Querer tratar a Globo no bico da chuteira não é pra qualquer um. Na sexta, os depósitos suspeitos na conta de Flávio Bolsonaro. No sábado, um pagamento de R$ 1 milhão, feito pelo filhoco nº 01, igualmente suspeito. E no domingo… Deu no Brasil 247:
“O Coaf sabe muito mais do que já foi revelado sobre o caso Fabrício Queiroz, o ex-motorista de Flávio Bolsonaro. Nos arquivos do órgão federal de controle de atividades financeiras consta que Queiroz transacionou um volume de dinheiro substancialmente maior do que veio a público até dezembro. Além dos famigerados R$ 1,2 milhão movimentados atipicamente entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, passaram por sua conta mais R$ 5,8 milhões nos dois exercícios imediatamente anteriores. Ou seja, no total Queiroz movimentou R$ 7 milhões em apenas três anos. Segundo o próprio Jair Bolsonaro, Queiroz ‘fazia rolo’. Haja rolo”, informa o colunista Lauro Jardim, em nota publicada neste domingo no jornal O Globo.
Em sua coluna, Lauro Jardim cita o fato de o ministro Luiz Fux ter trancado as investigações, numa decisão contestada por todo o meio jurídico, mas diz que o caso será retomado assim que terminar o recesso judicial. O ministro Marco Aurélio Mello, que é relator do caso, já disse que a decisão ilegal, imoral e inconstitucional de Fux irá para a lata de lixo. Segundo Lauro Jardim, as explicações de Flávio Bolsonaro sobre as movimentações de Queiroz terão que ser mais convincentes do que as até agora apresentadas.
Eis a capa do Jornal de Jalesdeste domingo, cuja principal manchete destaca a tragédia que matou três jovens profissionais da saúde e enlutou três cidades – Jales, Mesópolis e Marinópolis. Duas delas -a médica Chimeni Campos e a dentista Luciane Leiko Suegai Kanawa – moravam em Jales, enquanto a terceira vítima, Luély Carla de Souza, era de Marinópolis. Em Mesópolis, onde elas prestavam serviços à Prefeitura da cidade, foi decretado luto oficial. O acidente que matou as três ocorreu em uma vicinal que leva a Mesópolis, quando elas estavam indo para o trabalho. O veículo em que viajavam levava mais duas pessoas, que escaparam com vida: o ex-vereador de Jales, Sérgio Nishimoto, e o funcionário da Sucen, Guilherme Matos Motta.
Destaque, igualmente, para o Sindicato dos Comerciários de Jales e região, que distribuiu mais de 800 kits escolares para filhos de comerciários de Jales e Santa Fé do Sul, com o objetivo de contribuir para a redução de gastos das famílias neste início de ano. O projeto educacional do Sindicato inclui, ainda, outros benefícios, como o curso de inglês de alto nível totalmente gratuito para filhos de associados com idade entre 09 e 16 anos. Os filhos de comerciários que não se encaixam na faixa de idade entre 09 e 16 anos também podem curso de inglês, com desconto de 50% nas mensalidades, conforme destacou a presidente do Sindicato, Maria Ramires.
O lançamento, no sábado, 12, de dois loteamentos de alto nível que irão comercializar quase 180 lotes nas proximidades do Hospital de Amor; a posse do novo presidente da Associação dos Engenheiros da Região de Jales, Fábio Andreu de Aro, que assumiu o cargo pregando a união regional; as experiências vivenciadas pelos 36 voluntários que participaram da 1ª Missão Univida na Amazônia; e os falecimentos da professora Jandyra Graziani Polizio, a dona Janda, aos 100 anos, e do radialista Nelson Iglesias, aos 76 anos, são outros assuntos do JJ.
Na coluna Fique Sabendo, o bem informado jornalista Deonel Rosa Júnior relata que a ex-tesoureira da Prefeitura de Jales, Érica Cristina Carpi, figura central na Operação “Farra no Tesouro”, estaria tentando espiar seus pecados em uma tradicional e rigorosa igreja evangélica da cidade. Fontes do colunista garantem que ela estaria se convertendo e frequentando os cultos da Congregação Cristã do Brasil, no templo da Avenida “Francisco Jalles”, ao lado do viaduto. Deonel está informando, ainda, que a irmã de Érica – Simone Carpi, igualmente envolvida nos malfeitos contra os cofres públicos – também estaria se voltando para a espiritualidade.
