Arquivos mensais: janeiro 2019

FUNDO DE QUINTAL E DEMÔNIOS DA GAROA – “TREM DAS ONZE”

O dado curioso é que “Trem das Onze” foi composta cinco ou seis anos antes de ser gravada pelos Demônios da Garoa. A composição de Adoniran ficou esquecida em uma gaveta de Arnaldo Rosa, fundador dos Demônios, e, não fosse a insistência do produtor Braz Baccarin, talvez nunca fosse gravada.

Filho de imigrantes italianos, o corintiano Adoniran (nome verdadeiro: João Rubinato) nunca morou no Brás (do Samba do Arnesto) e muito menos em Jaçanã, que só foi citado na música para rimar com manhã.

Adoniran morreu em 1982, ano em que o time da Democracia Corintiana – que tinha o jalesense Alfinete – foi campeão paulista, com direito a uma emocionante homenagem (ouça aqui) de Osmar Santos ao “pai do samba paulista”.  

Abaixo, trecho do que foi escrito por Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello sobre “Trem das Onze”, no livro “A Canção no Tempo”:

A singeleza quase ridícula do episódio – um indivíduo, filho único, é obrigado a interromper um encontro amoroso para não perder o trem, pois sua mãe não dorme enquanto ele não chegar – cantado de forma patética nos versos de Adoniram Barbosa, é a razão principal da popularidade de “Trem das Onze”.

O dilema do suburbano de Jaçanã comoveu não somente os paulistanos, mas o público de todo o país, fazendo desse samba um grande sucesso, inclusive invadindo o carnaval carioca de 1965, para o qual não fora destinado.

Contribuiu também para este sucesso a interpretação dos Demônios da Garoa, absolutamente identificada com o motivo da composição, tanto assim que “Trem das Onze” se tornou peça obrigatória em suas apresentações.

A TRIBUNA: DEFESA DIZ QUE ACUSAÇÕES CONTRA EX-DIRETOR DO HOSPITAL DE CÂNCER FORAM ‘CIRCO MIDIÁTICO’

No jornal A Tribuna deste final de semana, a principal manchete anuncia que Jales poderá ficar sem o repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), por falta de prestação de contas dos gastos efetuados em 2018 na área da Saúde. De acordo com a matéria do repórter Alexandre Ribeiro, o Carioca, a Prefeitura de Jales tem até o próximo dia 30 de janeiro, quando se encerra o exercício financeiro do ano anterior, para prestar contas, sob pena de, caso não o faça, ficar sem receber o FPM. O detalhe, segundo a matéria, é a prestação de contas deveria ser bimestral, sendo que os gastos do 1º bimestre, por exemplo, deveriam ter sido informados até o dia 30 de março do ano passado, mas, até a quinta-feira, 24, não havia sido registrada nenhuma informação a respeito dos seis bimestres de 2018.

Destaque, igualmente, para a Resolução do governo Dória que cancelou o convênio que previa o repasse de recursos no valor R$ 595 mil para Jales, por conta do programa Municípios de Interesse Turístico (MIT). O cancelamento atingiu outros 150 convênios em todo o Estado de São Paulo e a expectativa do prefeito Flá Prandi é de que a medida seja temporária. Segundo o jornal, os critérios para o cancelamento dos convênios não ficaram muito claros, uma vez que os convênios com outros municípios da região – Santa Fé do Sul, Ilha Solteira, Pereira Barreto e Rubinéia – foram mantidos pelo governo.

O acordo entre Sindicato e Prefeitura que prevê um reajuste salarial de 5,5% para os servidores municipais de Jales; a determinação da Justiça que mandou a Prefeitura de Jales indenizar um casal que teve a construção de sua casa paralisada pelo município; a repaginação da Praça “Euphly Jalles”, que deverá consumir R$ 1,2 milhão, metade dos quais na reforma da fonte luminosa; as alegações da defesa do ex-diretor do Hospital de Câncer, Roger Dib, que classifica as acusações contra ele como “circo midiático”; o cancelamento da Ficcap 2019, por conta de recomendação do Ministério Público de Santa Fé do Sul; e a geração de empregos em Jales e na região, nos 12 meses de 2018, são outros assuntos de A Tribuna.

