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MERENDA ESCOLAR: NOVA EMPRESA DEVE ASSUMIR SERVIÇOS NA SEGUNDA-FEIRA

Os boatos dão conta de que a nova empresa responsável pelo fornecimento da merenda escolar – a Starbene Refeições Ltda – deverá iniciar a prestação de serviços na próxima segunda-feira, embora, pelo menos até hoje, não tenha sido publicado nenhum contrato para isso. Os mesmos boatos falam da preocupação das merendeiras vinculadas à Gente Ltda. Elas já foram procuradas pela nova empresa para manifestar o interesse em continuar trabalhando na merenda, mas, até agora, a Gente Ltda não as procurou para a devida rescisão contratual. 

As merendeiras temem que não consigam receber o que lhes é devido, e, por conta disso, já conseguiram marcar uma reunião com o vereador Luís Especiato, para quinta-feira, às 20 horas. Elas vão pedir a Especiato, o principal interlocutor do prefeito, que interceda junto a Parini e à empresa Gente, a fim de que seus direitos sejam preservados.  

Há uns dez dias, conversei com um dos sócios da empresa Gente Ltda, o senhor Dagoberto Cardilli, e ele me disse que ainda não havia decidido se entraria com um recurso contra a decisão do prefeito Humberto Parini. Como já foi dito aqui, o prefeito desclassificou a empresa alegando que o preço estava muito baixo (o prefeito demorou um mês prá tomar essa decisão). Bom papo, o senhor Cardilli disse que há anos mantém um bom relacionamento com o PT, inclusive com o ex-presidente Lula (ele disse que assistiu ao jogo São Bernardo e Corinthians junto com o ex-presidente), e, por isso mesmo, não entendia o que estava se passando em Jales. Resumindo, ele disse que estava pesando os prós e os contras para tomar uma decisão.

Senti no ar que ele não iria interpor nenhum recurso. E os boatos de agora confirmam isso.

NOVO CEMITÉRIO ESTÁ QUASE PRONTO PARA RECEBER INQUILINOS

Hoje fui dar uns bordejos lá pelos lados da Facip e, ao ver uma movimentação mais adiante, dirigi-me até o local onde está sendo construído o novo cemitério municipal. Encontrei por lá o arquiteto Adriano Lourenço, o Fofão, e sua eficiente equipe de jardinagem, todos eles entregues à tarefa de plantar algumas palmeiras imperiais na entrada do nosso novo campo-santo. Segundo me disse o Adriano – corroborado pelo França, que também estava no local – o novo cemitério já está quase pronto para receber o seu primeiro morador. Aproveitei para tirar umas fotos, inclusive das chamadas carneiras, onde ficarão alojados os futuros defuntos. Conforme o França, além das 50 carneiras que já foram construídas, a Prefeitura também já providenciou o plantio de grama em uma das quadras que serão utilizadas como “cemitério-parque”, onde serão sepultados aqueles que preferirem um contato mais direto com a natureza. Na foto acima, o arquiteto Adriano entrando no novo cemitério (com suas próprias pernas!). E, nas fotos abaixo, o plantio das palmeiras imperiais e o interior do novo cemitério.

 

O GRANDE PLANEJADOR

O barracão das fotos é mais um exemplo de como o prefeito Humberto Parini é um ótimo planejador. Estou falando em Humberto Parini e não em administração Parini, porque esse tipo de idéia brilhante só pode partir da mente privilegiada do nosso prefeito. Normalmente, ele faz essas coisas sem consultar ninguém, ou, no máximo, consulta a primeira-dama. Vamos aos fatos:

No dia 03 de julho de 2008, pouco antes de iniciar a campanha para sua reeleição, o prefeito convidou a imprensa para registrar a “inauguração” de um barracão construído pela empresa “Ida-yo” e doado ao município. A construção era uma contrapartida da empresa, que havia sido beneficiada com a cessão de um prédio no Distrito Industrial I, para instalação de uma fábrica de sorvetes. 

O barracão localiza-se em um terreno anexo ao Recinto de Exposições Juvenal Giraldelli e ali o nosso genial prefeito pretendia erguer o novo Almoxarifado Municipal. Pelo menos, foi isso que ele disse à época. No entanto, passadas as eleições, parece ter passado também a vontade que senhor prefeito tinha de transferir o Almoxarifado para aquele local. Quase três anos depois, o “projeto” planejado pelo nosso grande planejador não virou nada. É apenas mais um projeto iniciado e inacabado.

