Os caras dão uma de valentes, xingam, ofendem, aparecem nos jornais, mas, quando são acionados na justiça, mostram o que verdadeiramente são. E pedem arreglo. Deu no Brasil 247:
Os agressores do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega voltaram atrás e agora pedem perdão, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Diante de queixa-crime por injúria, calúnia e difamação, os dois empresários que xingaram, em junho, Mantega, em um restaurante de SP, procuraram o advogado do ex-ministro, José Roberto Batochio, e propuseram acordo.
Marcelo Melsohn disse que ofendeu Mantega “irrefletidamente”, afirma estar arrependido e diz reconhecer que ele é “probo, honesto e digno”. Já João Locoselli declara que nada sabe sobre o economista que “possa desaboná-lo em sua vida pública”
Mantega assinou ontem os dois pedidos de desculpas, concedendo aos empresários seu “perdão”, exigência da lei para que a ação judicial seja suspensa, afirma a jornalista.
A notícia abaixo, que relata a choradeira de alguns prefeitos, é da assessoria do deputado Fausto Pinato. Reparem que ela cita uma suposta redução nos repasses do governo federal, como justificativa para a péssima situação das prefeituras.
Como sou moço curioso, fui ver os repasses (FPM) dos municípios de alguns dos prefeitos que aparecem na foto. Hoje em dia, é fácil descobrir se os prefeitos estão sendo sinceros. Basta ir ao Portal da Transparência.
E o que eu pude constatar é que, na verdade, houve um aumento de 9,5% nos repasses federais para municípios como Dirce Reis, Santa Salete, Santa Albertina, Paranapuã e Aspásia. Em reais, um aumento de R$ 300 mil.
Até o final de julho deste ano (agosto ainda não está disponível no Portal), aqueles municípios já tinham recebido mais de R$ 3,3 milhões, cada um. No ano passado, no mesmo período, o repasse para cada um deles foi de pouco mais de R$ 3 milhões.
No caso de Jales, uma pesquisa junto ao site do Banco do Brasil mostra que, de janeiro a agosto do ano passado, os repasses do FPM somaram R$ 11,3 milhões. Neste ano, até agosto, já somavam quase R$ 12,3 milhões. Um aumento de 8,5%.
Mas, vamos a notícia do deputado:
Uma reunião realizada na última sexta-feira, dia 4 de setembro, no gabinete do prefeito de Jales, Pedro Callado, com a presença de prefeitos e representantes de alguns municípios do noroeste paulista mostrou ao deputado federal Fausto Pinato (PRB-SP) a atual situação financeira em que se encontram as prefeituras da região. O objetivo foi pedir ajuda ao parlamentar para que encabece um movimento parlamentar para socorrer, principalmente os pequenos municípios que a cada mês tem o repasse federal reduzido.
Alguns prefeitos disseram que não vão conseguir realizar o pagamento dos servidores já neste mês de setembro e nem tão pouco os meses subseqüentes. Para eles, o corte no orçamento e redução de jornadas de trabalho não estão sendo suficientes para equilibrar as contas devido à redução no repasse.
Eles ainda mencionaram que a lei de responsabilidade é dura e penaliza de forma cruel os agentes políticos, já que são obrigados a seguir a risca. “Hoje a Justiça culpa o prefeito pela má administração e não vê as condições em que administramos. Em alguns casos, temos nossos bens bloqueados por qualquer erro”, disse um dos agentes políticos.
Para o deputado, o país está quebrado e as prefeituras que ainda não estão falidas, ficarão até o final do ano. “O governo reduziu drasticamente as emendas parlamentares, chegando a um corte de 78% em alguns Ministérios. As emendas atrasadas não serão liberadas, já que poderia ajudar em alguns setores municipais”.