Na coluna Enfoque, destaque para a resposta do prefeito Flá Prandi às críticas sistemáticas do vereador Tiago Abra. Para o prefeito, Abra fez muito pouco em seus dois mandatos e joga para a torcida, pensando nas eleições de 2020. Na página de opinião, a volta do talentoso articulista Marco Antônio Poletto, que escreve artigo inspirado em frase da poetisa Adélia Prado. O blogueiro Hélio Consolaro escreve sobre os desafios do novo ministro da Educação, o colombiano olavista Vélez Rodrigues. No caderno social, destaque para a inauguração do Baruka Pub Beer, na Rua 12, e para a coluna do Douglas Zílio. 

AS AMEAÇAS QUE LEVARAM JEAN WYLLYS A DESISTIR DO MANDATO DE DEPUTADO

Bolsonaristas estão espalhando a versão de que Jean Wyllys não estava sofrendo ameaça nenhuma e fugiu do país porque estaria envolvido na facada que o Adélio deu no Bozo.

Abaixo, notícia da Revista Fórum sobre reportagem do jornal O Globo, que relata algumas das ameaças contra o ex-BBB. Mas a pior ameaça foi feita pelo próprio Bozo e está na charge acima, do Sinovaldo:

As ameaças que levaram o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) a renunciar a seu mandato e deixar o Brasil não se limitavam ao parlamentar. Seus familiares também foram vítimas, de acordo com informações de Bela Megale, Patrik Camporez e João Paulo Saconi, de O Globo.

O jornal teve acesso às mensagens enviadas ao deputado nos últimos três anos: “Vou te matar com explosivos”, “já pensou em ver seus familiares estuprados e sem cabeça?”, “vou quebrar seu pescoço”, “aquelas câmeras de segurança que você colocou não fazem diferença”.

As mensagens chegaram por redes sociais, e-mail e telefone do gabinete em Brasília, ou até mesmo no e-mail pessoal do deputado. As ameaças obrigaram a Polícia Federal a abrir cinco investigações e forçaram o parlamentar a andar com escolta policial.

“Ele estava cada vez mais abalado pela situação e sempre falava que se sentia como se estivesse em cárcere privado sem ter cometido nenhum crime”, afirmou um dos assistentes de Wyllys.

Desde o assassinato de Marielle Franco, em março, o parlamentar pouco saía de casa e limitava sua vida a compromissos de trabalho. O endereço onde mora, no Rio, era tratado como um segredo e compartilhado apenas com poucos amigos e familiares.

Depois do anúncio da renúncia, Jean Wyllys ainda recebeu uma derradeira mensagem por e-mail: “Nossa dívida está paga. Não vamos mais atrás de você e sua família, como prometido. Mesmo após quase dois anos, estamos aqui atrás de você e a polícia não pôde fazer nada para nos parar”.

Em 2016 o deputado recebeu uma das mensagens que mais o assustou. Em um longo e-mail que o chamava de “bixona”, o autor dizia: “Você pode ser protegido, mas a sua família não. Já pensou em ver seus familiares estuprados e sem cabeça?”

Poucos dias depois, o mesmo remetente enviou para o e-mail de Wyllys e de seus irmãos dados como endereços de todos, placa de carros e outras informações que mostravam conhecimento sobre a família. Essa ameaça foi uma das que basearam a abertura de uma das investigações pela PF.

Em 2017, outro e-mail foi encaminhado ao deputado contendo vários de seus dados pessoais: “Vamos sequestrar a sua mãe, estuprá-la, e vamos desmembrá-la em vários pedaços que vamos te enviar pelo Correio pelos próximos meses. Matar você seria um presente, pois aliviaria a sua existência tão medíocre. Por isso vamos pegar sua mãe, aí você vai sofrer”.

