Categoria: Geral

“ENTÃO MORRA”, DIZ PREFEITO DE MANAUS PARA MORADORA DE ÁREA DE RISCO

Deu no Radar Político, do Estadão, nesta segunda-feira:

MANAUS, 21 – O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), discutiu nesta segunda-feira, 21, com uma moradora de uma comunidade onde, no domingo, 20, uma mulher e duas crianças morreram soterradas sob um barranco que desabou.

O prefeito dizia, em entrevista a uma rede de TV local, que as pessoas na comunidade Santa Marta, zona norte da capital, ajudariam a prefeitura “não fazendo casas onde não devem”, ao que uma moradora não identificada interrompeu: “Mas a gente está aqui porque não tem condição de ter uma moradia digna”. O prefeito respondeu: “Minha filha, então morra, morra”.

Depois, a moradora disse que, se era assim, “então vamos morrer todos”, ao que o prefeito questiona sua origem. Quando ela responde ser do Pará, ele encerra a discussão dizendo: “Então pronto, está explicado.”

A discussão foi ao ar na íntegra no jornal do meio-dia da TV Amazonas, repetidora da TV Globo.

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O INSTITUTO QUE PREMIOU O PREFEITO (2)

O Instituto Brasileiro de Verificação de Gestão – IBVG, não tem site na internet, coisa que, hoje em dia, a maioria das empresas ditas sérias possui. Tampouco possui registro na JUCESP, conforme pesquisa feita por um amigo. O IBVG trabalha sempre em parceria com outra empresa, chamada Dalupe Produções Culturais Ltda, de propriedade do jornalista Magno Figueiredo. Aparentemente, a Dalupe também não tem página na internet, mas pelo menos possui o registro na JUCESP, a Junta Comercial do Estado de São Paulo.

No estado do Ceará, que possui um dos TCEs mais organizados do país, é possível verificar que, em 2010, cinco prefeituras cearenses empenharam valores (R$ 11.845,00, no total) para a Dalupe Produções Ltda, com as mais variadas desculpas: seminários de gestão pública, cursos para servidores, etc. Por coincidência, os prefeitos de algumas dessas cidades já foram premiados como “os melhores” do Brasil, pelo respeitável instituto IBVG, como é o caso do prefeito de São Benedito(CE), Brandão Júnior, que já foi premiado duas vezes. Em 2010, a Prefeitura de São Benedito empenhou R$ 2.490,00 para a Dalupe Produções Ltda.

Voltando um pouco no tempo, chegaremos a 2009. Naquele ano, a Prefeitura de Fortim(CE) empenhou R$ 6.000,00 para a Dalupe Produções Culturais Ltda, dos quais, R$ 3.280,00 foram empenhados para fazer face às despesas com a inscrição da prefeita de lá, Adriana Pinheiro Barbosa, em um evento do IBVG, no Hotel Sheraton, do Rio de Janeiro. No ano seguinte, Aninha de Kito, como Adriana é conhecida lá no Ceará, foi agraciada com o “IV Prêmio IBVG de Gestão Pública”, como uma das prefeitas mais eficientes do Brasil. Na foto aí do lado, ela aparece recebendo o prêmio. Uma coisa não podemos negar: pelo menos os critérios para a escolha das meninas que entregam os prêmios parecem ser bastante rigorosos.

O INSTITUTO QUE PREMIOU O PREFEITO

Alguns órgãos de imprensa parecem ter levado a sério a premiação que o prefeito Humberto Parini recebeu do tal Instituto Brasileiro de Verificação de Gestão – IBVG. Segundo a nota distribuída pela Prefeitura, o nosso prefeito mereceu a honraria concedida pelo IBVG, pelo fato de governar uma das cinco cidades que mais crescem no país. A nota foi publicada em alguns jornais da cidade e nos sites de notícias Região Noroeste e Correio Santa Fé. Sobre o assunto, reproduzo abaixo o comentário enviado pelo amigo que se identificou com o singelo pseudônimo de “Me Engana Que Eu Gosto”. Vamos ao comentário:

