O carro zero quilômetro que o presidente Gilbertão comprou para o Legislativo, já enfeita a garagem da Câmara, como se pode ver na foto acima. Trata-se de um Focus, que custou pouco mais de R$ 79 mil e foi vendido, se me lembro bem, por uma empresa de Monte Aprazível.
Certamente que a chegada do carro zero vai arrancar novas críticas aos vereadores, nas redes sociais. Por sinal, as críticas são saudáveis e legítimas. O que não se admite é o besteirol.
Vejam o caso, por exemplo, da secretária de Promoção Social, Celma Crepaldi. Ele ilustra bem o despreparo e o nível baixíssimo de conhecimento do galáctico secretariado da prefeita Nice.
Um dia desses, no facebook, Celma criticou a compra do carro, o que, repito, é legítimo. Mas ela foi mais longe. Vejam:
O presidente da câmara anunciou hoje que vai comprar um carro de 80.000,00 para os vereadores e que vai doar o Vectra deles para a prefeitura. Nossa que bonito, a prefeita anda em um carro muito mais velho que o deles e quando ela pediu autorização para trocar o do gabinete eles simplesmente reprovaram o projeto alegando que Jales teria outras prioridades.
A crítica contém uma inverdade, o que a torna injusta. Qualquer criança da pré-escola sabe que, para comprar um carro, nenhum prefeito precisa da autorização da Câmara. No caso do carro de Nice, nunca houve nenhum projeto de lei e, portanto, nunca houve nenhuma reprovação.
O que os vereadores fizeram foi criticar a vontade desmedida da prefeita de comprar um carro de R$ 134 mil, quando se sabe que os cofres da Prefeitura andam vazios. Eles até reconheceram que a prefeita merecia um carro novo, mas sugeriram que ela comprasse algo mais barato.
Se a secretária Celma tivesse pesquisado um pouquinho, antes de escrever besteiras, teria descoberto que a prefeita chegou inclusive a realizar a licitação para a compra do carro. Infelizmente para ela, nenhuma empresa se interessou em vender.
A secretária teria descoberto, também, que o Ministério Público, a pedido da OAB, instaurou, em março deste ano, um inquérito para apurar o possível direcionamento da licitação aberta pela prefeita.
Teria descoberto, ainda, que o mesmo Ministério Público emitiu, em agosto, uma recomendação administrativa estabelecendo algumas condições para o caso de a prefeita abrir nova licitação para compra de um carro novo.
Portanto, se Nice quiser comprar um carro para o seu gabinete, não será à Câmara que ela terá que se reportar. Agora eu pergunto aos prezados leitores: o que esperar de uma administração que conta com assessores desse padrão?
Se o nosso aeródromo municipal – também conhecido como aeroporto – continuar do jeito que está, não será por falta de padrinhos. Ou de madrinhas.
Como se sabe, quando da visita da presidenta Dilma Rousseff a Jales, foi-lhe entregue um documento pedindo melhorias no nosso aeroporto. Dias depois, o comandante Manoel Messias recebeu um documento da assessoria da presidenta, onde se dizia que o pedido tinha sido encaminhado à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.
Agora, é a vez da deputada estadual Analice Fernandes renovar seu interesse pelo assunto.
O Diário Oficial de hoje registra que a deputada protocolou uma emenda ao orçamento estadual de 2015, solicitando uma verba de R$ 3 milhões para “recuperação da pista, bem como de toda a estrutura do Aeroporto de Jales”
Em sua justificativa, a deputada diz que as melhorias no aeroporto “vão beneficiar a micro região de Jales e Santa Fé do Sul, abrangendo ainda uma extensão da divisa com os Estados fronteiriços“.
Não é a primeira vez que ela faz emendas com essa finalidade. Em 2012, ela apresentou uma emenda orçamentária de R$ 800 mil para recuperação da pista do aeroporto. Em 2013, ela repetiu a dose.
Nas duas oportunidades, o governo estadual não liberou um único centavo para o nosso aeroporto. Liberará agora que a deputada está pedindo R$ 3 milhões?
O Tem Notícias, da TV TEM, veiculou reportagem, na sexta-feira, sobre a Comissão Processante aberta pela Câmara Municipal. Caso o prezado leitor ainda tenha visto, é só clicar aqui.
Hoje tem sessão da Câmara, a partir das 20 horas. Os vereadores deverão analisar, entre outras coisas, três pedidos de informações encaminhados à prefeita Nice Mistilides.
Num deles, o vereador Tiago Abra(SDD) está solicitando esclarecimentos sobre a utilização do prédio da foto acima, aparentemente abandonado.
