Pessoalmente, acho que os irmãos Macetão representam o que há de pior na política. Mas uma coisa não podemos negar: eles são bons de campanha e, além disso, são bons estrategistas. E são bons de bico também, pois conseguiram arrumar um monte de pseudo-candidatos para trabalhar e eleger o Macetão II.
De outro lado, tenho que reconhecer, a contragosto, que eles foram importantíssimos na vitória da futura prefeita Nice. Primeiro, ao proporcionar mais de três minutos diários ao programa de rádio da candidata. Segundo, ao fazerem uma campanha barulhenta e, ao que parece, com muitos recursos financeiros.
Há até quem diga que eles foram mais importantes que o PSDB. Vejam dois comentários enviados ao blog:
Uma coisa é muito mais do que certa…… O grande vencedor dessa eleição chama-se “Luiz Henrique Viotto – Macetão”, que fez tudo para eleger a Nice e seu irmão André. Coligou seus partidos de uma forma a garantir a eleição de seu irmão, jogou para o PSDB o partido mais fraco(PSL) em participantes e obvio número de votos e trabalhou como um “louco” na campanha da Nice, muito diferente do que toda a cúpula do PSDB, que ficava preocupado em tomar cafezinho na padaria todas as manhãs, enquanto Macetão, seu irmão André e seus correligionários fizeram um verdadeiro carnaval pelas ruas da cidade nos últimos dias antes da eleição. Volto a afirmar que o fiel da balança na eleição da Nice foi o Macetão e quero ver quem diz e afirma o contrário.
Recebi, agora à noite, através da caixa de contatos do blog, um e-mail do leitor Ed Carlos, onde ele pede uma ajuda para um colega de classe. Não conheço o Ed Carlos nem o moço da foto abaixo, o Rafael, mas, por se tratar, ao que parece, de algo sério, estou reproduzindo o e-mail:
Boa noite Cardosinho, sou um leitor diário do seu blog, mesmo não concordando com alguns de seus posts, mas a democracia tá ai né, não dá pra agradar a todos. Pois bem, sabendo do grande número de leitores de seu blog, gostaria de pedir um favor: estudo com um jovem chamado Rafael Ludete(foto), que tem 16 anos e sofre de uma doença chamada Amiotrofia Espinhal Muscular Tipo II Progressiva.
Ele precisa de uma adaptação na cadeira dele, que fica no valor de R$ 3.000,01. A família do Rafael não tem condições e eu, junto com outros amigos (tanto da sala quanto os irmãos Lucas e Elder Mansueli, da loja Augusta) começamos uma campanha no Facebook para tentar arrecadar esse dinheiro.
Já conseguimos muito, uma vez que a campanha começou pra valer mesmo ontem. Gostaria que fizesse um post no seu blog pra que mais pessoas tenham acesso à campanha e que possam ajudar. Desde já obrigado pela atenção.
O telefone para contato é o (17) 9728-0423. Para quem quiser ajudar o Rafael, eis a conta para depósito:
Agência: 6.731-8Conta-corrente: 16.828-9 – Ilza Elza LudeteBanco do Brasil
Em Jales, como já se disse, tivemos seis candidatos a vereador com o registro indeferido pela Justiça Eleitoral. Por força de recursos interpostos no Tribunal Superior Eleitoral(TSE), eles puderam continuar concorrendo, mas os votos que tiveram não aparecem na relação oficial, divulgada na internet.
No entanto, através de uma visita ao Cartório Eleitoral, foi possível saber que a votação dos seis candidatos não foi lá grande coisa. Juntos, eles tiveram 849 votos, mas apenas os 471 votos dados ao vereador José Roberto Fávaro poderiam alterar alguma coisa na formação da Câmara.
Caso Jota Erre consiga reverter o indeferimento de sua candidatura no TSE – o que não vai ser fácil – os 471 votos dele se somariam aos outros 2.559 votos obtidos pelos candidatos da coligação PSDB-PSL e levariam Du Venturini ao trono. Nesse caso, Sérgio Nishimoto perderia sua vaga, mas, por pouco, a vítima não seria Tiago Abra.
