Blog do Cardosinho

A operação Lava Jato, que já investigou a geladeira do tríplex do Guarujá e os pedalinhos e a canoa do sítio de Atibaia, agora está – segundo órgãos de imprensa – investigando outro “roubo” praticado por Lula, que teria surrupiado uma imagem de Jesus Cristo, supostamente pertencente ao estado brasileiro.

Ontem, um dos hidrófobos da Veja, o blogueiro Reinaldo Azevedo, notório antipetista, escreveu um post cujo título – “Passaram a mão no nosso Cristo! Estava num cofre de Lula” – já diz quase tudo. Ou quase nada.

A versão sobre o “roubo” do Cristo corre na internet – o paraíso dos mentirosos – há muito tempo. Internautas desavisados e ou levianos garantiam que o Cristo levado por Lula estava no Palácio havia décadas e, como “prova”, publicaram uma foto do ex-presidente Itamar Franco (1992-1994) no gabinete presidencial, tendo ao fundo o Cristo.

Voltemos, porém, ao bem informado Tio Rei, para ler um trecho do que ele escreveu ontem em seu prestigiado blog:

Ai, ai… Parece piada, mas não é. Parece bufonaria de quinta categoria, mas é tudo verdade. A coisa é, sob muitos aspectos, inédita. O modelo petista de gestão do estado surpreende pelo tamanho do descalabro, mas também pelos detalhes que exibe, ora patéticos, ora sórdidos, ora gratuitamente abusivos.

Reportagem da revista Época informa que a força-tarefa chegou a um cofre do Banco do Brasil, em São Paulo, que abriga 23 caixas lacradas, com data de 19 de março de 2012. Ali está parte do acervo que Lula levou consigo da Presidência. Muita coisa é presente de chefes de estado em suas viagens mundo afora.

Ocorre que havia um pouco mais do que isso. Eis que, entre os pertences, sob a guarda de Marisa Letícia e Lulinha, também estava um crucifixo entalhado em madeira, datado do século XVI, que pertence ao estado brasileiro. O valor é inestimável.

Aqueles que só leem as notícias do PIG ou só ouvem as bobagens do Alexandre Garcia e do professor Marco Antônio Villa, irão morrer achando que isso é verdade. Mas não é. A história do Cristo de Lula está contada, em todos os detalhes, por uma matéria da revista Época, de fevereiro de 2011. O problema é que, pelo visto, nem o pessoal da revista Época lê a Época. Eis um trecho da matéria:

O crucifixo pertencia a Dom Mauro Morelli, bispo de Duque de Caxias, que ganhara a peça de um amigo médico. No fim de 2002, o bispo viu-se obrigado a vender o Cristo. “Coloquei-o à venda para atender a necessidades pessoais e familiares com problemas financeiros decorrentes de enfermidades”, diz Dom Mauro. Naquele momento, o bispo participava de discussões sobre o programa Fome Zero no Instituto da Cidadania, criado por Lula antes de ser eleito para a Presidência em 2002.

Entre uma discussão e outra acerca da pobreza nacional, Dom Mauro encontrou comprador para seu Cristo. Era um amigo de Lula, José Alberto de Camargo, diretor da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), empresa da família Moreira Salles. Em janeiro de 2003, com Lula recém-empossado, Camargo, por meio da Fundação Djalma Guimarães, braço cultural da CBMM, pagou R$ 60 mil a Dom Mauro pelo crucifixo. “Não sabia o que fazer com a obra e aceitei a sugestão de Frei Betto de dá-la ao Lula”, diz Camargo.

“Quando chegou aqui, o crucifixo parecia três pedaços de carvão”, diz Cláudio  Soares, da documentação histórica do Planalto. O objeto foi enviado, em seguida, ao Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis, da Universidade Federal de Minas Gerais, que, durante mais de três meses, trabalhou na limpeza e recuperação da peça. Enquanto isso, no Planalto, deliberava-se sobre qual seria o destino do Cristo.

“O Frei Betto pressionou para colocar na sala de Lula, embora a Clara (Ant, assessora do presidente) fizesse questão de lembrar que o Estado é laico”, diz Camargo. Lula, católico, optou por instalar a imagem em seu gabinete. Depois de instalado o crucifixo, Frei Betto comandou uma cerimônia religiosa de cerca de dez minutos para dar bênção ao gabinete. E puxou um pai-nosso para pedir a Deus que olhasse pelo governo petista.

Pregado na parede de Lula, o Cristo foi testemunha de uma reunião, em maio de 2006, entre o ex-presidente Itamar Franco e o então presidente da República em exercício, senador Renan Calheiros. O assunto era a disputa presidencial que aconteceria naquele ano. Itamar disse a Renan que não aceitaria a vice na chapa de Lula. Queria ser o candidato ao Planalto pelo PMDB. Durante a conversa, Itamar sentou-se na poltrona preferida de Lula, onde foi fotografado. Quase cinco anos depois, essa imagem alimentou a boataria na internet de que Lula teria roubado o Cristo.

