A 26ª fase da operação Lava Jato expôs, na terça-feira, a existência de um “departamento de propina” na empreiteira Odebrecht que teria sido utilizado para movimentar altas somas de dinheiro em pagamentos ilícitos para agentes públicos e políticos principalmente em 2014. O esquema, no entanto, pode ser muito mais antigo.
Documentos mostram que, durante o mandato presidencial de José Sarney (1985-1990), procedimentos bem semelhantes aos apontados pelos investigadores da Lava Jato envolviam 516 agentes públicos, empresários, empresas, instituições e políticos. Entre eles, há ex-ministros, senadores, deputados, governadores, integrantes de partidos como PSDB, PMDB e PFL (atual DEM).
O UOL teve acesso a quase 400 documentos internos da empreiteira, a maioria datada de 1988, detalhando remessas e propinas a diversos políticos. A documentação estava de posse de uma ex-funcionária da Odebrecht. Como no esquema divulgado pela Lava Jato na terça-feira (22), eram utilizados codinomes para os receptores dos pagamentos e as propinas eram calculadas a partir de percentuais dos valores de obras da empreiteira nas quais os agentes públicos estavam envolvidos.
A Odebrecht afirmou “que não se manifestará sobre o tema”. Todos os políticos ouvidos negaram qualquer envolvimento em esquema de propinas com a construtora.
No jornal A Tribunadeste final de semana, a principal manchete destaca o homicídio ocorrido aqui em Jales, na madrugada de domingo para segunda-feira, e a prisão dos dois suspeitos – um homem e uma mulher, ambos com 33 anos – realizada pela polícia local na quarta-feira, 23. Segundo depoimento da mulher, os três personagens eram amigos e, por motivos fúteis, iniciaram uma discussão que descambou para o espancamento da vítima, Marcoa Antônio Spósito Farineli, de 50 anos.
A sentença da Justiça Federal de Jales, que determinou o bloqueio dos bens do ex-prefeito Parini, do ex-deputado Federal Vadão Gomes e de outros sete réus, num total de R$ 10 milhões. Vadão está sendo acusado de propaganda eleitoral indevida durante a Facip 2010. Parini está sendo acusado pelo Ministério Público Federal de ter contratado (sem licitação) artistas para festas patrocinadas pelo Ministério do Turismo, utilizando-se de empresas intermediárias, o que é proibido pela legislação.
A segunda morte atribuída ao vírus H1N1 em Jales; o provável reinício da construção da creche do Jardim Maria Silveira, que está paralisada desde dezembro de 2012; a posição da região de Jales como uma das menos violentas do Brasil, segundo levantamento do Atlas da Violência; e as discussões da Câmara Municipal em torno da falta de fiscalização e de limpeza de terrenos sujos, são outros assuntos de A Tribuna.
Na coluna Enfoque, a ida do vereador Luiz Henrique Macetão para o PP e o provável encerramento da carreira política do vereador Claudir Aranda. Na página de opinião, Marco Antônio Poletto escreve sobre pedaladas e golpe, enquanto o santista Victor Pereira fala da chegada da Lava Jato à Arena Corinthians. No caderno social, destaque para o almoço da APAE e para a coluna do Douglas Zílio.
Isso está começando a ficar interessante. A notícia é do GGN:
O ex-deputado federal e ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, delatou políticos da base e da oposição e o ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, em acordo de investigação da Procuradoria-Geral da República.
O atual ministro do Tribunal, enquanto era deputado federal pelo PP, entre 2003 e 2005, teria recebido propina pelo deputado José Janene, morto em 2010, junto à Petrobras e outras estatais que tinham diretorias indicadas pelo partido. O montante recebido foi classificado por Pedro Corrêa como “mesada de Augusto Nardes”, em um dos capítulos da delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Corrêa afirma que quando Nardes foi nomeado ministro do TCU, em 2005, um recibo que comprovava o pagamento de propina foi destruído para que não “prejudicasse a nomeação”, contou. De acordo com Corrêa, esse recibo era de valor “baixo”, entre R$ 10 mil e R$ 20 mil.
Além de Nardes, na delação de Pedro Corrêa tem os chamados “operadores de propina”. Na lista, está o nome de Andrea Neves, irmã e uma das principais assessoras do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que atuou no comando da gestão do tucano à frente do governo de Minas Gerais.
