Uma mulher foi presa acusada de atropelar e matar o próprio marido e a suposta amante dele neste domingo (25), em Álvares Machado. De acordo com a polícia, as vítimas, um homem de 29 anos e uma mulher de 20, estavam em uma motocicleta e foram arrastados por mais de 20 metros por um veículo Civic/Honda, que era conduzido pela esposa do homem.
As vítimas já estavam sem vida quando as equipes de resgate e do policiamento chegaram no cruzamento das ruas Monsenhor Nakamura e Antônio Louzada Marzabal.
A Polícia Civil e a perícia foram até o local e constataram que não havia “sinal de frenagem do carro para que evitasse a colisão ou diminuísse a força e/ou arrasto do motociclo”. Com essa informação e relatos de testemunhas que presenciaram toda a cena, a polícia passou a tratar o homicídio como doloso, quando se assume o risco de matar.
A mulher admitiu que perseguiu o marido com o carro até colidir com a motocicleta, já que ele estava tendo um caso com a mulher de 20 anos. A suspeita foi presa em flagrante e encaminhada à cadeia feminina de Dracena.
Nenhum texto, reportagem ou análise econômica, pode ser tão expressivo do que se passa no Brasil que o par de fotos estampados hoje na capa do Estadão.
O repórter fotográfico Márcio Fernandes, com extrema precisão, conseguiu reproduzir a foto feita por seu colega Leonardo Fernandes, há seis anos.
Tudo é perfeitamente igual na Rua 25 de Março, centro de comércio popular da cidade de São Paulo.
Tudo, menos o fato de que há na rua, menos da metade das pessoas que havia há seis anos, naquele 2010 do qual muita gente já esqueceu.
Esta metade, feita de gente – gente com família, crianças, amigos, pais idosos, gente que é tão cheia do direito de viver quanto eu ou você – sumiu. Tornou-se invisível, saiu, em maior ou menor grau, da roda da economia.
A sua ausência não é acidental. Seu desaparecimento é um projeto, um programa, uma estratégia da perversidade neoliberal.
O cerne do projeto neoliberal é este: fazer “desaparecer” uma parte da população. Que não vai à 25 de março, que não vai mais ao hospital, ou irá a um mais precário, como mais precária serão suas escolas, suas periferias, suas casas lá onde a elite não as vê.
O Brasil desta gente é como a 25 de março, basta metade existir. A outra metade é um problema, jamais uma solução.
E olhe que, em 2010, Leonardo fez a foto no dia 11. Faltavam duas semanas para o Natal e o 13°, para a maioria, ainda não havia sido pago. Márcio a fez agora, quando tudo deveria estar a pleno vapor.
O Brasil dos Levy, dos Meirelles, dos Moro eDallagnóis é assim, bem mais civilizado.
No Rio de Janeiro, a Rua da Alfândega, onde se localiza o maior comércio popular a céu aberto do estado, apresentava movimento bem menor que nos anos anteriores. Vejam a reportagem da Agência Brasil, aqui.
A charge acima é do Iotti, para o jornal Zero Hora. E a notícia é do Pragmatismo Político:
Alvo de condução coercitiva na Operação Timóteo, da Polícia Federal (PF) deflagrada na última sexta-feira (16), o pastor evangélico Silas Malafaia esbravejou em entrevista na porta da Polícia Federal e passou o fim de semana se defendendo no Twitter.
Em uma das publicações, o pastor mostra o que seria seu extrato bancário na tentativa de provar que não usou as contas da igreja para ocultar dinheiro de origem ilícita.
“Calunia difamação deixa qualquer um indignado”, disparou. “Como não devo nada, vou mostrar o extrato da minha conta e a saída para onde foram os cheques”, emendou.
Na gravação, ele mostra que um depósito de R$ 100 mil se transformou em uma doação de R$ 70 mil para uma associação religiosa e em R$ 30 mil para a Assembleia de Deus. Segundo ele, os R$ 100 mil foram doados por um membro da Igreja de um amigo, chamado Pastor Michael Abud.