O Almoxarifado municipal, ou o cemitério de máquinas da Prefeitura, continua lá no Distrito II, onde o município paga aluguel de dois terrenos. Enquanto isso, o barracão construído pela “Ida-yo”, que já apresenta problemas em sua cobertura, não está sendo utilizado prá nada.

Prá nada é exagero meu: na verdade, alguns animais estão utilizando o barracão e a gostosa sombra que ele proporciona, para um merecido descanso nas tardes de calor.

DENÚNCIAS ANULAM CONCURSO PÚBLICO EM PARANAÍBA

Deu na edição on line de O Jornal, de Cassilândia, nesta terça:

A Prefeitura de Paranaíba, juntamente com o Ministério Público, cancelaram o concurso municipal realizado no último dia 23 de janeiro pelo Instituto Soler, da cidade de Jales(SP), devido a várias reclamações e suspeitas de irregularidades.

As dúvidas surgiram em relação à elaboração das provas e ao conteúdo das questões.

“Em reunião, o Ministério Público propôs que o melhor caminho seria a anulação devido às reclamações. Para que não houvesse mais dúvidas sobre a legalidade do concurso, entramos em consenso, o Ministério Público e a Prefeitura, e optamos pelo cancelamento”, disse o prefeito de Paranaíba, José Garcia de Freitas, o Zé Braquiara, do PDT.

A Prefeitura de Paranaíba informou que a devolução do dinheiro será feita por meio do Instituto Soler e que não há previsão de datas até o momento.

Fonte: Diego Alves – midiamax

A MERENDA NO MINISTÉRIO PÚBLICO

Como prometi, estou voltando ao assunto “merenda escolar”. O prefeito Parini, quando vai ao rádio responder perguntas fáceis, costuma dizer que as denúncias de malfeitos na merenda escolar é uma invenção dos “adversários” e de uma ex-aliada, a vereadora Tatinha. Em certa ocasião, o nosso prefeito chegou a dizer ao Antena Ligada (sempre o Antena Ligada!) que a vereadora deveria perguntar ao marido dela – que, por acaso, sou eu – sobre as irregularidades da merenda. Uma estratégia do prefeito para, como sempre acontece, jogar a culpa em alguém.

Mas o que Parini não disse – até porque o pessoal da imprensa, excetuando-se o Wanderley Garcia, parece que não gosta muito de apertar o prefeito – é que as denúncias que deram causa à CEI da Merenda foram feitas por merendeiras e não por adversários. Foram as ex-funcionárias da Gente Ltda, sem a ajuda de ninguém, que se dirigiram até o Ministério Público Federal e lá entregaram alguns detalhes escabrosos do caso. Reproduzo abaixo, um pequeno trecho do que elas disseram ao MPF:

Informaram ainda sobre a existência de sérias irregularidades entre a Empresa e a Prefeitura Municipal de Jales que denotam desvio de dinheiro público.

Em síntese, as funcionárias contratadas pela empresa para prestarem serviços de merendeiras nas escolas do município são orientadas por supervisoras e nutricionistas a cumprir metas quanto às refeições servidas aos alunos, estipulando valores em excesso, visando com isso retirar recursos públicos indevidos do Município.

Declararam que nem todos os alunos se servem das refeições na escola, mas são orientadas pelas nutricionistas da empresa a elaborarem planilhas de refeições sempre a maior para fins de pagamento.

Como já disse em post anterior, não é preciso ser um grande matemático para perceber que a merenda apresenta números bastante estranhos. Esses números foram escancarados há dois ou três meses pelo jornal A Tribuna, em matéria do Paulo Reis Aruca. Os números apresentados pela A Tribuna não foram desmentidos e talvez eles possam ser explicados pelo último parágrafo das denúncias aí acima. Assim que eu os localizar vou submetê-los à apreciação dos leitores deste blog.

Repetindo, as denúncias acima foram feitas por ex-merendeiras. Não foram “adversários”, nem ex-aliados do prefeito, quem deu o pontapé inicial nesse jogo. Por outro lado, não tenho muito acesso ao Ministério Público, mas as informações que me chegam dão conta de que as investigações já estariam bastante adiantadas e que o promotor que cuida do caso deverá propor uma Ação Civil Pública para ressarcimento dos prejuízos causados à Prefeitura de Jales. Como se vê, a Câmara Municipal está bastante atrasada nessa história.

