A Polícia Civil de Ribeirão Preto, a 290 km de São Paulo, investiga se a prefeita Dárcy Vera (ex DEM e atual PSD do Kassab) está envolvida num suposto esquema de fraude na distribuição de casas populares por meio da Companhia Habitacional Regional da cidade. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A investigação começou a partir de uma acusação feita pela suspeita de estelionato por “vender” essas casas a Marta Aparecida Mobiglia, 45 anos. Ela afirmou à polícia que entregava dinheiro referente à comercialização das residências para um mensageiro da prefeita.
Segundo a advogada de Marta, Máira Ferreira Teles, sua cliente disse à polícia que documentos e todo o dinheiro arrecadado com a fraude eram entregues a um motoqueiro, que seria um mensageiro de Dárcy.
“Ela afirmou que o contato [com a Dárcy] foi por meio da irmã da prefeita [Marli Vera, conhecida como Chaveirinho]”, disse Teles.
O caso começou a ser investigado há uma semana, quando Marta e uma segunda suspeita, Maria Rosa Lopes Ferreira, 57, foram parar na delegacia após denúncia de membros do Conselho Municipal da Habitação e do jornal “A Cidade”.
O Hospital do Câncer de Barretos estuda “importar” médicos de Portugal e da Espanha. Por causa do déficit de profissionais especializados, a instituição deixa de atender cerca de 300 pessoas por dia, na cidade.
De acordo com o presidente do hospital, Henrique Prata, a falta de médicos começou a ser sentida há dois anos e deve piorar. “No ano passado, não chegaram a formar 20 oncologistas pediatras na residência em todo País”, afirma.
Oncologista pediatra é uma das necessidades do Hospital de Câncer, assim como radiologistas, anestesistas e nefrologistas. O hospital chegou a transferir uma unidade de diagnóstico de Barretos para São José do Rio Preto, onde há maior oferta de profissionais.
As unidades de Barretos e Jales possuem 500 médicos, dos quais 250 são oncologistas. O Hospital, que já tem dois cientistas portugueses em seu quadro de funcionários, agora está consultando escritórios especializados para vencer a burocracia necessária para trazer mais profissionais europeus, interessados nas vagas por causa da crise europeia, e já chegou a debater a situação com o Ministério da Saúde.
“Um profissional doutorado na Europa custa metade de um médico só graduado no Brasil. Precisamos agora ver o que é necessário, deve ter que fazer uma prova ou algo assim. É o caminho mais difícil, mas não vai ter como ser diferente”, afirma Prata .
Devido a falta de profissionais, o Hospital de Câncer tem ociosidade de 10% em Barretos, o que significa 300 atendimentos diários. No hospital de Jales, a situação é ainda pior, em algumas especialidades a capacidade parada chega a 20% por falta de médicos.
“Nos últimos anos tivemos uma melhoria da economia e na oferta de recursos, mas não pensaram na mão de obra qualificada para atender todo esse desenvolvimento. Conseguimos condições para montar uma infraestrutura de qualidade, mas não temos como operá-la. É como se montássemos uma fábrica de aviões, mas não temos piloto”, compara.
O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta segunda-feira, 14 de novembro, a liberação de R$ 6 milhões extras para auxiliar a Santa Casa de Lins, na região de Bauru.
O repasse, destinado para custeio da unidade, será usado para cobrir despesas com manutenção, compra de material e folha de funcionários. Do total liberado, R$ 1,2 milhão será depositado ainda este ano, e outros R$ 4,8 milhões em 2012. “Nós vamos colocar R$ 6 milhões, R$ 400 mil por mês para manter o hospital e vamos colocar uns recursos a mais para ir recuperando o prédio, que precisa ser modernizado”, explicou o governador durante o anúncio.
Referência para nove municípios da região (Lins, Promissão, Guaiçara, Sabino, Uru, Pongai, Getulina, Reginópolis e Cafelândia), a Santa Casa de Lins realiza mensalmente 5,4 mil consultas em seu pronto-socorro, 400 atendimentos no ambulatório de ortopedia, 3.000 exames e 300 internações.
O hospital, que tem 258 funcionários, é referência em neurocirurgia, cirurgia geral, obstetrícia e terapia intensiva neonatal pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“O governo paulista irá apoiar financeiramente uma importante instituição de saúde parceira do SUS. Estamos certos de que será um reforço fundamental para o hospital, que presta relevantes serviços aos pacientes da rede pública”, afirma o secretário da Saúde, Giovanni Guido Cerri.