Vocês sabem que o IBVG é presidido pelo jornalista, radialista, Magno Figueiredo ?
Que o presidente Magno pode ser encontrado no e-mail : [email protected] ou nos telefones: celular (11) 86269512 e fixo (11)28622021 – Rua Tabapuã 594, ITAIM-BIBI – SP. SP. Cep: 04533-014.
Que o referido instituto não tem site ? Que os eventos de entrega desses prêmios, com jantares e palestras, shows custam muito caro ? Que tudo isso é de graça, e ninguém precisa pagar pelos prêmios recebidos ?
Que segundo o jornalista Ricardo Gallo da Folha on-line, por até R$ 7.000, institutos cobram para premiar empresas, prefeitos e vereadores ?
Os critérios de escolha são vagos. Em geral, os organizadores dizem seguir indicações de clientes, fornecedores e conhecidos do eleito. Quem se diz baseado em pesquisas de opinião não se dispõe a mostrá-las.
Os vencedores são procuradas pelas entidades e informadas de que ganharam o prêmio. A entrega se dá em jantares. Ganha-se troféu e/ou certificado, mais selos de “qualidade”.
À Folha ao menos seis empresas admitiram cobrar dos premiados. Nenhuma, porém, trata o prêmio como pago –é “adesão” ou “contribuição”.

Onde o amigo “Me Engana Que Eu Gosto” disse que ninguém precisa pagar pelos prêmios, acredito que ele quis dizer que os prêmios não são pagos, mas os premiados têm que pagar a chamada taxa de “adesão” que, segundo a matéria da Folha de São Paulo, pode custar até R$ 7.000.

Há alguns anos, um desses institutos ligou para a gerência do Banco do Brasil, onde eu trabalhava, dizendo que este aprendiz de blogueiro tinha sido “escolhido” para receber o prêmio de “Bancário Destaque do Ano”. Fiquei contente, mas aí veio a segunda parte: para receber o prêmio eu teria que “contribuir” com um certo valor para ajudar nas despesas com a festa de entrega. Agradeci a “escolha” e sugeri que entregassem o prêmio ao segundo colocado. Até porque, eu nunca fui destaque em coisa nenhuma.

Volto ao assunto em outro post.

POLICIAIS CONFUNDEM RAPADURA COM CRACK E DÃO VOZ DE PRISÃO À PROFESSORA

Deu na edição on line do jornal carioca Extra,

Um simples tablete de rapadura gerou uma confusão e tanto durante uma operação policial em Ourinhos, cidade a 371 quilômetros de São Paulo. Com informações de que uma mulher iria transportar drogas de São Paulo até a cidade em um ônibus, policiais civis revistaram vários veículos em uma base da Polícia Rodoviária de Santa Cruz do Rio Pardo.

Em um dos ônibus parados durante a operação, eles encontraram o suposto entorpecente dentro da bolsa de uma professora. A polícia deu voz de prisão à suspeita ainda dentro do veículo e ela foi algemada. Segundo Angélica Jesus Batista, a policial que a abordou disse que era muita droga e a algemou na frente de todo mundo enquanto ela era retirada do ônibus.

– A policial parou na porta do ônibus e disse ‘encontramos’. Em seguida, ela me algemou – disse Angélica.
 

Mas o que os policiais pensavam ser crack era na verdade um tablete de rapadura que Angélica levava de presente para o namorado. Depois do mal-entendido, a professora foi liberada. Ela registrou boletim de ocorrência por constrangimento. A verdadeira traficante foi presa horas depois em outro ônibus portando 2 kg de crack. O delegado seccional de Ourinhos, Amarildo Aparecido Leal, diz que os policiais usaram o procedimento padrão diante da situação, mas que, mesmo assim, o caso será investigado.

DESTAQUES DOS JORNAIS

Estas foram as manchetes dos jornais locais, neste final de semana:

Folha Noroeste: “Vereadores pedem explicações ao prefeito Parini sobre viadutos prometidos em campanha eleitoral”

Folha Regional: “Jales se tornou referência em controle do desperdício de água para oito países”

Jornal de Jales: “Santa Casa de Jales faz primeira cirurgia de prolapso genital”

A Tribuna: “Vereadores querem mais uma CEI contra Parini”

A Folha Noroeste destacou o pedido de informações que a Câmara está enviando ao prefeito Humberto Parini, a respeito da prometida construção de dois viadutos sobre a linha férrea. Em outra manchete, o jornal destaca que “Governador Puccinelli inaugura a fábrica de refrigerantes Saboraki”. Destaque também para Urânia, onde o prefeito Airton Saracuza e a primeira-dama Marinete Saracuza fizeram a entrega de uniformes, kit de higiene, mochilas e bonés para alunos de duas creches.