Quem ouve Maria Bethânia cantando a dramática “Grito de Alerta” – uma canção de amor e de desamor também – jamais poderia imaginar que ela foi inspirada em, digamos assim, “uma baitolagem”.
Não por acaso, Nelsinho Motta, um grande conhecedor da música popular brasileira, classifica essa canção de Gonzaguinha, composta em 1979, como um “hino gay”, mas o tema homoafetivo passa despercebido a quem não conhece a história.
Dolorida e queixosa, “Grito de Alerta” foi inspirada nos desencontros amorosos de Agnaldo Timóteo – de quem Gonzaguinha era muito amigo – que, àquela altura do campeonato, vivia uma relação conturbada com seu namorado. No livro “Eu Não Sou Cachorro Não”, o autor Paulo César Araújo conta que foi o próprio Timóteo quem relatou a Gonzaguinha, em uma madrugada, suas brigas com o rapaz, também chamado Paulo César.
Comovido com a situação do amigo, Gonzaguinha escreveu “Grito de Alerta“, na qual uma personagem cheia de amor para dar suplica ao amado por paz no relacionamento.
Apesar de inspirada em Timóteo, a música foi entregue a Maria Bethânia, que, no ano anterior, tinha feito enorme sucesso com “Explode Coração“, também de Gonzaguinha. Não deu outra: o sucesso se repetiu e, no ano seguinte, “Grito de Alerta” foi incluída na trilha sonora da novela “Água Viva”.
Timóteo – que só ficou sabendo que a música era sobre ele quando já tinha sido gravada por Bethânia – foi o segundo a gravar “Grito de Alerta“, mas sem o mesmo sucesso da irmã de Caetano. Gonzaguinha, o compositor, foi o terceiro.
No vídeo abaixo, Bethânia, ainda sem cabelos brancos, interpreta “Grito de Alerta”.
No jornal A Tribuna deste final de semana, a principal manchete destaca o acidente que matou três mulheres em uma rodovia entre Paranapuã e Mesópolis. A médica Chimeni Campos, moradora de Jales, conduzia seu veículo, um Chevrolet Tracker LTZ, quando avistou um tamanduá cruzando a pista e, ao tentar desviar, acabou chocando-se com uma árvore à beira da rodovia. Chimeni e a fisioterapeuta Luély Carla de Souza, de Marinópolis, morreram na hora. A dentista Luciane Leiko Sugai Kanawa, chegou a ser socorrida, mas morreu pouco tempo depois. O ex-vereador de Jales, Sérgio Nishimoto, e o agente de saúde Guilherme Matos Motta, que também estavam no veículo, sofreram ferimentos mas estão fora de perigo.
Destaque, também, para o lançamento do Residencial Hipócrates, empreendimento imobiliário capitaneado pelo empresário e viticultor Durvalino Fernandes Gouveia. Localizado em área privilegiada, entre o prolongamento da Avenida “Francisco Jalles” e a Rua Suécia, nas proximidades do Hospital de Amor, o novo residencial está colocando à venda 110 lotes com medidas entre 368 e 1.133 metros quadrados, que poderão ser pagos em até 180 parcelas. O loteamento conta com área verde de 28.593m² e reservou, ainda, uma área de 16.500m² para a construção de um shopping ou supermercado, de frente para a Avenida “Shiguero Kitayama”.
O caso dos ex-responsáveis pelo Cartório do Registro de Imóveis de Jales, que estão sendo acusados de improbidade pelo Ministério Público e denunciados à Justiça, por conta do desvio de R$ 2 milhões; o caso do grupo que vendia canetas no centro de Jales, utilizando o nome do Hospital de Câncer; a nova verba do MIT, que será utilizada na reforma da Praça do Jacaré; o reajuste salarial dos comerciários de Jales; e o início das negociações entre o Sindicato dos Servidores Municipais e o prefeito Flá Prandi, visando o reajuste salarial deste ano, são outros assuntos de A Tribuna.