Ontem, um amigo contabilista enviou e-mail sobre uma suposta greve dos agentes fiscais estaduais. Eis o que ele escreveu:
Dependo de liberação de documentos pelos fiscais da fazenda do Estado de SP… estranhei que a liberação está demorando muito (antes levava dois dias) e fui à delegacia tributária de SJRP hoje ver o que estava acontecendo… a atendente me disse, na surdina, que todos os fiscais estão em greve… eu disse que não sabia, que não li em nenhum lugar… alguém sabe dessa greve ou operação tartaruga???
Pois é, eu também procurei alguma informação, mas não encontrei nada sobre o assunto na imprensa. Isso não é de se estranhar, pois quando se trata de greves em governos tucanos, a imprensa – como acontece todos os anos com as greves dos professores – não dá muita atenção.
As únicas informações estão no site do sindicato da categoria, o SINAFRESP. Segundo o que se pode ler no site, os fiscais estaduais iniciaram um movimento em agosto, que não chega a ser uma greve, mas inclui algumas “paradinhas”, chamadas de “Login Zero”. Ou seja, pelo menos uma vez por semana, eles desligam os computadores.
Ontem, representantes dos fiscais reuniram-se com o deputado estadual Carlão Pignatari(PSDB), líder da bancada tucana na Assembleia. Eles foram relembrar ao deputado os compromissos assumidos pelo governador Geraldo Alckmin com a categoria em 2014, os quais não foram cumpridos.
Vejam se não é o fim da picada. Os vereadores, assim como os deputados, estão entre os brasileiros com direito aos mais longos períodos de férias. Aqui em Jales, a Câmara – numa iniciativa raríssima – acabou com o descanso dos vereadores em julho, mas, ainda assim, eles continuam com 45 dias de recesso.
Em Votuporanga, considerando que não existe nenhuma notícia de que os vereadores tenham acabado com o recesso de julho, é provável que eles tenham 75 dias de descanso, por ano. Quem sabe até 90 dias, como acontece em alguns legislativos.
Mesmo assim, o vereador Mehde Meidão(PSD) ingressou na Justiça, em agosto, com uma ação contra o município de Votuporanga, requerendo o pagamento de R$ 38 mil, sob a alegação de que ele, como bom trabalhador que é, faz jus a férias e décimo-terceiro.
Apanhado no contrapé com a divulgação do processo, o vereador alega que, se ganhar a causa, vai doar metade do dinheiro para a Santa Casa de Votuporanga e a outra metade para o Hospital de Câncer. Acredite quem quiser.
Como os prezados leitores devem estar sabendo, o cantor-ator Fábio Júnior fez um inflamado discurso contra o governo Dilma, durante show em New York, onde mais de 80% dos brasileiros votaram em Aécio.
Por sinal, a três cidades onde Aécio foi, percentualmente, mais votado, são americanas: Miami (91,79%), Atlanta (89,47%) e Houston (89,22%). O jornalista Paulo Nogueira, do DCM, escreveu um texto sobre o discurso de Fábio Júnior:
E eis que Fábio Jr reaparece no noticiário.
O rosto, desfigurado de tantas plásticas, lembra estranhamente o de Michael Jackson nos últimos tempos. (Ou, numa leitura mais íntima, o de minha falecida Tia Zete.)
É a velha batalha contra o tempo.
Mas o que realmente chamou a atenção foi a mente. FJ como que implantou o cérebro de Lobão.
A reaparição, embora num programa musical, nada deve à música, mas às declarações contra tudo que está aí.
FJ mostrou ser um legítimo analfabeto político: repete, sem crítica, o que lê, vê e ouve na imprensa.
Neste sentido, é mais um Filho da Mídia.
As pessoas mais ingênuas, ou menos espertas, acham que a imprensa publica verdades.
Saiu na Veja? Batata.
Deu no Jornal Nacional? Batata.
A CBN disse? Batata.
Essas pessoas não sabem o quanto a imprensa defende seus próprios interesses em nome do interesse público.
Não sabem quanto jornais, revistas, telejornais e rádios das grandes corporações enganam, trapaceiam, inventam, distorcem.
E então são alvos de uma facílima manipulação.
Fábio Jr mostrou ser um desses casos.