A coligação de Tiago (PSB-PV-PCdoB) teve apenas 12 votos a mais que a coligação de Nishimoto (PDT-PTB-PSDC-PRP). 3.659 contra 3.647. Abaixo, a votação dos candidatos indeferidos:
Mauro Hélio Lopes (PT), o Maurinho Enfermeiro – 228 votosJosiel Britos da Silva (PSL), o Jojô – 28 votosAltamira Maria Guimarães (PSC) – 20 votosMara Regina de Souza (PSDC) – 23 votosJosé Roberto Fávaro (PSDB), o Jota Erre – 471 votosÉlcio de Souza Oliveira (PSD), o Élcio do Futsal – 79 votos.
Post Scriptum: Só há uma possibilidade de Nishimoto não ser o degolado, caso Jota Erre consiga o deferimento de sua candidatura. Isso aconteceria se a candidata Mara Regina de Souza, a Mara Fontes, também conseguisse o deferimento. Com os 23 votos dela, a coligação de Nishimoto ultrapassaria a coligação de Tiago Abra, que ficaria na berlinda.
Vocês estão reconhecendo a senhora da foto? Não? O nome dela é Roseli e eu a encontrei, ontem, trabalhando como mesária em uma das seções localizadas na Escola “Juvenal Giraldelli”. Roseli é aquela senhora que apareceu no programa do Valdomiro Lopes, fazendo críticas à administração Parini.
E ela confirmou a este aprendiz de blogueiro, todas as críticas feitas ao governo Parini.
Segundo Roseli, que foi beneficiada com uma das 25 moradias populares construídas no conjunto habitacional “Renascer”, as casas teriam sido entregues em péssimas condições.
“Tava faltando muita coisa nas casas, inclusive o piso”, reclamou a moradora
O zootecnista Flávio Prandi Franco, o Flá, nasceu em Jales e completou 44 anos na quarta-feira passada, 03/10. Ele é um dos seis filhos do casal Magali Terezinha Prandi Franco e Wladimir Antonio Franco, o falecido professor Doca. Casado com a jornalista Glauciane Pontes Helena Franco, Flá tem dois filhos. Ele foi assessor do deputado federal e secretário de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia.
Flá Prandi entrou na política em 2000, quando foi o segundo candidato a vereador mais votado, com 1.012 votos. Eleito pelo PFL, ele foi o líder do então prefeito José Carlos Guisso, na Câmara. Em 2004, Flá tentou, pela primeira vez, eleger-se prefeito de Jales, tendo o peemedebista Ari Dalton Martins Moreira como seu companheiro de chapa, mas acabou ficando em segundo lugar, com 7.054 votos. Agora em 2012, Flá está repetindo a dobradinha com o PMDB, tendo o experiente José Devanir Rodrigues, o Garça, como vice.
Nascido em 24/02/1960, Leomi Clóvis Nílsen Viola, ou, simplesmente, Clóvis Viola, é o mais velho dos cinco filhos do falecido ex-prefeito (1983/1988) Valentim Paulo Viola e de dona Alice Nílsen Viola. Ele é casado com Lúcia Eliane da Rocha Viola, com quem tem três filhos: Valentim Neto, Natália e Mateus. Empresário do ramo de frigoríficos, Clóvis entrou para a política em 2000, quando foi um dos três vereadores eleitos pelo PMDB.
Em 2004, Clóvis foi escolhido para ser o vice do candidato Humberto Parini, na coligação PT-PPS. Eleito vice, Clóvis foi escalado pelo prefeito Parini para ser o presidente da Facip nos anos de 2005/06. Nos últimos anos, Clóvis – que foi uma das primeiras vítimas da dengue, em Jales – vinha se dedicando à coordenação da equipe de combate ao Aedes aegipty. O petista Luís Especiato é o candidato a vice, junto com Clóvis.
