FRASE
“Bolsonaro é um cachorro latindo pelo megafone para seus seguidores”.
(Do humorista americano Hasan Minhaj, ridicularizando Bolsonaro no episódio mais recente de “Patriot Act”, uma série de humor da Netflix).
“Bolsonaro é um cachorro latindo pelo megafone para seus seguidores”.
O deputado estadual Rafa Zimbaldi(PSB) apresentou indicação que sugere a liberação de verbas para as unidades do Hospital de Amor nas cidades de Barretos e Jales. O parlamentar justifica que a instituição não possui capacidade de investimento com recursos próprios e como acontece na maioria dos hospitais brasileiros que atendem o SUS, a crise financeira configura uma ameaça à continuidade dos serviços prestados aos cidadãos.
“O Hospital de Amor de Barretos recebe o repasse de R$ 15 milhões mensais do SUS, mas o custo para sua manutenção é de R$ 38 milhões por mês”, afirmou o deputado. “Para a continuação do atendimento, é imprescindível que seja feito o repasse de verbas ao hospital, posto que a instituição carece de recursos até mesmo para os serviços básicos”, concluiu Zimbaldi.
“Bolsonaro é um doente. Ele acha que o problema do Brasil se resolve com armas. O problema do Brasil se resolve com livros, com escolas.”
Criado em 2013, o programa Mais Médicos chegou a reunir 18 240 profissionais, que, em seis anos de atuação, atenderam cerca de 63 milhões de brasileiros, de norte a sul do país. Desde que o programa começou a minguar, no governo de Michel Temer, e depois que perdeu os 8 517 médicos vindos de Cuba logo após a eleição de Jair Bolsonaro, o número foi caindo.
Hoje, o Mais Médicos tem 3 840 vagas não preenchidas, a imensa maioria em regiões pobres e periféricas. Além disso, como cerca de 2 600 médicos brasileiros, atraídos por salários mais altos, trocaram suas funções em postos de saúde municipais e estaduais pelo trabalho no Mais Médicos, abriu-se um rombo de 6 440 vagas nesses postos. Esse vazio todo, estima-se, está deixando 19 milhões de brasileiros sem atendimento médico básico.
VEJA acompanhou de perto a decadência do programa Mais Médicos ao visitar seis cidades do sertão da Bahia, estado com a segunda maior concentração de médicos cubanos, com 10% do total, atrás apenas de São Paulo, com 16%. Com base nas visitas, em um intervalo de pouco mais de dois anos, é possível estabelecer um veredicto inequívoco, por meio de comparação dos diferentes momentos: a situação piorou.
O esvaziamento do Mais Médicos pode, a médio prazo, custar caro ao Brasil. Um estudo da Fundação Getulio Vargas mostrou que, apenas em 2015, o programa evitou 521 000 internações em virtude do atendimento básico.
Houve redução de 4,6% nas internações de modo geral e de 5,9% nas internações relacionadas a doenças infectoparasitárias. A economia chegou a 840 milhões de reais. Um levantamento da Organização Mundial da Saúde informa que o programa foi responsável pelo aumento de 33% no número de consultas médicas no país.
O juiz da 1ª Vara de Jales, Eduardo Henrique de Moraes Nogueira, condenou os empresários Dagoberto Cardili e Edson Cardili, donos da Gente Gerenciamento em Nutrição com Tecnologia Ltda, por fraude em contrato de fornecimento de merenda para a Prefeitura de Jales. Os dois foram condenados a pagar multa de R$ 500 mil ao erário. A sentença também proíbe os dois de contratar com o poder público por cinco anos e cassa os direitos políticos de ambos por igual período.
Ainda de acordo com a sentença, a empresa recebeu por serviços que não prestou. Documentos e depoimentos comprovam, segundo a decisão, a existência da fraude, com o auxílio de funcionários no preenchimento das planilhas com número maior de refeições do que as que foram efetivamente consumidas pelos alunos da rede de ensino de Jales.
A denúncia contra os dois partiu do Ministério Público, em 2011, durante a gestão do ex-prefeito de Jales Humberto Parini (PT). Na época, o promotor de Justiça André Luís de Souza atualmente na Promotoria da Infância e Juventude de Rio Preto questionou, com base nessas denúncias, a legalidade da contratação da empresa para o preparo, fornecimento, transporte e distribuição da merenda escolar na rede municipal. Entre 2006 e 2010, a empresa recebeu R$ 6,3 milhões em contratos com a Prefeitura de Jales.
O contrato entre o município e a empresa previa o pagamento pela quantidade de pratos (refeições) fornecidos nas escolas. Testemunha afirmou no processo que a fraude consistia em colocar pouca comida no prato, o que ensejaria a repetição por parte do aluno e essa repetição era feita em prato novo, o que aumentava o número de refeições.
Segundo as testemunhas no processo, eram as nutricionistas da empresa que acrescentavam valores em excesso nas planilhas. Elas foram acusadas de colocar pratos não utilizados pelos alunos no meio dos sujos para aumentar a quantidade das refeições.
O ex-prefeito e servidores públicos municipais não foram condenados porque não compactuaram com o esquema, de acordo com a sentença.
Os sócios da empresa não foram encontrados nesta quinta-feira, 9, para comentar o assunto.