Depois da irmã de Aécio, também são citados como operadores Marcos Valério, e Benedito Oliveira, conhecido como Bené, investigado nas suspeitas de irregularidades na campanha de Fernando Pimentel ao governo de Minas, em 2014.
Na delação, um capítulo exclusivo é dedicado a irregularidades no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), como a aprovação da emenda constitucional que possibilitou a sua reeleição, em 1997. FHC contou com apoio financeiro do empresariado para aprovar o projeto, como Olavo Setubal, do Banco Itaú. “Olavo Setubal dava bilhetes a parlamentares que acabavam de votar, para que se encaminhassem a um doleiro em Brasília e recebessem propinas em dólares americanos”, diz trecho da delação.
Também há cinco anexos sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cinco sobre a presidente Dilma Rousseff. Lula é apontado por ter atuado em favor da nomeação de Paulo Roberto Costa na diretoria da Petrobras. O ex-presidente teria dito a José Eduardo Dutra, à época presidente da estatal, para acertar o nome de Costa, em 2004.
“Lula, eu entendo a posição do conselho. Não é da tradição da Petrobras, assim, sem mais nem menos trocar um diretor”, teria afirmado Dutra à época. De acordo com Côrrea, Lula respondeu: “se fossemos pensar em tradição, nem você era presidente da Petrobras, nem eu era presidente da República”, afirmou. De acordo com o depoimento, 15 dias depois da conversa, Costa foi nomeado na Petrobras e o PP destravou a pauta do Congresso Nacional.
Números do Ministério do Trabalho divulgados na quarta-feira, 23, relativos à geração de empregos formais em fevereiro, mostram que Jales teve 230 admissões e 231 demissões nesse período. Saldo negativo, portanto, de 01 emprego a menos. A maioria das demissões foi na Indústria. E a maioria das admissões foi no setor de Serviços.
Apesar do pequeno saldo negativo de fevereiro, Jales continua sendo a melhor da região, no quesito “geração de empregos” em 2016. Somados os dois primeiros meses do ano, Jales apresenta um saldo positivo de 95 novos empregos formais (com carteira assinada).
Enquanto isso, nossas principais vizinhas amargam resultados negativos. Fernandópolis, por exemplo, perdeu 219 empregos em dois meses. Votuporanga perdeu outros 234, enquanto Santa Fé do Sul perdeu 25. Em Rio Preto, nada menos que 1.096 empregos formais evaporaram no primeiro bimestre de 2016.
O bispo emérito de Jales, dom Demétrio Valentini, escreveu artigo, nesta semana, onde diz, entre outras coisas, que está em marcha um linchamento político conduzido por poderosos grupos de comunicação. Segundo o bispo, o país caminha para uma ruptura constitucional. Eis o artigo:
Estamos na iminência de uma ruptura constitucional. Em momentos assim, se faz necessário um apelo à consciência democrática, e uma advertência dos riscos de uma decisão política profundamente equivocada.
Falando claro e sem rodeios: com a tentativa de impeachment da Presidente Dilma, procura-se revestir de legalidade uma iniciativa política com a evidente intenção de destituir do poder quem foi legitimamente a ele conduzido pelo voto popular.
Isto fere o âmago do sistema democrático, que tem como pressuposto básico o respeito aos resultados eleitorais.
É preciso desmascarar a trama que foi sendo urdida, para criar artificialmente um pretenso consenso popular, para servir de respaldo aos objetivos que se pretende alcançar.
É notável que desde as últimas eleições presidenciais, os derrotados não aceitaram o resultado das urnas, e traduziram seu descontentamento em persistentes iniciativas de deslegitimar o poder conferido pelas eleições.
Outra evidência é a contínua e sistemática obstrução das iniciativas governamentais, praticada especialmente por membros do Congresso Nacional, com o evidente intuito de inviabilizar o governo, e aplainar o caminho para o golpe de misericórdia contra ele.
Está em andamento um verdadeiro linchamento político, conduzido sutilmente por poderosos meios de comunicação, contra determinados atores e organizações partidárias, que são continuamente alvo de acusações persistentes e generalizadas, e que se pretende banir de vez do cenário político nacional.