No governo, o crucifixo acompanhou Lula onde quer que ele se instalasse, inclusive no gabinete provisório no Centro Cultural Banco do Brasil. Em janeiro de 2011, foi trazido a São Paulo em um avião da Força Aérea Brasileira. O destino definitivo da peça não foi divulgado. Mas é certo que ele não será devolvido ao Planalto.

Quem quiser ler a matéria por inteiro, com fotos que comprovam o que está dito na reportagem, é só clicar aqui.

Mais uma da séria série “Moralistas Sem Moral”. A notícia é do Brasil 247:

Aliado do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o anestesiologista Sílvio Fernandes Filho, presidente do Diretório Municipal do Democratas em Goiânia e um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre e servidor contratado pelo Hospital das Forças Armadas (HFA), esteve à disposição do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) de setembro de 2013 a abril de 2015 como anestesista, mas nunca atuou como médico dessa especialidade em nenhuma cirurgia.

A revelação consta de uma investigação sigilosa que técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) fizeram sobre o período em que Sílvio Fernandes Filho esteve lotado no HC-UFG. O médico foi colocado à disposição do Departamento de Cirurgia para oficiar como anestesista e auxiliar nas intervenções cirúrgicas dentro de sua especialidade, mas as folhas de ponto constam horários e dias em que ele teoricamente esteve de serviço no hospital-escola, mas ele sequer passou próximo de uma sala de cirurgia ou aplicou qualquer anestésico em qualquer paciente submetido a intervenção cirúrgica no HC.

Segundo Sílvio Fernandes, ele realmente assinava os pontos como se desse expediente, mas cumpria outras funções em outros dias e horários. Suas atividades seriam alternativas como elaborar relatórios ou eventualmente até mesmo ministrar alguma aula para alunos do curso de medicina. “Ele dava em média duas aulas por semestre para justificar sua presença nas dependências do Hospital das Clínicas”, afirmou um médico-professor que pediu para ser mantido no anonimato.

Outro profissional lembrou que Sílvio Fernandes Filho dizia que iria montar um “ambulatório de dor” que nunca saiu do papel e que também era citado por ele como sendo serviço prestado sem jamais sê-lo. “O que nos causava muita estranheza era o fato de profissionais sérios como o professor Antônio Fernandes Carneiro, chefe do Departamento de Cirurgia ou o doutor Luiz Antônio Brasil, atestarem a regularidade dos pontos e serviços do doutor Sílvio Fernandes, sendo que nós sabíamos que ele não trabalhava”, lamentou.

Todos os profissionais que a reportagem conversou no Hospital das Clínicas pediram para não serem identificados porque a fama de truculento e perseguidor do médico Sílvio Fernandes Filho ainda é viva na memória deles.

A matéria completa pode ser lida aqui.

Vida de ex-prefeito (e ex-prefeita) não é fácil! Que o diga a nossa ex-prefeita Nice Mistilides. Depois de ser denunciada pelo Ministério Público local, no mês passado, por conta dos prejuízos causados à Casa da Criança, Nice está sendo alvo, só nesta semana, de mais duas denúncias ajuizadas na Justiça.

Uma delas – que trata dos famosos uniformes escolares comprados em 2013 – já foi noticiada aqui no blog. A denúncia do promotor Horival Marques de Freitas Júnior, sobre a compra dos uniformes, foi protocolada na terça-feira, 08.

Pois bem, na quarta-feira, 09, o promotor Horival ofereceu uma nova denúncia contra Nice. Dessa vez, a encrenca envolve a contratação da empresa Proposta Ltda, em dezembro de 2013, para cuidar do recolhimento do lixo doméstico e da limpeza urbana de Jales. Além de Nice, a empresa também está sendo acusada pelos supostos malfeitos.

O lixo, vocês se recordam, foi o mote utilizado pela Câmara para cassar o mandato de Nice. Depois de condenada politicamente, ela agora terá que dar seus pulos para tentar escapar das garras da Justiça. Se dependesse só do Ministério Público, a ex-prefeita – e a empresa – teriam que devolver R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. Mas o caso está só começando e ainda vai passar muita água por debaixo da ponte até que a Justiça decida se Nice tem mesmo alguma culpa.

No jornal A Tribuna deste final de semana, os detalhes sobre as duas denúncias – a dos uniformes e a do lixo – ajuizadas pelo Ministério Público.    

Só lembrando, mais uma vez, que, aqui em Jales, o PP deverá ter os reforços do vereador Tiago Abra e do chefe de gabinete do prefeito, Ivan Bertucci. A notícia é da assessoria do deputado Fausto Pinato:

O deputado federal Fausto Pinato anunciou hoje, quarta-feira, sua filiação ao Partido Progressista (PP), deixando o Partido Republicano Brasileiro (PRB).

