Blog do Cardosinho

Beto Mariano, que, desde a segunda-feira da semana passada, assumiu um posto na empresa responsável pelo recolhimento do lixo doméstico – a Ecopav – enviou “Nota de Esclarecimento” sobre reclamações quanto aos serviços prestados pela empreiteira. Vamos a ela:   

Desde que assumi a fiscalização do lixo “doméstico” e das varredeiras em nossa cidade, passei a receber diversas reclamações. Algumas de cunho político, na intenção de vincular meu trabalho à administração da prefeita Nice

Outras reclamações, na sua grande maioria, por falta de uma campanha mais efetiva junto à população de Jales, sobre as diferenças entre as categorias de lixo. Cabe salientar, que meu trabalho é voltado unica e exclusivamente à nossa população, no intuito de agilizar e atender com prestreza os anseios da população, no seu direito de cobrar respostas das prestadoras de serviços públicos.

Tenho em mente que jamais devemos fazer política através de serviços prestados a população. No meu dia-a-dia, recebo reclamações em que todas são comprovadas in loco, e 90% delas são referentes a NÃO coleta de lixo RECICLÁVEL.

A ECOPAV não recolhe lixo reciclável, primeiro que ela segue a legislação Ambiental que proíbe em aterros sanitários o acondicionamento desse material. Segundo, que se esse material ou lixo reciclável fosse recolhido, nós estaríamos retirando o sustento de várias pessoas que sobrevivem da coleta desse material, ou da COOPERSOL, Cooperativa dos Catadores de Lixo Reciclável.

O mais comum são reclamações como a da foto, em que o morador enviou e-mail para Direção da Ecopav em São Paulo, e quando compareci no local, o que se encontrava na calçada do reclamante eram caixas de papelão, ou seja LIXO RECICLÁVEL. Para ajudar a nossa população, entrei em contato com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Jales, propondo uma parceria e troca de informações que ajudem a amenizar os problemas com a coleta de lixo reciclável.

As condições tanto da ECOPAV, quanto da referida Secretaria do Meio Ambiente são precárias, existe limitação de veículos e de material humano e, para tanto, a atual administração já está tomando as medidas necessárias para corrigir as eventuais dificuldades, colocando o telefone da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente – 3621-6688 – à disposição para maiores informações.

O acidente envolvendo a prefeita Nice Mistilides e outros dois prefeitos da região – Ana Lúcia Olhier, de Vitória Brasil, e Sebastião Geraldo da Silva, de Ouroeste – nos fez lembrar um outro acidente ocorrido em 1979, nas proximidades de São Francisco, que resultou na morte de três prefeitos.

Sobre o assunto, escrevi matéria para o jornal A Tribuna, deste final de semana. A foto abaixo é da edição de 31/01/79, do jornal Folha D’Oeste:

Uma das maiores tragédias com políticos da região aconteceu há trinta e quatro anos, no dia 30 de janeiro de 1979, quando três prefeitos voltavam de Orindiuva-SP, onde foram participar de uma solenidade em homenagem ao então secretário estadual de Fazenda e ex-ministro do Trabalho, Murilo Macedo. Há poucos metros do acesso que os levaria à cidade de São Francisco, a Belina em que viajavam chocou-se com um caminhão Mercedes Benz, carregado de café em coco.

Na colisão, morreram os prefeitos de São Francisco, Oscar Antonio da Costa (pai do advogado Guilherme Soncini da Costa), e de Marinópolis, Oswaldo Rosseti.

O prefeito de Aparecida D’Oeste, Leopoldo Alberto de Oliveira Gonçalves, o Biriba (irmão do Coca e tio do Poleto), que dirigia a Belina, foi hospitalizado na Beneficiência Portuguesa, em São José do Rio Preto, em estado grave, e, depois de permanecer dois anos em coma, também faleceu.

Por um acaso do destino, a carga de café do caminhão Mercedes Benz pertencia ao prefeito de Palmeira D’Oeste, Batista Campos, que também tinha viajado para Orindiuva, junto com os outros três prefeitos, mas teve que voltar antes dos demais.

Comerciante de café, Batistão, como era conhecido, teria antecipado a sua volta exatamente para liberar a carga de café e possibilitar, ainda naquela noite, a viagem do caminhão que provocou o acidente, dirigido pelo motorista João Molina Neto.