DEU NA FOLHA NOROESTE DE HOJE

Na edição digital do jornal Folha Noroeste deste sábado, o principal destaque é a recomendação do Ministério Público Federal(MPF) para que os Correios implantem a entrega de correspondências e encomendas em três bairros de Jales – Vila Mariana, Jardim Tropical e Monte Líbano – que ainda não são atendidos pelo empresa. Segundo o MPF, os moradores dos três bairros ainda estão sem o serviço de entrega dos Correios e são obrigados a se deslocar até a agência da estatal para recolher cartas e pacotes. A recomendação diz que os três bairros, apesar de novos, já atendem às normas dos Correios, segundo as quais a empresa deve realizar entregas sempre que as ruas e os imóveis estiverem identificados corretamente. O MPF pede que os Correios iniciem o serviço em até 60 dias.

O jornal está destacando, também, os dados divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que mostram que a prefeitura de Olímpia investiu R$ 511,30 em recursos próprios por habitante na área de saúde, durante o ano de 2017. O valor é bem superior ao investimento médio dos municípios brasileiros do mesmo porte, calculado em R$ 329,14. Os dados mostram, ainda, que naquele mesmo ano, Jales investiu uma média de R$ 418,50 por habitante, ficando à frente apenas de Mirassol (R$ 388,43), entre as principais cidades da região, e atrás de Barretos (R$ 522,88), São José do Rio Preto (R$ 486,75), Catanduva (R$ 476,32), Votuporanga (R$ 466,27) e Fernandópolis (R$ 438,65).

Na coluna FolhaGeral, o irrequieto redator-chefe Roberto Carvalho analisou a destacada participação do Bozo no Fórum Econômico Mundial de Davos e concluiu que “houve aspectos positivos nas falas públicas e nos encontros privados de Bolsonaro”. Quanto aos problemas locais, o colunista reclama que o governo do prefeito Flá Prandi não emitiu nenhuma nota sobre a medida do governador João Dória, que cancelou a transferência dos recursos (R$ 595 mil) do programa MIT para Jales. Segundo Roberto, “continua prevalecendo na gestão pública municipal de Jales aquela máxima do ex-ministro Rubens Ricúpero, segundo a qual, o que é bom a gente divulga e o que é ruim a gente esconde“.

RAPAZ AUTISTA QUE MOROU EM JALES FORMA-SE EM MEDICINA EM CUIABÁ

O rapaz da foto acima, Enã Rezende, é um raríssimo caso de superação. Tão raro, que chamou a atenção até da BBC News, que veiculou reportagem sobre a luta dele para vencer preconceitos e formar-se em Medicina. O canudo, que ele exibe na foto acima, foi-lhe entregue há menos de duas semanas.

Enã nasceu em Umuarama(PR) e morou em Jales, mas se mudou daqui com apenas sete anos, em 2000, depois da morte do pai, Joel, em um acidente de carro. Ele, o irmão – à época com apenas seis meses – e a mãe, a psicóloga Érika Rezende Barbieri (ao lado), se mudaram para Rondonópolis, terra natal dela.

Quando Enã tinha pouco mais de um ano de vida, os pais começaram a perceber que o garoto possuía características diferentes das demais crianças de sua idade. Ele não articulava bem as palavras e, além disso,  também tinha dificuldades de compreensão e não conseguia olhar nos olhos das outras pessoas.

Ainda criança, aqui em Jales, ele foi diagnosticado erroneamente com “psicose infantil” e uma professora chegou a dizer para sua mãe que ele não conseguiria se alfabetizar. O diagnóstico correto – autismo – só veio quando Enã já tinha 19 anos.