RIVELINO VAI PRÁ CIMA

Parece que o vereador Rivelino Rodrigues não está mesmo feliz com os rumos da administração Parini. Depois de liderar a elaboração de um requerimento baseado na penúltima trapalhada do nosso prefeito – aquela diarréia verbal no Antena Ligada – o vereador do PPS fez questão de, sozinho, encaminhar um outro pedido de informações com algumas perguntinhas incômodas sobre a Universidade Aberta do Brasil – UAB.

A peça trata também de uma outra antiga promessa do nosso prefeito: o campus da Universidade Federal de São Carlos, que, pelo andar da carruagem, é mais um sonho que vamos ser obrigados a continuar sonhando por muito tempo. O ex-reitor da Universidade e deputado federal Newton Lima(PT), que prometeu ajudar o prefeito nessa empreitada, não voltou a pisar seus pés em Jales, depois das eleições. Nem ele, nem os outros deputados do PT. E o pior é que nem podemos criticar os deputados petistas que desapareceram destas plagas. Afinal, todos eles juntos não chegaram nem a 1.800 votos em Jales. Uma mixórdia que mostra bem o prestígio do nosso prefeito.

Mas o vereador Rivelino tem toda a razão em propor as perguntinhas incômodas que está fazendo ao prefeito. Afinal, quem lançou o tema “estelionato eleitoral” em hora totalmente imprópria foi sua excelência o senhor Humberto Parini. Quem sabe assim o nosso prefeito se convença de que, calado, é um poeta.

EMPRESA DA NOSSA PRIMEIRA-DAMA GANHA LICITAÇÃO EM SANTA SALETE

E por falar em Marli Mastelari, na semana passada recebi a ligação de um conhecido. Ele tem uma empresa prestadora de serviços que atua em algumas prefeituras da região, fornecendo monitores e palestrantes para cursos, principalmente na área da Promoção Social. Antes que o prezado leitor se faça alguma pergunta, esclareço que o meu conhecido não presta serviços em Santa Clara D’Oeste, onde a Polícia Federal andou descobrindo coisas. Mas em Santa Salete ele prestava serviços até o ano passado. Prestava!

Em 2011 as coisas não começaram bem prá ele. Segundo me disse, há alguns dias esteve lá em Santa Salete para ter notícias sobre as licitações da sua área de interesse e teria sido informado de que, naquele momento, não havia nenhum certame em aberto. No entanto, como as notícias correm depressa, ele ficou sabendo, dois ou três dias depois, que havia sim, uma licitação correndo, mas aí a Inês já era morta. Àquela altura do campeonato, os convites já haviam sido abertos e – oh! que surpresa! – a ganhadora foi, segundo o meu conhecido, a empresa capitaneada pela nossa primeira-dama, Rosângela Parini, e por sua ajudante de ordens, a primeira-ministra Marli Mastelari.

Ainda segundo o meu conhecido, o prefeito Parini e a nossa primeira-dama, por uma incrível coincidência, haviam feito uma visita de cortesia ao prefeito de Santa Salete, dias antes dos acontecimentos. Mas, como já se disse, deve ter sido apenas coincidência.

CHAPARIM, O IMPRESCINDÍVEL

O empreiteiro Manoel Alves, da Construtora Miranda & Alves Ltda, empresa responsável pela “revitalização” do centro, foi visto hoje andando pelos corredores da Prefeitura. A empresa, como se sabe, paralisou as “obras” no final de dezembro, uma vez que, segundo o sócio Manoel, a Prefeitura estaria com os pagamentos atrasados já há bastante tempo.

Se a visita do empreiteiro ao Paço tinha como objetivo tentar receber alguma coisa, certamente não deve ter resultado em nada. Primeiro porque os cofres municipais andam meio vazios, segundo porque o prefeito não está com muita vontade de pagar a empresa e terceiro porque, mesmo que houvesse dinheiro e vontade, o czar das finanças, Rubens Chaparim, não estaria lá para assinar o cheque. Segundo consta, Chaparim estaria faltando ao trabalho hoje e amanhã. Resta saber se as constantes faltas do secretário estão sendo descontadas.

Aliás, desde que acomodou o bumbum na cadeira de secretário de Finanças, há seis anos, Chaparim já faltou bastante – principalmente às sextas-feiras, quando costuma viajar para a sua(dele) fazenda – mas, em contrapartida, nunca tirou férias, o que é plenamente compreensível, já que, sem a sua imprescindível figura, corre-se o risco de a administração ficar totalmente paralisada. Além disso, se ele pode faltar o dia que quer, prá quê tirar férias?