Construído durante o governo Parini para ser mais um Centro de Convivência do Idoso – CCI, o prédio localizado nas proximidades da Facip nunca foi utilizado como opção de lazer para os idosos.
Até um ano atrás, ele era utilizado pela Unijales, que, mediante um convênio assinado com a Prefeitura, em 2008, instalou ali uma “Clínica Escola de Fisioterapia e Enfermagem”.
O convênio, por algum motivo, não foi renovado e o prédio está, aparentemente, sem nenhuma utilização há mais de um ano.
Eu andava tão ocupado em publicar notícias desfavoráveis ao Aécio Neves que até me esqueci de trocar a enquete aí do lado, o que estou fazendo hoje, com ligeiro atraso.
O que eu quero saber agora é se os prezados leitores acreditam que nossos vereadores terão “saco roxo” suficiente para cassar o ungido mandato da nossa prefeita.
Pessoalmente, acho que existem muitos interesses em jogo. De um lado, um PSDB louquinho da silva pra assumir o poder. De outro, DEM e PT – de olho nas eleições de 2016 – sem vontade nenhuma de colaborar para que Pedro Callado acomode seu bumbum na cadeira de prefeito. Vai que ele se acostuma…
Com relação à enquete anterior, onde eu perguntei se os prezados leitores não se vexariam em votar num candidato apoiado pela prefeita, 121 pessoas – ou 10% do total – disseram que votariam, sim senhor, em um candidato indicado por ela.
Por outro lado, 1.064 pessoas – ou 90% do total – disseram que nem amarradas votariam em um candidato indicado pela prefeita.
Bem, as eleições já se foram e a votação do candidato da prefeita – o fernandopolense Gilmar Gimenes, do PSDB – confirma que a maioria dos eleitores jalesenses não quer saber de candidatos indicados pela Ungida. Gimenes esperava 4.500 votos em Jales, mas só conseguiu pouco mais de 700.
Mas isso, como diria o Aécio, é retrovisor. Olhemos para o futuro. Os nossos vereadores terão noventa dias para decidir o futuro político da prefeita Nice. O que eles farão?
O empresário Oswaldo Soler Júnior, coordenador da campanha de Aécio Neves na região, enviou vídeo com mensagem de agradecimento aos amigos de Jales.
Segundo Júnior Soler, os apoiadores da candidatura de Aécio demonstraram muita garra e união. Ele espera que a turma continue unida para que, daqui a dois anos, não aconteça em Jales, a mesma “tragédia que está acontecendo no país”.
O vídeo foi gravado na segunda-feira. Vejam que interessante:
O ex-vereador Luiz Henrique Macetão – que ajudou a eleger a prefeita Nice, mas foi jogado para escanteio depois de um ano como gerente do Consirj – está com tudo e não está prosa.
Nesta semana, a prefeita tentou uma reaproximação com ele, por conta do risco de cassação. Afinal de contas, Henrique Macetão é o irmão e guru do André Macetão, presidente da Comissão Processante.
Mas não é só isso. Na quarta-feira, Macetão foi a São Paulo, onde participou de uma reunião com o ex-prefeito paulistano e seu companheiro de partido, Gilberto Kassab.
Kassab, diz a grande imprensa, saiu das eleições com grande prestígio junto à presidenta Dilma, além de presidir o PSD, partido com a 4ª maior bancada do Congresso.
O ex-prefeito corre o risco de ser convidado para ocupar o cargo de ministro das Cidades e, nesse caso, Macetão poderá ser uma importante ponte entre os prefeitos da região e o ministério que é responsável pela liberação de recursos para obras de infraestrutura.
A situação da revista Veja e da Editora Abril, que atingiu o fundo do poço da credibilidade no último fim de semana, com a capa criminosa contra a presidente Dilma Rousseff, acusada sem provas pela publicação, pode se tornar ainda mais grave.
Reportagem do jornal Valor Econômico, publicada nesta quinta-feira, revela algo escandaloso: o “depoimento” do doleiro Alberto Youssef que ancora a chamada “Eles sabiam de tudo”, sobre Lula e Dilma, simplesmente não existiu.
Foi uma invenção de Veja, que atentou contra a democracia, tirou cerca de 3 milhões de votos da presidente Dilma Rousseff e, por pouco, não mudou o resultado da disputa presidencial, ferindo a soberania popular do eleitor brasileiro.
Quem afirma que o depoimento não existiu é ninguém menos que o advogado Antônio Figureido Basto, que representa o doleiro. “Nesse dia não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira”, disse ele.
Basto também nega uma versão pró-Veja que começou a circular após as eleições – a de que Youssef teria feito um depoimento e depois retificado. “Não houve retificação alguma. Ou a fonte da matéria mentiu ou isso é má-fé mesmo”, acusa o defensor de Youssef.