Enã não é o único autista da família. Sua irmã mais nova, de 12 anos – fruto do segundo casamento de sua mãe – também foi diagnosticada com autismo, mas em um grau mais severo. A história dessa família, incluindo a iniciativa da mãe para que outras crianças com autismo não sofram com preconceito e bullying, estará no jornal A Tribuna, nesse final de semana.

JEAN WYLLYS DESISTE DE MANDATO E DEIXA O BRASIL APÓS AMEAÇAS

Desde que assumiu seu primeiro mandato, em 2013, Jean Wyllys frequenta a lista dos parlamentares mais influentes do Congresso, publicada pelo DIAP. E foi escolhido, também, como o melhor deputado federal por três anos seguidos (2013-2014-2015), em pesquisa feita pelo site Congresso em Foco. A notícia é do portal MSN:

O deputado federal Jean Wyllys, eleito pela terceira vez consecutiva pelo PSOL do Rio de Janeiro, disse que vai desistir do novo mandato e viver fora do Brasil. Em entrevista exclusiva à Folha de S.Paulo, o parlamentar, que está de férias em outro país, contou que não pretende voltar e que vai se dedicar à carreira acadêmica.

Wyllys recebe ameaças de morte com frequência e vive sob escolta policial desde o assassinato da vereadora Marielle Franco, em março do ano passado. Com o aumento dos riscos, o deputado decidiu abandonar a vida pública para se proteger.

“O [ex-presidente do Uruguai] Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: ‘Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis’. E é isso: eu não quero me sacrificar”, explicou à Folha.

Além disso, o parlamentar relatou que sua decisão de deixar o país se deu também devido às recentes informações de que familiares de um ex-PM suspeito de chefiar milícia investigada pela morte de Marielle trabalharam para o senador eleito Flávio Bolsonaro durante seu mandato como deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

“Me apavora saber que o filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do sicário”, afirma Wyllys. “O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim”, acrescentou.

Jean Wyllys foi o primeiro parlamentar assumidamente gay e defender as pautas LGBT no Congresso Nacional. Isso fez com que ele se tornasse um dos principais alvos de grupos conservadores, ameaças que vieram em grande parte pelas redes sociais.

VEXAME INTERNACIONAL: DAMARES VIRA PIADA AO DIZER QUE NA HOLANDA ‘PAIS MASTURBAM BEBÊS’

Se não existisse, essa Damares teria que ser inventada. E o pior, pelo menos para mim, é que, no vídeo, ela confessa que é corintiana. Deu no Brasil 247:

Além do fiasco da participação de Bolsonaro no Fórum Mundial de Davos, na Suíça, jornais holandeses repercutem um vídeo em que a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirma que “na Holanda, os pais são orientados a masturbar bebês meninos a partir dos 7 meses e a manipular a vagina das meninas”, aumentando a imagem negativa do novo governo.

Dois dos maiores jornais da Holanda, o Telegraaf e o RTL Nieuws, procuraram a ministra para que ela se explicasse, mas informaram que não obtiveram resposta.

O Telegraaf afirma: “Ministra brasileira conta fábulas sexuais sobre a Holanda”. Em tom de indignação, o jornal diz que Damares tem idéias peculiares sobre a Holanda. A afirmação é feita a partir de um discurso em vídeo gravado em 2013, em que a ministra afirma que especialistas holandeses dizem que ‘um menino a partir dos sete meses de idade deve estar sexualmente satisfeito, para que ele possa ser um homem sexualmente saudável quando adulto'”.

Ela diz que o mesmo conselho se aplica às meninas. “‘Especialistas’ da Holanda estariam recomendando que ‘a vagina de uma menina deve ser estimulada desde cedo para que ela possa sentir prazer quando adulta'”, destaca a matéria, enfatizando que Damares atua como pastora evangélica e “tem idéias conservadoras originais”.