“Se eu fosse laranja, não depositaria o dinheiro na minha conta, depositaria na da igreja e pegaria por fora. Está aí a prova de que paguei imposto de oferta que eu dei e estou sendo caluniado e difamado. (…) Querem me denegrir, mas não vão me calar”, diz.
O pastor Silas Malafaia também agradeceu o apoio de Alexandre Frota e sugeriu que os internautas assistam a um comentário do ex-ator pornô a respeito das acusações contra o religioso.
Em vídeo gravado, Frota diz que “Malafaia sabe exatamente o que faz e tem feito um excelente trabalho jogando duro contra a corrupção sistêmica”. Segundo o ator, ninguém fala das pessoas que Malafaia “ajuda a tirar desse caos social”.
“Você tem todo o meu apoio. Confio em você, homem, íntegro”, finaliza.
Cenas de incêndio e destruição são sempre tristes. Geralmente muitas pessoas saem bastante machucadas ou até mesmo sem vida dessas situações. O trabalho dos bombeiros é diminuir ao máximo esse número. Isso todo mundo já está acostumado, mas nessa semana o romeno Costache Mugurel proporcionou uma cena diferente e tocante.
O bombeiro foi chamado para atender uma ocorrência onde um homem de 51 anos e seu cachorro estavam presos por chamas. Quando Costache encontrou o bichinho ele estava desacordado e começou a aplicar técnicas de reavivamento como boca a boca e massagem cardíaca, geralmente utilizadas em humanos. Alguns minutos depois, o animal já estava acordado e respirando com a ajuda de aparelhos.
Toda essa cena foi filmada por um jornalista local chamado Costi Tudor e acabou viralizando pela internet. O vídeo já foi visto por mais de 3 milhões de pessoas ao redor do mundo, todas parabenizando a atitude de Costache que alegou estar apenas realizando seu trabalho de bombeiro.
“A minha indignação é contra o show pirotécnico. Foram na minha casa, minhas netas estavam em casa, com Polícia Federal, criança chorando, a quem interessa isso? Quer dizer que agora no Brasil qualquer um vai ser jogado no lixo da corrupção e safadeza?”
(do pastor Silas Malafaia – que aprova shows pirotécnicos contra Lula e outros petistas – revoltado com a condução coercitiva de que foi alvo ontem)
Os fariseus, os hipócritas, as vestais que acusaram a todos de tudo estão provando do próprio veneno. Eduardo Cunha foi o primeiro, mas, um a um, seus comparsas no impeachment de Dilma estão provando o gosto amargo da hipocrisia.
(Do jornalista Fernando Brito, a respeito da revolta do pastor Malafaia contra sua condução coercitiva)
Parece que o pastor Malafaia está próximo de encontrar a rola que o Boechat sugeriu a ele. A notícia completa pode ser lida no Estadão:
O pastor Silas Malafaia, da Associação Vitória em Cristo, ligada à Assembleia de Deus, é alvo de condução coercitiva na Operação Timóteo. A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, 16, ações em 11 estados (BA, DF, GO, MT, MG, PA, PR, RJ, RS, SC, SE e TO) e no Distrito Federal.
A investigação apura um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral (65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM – tem como destino os municípios).
Malafaia é suspeito de apoiar na lavagem do dinheiro do esquema, que recebeu valores do principal escritório de advocacia investigado. A suspeita a ser esclarecida pelos policiais é que este líder religioso pode ter “emprestado” contas correntes de uma instituição religiosa sob sua influência com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores.
Os policiais fazem buscas e apreensões em 52 diferentes endereços relacionados com uma organização criminosa. O diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral, Marco Antonio Valadares Moreira, e a mulher dele foram presos pela PF.
Segundo nota da PF, além das buscas, os 300 policiais federais envolvidos na ação também cumprem, por determinação da Justiça Federal, 29 conduções coercitivas, 4 mandados de prisão preventiva, 12 mandados de prisão temporária, sequestro de 3 imóveis e bloqueio judicial de valores depositados que podem alcançar R$ 70 milhões.
