MÁQUINA COMPRADA NO GOVERNO PARINI, POR R$ 87 MIL, VIRA SUCATA
Um dia desses, escrevi por aqui que o prefeito Humberto Parini, em sete anos de mandato, não tinha comprado uma única máquina para a sucateada frota da Secretaria Municipal de Obras. Foi uma tremenda injustiça a que cometi com o nosso premiado estadista, da qual gostaria de me penitenciar agora.
Na verdade, o prefeito comprou, sim, uma máquina para o setor de obras e eu jamais deveria ter me esquecido disso, pois participei da solitária aquisição. É essa máquina que aparece na foto acima, uma Vibro Acabadora de Asfalto. Deu-se em 2007 o fato inédito. Convencido por um simpático japonês, representante da empresa Conishi Máquinas e Equipamentos Rodoviários Ltda, Parini resolveu adquirir a tal Vibro Acabadora, pelo módico preço de R$ 87 mil, em dez suaves parcelas.
Segundo fontes, a máquina teria sido utilizada apenas três ou quatro vezes e, depois de menos de um ano de uso, foi aposentada precocemente. Pelo que entendi, para funcionar, a máquina precisava ser acoplada a um caminhão e, toda vez que isso acontecia, o caminhão quebrava.
Resumo da ópera: consta que ela está parada aí nesse local da foto, no recinto de exposições “Juvenal Giraldelli”, há mais de três anos, exposta ao sol, à chuva e à ação dos amigos do alheio. Que, por sinal, já teriam levado a bateria da engenhoca.
NO PAÍS DAS PRIMEIRAS-DAMAS: MULHER DO PREFEITO DE LIMEIRA É PRESA
A notícia está em vários órgãos de imprensa. Abaixo, o que foi publicado, há algumas horas, pelo portal do jornal O Globo:
Onze pessoas foram presas nesta quinta-feira e levadas à Delegacia Seccional de Limeira, na região de Campinas, acusadas de crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal. Entre os detidos está Constância Berbet Dutra Silva, mulher de Sílvio Félix (PDT) – prefeito de Limeira –, além de parentes (dois filhos e duas irmãs da primeira-dama) e funcionários deles.
O delegado José Henrique Ventura, de Limeira, informou que foram expedidos 15 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária. Dois filhos do prefeito também foram detidos. Por volta das 12h30, os acusados prestavam depoimento. Foram apreendidos computadores, documentos e fotos. Além disso, policiais civis e militares ainda buscam mais um dos envolvidos no esquema.
Os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsáveis pelas investigações, irão detalhar o caso em entrevista coletiva às 14h30. O prefeito, Sílvio Félix, segundo a assessoria dele, ainda não compareceu ao gabinete e comentará a prisão às 16h. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo não divulgou os nomes dos envolvidos nem os detalhes do trabalho que levou os acusados à prisão.
BOQUINHA DE PARENTES DE ANALICE FERNANDES NO GOVERNO ALCKMIN CAUSA BRIGA ENTRE TUCANOS
Não sou eu quem estou falando. Um amigo do blog do Cardosinho me chamou a atenção para a novidade publicada, hoje, no blog Amigos do Presidente Lula, alimentado pela Helena Sthephanowitz. Com certeza, a combativa Helena não imagina que a tucana Analice Fernandes – a deputada paulista que mais gasta com viagens – é a queridinha do prefeito petista de uma pequena cidade do interior paulista. Vamos à notícia:
A indicação de parentes da deputada estadual Analice Fernandes (PSDB) para ocupar cargos em órgãos públicos teria sido o estopim de discussão entre o líder do governo, Samuel Moreira (PSDB), e o líder da bancada tucana, Orlando Morando, há alguns dias na Assembleia Legislativa, segundo integrantes da Casa que narraram o episódio.
A deputada tem o filho, Fernando Fernandes Neto, lotado na Artesp, agência de transportes do governo de São Paulo, enquanto o marido e ex-prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes Filho, ocupa um cargo na Secretaria de Transportes, também na gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
Segundo parlamentares, Morando teria tomado conhecimento da indicação do filho de Analice à Artesp em reunião da Comissão de Transportes da Assembleia, e teria cobrado satisfações de Moreira, apontado por tucanos como articulador da operação para assegurar a vaga.
O desentendimento ocorreu dia 9, quando o projeto que transformaria o Hospital de Clínicas (HC) em autarquia (Privatizado) estava em pauta. Nesse dia, um grupo de tucanos, inclusive alguns que estavam na comissão de Transportes, não participou da votação – que foi adiada por falta de quórum. “O clima entre eles esquentou e só não chegaram ‘as vias de fato’ porque Moreira não rebateu as acusações”, disse parlamentar que presenciou a cena.