Com isso, a situação de Veja torna-se delicadíssima. No fim de semana, a publicação passou por uma das maiores humilhações de sua história, ao ser obrigada a publicar um direito de resposta contra um candidato – no caso, a presidente Dilma Rousseff – em pleno dia de votação.
Agora, a revista pode ser condenada a circular neste próximo fim de semana com uma capa e páginas internas, também com direito de resposta. A decisão está nas mãos do ministro Teori Zavascki, que pode decidir monocraticamente – ou levar a questão ao plenário do Supremo Tribunal Federal. Mas mesmo no plenário Veja tende a perder. Afinal, como os ministros justificariam o direito de informar uma mentira, com claras finalidades eleitorais e antidemocráticas?
A Câmara Municipal de Jales aprovou, na noite de ontem, a abertura de uma Comissão Processante contra a prefeita Nice Mistilides, por conta das irregularidades apuradas pela chamada CEI do Lixo.
A instalação da Comissão foi aprovada por unanimidade, ou seja 10 a zero, mas o placar poderia ter sido 9 a zero, uma vez que o vereador Sergio Nishimoto tentou se abster de votar. Ele acabou, no entanto, manifestando sua vontade com ligeiro atraso, quando o presidente Gilbertão já tinha anunciado a aprovação por unanimidade.
Nishimoto ainda tentou argumentar, mas o presidente Gilbertão decidiu não reconsiderar o placar. O vereador Tiquinho, que havia anunciado ser contrário à abertura da Comissão Processante, acabou votando favorável.
Os ex-vereadores Maurinho Enfermeiro, Irineu de Carvalho, Carlos Roberto Cardozo, Jorge Pêgolo e Clóvis Viola, que acompanhavam a sessão foram convidados para fiscalizar o sorteio para escolha dos partidos que fariam parte da Comissão. Ao final, foram sorteados o DEM, o PTB e o PSD.
Segundo informações passadas à imprensa, a Comissão será presidida por André Macetão(PSD), tendo Sérgio Nishimoto(PTB), como vice-presidente, e Jesus Martins Batista(DEM), como relator. Caberá, então, ao vereador Jesus, fazer o relatório que pedirá ou não a cassação da prefeita Nice.
Abaixo, alguns flagrantes da sessão de ontem:
O presidente da OAB-Jales, Aislan Queiroga Trigo, e o conselheiro estadual Carlos Alberto Brito Neto acompanharam atentamente a sessão.
O vereador Sérgio Nishimoto tenta argumentar com o presidente Gilbertão. O aliado de Nice pretendia se abster de votar, mas só anunciou sua intenção depois de encerrada a votação. Gilbertão não voltou atrás e contabilizou o voto de Nishimoto como favorável à abertura da Comissão Processante.
Os ex-vereadores Maurinho Enfermeiro, Irineu de Cavalho, Clóvis Viola, Jorge Pêgolo e Carlos Roberto Cardozo, ajudaram a realizar o sorteio que escolheu os partidos componentes da Comissão.
Tudo bem que tenham apanhado o Sarney fazendo das suas, mas, o voto não é secreto? Pode uma emissora de televisão filmar e divulgar o voto de alguém? A notícia é do Brasil 247:
Imagens produzidas pela TV Amapá, retransmissora da Rede Globo no Estado, revelam que o senador José Sarney, mesmo usando broche da presidente Dilma Rousseff (PT), na hora de digitar o voto optou pelo candidato Aécio Neves (PSDB) no último domingo 26.
Sarney vota no Amapá desde que transferiu o domicílio eleitoral do Maranhão para o Estado, onde se elegeu senador logo após deixar a presidência da República. Recentemente, às vésperas do prazo para o registro de candidatura, o senador anunciou que estava desistindo de disputar novamente o pleito.
Provavelmente pesou na decisão de Sarney a forte oposição do PT do Amapá e a falta de apoio da direção nacional do partido da presidente Dilma. O senador esperava obter apoio da direção nacional para impedir que o PT local lançasse a atual vice-governadora Dora Nascimento (PT) como candidata ao Senado.
O peemedebista foi um dos mais fortes aliados dos petistas durante o governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e manteve a aliança durante o governo Dilma indicando inclusive ministros, como Edison Lobão, das Minas e Energia. Assista as imagens, que mostram que, mesmo usando broche da atual presidente, Sarney votou contra ela.
Se o amigo leitor estiver a fim de ver os vídeos que, supostamente, flagraram o Sarney votando no Aécio, é só clicar lá em cima, no Brasil 247.