Na coluna Enfoque, informação dando conta de que a defesa do ex-diretor administrativo do Hospital de Amor, Roger Mauro Dib, está reclamando, em suas alegações finais, do uso de algemas durante a audiência de instrução e julgamento realizada no Fórum de Jales. Na página de opinião, a crônica do blogueiro Hélio Consolaro diz que em toda família sempre existe um estressado. Já o artigo do Valmor Bolan trata dos gastos que tornam algumas cidades inviáveis. No caderno social, destaque para o 1º aninho do garotinho João Guilherme, e para a colorida coluna do Douglas Zílio, que está recheada de belas mulheres.
O ano não começou bem para o prefeito de Pontalinda, Elvis Carlos de Souza. O nobre alcaide é o principal alvo de cinco inquéritos civis instaurados pelo Ministério Público de Jales para investigar algumas ilegalidades na Prefeitura de Pontalinda.
Os inquéritos foram instaurados com base em relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), relativo a fiscalização realizada pelo órgão nas contas anuais de Elvis, relativas ao exercício de 2016. As irregularidades apontadas no relatório levaram o TCE a emitir parecer desfavorável à aprovação das contas daquele ano.
Um dos inquéritos vai apurar indícios de fraudes no abastecimento de pelo menos dois veículos – um Corolla e um Santana – pertencentes à frota municipal de Pontalinda, com possível superfaturamento ou desvio de produtos.
O promotor público Horival Marques de Freitas Júnior já enviou um pedido de informações à Prefeitura de Pontalinda, perguntando quem foram os fornecedores de combustíveis durante o ano de 2016, a quantidade de litros consumidos pelos dois veículos e a quilometragem de cada um deles.
Outro inquérito deverá apurar se a Prefeitura estava se apropriando de valores devidos a título de contribuição à Previdência Social Municipal e ao Regime Geral de Previdência. Ou seja, a promotoria suspeita – com base no relatório do TCE – que a Prefeitura descontava a contribuição dos servidores mas não repassava os valores para a Previdência.
As suspeitas incluem também os valores descontados dos servidores para pagamento de empréstimos consignados, que não estariam sendo repassados para as instituições financeiras credoras. Parece que o ex-prefeito de Dolcinópolis, José Luiz Inácio de Azevedo, andou fazendo escola.
O Diário Oficial do Estado (DOE) publicou, neste sábado, a Resolução ST 03, da Secretaria Estadual de Turismo, que cancela cerca de 150 convênios celebrados no exercício de 2018, no âmbito do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos – DADETUR.
No total, os convênios cancelados somam cerca de R$ 750 milhões e foram assinados em dezembro, quando o então governador Márcio França – já em final de mandato – resolveu abrir seu saco de bondades e distribuir verbas para Raimundo e todo mundo.
A má notícia é que um dos convênios cancelados – ou rescindidos – foi assinado com a Prefeitura de Jales, por conta do programa Municípios de Interesse Turístico (MIT), e previa o repasse de R$ 595 mil para reforma e adequação do nosso Teatro Municipal.
Jales não foi a única cidade da região atingida pelo facão do governador João Dória. Fernandópolis também estava na bica, esperando a liberação de R$ 595 mil para revitalização da Praça “Joaquim Antônio Pereira”, mas o convênio com os fernandopolenses foi igualmente rescindido.
No jornal Folha Noroeste, edição digital deste sábado, o principal destaque é a primeira edição deste ano do chamado Sarau no Ponto, realizada no sábado passado, 12. O Sarau no Ponto é um evento cultural promovido pelo Ponto de Cultura Elite e consiste na apresentação de espetáculos musicais e de dança, performances teatrais, poesia, etc. O primeiro Sarau de 2019 – que, como de costume, foi realizado em espaço público, ao lado do Centro Cultural “Edílio Ridolfo” – teve a participação especial do duo Demerara, composto pelos jalesenses Neto Ferreira e Felipe Delatorre, atualmente radicados em São Paulo, onde já ocupam razoável espaço na cena cultural e musical. Para o diretor teatral Clayton Campos, o primeiro Sarau do ano foi uma demonstração de que a agenda cultural de 2019 promete.