Causa preocupação a atuação de membros do Poder Judiciário, incluindo componentes da Suprema Corte, que deixam dúvidas sobre as reais motivações de suas decisões jurídicas, levando-nos a perguntar se são pautadas pelo zelo em preservar a Constituição e fazer a justiça, ou se servem de instrumento para a sua promoção pessoal ou para a vazão de seus preconceitos.
Em meio a esta situação limite, cabe ao povo ficar atento, para não ser ludibriado.
Mas cabe ao Judiciário a completa isenção de ânimo para garantir o estrito cumprimento da Constituição.
E cabe ao Congresso Nacional terminar com sua sistemática obstrução das iniciativas governamentais, e colaborar com seu apoio e suas sugestões em vista do bem comum, e não de interesses pessoais ou partidários.
Em vez deste impeachment sem fundamento legal e sem justificativa, que nos unamos todos em torno das providências urgentes para que o Brasil supere este momento de crise, e reencontre o caminho da verdadeira justiça e da paz social.
O cardeal de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, foi atacado na manhã desta quinta (24), na Catedral da Sé, por uma mulher que acusou ele e a CNBB de serem comunistas infiltrados na Igreja Católica.
Aos gritos, ela dizia: “Você e a CNBB são comunistas infiltrados; não podem fazer isso com a minha Igreja”. Ela avançou sobre o cardeal e arrancou sua mitra, derrubando-o ao chão e ferindo-o no rosto.
Dom Odilo levantou-se com ajuda das pessoas em volta e seguiu caminhando e abençoando as pessoas na catedral lotada. Tudo aconteceu durante a missa dos Santos Óleos, que abre as celebrações do Tríduo Pascal.
A Igreja tratou o assunto com discrição. Dom Odilo não falou do assunto publicamente. Segundo a cúpula da Igreja em São Paulo, a mulher não identificada apresentava evidentes sinais de desequilíbrio, mas os padres ouvidos por Jornalistas Livres estavam preocupados com a agressão no contexto da crise política nacional
O padre Luiz Eduardo Baronto, cura da Sé, afirmou não entender a origem da agressão: “Não sei se ela agiu por orientação de alguma organização ou por conta própria.”
A cineasta Anna Muylaert, diretora do premiadíssimo filme “Que Horas Ela Volta”, recebeu ontem o prêmio “Faz a Diferença”, do jornal O Globo. Aquele mesmo prêmio que já foi entregue ao ex-ministro do STF Joaquim Barbosa e ao juiz Sergio Moro. Diferentemente desses dois amiguinhos da Globo, Anna não se preocupou em tecer loas aos Marinho.
O filme conta a história de Jéssica, filha de uma empregada doméstica, que entrou na Universidade. Anna contou, em seu discurso que, no exterior, muitos jornalistas perguntaram se Jéssica era uma personagem real e ela respondia que não.
Ao voltar ao Brasil, no entanto, Anna percebeu que, na verdade, sua personagem existia na vida real, pois ela – ao percorrer algumas universidades – encontrou muitas Jéssicas. Ou seja, meninas pobres que eram as primeiras da família a cursar uma Universidade.
O final do discurso, aplaudido com entusiasmo, foi surpreendente, principalmente por estar a premiada cineasta em um reduto da Globo. Recomendo aos coxinhas que não vejam o vídeo:
Algumas cidades do noroeste paulista, que tiveram casos confirmados de H1N1 e registraram mortes, ficaram de fora da lista de reforço da vacina, que começou nesta quarta-feira (23). As doses que sobraram da campanha do ano passado, em alguns municípios, não são suficientes para imunizar todo o grupo de risco.
A Secretaria de Saúde do estado disse que as cidades escolhidas para o reforço fazem parte da ‘região epidemiológica de São José do Rio Preto (SP), região que concentra a maioria dos casos de São Paulo.
Apenas cinco frascos foi o que sobrou da campanha de vacinação contra a gripe, de 2015, em um posto de saúde de Fernandópolis (SP). A dona de casa Fernanda Ramos trouxe a filha de sete meses para tomar a vacina. A preocupação é com o aumento de casos de H1N1, só este ano, 12 pessoas tiveram a doença na cidade, uma morreu. “Tem vários casos na cidade de gripe e como ela não tomou nenhuma dose, resolvi trazê-la para vacinar”, afirma Fernanda.