É fácil imaginá-lo lendo a Veja, vendo a Globonews e ouvindo a CBN em sessões impiedosas de lavagem cerebral.
Há, também, um elemento pessoal.
O amargor com o final da carreira pode se traduzir numa raiva cega e feroz em busca de culpados.
É o mesmo caso de Lobão.
O culpado não é o tempo que voou, a natureza que não ficou parada quando o artista era jovem e festejado.
O culpado são os outros.
Ou, no caso específico, o culpado é Dilma, é Lula, é o PT.
Não que o PT não tenha defeitos. Tem, e muitos.
Mas o fato é que a direita calculista que manipula analfabetos políticos como FJ ataca o PT pelas coisas boas que fez, e não pelas ruins.
A história do Brasil mostra que qualquer governante que não reproduza bovinamente a iniquidade é atacado ferozmente com a mesma arma cínica: a corrupção.
Assim tombou Getúlio, assim tombou Jango e assim tentam fazer tombar agora Dilma, depois de terem fracassado na operação Mata Lula ao longo de oito anos.
Marafonas falam da moral e dos bons costumes como se fossem Madres Teresas.
Empresas jornalísticas sonegadoras e corruptas, bafejadas sempre por mamatas do Estado que tornaram bilionários seus donos, produzem editoriais todos os dias em que o tema é a moralidade.
O tom delas lembra o dos pastores das igrejas evangélicas.
É dentro desse quadro que surgiu, em sua combinação extravagante de Michael Jackson e Lobão, Fábio Jr.
Sua fala poderia ser resumida assim: “Eu sou um imbecil manipulado.”
E então ele poderia, depois, cantar pela milésima vez “Pai”.
Neste país, desviar pouco dinheiro não compensa. Vejam a notícia do G1:
A Justiça Federal de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público e cassou os mandatos do prefeito de Riolândia, Sávio Nogueira Franco Neto, e do vice-prefeito, Maurilio Viana da Silva, por improbidade administrativa. Segundo a assessoria do Tribunal não cabe mais recurso.
A decisão foi publicada na quinta-feira (3) e determina, além da perda dos cargos que os dois ocupam, a suspensão dos direitos políticos deles por cinco anos. Assim, prefeito e vice estão proibidos de contratar com o serviço público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, por cinco anos.
De acordo com a denúncia do MP, eles desviaram cerca de R$ 3 mil de verbas federais. O prefeito e o vice terão de devolver o valor de R$ 3.315, com correção monetária e acréscimo de juros, calculados a partir de julho de 2004. O dinheiro deve ser depositado ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, órgão do governo federal.
O presidente da Câmara de Riolândia, Joaquim Roberto Mega (PSDB), já foi notificado da decisão e tem 48 horas para convocar uma sessão, em que será empossado como novo prefeito.
No jornal A Tribunadeste final de semana, os leitores ficarão sabendo os detalhes sobre os últimos lances das brigas envolvendo o ex-fogueteiro Matogrosso, o irrequieto auditor Ricardo Junqueira e o infatigável vereador Gilbertão.
A semana foi repleta de novidades, que incluem até uma representação contra Gilbertão junto ao Conselho de Ética da Câmara, protocolada por Junqueira.
Mas Junqueira não ficou sem chumbo. O voluntarioso ex-lateral direito do Dom Bosco, Matogrosso, protocolou missiva endereçada ao prefeito Pedro Callado cobrando providências a respeito de uma suposta agressão praticada por Junqueira contra ele.
Callado avisou a Câmara, há alguns dias, que está encontrando dificuldades para escalar uma comissão de sindicância para apurar o caso. O prefeito já teve que substituir cinco ou seis servidores escalados para a missão, que alegaram motivos variados para ficar fora dessa encrenca.
Matogrosso ressaltou, em sua petição, que até os servidores que se recusaram a participar da comissão de sindicância poderão ser acionados por improbidade administrativa, caso não tenham apresentado um motivo justo para pedir a dispensa.