Destaque também para um evento esportivo marcado para este final de semana. Trata-se do 1º Encontro de Helimodelismo – Heli Brothers, promovido pela Associação Jalesense de Aeromodelimo (A.J.A.), que acontece hoje e amanhã, domingo, na sede da associação, nas proximidades do “Cemitério Novo”. O Helimodelismo é a atividade que envolve a manipulação e a manobra de helicópteros de pequena dimensão. De acordo com o presidente da A.J.A., Alex Ennes, cerca de 300 pessoas devem participar do evento, além de 80 pilotos de várias partes do Brasil.
Na coluna FolhaGeral, o invocado redator-chefe Roberto Carvalho faz uma análise dos últimos acontecimentos ocorridos no Reino Unido, nos Estados Unidos e, claro, no Brasil, onde, segundo ele, alguns comentaristas políticos atribuem o bate-cabeça do governo Bolsonaro aos desencontros de início de gestão. Segundo o colunista, os tais comentaristas avaliam que, com o tempo, a tendência é que o desempenho de Bolsonaro e sua turma melhore. Roberto comenta, ainda, que, “em Jales, a política caminha calma e tranquila, sem novidades ao gosto do povo”, e informa que o prefeito Flá Prandi esteve em São Paulo, durante a semana, assinando convênios.
O cantor andou mudando o visual nos últimos anos. Segundo o portal MSN, Marciano não tinha nenhuma doença grave e morreu dormindo. A análise abaixo é do blog do jornalista Mauro Ferreira, no G1:
Se o sertanejo é o gênero que mais aciona o motor da indústria da música no Brasil nos correntes anos 2010, essa hegemonia foi sendo construída ao longo de décadas. E José Marciano (1º de abril de 1951 – 18 de janeiro de 2019), o cantor e compositor paulista que saiu de cena na madrugada de hoje, aos 68 anos incompletos, vítima de infarto, teve papel fundamental nessa conquista sertaneja.
A importância de Marciano não é somente como o cantor que fazia a primeira voz da dupla João Mineiro & Marciano, formada por ele em 1973 com o mineiro João Sant’Ângelo (23 de agosto de 1937 – 24 de março de 2012), mas também como compositor.
Basta dizer que Marciano é o parceiro de Darci Rossi em Fio de cabelo (1982), sucesso superlativo do gênero que, recusado por várias duplas, foi parar e estourar nas vozes dos irmãos paranaenses Chitãozinho & Xororó em gravação que fez o álbum Somos apaixonados, lançado pela dupla em 1982, ultrapassar o milhão de cópias vendidas – cifra então inédita no universo sertanejo.
Com Fio de cabelo, a música sertaneja saiu do nicho caipira, dos rincões do vasto interior do Brasil e passou a ser ouvida nas rádios FMs e em programas de TV. O sucesso da música, mesmo não tenho sido nas vozes de João Mineiro & Marciano, beneficiou a dupla, já que o mercado sertanejo se ampliou a partir da década de 1980 em crescimento sinalizado já na década de 1970.
João Mineiro & Marciano tinham formado a dupla nos anos 1970 justamente por conta dessa evolução. Nessa década, a música sertaneja começou a deixar de soar como música caipira, feita com instrumentos acústicos, e passou a ser eletrificada e a intensificar o tom sentimental do repertório romântico.
Foi nesse embalo que, nos anos 1980, João Mineiro & Marciano conquistaram o Brasil com sucessos como Ainda ontem chorei de saudade (1987), música lançada pela dupla em 1988, um ano após a gravação original do compositor Moacyr Franco.
Não por acaso, João Mineiro & Marciano viveram o auge artístico e comercial nos anos 1980, década em que a dupla lançou álbuns de sucesso pela atualmente já extinta gravadora Copacabana. Na década de 1990, João Mineiro & Marciano perderam espaço para duplas emergentes como Zezé Di Camargo & Luciano.
Em 1993, após 20 anos em cena, João Mineiro & Marciano desfizeram a dupla em clima inamistoso. Marciano então seguiu em carreira solo, lançando álbuns como Fica comigo (1994) e Encontros (disco de duetos, editado em 1998).
Recentemente, o cantor formou dupla Milionário, da dupla com José Rico (1945 – 2015), no projeto Lendas.
Nascido em Bauru (SP), Marciano sai de cena, mas fica na história da música sertaneja como lenda pela importância que teve na propagação do gênero além dos nichos interioranos.