A Folha Regional enfocou o Curso Internacional promovido pela Sabesp de Jales, sobre técnicas para prevenção e redução do desperdício de água. O jornal destacou também o encontro do provedor da Santa Casa, José Devanir Rodrigues, o Garça, com o vice-presidente da República, Michel Temer. Garça aproveitou o encontro para solicitar um aumento de R$ 150 mil no repasse mensal do SUS. A Folha Regional também destacou a condenação, pela Justiça Federal, de dois jalesenses envolvidos no caso Denacoop.

No Jornal de Jales, os destaques de primeira página foram para a Santa Casa, onde alguns médicos realizaram uma cirurgia inédita na região, demonstrando o avanço da medicina regional; para a Sabesp de Jales, que realizou palestras sobre técnicas contra perdas de água, com a participação de representantes de oito países; e para a inauguração da Unidade 2 da fábrica de refrigerantes Saboraki, em Cassilândia(MS). Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior divulgou que o PMDB estadual está querendo o provedor da Santa Casa, o Garça, na disputa pela Prefeitura de Jales, em 2012. Na mesma coluna, o jornalista destacou que a comemoração do aniversário do ex-petista José Célio Martini, no Clube do Ipê, teve gente de todas as tribos, menos do PT.  

Já o jornal A Tribuna foi o único a noticiar a nova CEI que está sendo proposta na Câmara, com o objetivo de investigar suposto crime de falsidade ideológica, que teria sido cometido pelo prefeito Humberto Parini. Destaque também para uma matéria do repórter Alexandre Ribeiro, o Carioca, onde a mãe da menina vítima de leishmaniose faz alerta sobre a prevenção contra a doença. O jornal noticiou que o rodeio da Facip 2011 terá dois carros zero quilômetro. Traz também uma matéria sobre a dívida da Prefeitura de Jales com a família Jalles, enfatizando que o prefeito Parini utilizou-se de uma brecha criada pela Emenda Constitucional 62 para prorrogar a dívida. Com isso, a Prefeitura perdeu o desconto de 30% que estava sendo dado pelos advogados dos Jalles. E a página A9, do primeiro caderno, foi totalmente dedicada à inauguração da nova fábrica da Saboraki.

EMPRESA DA PRIMEIRA-DAMA COMEÇA 2011 DE VENTO EM POPA

Nada como ter amigos influentes! Enquanto algumas prestadoras de serviços, que estão no ramo há muito tempo, nem são convidadas para licitações, uma nova empresa vai conseguindo o seu lugarzinho ao sol.

O jornal Folha Regional publicou hoje, em seu caderno de atos oficiais, dois extratos de contratos muito interessantes. Um deles está nas publicações do Município de Santa Salete e diz que a empresa EM FOCO – Cursos Livres Técnicos Profissionalizantes e Comércio Ltda está sendo contratada para prestar serviços junto ao PAIF – Programa de Atendimento Integral à Família. Valor do contrato: R$ 22.440,00. Em um post anterior eu já publiquei uma versão sobre o que teria acontecido em Santa Salete. Não preciso repetir.

O outro extrato de contrato está no espaço dedicado à Prefeitura de Aspásia. Está escrito lá que a mesma empresa – a EM FOCO Cursos Livres Ltda – será a responsável pela aplicação de aulas junto aos membros cadastrados em projetos sociais do PAIF, do projeto Vivendo Cidadania e do projeto CMDCA, todos eles lá de Aspásia. Valor do contrato: R$ 49.546,40.

Tá interessado em saber a quem pertence a EM FOCO Cursos Livres Ltda? A elas mesmas! Pertence à nossa primeira-dama, Rosângela Parini e à sua fiel escudeira, a primeira-ministra Marli Mastelari, que recebe como chefe de gabinete da secretaria de Finanças, mas, na realidade, atua na ante-sala do gabinete do prefeito Parini, como uma espécie de zagueiro-central, bem ao estilo “limpa área”.