Aos 51 anos de idade, a enfermeira e servidora pública estadual Eunice Mistilides Silva vai tentar pela terceira vez consecutiva chegar ao comando da Prefeitura de Jales. Primeira dos cinco filhos da professora Maria Mistilides Silva e do bancário Antonio Carlos da Silva, já falecido, Nice, como é conhecida, já foi casada com o ex-vereador José Eduardo Pinheiro Candeo. Ela teria tomado gosto pela política ao fazer campanha para o então marido.
Em 2004, Nice disputou pela primeira vez a cadeira de prefeito. Naquelas eleições, concorrendo pelo PSDB, ela ficou em 4º lugar, atrás de Humberto Parini, Flávio Prandi e Antonio Sanches Cardoso, o Rato. Em 2007, depois de uma relação conturbada com colegas do PSDB, Nice deixou o ninho tucano e ingressou no PTB, partido pelo qual, em 2008, ela disputou, pela segunda vez, o cargo de prefeito, ficando em segundo lugar, com 9.992 votos. Nestas eleições, o juiz aposentado Pedro Callado é o companheiro de chapa de Nice.
O jornal A Tribuna chegará amanhã aos assinantes com várias informações sobre as eleições municipais que acontecem nesse domingo. Em Jales, 37.217 eleitores estão aptos para escolher o novo prefeito, mas, considerando os índices de abstenção de eleições anteriores, apenas cerca de 30.500 desses eleitores deverão comparecer às urnas.
Já a disputa para a Câmara, que começou com 131 candidaturas, ficou reduzida a 125 candidatos que brigam por 10 cadeiras no Legislativo. Apesar do grande número de candidatos, a disputa deverá se restringir a pouco mais de 20 candidatos, enquanto os demais farão o papel de coadjuvantes.
A Tribuna traz informações sobre todos os locais de votação, em Jales e nos outros nove municípios vinculados ao Cartório Eleitoral da Comarca. Matéria do repórter Alexandre Ribeiro diz que a Unimed, atual proprietária do recinto de exposições “Juvenal Giraldelli”, desconhece os planos da Prefeitura de terceirizar a Facip. Estes e outros assuntos estão em A Tribuna.
A madrugada foi agitada nas ruas de Jales. Segundo consta, uma equipe de assessores da candidata Nice Mistilides teria interceptado um veículo, nas proximidades do Terminal Rodoviário, para uma “vistoria” completa.
O veículo era uma Van, que vinha de São José do Rio Preto, trazendo material de campanha do PT. De acordo com informações, os assessores de Nice teriam feito uma revista na Van, violando caixas e retirando material, sem autorização para isso. A ação da assessoria de Nice assustou o motorista do veículo, que ficou sem entender o que estava acontecendo. Nada de ilegal foi encontrado na Van do PT.
As mesmas informações dão conta de que um dirigente petista – chamado ao local – teria ficado revoltado com a violência e desentendeu-se com o cunhado de Nice, Jamir Rocha. Ao final de tudo, o motorista da Van registrou um Termo Circunstanciado na polícia militar, com a narrativa dos fatos.
Ainda de acordo com as informações, os assessores de Nice estariam à procura dos responsáveis pela distribuição de um panfleto apócrifo e suspeitaram da Van do PT.
O artigo-depoimento da servidora pública estadual, Miriam de Paula, que, repito, é filiada ao PSDB há 13 anos e trabalha com a candidata Nice Mistilides(PTB) há 12 anos, suscitou comentários interessantes – contra e a favor.
Como já foi dito, Miriam conhece muito bem a candidata Nice, já que trabalham juntas, e, no entanto, ela vai votar em Flá e Garça, pois os julga mais preparados. O caso de Miriam não é único entre aqueles que conhecem Nice, mas, por precaução, algumas dessas pessoas preferem não expor suas opiniões e preferências.
Mas, vamos a dois comentários feitos no post com o artigo da Miriam. O primeiro atira contra este aprendiz de blogueiro, mas de forma educada. Como eu já disse, gosto do debate de idéias e até das críticas que me são feitas, quando elas são apropriadas:
Acho engraçado algumas pessoas comentando de uma nova forma de fazer política na cidade com debate de idéias, mas o que vemos é totalmente diferente do discurso.Como o blogueiro não tem o que falar de bom do seu candidato, só fala mal do outro e alguns pseudo-intelectuais fazendo a mesma coisa.Isso é a nova forma de fazer política ou é a formula de alguns falsos esquerdistas se revelando verdadeiros coronéis do PFL(DEM).