Em Jales (SP), os moradores também estão preocupados, porque nove pessoas pegaram o vírus na cidade. Uma delas, um bebê de cinco meses, morreu por causa de complicações desse tipo de gripe. Os postos de saúde ainda oferecem algumas doses da vacina que sobraram do ano passado, mas a quantidade não é suficiente para atender todos que estão no grupo de risco. “Tem de esperar, a gente orienta a questão das preocupações, que é evitar aglomeração de pessoas, ambientes fechados, sem ventilação”, afirma Renata Rachieli, enfermeira da Vigilância Epidemiológica.
A Secretaria Estadual de Saúde selecionou 67 municípios para receber a vacinação antecipada contra a gripe. Mas Jales e Fernandópolis não estão na lista, mesmo tendo casos confirmados e mortes causadas pela doença.
Das 67 cidades da região relacionadas pela Secretaria de Saúde do Estado para receber o reforço da vacina, pelo menos 40 não registraram casos de H1N1. A secretária de Saúde de Fernandópolis, Lígia Barreto, diz que não entendeu o critério de seleção do estado. “Foi uma surpresa já que temos 12 casos positivos e um óbito e não estar recebendo mais doses. A alegação do estado é que devido termos atingido a meta vacinal do Estado não nos foi fornecido quantidade a mais dessa sobra”, afirma Ligia.
Todos que tomarem a vacina por esses dias e aqueles que não conseguirem receber a dose, devem voltar ao posto de saúde no fim de abril, quando começa a campanha nacional de vacinação contra o vírus.
A Polícia Civil de Jales prendeu hoje os suspeitos do assassinato de Marcos Antônio Espósito Farinelli, de 50 anos, ocorrido na madrugada de domingo para segunda-feira, na Rua Rubião Meira, Jardim Paraíso.
Os policiais já tinham identificado a autoria do crime e, nesta quarta-feira, deram cumprimento aos mandados de prisão temporária contra os suspeitos. Segundo informações, trata-se de um casal já conhecido no meio policial por envolvimento com drogas.
O delegado Sebastião Biazi, que comandou as investigações, deverá dar maiores detalhes ainda hoje.
A maioria é da oposição, como o impoluto Roberto Freire(PPS), mas a lista traz nomes como o do deputado João Paulo Rillo(PT), de Rio Preto. Paulinho da Força e Paulo Pereira da Silva, que são a mesma pessoa, aparecem duas vezes.
Os apelidos dados aos políticos também são interessantes: Eduardo Cunha é “Carangueijo“, Manuela D’Ávila é “Avião“(muito apropriado!) e Jarbas Vasconcelos é “Viagra“. Eu só não entendi o apelido do Jaques Wagner: “Passivo“. A notícia é do Brasil 247:
Nas buscas que realizou na Odebrecht durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, no dia 22 de fevereiro, a Polícia Federal apreendeu uma lista do que seriam repasses de propina da empreiteira a políticos. A relação traz mais de 200 nomes e os valores recebidos, atingindo governo e oposição.
Estão presentes, por exemplo, os nomes do senador Aécio Neves (PSDB-MG), do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dos senadores José Sarney (PMDB-AP), Romero Jucá (PMDB-RR) e Humberto Costa (PT-PE), do chefe de Gabinete da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, do PT, do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
Não identificados, contudo, chamaram a atenção dos investigadores, sobretudo pelo grande volume de recursos que teriam recebido, como é o caso de “Mineirinho”, apontado como destinatário de R$ 15 milhões entre 7 de outubro e 23 de dezembro de 2014. As entregas, segundo as planilhas, teriam sido feitas em Belo Horizonte.
Conforme afirma o jornalista Fernando Rodrigues, que divulgou a lista, trata-se do mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela da empresa descoberta e revelada ontem na investigação. Segundo a PF, o executivo Marcelo Odebrecht também estava envolvido no pagamento de propinas.
A notícia não diz se os valores atribuídos a cada político seriam doações legais ou ilegais. Certamente que, nos próximos dias, surgirão novos detalhes. A lista completa pode ser vista aqui.