“Alves fez suas declarações sobre a Holanda quase seis anos atrás, durante uma reunião religiosa. As gravações podem ser encontradas na internet. Em seu discurso, Alves queria alertar sobre os efeitos desastrosos, aos seus olhos, do governo do Partido Trabalhista de esquerda no Brasil”, aponta o jornal, reforçando que, de acordo com a ministra, “o Partido Trabalhista influenciou as idéias dos especialistas holandeses”, diz outro trecho da matéria.

O Telegraaf lembrou ainda que durante a campanha, Bolsonaro e seus apoiadores divulgaram fake news alegando “erroneamente que um chamado ‘kit gay’ foi distribuído nas escolas, contendo uma mamadeira em forma de pênis e um livro de informações com imagens rotuladas como pornográficas por brasileiros conservadores”.

A RTL Nieuws também repercutiu e cobrou uma posição de Damares. “Uma ministra do Brasil parece ter uma imagem bastante estranha da Holanda. Damares Alves disse há alguns anos que aqui é recomendável satisfazer os meninos a partir dos sete meses de idade… A conservadora Alves disse no passado que a religião deve novamente desempenhar um papel maior nas escolas”, destaca a reportagem.

O veículo também enfatiza que Damares não é a única na equipe de “notáveis” prometida por Bolsonaro, a fazer declarações controversas. “O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, por exemplo, afirma que a mudança climática é uma conspiração de esquerda “para sufocar o crescimento econômico dos países democráticos capitalistas e promover o crescimento da China”, pontua o jornal.

MPF QUER QUE CORREIOS FAÇAM ENTREGA DE CORRESPONDÊNCIAS EM TRÊS BAIRROS DE JALES

Da assessoria de imprensa do MPF:

O Ministério Público Federal recomendou aos Correios que estabeleçam a entrega de correspondências e encomendas a três áreas de Jales (SP) ainda não atendidas pela empresa. Moradores dos bairros Vila Mariana, Jardim Tropical e Monte Líbano estão sem o serviço e são obrigados a se deslocar até a agência da estatal para recolher cartas e pacotes.

O MPF pede que os Correios regularizem a situação em até 60 dias. A empresa afirma já desenvolver estudos logísticos, mas indicou um prazo extenso para o início dos serviços nos três bairros. Segundo o procurador da República Carlos Alberto dos Rios Junior, autor da recomendação, a solução deve ser rápida, uma vez que os levantamentos não são complexos e a estatal tem expertise para a implementação logística das atividades.

“A Superintendência Estadual de Operações São Paulo Interior, órgão dos Correios, afirmou que o problema será solucionado somente em meados de 2019, sem apresentar qualquer justificativa razoável para tão elástico prazo”, destacou o procurador, lembrando que a empresa tem conhecimento das pendências há mais de um mês.

Apesar de terem ocupação recente, as áreas de Jales ainda não atendidas cumprem todos os requisitos estabelecidos na Portaria Interministerial 4.474/2018, o mais recente documento oficial sobre as atividades dos Correios. De acordo com a norma, a empresa deve realizar entregas, por exemplo, sempre que as ruas e os imóveis estiverem identificados corretamente e as vias oferecerem condições de acesso e de segurança aos carteiros, o que se aplica aos três bairros.

Os Correios têm 20 dias, a partir do recebimento da recomendação, para indicar ao MPF as medidas que serão tomadas.

SERVIDORES MUNICIPAIS TERÃO REAJUSTE DE 5,5% NO SALÁRIO E DE 34,6% NO AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO

A notícia está pendurada no portal do Sindicato dos Servidores Municipais:

A Assembleia Geral realizada no final da tarde de quarta-feira, 23, pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jales e Região, para discutir a convenção coletiva dos trabalhadores do Município de Jales se mostrou, mais uma vez, bastante frutífera. A categoria conquistou 5,5% de reajuste salarial em 2019 extensivos a aposentados e pensionistas, sendo 4% a serem pagos imediatamente na Folha de Pagamento de fevereiro mais 1,5% em setembro.