Há algum tempo atrás, corria o boato de que Chaparim e outros ilustres assessores de Parini estariam pensando seriamente em receber, em dinheiro, as férias a que teriam direito. Alguns desses assessores, como é o caso da primeira-ministra e agora sócia da primeira-dama, Marli Mastelari, já transformaram férias em dinheiro, uma regalia que, normalmente, vem sendo negada aos funcionários de carreira. Nada como ser amigo do rei. Ou da rainha.

GRUPO VENTURINI VAI INVESTIR MAIS EM JALES

Na próxima quinta-feira, a empresa Refrigerantes Saboraki inaugura uma nova fábrica, em Cassilândia, com investimentos de R$ 5 milhões e a criação de 100 empregos diretos. Mas o Grupo Venturini tem bons planos também para Jales. Segundo o empresário José Pedro Venturini e o seu filho Dú Venturini(foto), a intenção do Grupo é investir em uma fábrica de gabinetes para pias. A nova empresa, que já tem até o nome de fantasia – Venturaço – deverá ser instalada em Jales e, para isso, os empresários só estão dependendo de uma definição da nossa Prefeitura quanto à doação de um terreno. Segundo José Pedro, a Prefeitura já teria algumas áreas em vista, mas o assunto ainda está em fase de estudos.

Além disso, garante Venturini, o Grupo também pretende investir na modernização dos equipamentos da fábrica da Saboraki, localizada no Distrito Industrial II, aqui em Jales. A modernização vai permitir ampliar a produção e, consequentemente, o número de empregos diretos – atualmente cerca de 100 – também deverá ser ampliado. Um único empecilho vem retardando a disposição dos empresários em melhorar a fábrica de Jales: apesar de estar instalada no Distrito Industrial II desde 1989, a empresa ainda não possui a escritura do terreno, fato que impede a obtenção de empréstimos junto ao BNDES. Como se sabe, a família Jalles só pretende assinar as escrituras daqueles terrenos, depois que a nossa Prefeitura liquidar a dívida com o Espólio do fundador. O que deverá demorar mais uns quinze anos.

CEI DA MERENDA ESCOLAR AGUARDA ESCOLHA DO TERCEIRO INTEGRANTE

Na sessão da Câmara de segunda-feira passada, a vereadora Pérola Cardoso(PT) usou a tribuna para anunciar que estava desistindo de participar da CEI da Merenda Escolar. A alegação oficial, que a vereadora teria apresentado inclusive à direção do seu partido, é de que ela está assumindo novas funções no Hospital de Câncer, às quais precisará dedicar mais tempo.

Até as criancinhas do pré-primário sabiam que Pérola seria substituída por Especiato. A demora em instalar a CEI da Merenda tinha como objetivo – além de tentar esfriar o assunto – dar um tempo para que Luís Especiato, o mais notório defensor do prefeito, deixasse a presidência da Câmara e ficasse desimpedido de assumir uma vaga na Comissão de Investigação. Todo o resto é conversa prá boi dormir.

Resta saber agora, quem vai ser o indicado para a terceira vaga, já que, além de Especiato, o tucano Jota Erre também está escalado para a CEI. Existem apenas duas alternativas na base de apoio ao prefeito Humberto Parini: o peemedebista Osmar Rezende e o pepessista Rivelino Rodrigues. Para a oposição, talvez fosse mais interessante a nomeação de Rivelino, já que, ultimamente, ele tem dado pinta de que não anda lá muito contente com a administração Parini.

No entanto, se tiver bom senso, Rivelino – que já participou das duas CEIs anteriores, a da Petrobrás e a do Asfalto – pedirá prá ficar fora dessa. Afinal, uma irmã do vereador ocupava o cargo de chefe de gabinete da Secretaria de Educação até agosto de 2009 e, de certa forma, ela também era responsável pela fiscalização da alimentação escolar. Além disso, um irmão do vereador presta serviços à empresa Gente Ltda, na distribuição da merenda.

Seja lá quem for o escolhido, a Câmara terá uma enorme responsabilidade, principalmente o petista Luís Especiato, que, a despeito de defender o prefeito a qualquer custo, não poderá fechar os olhos às evidências. Afinal, nem é preciso ser um grande matemático para perceber que alguma coisa estranha aconteceu na merenda escolar de Jales. Em 2006, quando tudo começou, a média de refeições diárias passava um pouco de 5.000, e – apesar de o número de alunos matriculados no município ter diminuído ano a ano –  no segundo semestre de 2008, por exemplo, a merenda alcançou a estratosférica média de 9.000 refeições diárias.

Some-se a tudo isso, as denúncias feitas por algumas merendeiras ao Ministério Público Federal. Volto ao assunto mais tarde.

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