E o segundo comentário chegou hoje de manhã. Dêem uma olhada:
O texto da colega Miriam denota a importância de possuir cultura política e respeito para com os eleitores. Sua fala com propriedade não ofendeu ninguém, simplesmente defendeu a proposta do nosso candidato, por conhecer o trabalho da adversária política. Mostrou ter cidadania!
Aos incomodados, esse espaço de informação e entretenimento serve justamente para isso, para a apresentação respeitosa de idéias e não o que uns e outros falam por aqui, mas enfim, o texto é ótimo, verdadeiro, concreto e possibilita a muitos indecisos, que por sinal ainda são muitos, a oportunidade de reflexão e de escolha consciente.
Cada um fala o que quer, cada um vai defender seu candidato e eu assim como o colega Cardosinho e tantos outros que aqui estão queremos “Jales no Melhor Caminho”, queremos crescimento para a nossa cidade, empregos…. Agora é Flá, 25 para Mudar. Força e Confiança para todos nós, principalmente ao Flá e ao Garça. Estamos todos juntos!
Parece que o nosso premiado estadista ficou mesmo ofendido com a menção feita à sua profícua administração no programa eleitoral do prefeito de São José do Rio Preto, Valdomiro Lopes. Vejam o que ele pendurou em seu blog, nesta sexta-feira:
O atual prefeito de Rio Preto, candidato a reeleição, Valdomiro Lopes, ofendeu Jales e o seu povo em seu programa eleitoral.
Mandou para cá, uma equipe que realizou filmagens e entrevistas com pessoas humildes da cidade, usando-as em seu programa eleitoral veiculado no dia 28 de setembro. O que foi apresentado não condiz com a realidade e mostra Jales como uma cidade abandonada, como o próprio programa diz, uma cidade “fantasma”.
É importante ressaltar que a malfadada propaganda eleitoral escondeu de forma criminosa que Jales possui Educação melhor que em Rio Preto e que é destaque regional na Saúde.
Só para citar um exemplo, a prefeitura de Jales em quatro anos, instalou mais postos de saúde, do que, Valdomiro em Rio Preto.
Safadamente, em forma de ofensa gratuita, escondeu que Jales é uma cidade pujante, desenvolvida, e , centro de região.
Para comprovar que a propaganda eleitoral de Valdomiro é mentirosa, abaixo estão fotos das pessoas entrevistadas meses antes, recebendo suas casas próprias gratuitamente, com toda a infra-estrutura, inclusive pavimentação asfáltica em excelentes condições de conservação.
Sob muito calor, cabos eleitorais de Nice Mistilides e Flávio Prandi dividem o banco instalado por Parini no canteiro central – por sinal, uma de suas grandes obras – e a Coca-Cola gelada. Cenas como essa não poderão ser vistas amanhã, último dia da campanha eleitoral.
Por acordo, as três coligações e a Justiça Eleitoral combinaram que hoje seria o último dia em que a presença de cabos eleitorais, com bandeiras e “pirulitos”, seria permitida no centro da cidade. Amanhã, eles só poderão ficar fora do quadrilátero formado pelas ruas Um e Quinze – Dois e Quatorze.
Além disso, por determinação da Justiça Eleitoral, amanhã não teremos aquelas carreatas barulhentas pelas ruas da cidade. Aos candidatos – a prefeito e a vereador – será permitido fazer uma caminhada pelo centro da cidade, desde que desacompanhados de cabos eleitorais.
Pessoalmente, acho que os irmãos Macetão representam o que há de pior na política. Mas uma coisa não podemos negar: eles são bons de campanha e, além disso, são bons estrategistas. E são bons de bico também, pois conseguiram arrumar um monte de pseudo-candidatos para trabalhar e eleger o Macetão II.