O nome da operação é referência a uma passagem do livro Timóteo, integrante da Bíblia Cristã: “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição”.
Eis uma novidade que vai deixar a Alzira Mara contente. A notícia é da Polícia Civil de Jales:
A Delegacia Eletrônica de Proteção Animal – DEPA está em pleno funcionamento, para receber denúncias de maus tratos e abusos contra animais, pela internet. A Secretaria da Segurança Pública, a partir de 07 de dezembro, disponibilizou em seu site um campo para registrar esses crimes.
A DEPA foi criada com base na lei nº 16.303/16, cuja iniciativa da propositura da lei foi do deputado Feliciano Filho. Segundo o Deputado, a ideia surgiu dos anseios dos ativistas e entidades de proteção animal.
COMO REGISTRAR:
No campo da Delegacia Eletrônica (http://www.ssp.sp.gov.br/nbo/Default.aspx), há agora uma opção para registrar esse tipo de denúncia. Ao clicar na “patinha”, a pessoa é direcionada ao site da DEPA. No sistema, o denunciante deve preencher os dados pessoais, mas pode optar por registrar de forma anônima. A notificação do crime deve conter data e hora aproximada do fato, o endereço e o nome ou apelido do autor do delito, se houver.
A classificação dos animais será preenchida de acordo com as espécies, como cão, gato, etc. Todas as características fornecidas irão auxiliar na investigação policial.
Além dessas informações, o interessado pode comunicar modelo e placa de veículos usados na prática do crime.
Durante a comunicação do crime, o denunciante deverá elaborar um breve relato da ocorrência e poderá anexar fotos ou vídeos, ou até mesmo apontar um endereço de página da internet, caso o fato seja divulgado por esse meio.
As denuncias serão encaminhadas para investigação nas delegacias de polícia responsáveis pela região onde o crime aconteceu.
A Polícia Civil/Delegacia de Polícia também recebe denúncias de crime contra animais, pessoalmente ou pelo telefone 197, neste caso de forma anônima, se o interessado desejar.
Enquanto a elite paneleira se ocupa em bater palmas para seus heróis, a indústria naval brasileira – atingida pela crise e por um empurrãozinho da Lava Jato e sua técnica de paralisar empresas – vai sendo destruída. E com ela, milhares de empregos vão sendo dizimados.
Como já explicou o ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, nos Estados Unidos e na Alemanha, combate-se a corrupção punindo os corruptos e preservando as empresas (e os empregos!). Afinal, as empresas não têm vontade própria.
Aqui no Brasil, empresas estão sendo exterminadas, enquanto os corruptos – ou a maioria deles – já estão em suas mansões cumprindo “prisão” domiciliar. E os trabalhadores sendo punidos com a perda de seus empregos. A notícia é do Zero Hora:
A Engevix Construções Oceânicas (Ecovix) confirmou, na manhã desta segunda-feira, que 3,2 mil funcionários foram desligados, restando apenas 500 nos dois estaleiros da empresa na cidade de Rio Grande(RS).
Primeiro a dar a notícia, logo no início da manhã, o presidente do Sindicato Municipal dos Metalúrgicos, Benito Gonçalves, chorou em entrevista à Rádio Gaúcha. “Acabaram com a gente. Estão acabando com o sonho brasileiro. A única forma de ser decente é ter trabalho e pagar as contas. Agora, nem isso”.
A Ecovix é um braço de construção naval da empreiteira Engevix, que está sendo investigada na Operação Lava Jato e que teve um de seus sócios preso preventivamente. A origem da empresa está relacionada à encomenda de oito cascos para plataformas de petróleo, pela Petrobrás. O contrato somava U$ 3,5 bilhões e previa a entrega das unidades até este ano.
