende Aguiar, que também tinha um cargo de assessor na Ceagesp, foram nomeados pelo prefeito Luís Henrique Moreira, outro amigo de Pinato, para integrar a equipe de transição do novo governo de Jales, ao final de 2020.
Até onde se sabe, a missão dos dois advogados terminou assim que Luís Henrique tomou posse e, portanto, eles não estão, como afirmou o coronel, “na Prefeitura de Jales”. As ligações dos irmãos Guerra Aguiar com o deputado Fausto Pinato e o prefeito Luís Henrique são, aparentemente, antigas. Christopher foi delegado estadual do PP de 1995 e 2002, partido de Pinato e ex-partido de LH.
Christopher e Paulo atuam, ou já atuaram, como advogados de defesa do nosso prefeito, em um processo no qual Luís Henrique é acusado de danos aos cofres de Buritama, nos tempos em que LH foi procurador jurídico daquele município.
Os dois advogados possuem ligações em pelo menos duas prefeituras da região. Em Dolcinópolis, um deles atua – ou atuou – como consultor jurídico desde 2015. Christopher e Paulo Rodrigo atuam, ainda, como advogados de defesa do prefeito de Dirce Reis, Euclides Scriboni Benini, em um caso de suposta fraude em concurso público.
Eles advogam, ainda, para Edilberto Pinato, o pai do deputado, em uma ação de indenização por danos morais contra o Expresso Itamaraty, no Fórum de Campinas. Nesse caso, é possível que eles não tenham perdido nenhum prazo.
Mas, o que interessa mesmo, é confirmar que nenhum dos dois advogados que, segundo o coronel, são especialistas em “juntar dinheiro”, trabalha na Prefeitura de Jales.
O governo Jair Bolsonaro reservou desde 2019 cerca de R$ 620 milhões para o pagamento de obras sob a responsabilidade da Engefort Construtora e Empreendimentos, que até então nunca havia sido contratada para executar obras ligadas ao governo federal.
De acordo com o jornal O Globo, “a empresa vem ganhando licitações em série durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro e já recebeu efetivamente mais de R$ 84 milhões”. No ano passado, os empenhos reservados para pagar a empreiteira somam cerca R$ 396 milhões.
Ainda segundo a reportagem, a maior parte dos recursos são originárias da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estatal dominada pelo centrão e ligada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, que está envolvida em suspeitas de irregularidades para o escoamento de dinheiro de emendas parlamentares por meio do chamado orçamento secreto, que vem sendo utilizado pelo governo Bolsonaro para cooptar o apoio de parlamentares no Congresso.
“A empreiteira ganhou a maioria das concorrências de pavimentação do governo Bolsonaro nas licitações das quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios”, ressalta a reportagem. Segundo o Portal da Transparência do governo federal, foram empenhados R$ 619,9 milhões desde 2019 e os pagamentos que começaram a ser efetuados em 2020 já somam mais de R$ 84 milhões.
Deste total, a Codevasf responde por mais dos R$ 614 milhões em empenhos e pelo pagamento efetivo de mais de mais de R$ 80 milhões. Outros R$ 5,7 milhões foram empenhados pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), órgão também ligado ao Ministério do Desenvolvimento Regional.
“A Engefort foi a construtora que mais recebeu repasses da Codevasf em 2021, e a segunda em todo o governo federal, atrás apenas da LCM Construção, que teve R$ 451,5 milhões empenhados para obras”, ressalta a reportagem.
Em sua lidíssima coluna Fique Sabendo, no Jornal de Jales de domingo, 10, o jornalista Deonel Rosa Júnior comenta as possíveis candidaturas de pessoas ligadas à OAB, como é o caso do advogado Augusto Botelho(PSB), que, no sábado, foi aplaudido em um evento nos Estados Unidos, ao “enquadrar” o ex-juiz Sérgio Moro em suposto crime (aqui).
O jornalista informou, ainda, que, em âmbito regional, o PT garantiu vaga na chapa de candidatos a deputado federal ao advogado e professor universitário Gilberto Antônio Luiz, ex-presidente da OAB de Santa Fé do Sul. E emendou com mais informações sobre uma visita de Gilberto ao nosso ex-prefeito Humberto Parini. Eis o que Deonel escreveu:
DE PONTA A PONTA – Como um assunto puxa outro, Gilberto esteve em Jales na semana que passou ao lado da deputada estadual Beth Sahão, com quem pretende fazer dobradinha na região noroeste. Beth, com base eleitoral a partir de Catanduva, é petista raiz e tem cinco mandatos.
CONTATOS IMEDIATOS – A propósito, a deputada e o pré-candidato estiveram em Jales na semana que passou e foram recebidos pelo ex- prefeito Humberto Parini, ex-primeira-dama Rosângela e filha Maria Gabriela. Gilberto e Beth visitaram a família Parini na companhia de Eni Fernandes, ex-vereadora em São José do Rio Preto, e do padre Mário Roberto Faria, pároco da Igreja São José Operário. Para quem não sabe, padre Mário também já foi político militante, tendo sido o candidato a vereador mais votado em Fernandópolis, em meados dos anos 80.
O alegre encontro de petistas foi registrado na foto lá de cima, onde o ex-prefeito aparece abraçado à deputada Beth Sahão. O detalhe curioso é que Parini nunca gostou dos seus companheiros de Catanduva, incluindo Beth e o seu irmão, o ex-prefeito Félix Sahão. E a recíproca era verdadeira.
Durante a campanha eleitoral de 2010, quando a deputada esteve em Jales à caça de votos junto ao eleitorado petista, eu mesmo a coloquei em meu velho Escort e a levei até às imediações da casa de Parini, para mostrar os cartazes que enfeitavam o sobrado do então prefeito de Jales, na esquina das ruas Dois e Holanda.
Como se pode ver na foto ao lado, a residência dos Parini, para desapontamento de Beth (e de outros deputados e dirigentes do PT, para quem enviei as fotos), estava coberta por cartazes da deputada tucana Analice Fernandes.
Eu duvido que, transcorridos 12 anos, Beth tenha se esquecido disso, mas, aparentemente, ela estava bem à vontade na companhia do ex-prefeito e da ex-primeira-dama.