A cesta básica (tiquet-alimentação) também será reajustada em 34,6%. Atualmente o benefício é de R$ 245,00 mensais, mas passará imediatamente para R$ 310,00 e voltará a ser reajustado em agosto, quando chegará a R$ 330,00. Finalmente, os servidores também terão direito a seis faltas anuais para tratamento de doença grave.

O resultado da convenção será enviado para a Câmara Municipal na forma de Projeto de Lei que deverá ser votado em Sessão Extraordinária a ser realizada a tempo de o reajuste ser incluído na Folha de Pagamento de fevereiro.

Os moldes da proposta tinham sido mencionados pelo presidente do Sindicato, José Luis Francisco, em conversa informal com o prefeito Flávio Prandi Franco, mas as negociações tomaram forma pouco antes da assembleia, numa reunião entre a diretoria, a assessoria jurídica da entidade, o prefeito e o secretário municipal de Fazenda, Nivael Renesto.

Os servidores deixaram claro que precisam recuperar o seu poder aquisitivo, que foi achatado em administrações passadas, especialmente durante o mandato de Nice Mistilides, durante o qual a categoria perdeu pelo menos 3%. O prefeito reconheceu o direito dos trabalhadores, mas ressalvou que precisa ficar atento aos limites impostos pela legislação.

Por fim, a categoria aceitou a contraproposta de 2% de aumento real, além dos 3,5% de reposição da inflação do último ano.

José Luis Francisco comemorou. “No ano que vem vamos buscar o outro 1% que ficou pra trás, mas foi uma vitória. O prefeito só tem obrigação legal de conceder o índice inflacionário e conseguimos mais do que isso. Também se faz justiça com o aumento na cesta básica, que vai beneficiar principalmente os servidores mais carentes, que são a grande maioria. Tem servidor que não consegue comprar os gêneros mais básicos do dia-a-dia, então essa cesta vai ser de muita valia”.

TJ-SP MANDA PREFEITURA DE RIO PRETO FAZER MUROS E CALÇADAS EM TERRENOS DO MUNICÍPIO

Vira e mexe nós ouvimos moradores de Jales reclamando que a nossa Prefeitura está exigindo que os proprietários de lotes vagos – como é o caso desse da foto acima, na Avenida América do Sul – construam muretas e calçadas, mas não está fazendo a lição de casa.

Ou seja, segundo esses moradores, a Prefeitura não constrói muretas e calçadas nos lotes pertencentes a ela. Os mesmos reclamões sempre argumentam que a Prefeitura obriga os contribuintes a limpar seus lotes, mas não limpa os dela.

Em Rio Preto, parece que o problema é o mesmo. A diferença é que por lá as pessoas não se limitam a reclamar em rádios ou em redes sociais. Alguns moradores de Rio Preto resolveram tirar a bunda da poltrona: eles fundaram a Associação de Proteção à Cidadania e foram à luta.

Os resultados já começam a aparecer: ao julgar, na semana passada, uma ação ajuizada pela Associação, a 7ª Câmara de Direito Público do TJ-SP decidiu obrigar a Prefeitura de São José do Rio Preto a construir calçadas e muretas nos terrenos do município.

Segundo o relator do caso, desembargador Luiz Sergio Fernandes de Souza, como a Lei municipal 8.973/03 de São José do Rio Preto, em seu artigo 6º, define que nos “terrenos localizados em vias pavimentadas” devem ser construídos passeio público (calçada) e mureta de alvenaria, a Prefeitura estaria faltando com sua obrigação ao deixar de fazer as obras nos terrenos de sua propriedade.

Resumindo, em Rio Preto a Prefeitura não poderá mais ficar naquela de “façam o que eu digo, não façam o que eu faço“. Ou, no caso, o que ela deixa de fazer. Na decisão do TJ, foi estabelecido o prazo máximo de seis meses para que a prefeitura construa as calçadas, com multa de R$ 5 mil por dia em caso de atraso.

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