 O convite para ingressar no novo partido foi feito pelo deputado federal Guilherme Mussi, que é presidente do PP no Estado de São Paulo. Ele saudou a chegada de Pinato dizendo que o novo correligionário será um grande reforço para o PP paulista, que atualmente vive uma fase de grande renovação. Mussi afirmou que “o deputado Pinato é muito trabalhador, um trator na política”.

 “Chego no Partido Progressista para fazer parte da renovação de seus quadros e fortalecê-lo na minha região, o noroeste do Estado de São Paulo. Acredito que aqui terei bastante espaço para trabalhar e fazer a boa política”, disse Fausto Pinato.

 O deputado federal Celso Russomano (PRB), pré-candidato à prefeitura de São Paulo, esteve presente à cerimônia de filiação. Numa demonstração de amizade, Russomano afirmou que “o Fausto é muito atuante, meu braço direito. Ele está indo para uma missão muito importante no PP, partido onde está o meu amigo Guilherme Mussi e onde eu já estive”.

A notícia é da assessoria de imprensa do deputado Itamar Borges:

O deputado Itamar Borges (PMDB) apoiou o pleito Dirigente da regional de ensino de Jales, Marlene Jacomassi, diretores, coordenadores e educadores universitários da Diretoria Regional de Ensino de Jales para a manutenção e ampliação do programa Escola da Família na região.

O pleito foi realizado neste sábado, 5 de março, durante o evento de inauguração de uma Creche Escola em Santa Albertina.

Os representantes do programa solicitaram o aumento do número de bolsas de 400 para 600 e ampliação das unidades escolares que abrem suas portas nos finais de semana para a população participar de várias oficinas de lazer, saúde, artesanato e esporte.

“Este é um programa muito importante, que beneficia tanto os estudantes universitários, quanto as crianças em idade escolar e suas famílias. Apoiei o pedido junto ao governador e nos próximos dias farei gestões junto à Secretaria de Educação”, afirmou o deputado Itamar Borges.

O Governador informou que o programa será mantido e avaliará de acordo com a demanda de todo o Estado, a abertura de novas bolsas. 

Lá, como cá, os nervos andam à flor da pele por conta do discurso do ódio. A notícia é da Rede Brasil Atual:

A violência sofrida por militantes kirchneristas na Argentina no último final de semana aumentou a tensão política e social no país. Na noite de ontem (7), o presidente, Maurício Macri, emitiu um comunicado repudiando o atentado com arma de fogo que deixou um saldo de dois feridos. Organizações argentinas de direitos humanos, como as Avós da Praça de Maio também se manifestaram.

No sábado (5), homens armados dispararam contra cerca de 400 militantes que participavam da inauguração da nova sede do Nuevo Encuentro — grupo liderado por Martín Sabatella, importante dirigente kirchnerista. Como saldo, duas mulheres ficaram feridas e tiveram que ser levadas para o hospital. Um dia antes, a organização juvenil La Cámpora, dirigida por Máximo Kirchner — filho de Cristina e Néstor — também foi alvo de um atentado com balas durante uma ação na cidade de Mar del Plata.

“O fato ocorre em um clima crescente de violência discursiva promovido pelo governo nacional contra o kircherismo”, escreveu Sabatella em seu Twitter. Para ele, a ação foi uma tentativa de homicídio.

A charge abaixo é do Duke e foi publicada no jornal mineiro Super Notícia:

A próxima reunião do Partido da Mulher Brasileira será mais ou menos como essa da foto. A notícia é do jornal Estado de Minas:

O Partido da Mulher Brasileira (PMB) não terá representante feminina no Congresso Nacional. As únicas deputadas que integravam a legenda, Dâmina Pereira (MG) e Brunny (MG), confirmaram que vão deixar o PMB até a próxima semana. A bancada do partido passa a ser formada exclusivamente por homens, sendo que alguns deles se movimentam para deixar a legenda até o fim da janela partidária, no dia 18. As mulheres também não conseguiram dominar os espaços nas presidências dos diretórios estaduais e metade deles é comandada por homens.

“Infelizmente, o partido não terá mais representantes femininas. Uma pena, porque gostaria de ficar, mas percebi que não seria fácil. Alguns acordos não foram cumpridos desde o início e perdemos espaço nas decisões”, explica Brunny. A deputada, que está de malas prontas para o PR, conta que não houve problemas no relacionamento com os colegas da legenda, mas esperava uma força maior para as integrantes mulheres tanto no parlamento quanto nos diretórios. “As mulheres deveriam ter tido mais prioridade, mas isso não ocorreu”, avalia.

O PMB foi criado em setembro do ano passado, antes da janela partidária que permite aos parlamentares mudar de legenda por 30 dias sem correr o risco de perder os direitos políticos. Muitos parlamentares aproveitaram a criação do novo partido – o 35º do país – e conseguiram autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para deixar suas antigas agremiações. O partido serviu como um trampolim para alguns deputados.

Hoje, o partido conta com 14 deputados e um senador. O líder do PMB na Câmara, deputado Carlos Gaguin, não quis comentar a ausência de mulheres parlamentares no Partido da Mulher Brasileira.