Um amigo, lá da Prefeitura, me disse que, para dar mais veracidade às coisas que escrevo, eu devia comprovar que a empresa realmente pertence às duas. Então cliquem em (continuar a ler) e depois, bem no finalzinho do post, cliquem em EmFoco-Contrato. Boa leitura!  Leia mais

JUSTIÇA FEDERAL DE JALES CONDENA MAIS DOIS NO CASO DENACOOP

Está na edição do jornal Folha Regional, deste final de semana:

O ex-presidente da Avirjal – Associação dos Viticultores de Jales, Carlos Roberto Morandim e o ex-assessor parlamentar Jonas Martins Arruda, foram condenados pela Justiça Federal de Jales a ressarcir os cofres públicos em cerca de R$ 159 mil, em função de fraude em dois convênios do Denacoop – Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural.

Segundo o Ministério Público Federal, o ex-presidente da Avirjal pediu R$ 33,4 mil para promover o setor de fruticultura de Palmeira D’Oeste, mas a verba acabou sendo desviada para a Festa da Uva de Jales, tendo inclusive um trator sendo sorteado na época. Quanto a Jonas, foi acusado de utilizar-se do livre trânsito que tinha junto ao Ministério da Agricultura para elaborar as propostas dos convênios, recebendo 10% da verba liberada como contraprestação pelos serviços prestados. Os advogados de ambos disseram que vão recorrer.

Observações do blogueiro: o “Caso Denacoop” veio à tona em dezembro de 1996, após matéria da revista IstoÉ, escrita pelo jornalista Gilberto Nascimento.  Várias cooperativas de Jales e região, além de figuras conhecidas aqui em nossa cidade, estão envolvidas no caso que se arrasta há 15 anos. Eis um trecho da reportagem “Cooperativa da corrupção”, da IstoÉ:

“Estima-se que o rombo some pelo menos R$ 10 milhões. Boa parte do dinheiro destinado às cooperativas acabou sendo usada para obras particulares, viagens internacionais, festas do peão de boiadeiro e até compra de meias-calças, saias e blazers numa boutique de Copacabana. Para prestar contas, as entidades alegam a realização de cursos fictícios e usam notas fiscais de empresas fantasmas”

A matéria ainda está dando muitas dores de cabeça, inclusive à IstoÉ, que, em junho de 2008, foi condenada ao pagamento de R$ 250 mil de indenização por danos morais à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e ao então presidente da entidade e ex-ministro da Agricultura, Dejandir Dalpasquale. A OCB foi acusada, na reportagem da IstoÉ, de irregularidades que não ficaram comprovadas. 

Em Tempo: eu mesmo já tive que ir à Polícia Federal e à Justiça Federal para dar algumas explicações. Como caixa da Tesouraria do Banco do Brasil, aqui em Jales, eu paguei alguns cheques de uma cooperativa da cidade e acabei, de certa forma, sendo envolvido no “Caso Denacoop”. Como testemunha.

QUEBRA DE PRÓTESE PENIANA CAUSA DANO MORAL DE R$ 30 MIL

Deu no site de notícias Ethos On Line, neste sábado:

Paciente que, aos 24 de idade, implantou prótese peniana que quebrou será indenizado em R$ 30 mil pelo médico David Spilki, responsável pelo implante e pela fabricante do produto, HR Indústria e Comércio de Equipamentos Biomédicos, com sede em Porto Alegre. A decisão é da 9ª Câmara Cível do TJRS, que determinou também que o Conselho Regional de Medicina seja oficiado para a apuração de eventual violação ao Código de Ética Médica. O caso decidido há poucos dias já tem nove anos e oito meses de tramitação processual. 

O paciente ajuizou ação na comarca de Charqueadas (RS) narrando que, após um único episódio de impotência sexual, consultou o médico, em agosto de 1994. O profissional da Medicina informou que o implante seria a única solução. Três meses após a realização do procedimento, o jovem procurou o médico novamente, pois sentia dores e havia notado uma saliência no local, mas foi informado que “a situação iria se normalizar”.No ano seguinte, o paciente reparou que a saliência aumentara. Em março de 1999, procurou o médico David Spilki novamente e, por exame de raio-x, constatou a quebra da prótese fabricada pela HR. 

A partir de laudo pericial, a Justiça concluiu que “o médico agiu de forma negligente, imprudente e imperita ao realizar a cirurgia em um jovem de apenas 24 anos de idade à época dos fatos, pois o procedimento deve ser o último recurso no tratamento de disfunção erétil, devendo, antes, ser adotadas medidas como psicoterapia, medicamentos, injeções e vacuoterapia”.