Trata-se da empresa com maior volume de trabalho no polo naval de Rio Grande, que tinha 3,7 mil funcionários. No entanto, a Ecovix já chegou a contar com 12 mil trabalhadores. Apenas 200 funcionários continuam trabalhando na manutenção da estrutura do estaleiro. Outros 300 não foram demitidos porque estão afastados.
Hoje, 09 de dezembro, data em que é comemorado o Dia Internacional Contra a Corrupção, o Ministério Público Federal de Jales convocou a imprensa para discorrer sobre a determinação da Justiça Federal de bloquear mais de R$ 56 milhões em bens de ex-servidores da VALEC – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. (empresa pública, sob a forma de sociedade por ações, vinculada ao Ministério dos Transportes) e empresas acusadas de improbidade nas obras da Ferrovia Norte-Sul.
O procurador da República, José Rubens Plates, explicou que tanto na contratação quanto na execução da obras, que estão paralisadas de maio passado, no chamado lote 5S – compreendido entre a Ponte do Rio Arantes(MG) e Estrela D’Oeste(SP) – houve sobrepreço e superfaturamento nas obras que já duram 30 anos.
Além da VALEC, as empresas citadas são a SGS Enger Engenharia Ltda e a Triunfo Iesa Infraestrutura S/A (Tiisa), bem como dois diretores desta última. Todos são acusados da prática de atos de improbidade administrativa na contratação e execução das obras da ferrovia.
Por ser a maior beneficiária dos atos de improbidade administrativa, a Tiisa teve R$ 56 milhões bloqueados. Cinco ex-servidores da VALEC e dois diretores da Tiisa, além da empresa SGS Enger, também tiveram a indisponibilidade de seus bens decretada, em valores menores.
A ação pede a condenação dos acusados pela prática de improbidade administrativa e a ressarcirem integralmente os prejuízos causados à VALEC, pelo sobrepreço e superfaturamento da obra, em montante não inferior a R$ 56 milhões.
Pelo jeito, o megabilionário Lulinha não está tão rico assim. E o curioso é que, quando o MPF acusa algum filho do Lula, ou quando a Justiça manda intimar um deles às 23:00 horas, o assunto vira manchete. Já quando eles são, digamos assim, inocentados, o assunto fica escondido em algum canto de página. Deu no Pragmatismo Político, com informações do GGN:
O conteúdo do relatório foi publicado pelo Estadão há alguns dias, em matéria sob o título “Lulinha teve rendimento de R$ 5,2 milhões em dez anos”. Só no último parágrafo é que o jornal informa: “O relatório da PF aponta que a evolução patrimonial de Lulinha, entre 2004 e 2014, é compatível com suas finanças.”
O relatório foi encomendado pelo delegado Márcio Anselmo, que investiga a família de Lula por causa do Sítio de Atibaia e do triplex no Guarujá. Na visão da força-tarefa da Lava Jato, Lula é dono oculto da propriedade localizada no interior paulista, que está em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios do filho de Lula.
O laudo apontou apenas uma “suspeita” em relação às finanças de Lulinha: “(…) não obstante possuísse 50% das quotas da G4, no ano de 2012, senhor Fábio recebeu 100% da distribuição de lucros, no valor de R$ 750 mil.”
Essa semana, o GGN mostrou que a PF também vasculhou a vida financeira de outro filho de Lula, Luis Cláudio e, na comparação entre a movimentação financeira e as fontes de recursos declaradas à Receita Federal, entre 2011 e 2014, não houve identificação de traços de corrupção como os alarmados pelo Ministério Público Federal, que creditam à família de Lula, ainda, a posse do apartamento no Guarujá.
Ao responder sobre a compatibilidade entre a movimentação financeira no período analisado e as fontes de recursos, o perito escreveu ao delegado Anselmo: “Observando-se esses valores, é possível constatar que movimentação financeira efetiva a crédito das contas bancárias de titularidade de Luis Cláudio Lula da Silva, apresenta maior divergência nos anos de 2013 e 2014. Nos demais anos, e no acumulado do período, a movimentação financeira exibe montantes próximos ao da fonte de recursos.”