Resumindo, o mar não está para peixes, apesar da aparente calmaria. E o jornal A Tribuna trará, também, o resultado da perícia que o Instituto Municipal de Previdência providenciou para apurar se Matogrosso – que é aposentado por invalidez – continua sem condições de trabalhar.
Via Facebook, José Eduardo Bicudo, filho do jurista Hélio Bicudo, fez uma dura crítica ao pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff protocolado pelo seu pai – que é um dos fundadores do PT – na última terça-feira (1). Comentando em um post da página Diário do Centro do Mundo (DCM) na noite desta quarta-feira (2), o biólogo lamentou o posicionamento do pai, classificou a atitude como um “papel no mínimo ridículo” e ainda analisou que o alvo principal do ataque não é nem Dilma, mas Lula, com quem teria uma “briga pessoal” há uma década.
“Sou um dos filhos de Hélio Bicudo e como meus irmãos, que já se manifestaram em público, também me manifesto contra o pedido de impeachment feito pelo meu pai. É triste ver uma pessoa que possuía um patrimônio político e uma história de vida digna juntar-se à direita mais sórdida do nosso país para fazer um papel no mínimo ridículo, extemporâneo e se expondo de uma maneira pueril. Infelizmente, a sua luta contra o esquadrão da morte acaba ficando menor, neste momento pelo qual passa o Brasil, diante da insensatez que é o seu pedido de impeachment. Nas entrelinhas do texto do pedido é possível verificar que o pedido de impeachment de Dilma é uma cortina de fumaça e o objetivo principal do pedido é atingir Lula, de um lado se juntando à campanha da mídia conservadora contra a candidatura de Lula para presidente em 2018 e de outro lado revelando mais uma vez a sua desesperada “briga” pessoal com Lula, a qual vem se arrastando por mais de uma década”, escreveu.
Na própria terça-feira, outros filhos de Bicudo já haviam tecido críticas ao pai pelo pedido. A consultora em planejamento urbano Maria do Carmo Bicudo Barbosa afirmou que ele “cometeu um equívoco” e que, neste momento, o Brasil precisa de “união” para enfrentar os problemas, e não pedir o impeachment da presidenta, salientando que acredita na honestidade de Dilma e que “em governos anteriores as apurações [de operações como a Lava-Jato] não ocorreriam da mesma forma”.
Já o filho mais velho, José Bicudo, disse que não há motivos suficientes para pedir impeachment e afirmou que o ato de seu pai “assusta” por sua trajetória e que o pedido “só acirra os ânimos, em vez de apaziguá-los”.
Enquanto em alguns municípios os salários dos políticos têm diminuído por decisão judicial, em outras cidades da região, prefeitos e vereadores tiveram a iniciativa de cortar seus próprios ganhos.
Na sessão de segunda-feira, com o plenário da Câmara lotado, parlamentares de Pereira Barreto aprovaram por sete votos a três redução de 74% em seus vencimentos para a próxima legislatura, que começa em 2017.
Atualmente, os vereadores da cidade, com estimativa de 25.755 habitantes, recebem R$ 5,8 mil. Com a aprovação do projeto, os vereadores de Pereira Barreto passarão a receber, em 2017, R$ 1,5 mil mensais.
Em Piacatu, a Câmara também vai votar proposta para redução salarial dos políticos para 2017. Conforme o vereador José Carlos da Silva, o Totô (PMDB), os ganhos do próximo prefeito seriam de R$ 6 mil — queda de 23% em relação aos R$ 7,8 mil que recebe hoje o atual mandatário, Nelson Bonfim (PTB). Já os ganhos do vice-prefeito passariam dos atuais R$ 2.470 para R$ 2 mil (redução de 19%).
Em Promissão, a proposta partiu do prefeito Hamilton Foz (PT), que quer reduzir em 10% seu salário, do vice-prefeito e de cargos de confiança. O projeto foi encaminhado na segunda-feira para as comissões da Câmara, que deverá votar a propositura na próxima semana.