FILHOS SÃO OBRIGADOS A CAVAR COVA PARA A MÃE

Deu no Diário da Região, edição deste sábado:

Graziela Delalibera (Diário da Região)
19/02/2011

08h49-Uma família enlutada de Orindiúva viveu o inusitado anteontem. Três dos oito filhos da aposentada Gelindra Massini, 86 anos, morta na noite de quarta-feira, passaram o dia cavando a sua cova no cemitério municipal, enquanto os demais velavam o corpo na casa onde ela morava. Segundo Carlos Henrique Beleli, 48, um dos filhos da aposentada, esse é o quarto caso em que a própria família é obrigada a fazer esse tipo de serviço na cidade, porque a Prefeitura de Orindiúva não tem coveiro contratado.

“Eu acho que isso é o fim do mundo. Imagina você ter de abrir o buraco para enterrar a mulher que te gerou. amamentou e que te criou,”, diz, revoltado. A cova foi aberta pelos filhos ao lado do túmulo do marido de Gelindra, Ângelo Beleli, que morreu há cerca de 20 anos. “Começamos a cavar de manhã e acabamos só lá pelas 18h, no horário do enterro. Só pude ver minha mãe quando o corpo chegou, e depois na hora do enterro.”

Um pedreiro amigo da família fez o serviço de alvenaria e não cobrou a mão de obra. Beleli conta que antes de começarem o trabalho, ele e os irmãos foram até a prefeitura pedir a chave do cemitério, que não tem zelador e fica o tempo todo trancado. “Lá na prefeitura ninguém tinha essa chave. Conseguimos pegar uma cópia emprestada com um morador que tem a mulher enterrada no cemitério.”

O filho de Gelindra afirma que todo o material usado para fazer o túmulo foi levado pela família, como tijolos e cimento, e que ao fim do trabalho eles tiveram de carregar a terra retirada da cova para fora do cemitério. “Não pegamos nada da prefeitura. A única coisa que mandaram para lá foi a placa de concreto colocada em cima do túmulo.”

O prefeito de Orindiúva, Darlei Queiróz de Oliveira, não estava na prefeitura ontem à tarde, segundo o chefe de gabinete, Alcir Barbosa da Silva. Ao Diário, Silva informou que a prefeitura disponibiliza servidores da área de serviços gerais para fazer o trabalho de coveiro quando é solicitado por moradores. A reportagem deixou recado no celular do prefeito, mas ele não retornou.

AABB E PREFEITURA: UMA PARCERIA QUE PODERIA TER DADO CERTO

A nossa Associação Atlética Banco do Brasil AABB, já foi um dos clubes mais movimentados destas plagas. Localizada na Avenida Francisco Jalles, principal via da cidade, ela hoje está praticamente entregue às moscas. Ou aos mosquitos. O cenário é de abandono, como demonstram as fotos de uma das calçadas do clube. Mas esse não é um problema só da AABB de Jales. As dificuldades são as mesmas em quase todas as AABBs do Brasil, e elas decorrem do esvaziamento do Banco do Brasil que, em outros tempos, tinha muito mais funcionários e muito mais associados.

Em Jales, talvez o cenário pudesse ser diferente, se a Associação e a Prefeitura tivessem feito uma parceria do Programa AABB Comunidade, da Fundação Banco do Brasil. Mais de quatrocentas prefeituras do Brasil inteiro fecharam essa parceria para utilização das AABBs, envolvendo, até um tempo atrás, cerca de 4.000 educadores e 53.000 crianças e adolescentes. Menos em Jales, é claro, onde temos uma AABB bem localizada e cheia de espaços ociosos, com quadra poliesportiva e piscinas quase sem utilização, mas, em compensação temos também um prefeito sem muita iniciativa.

O objetivo do AABB Comunidade é contribuir para a inclusão social, a não repetência e a permanência na escola de crianças e adolescentes com idade entre 07 e 18 anos, desde que estudantes da rede pública. Todo o material e a estrutura necessária são fornecidos pela Fundação Banco do Brasil. Basta que as prefeituras tenham vontade de participar. Há alguns meses, fiquei sabendo que a nossa  primeira-dama estava interessada em instalar uma de suas obras sociais na AABB, mas parece que até ela – que é muito mais proativa do que o marido – desistiu da idéia. Também pudera, a nossa primeira-dama agora é uma empresária e, como tal, deve estar dedicando boa parte do tempo aos negócios de sua empresa.

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